Todo autor tem seus atores preferidos. O mesmo vale para diretores. à a popular 'panelinha', presente há tempos no mundo da televisão (do teatro e do cinema também, diga-se). E essas preferências, quando não ficam exageradas (como por exemplo, repetir praticamente todo o elenco de uma novela na outra), são válidas, além de beneficiarem sempre alguns intérpretes. Há profissionais, inclusive, que nem apareceriam na tevê se não estivesse presente neste 'grupo de favoritos'. E um caso que merece menção é a parceria estabelecida entre Walcyr Carrasco e Drica Moraes.
O primeiro trabalho deles juntos foi em 1996, na extinta Rede Manchete. Sob o pseudônimo de Adamo Rangel, Walcyr escreveu o estrondoso sucesso "Xica da Silva", protagonizada por TaÃs Araújo e dirigida pelo saudoso Walter Avancini. A novela virou um marco da teledramaturgia e uma das muitas qualidades foi a interpretação grandiosa de Drica. Na pele da diabólica Violante, a atriz brilhou absoluta e se destacou vivendo uma mulher amarga e cruel, que maltratava de todas as formas a escrava protagonista da história. Ela, inclusive, ganhou o prêmio APCA (Associação Paulista de CrÃticos de Arte) de Melhor Atriz na época por esta primorosa atuação.
Após o êxito desse começo de parceria, alguns anos de passaram. Até Walcyr ser contratado pela Globo em 2000, escrevendo a sua primeira novela para a emissora. A trama em questão era "O Cravo e a Rosa", folhetim que se tornou um dos maiores sucessos das 18h, iniciando uma trilogia de ouro do autor na faixa. E ele fez questão de escalar Drica para outro grande papel. A personagem só entrou na história algum tempo depois da mesma já ter sido iniciada, mas foi a responsável por uma das viradas da novela.