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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Com química de sobra, Sheron Menezzes e Samuel de Assis honram o protagonismo de "Vai na Fé"

 O folhetim tem uma estrutura que não pode sofrer muitas modificações. E mesmo com a 'fórmula' conhecida por todos, não é fácil conquistar o público. Não por acaso, não existe uma receita exata para o sucesso. E uma das maiores dificuldades que os autores têm é a criação de um atrativo casal principal. Os chamados mocinhos viraram dor de cabeça para grande parte dos escritores. É bem mais simples criar vilões que roubam a cena do que um par romântico que empolgue. Mas Rosane Svartman não enfrentou esse problema em nenhuma novela sua e não é diferente com "Vai na Fé". 


 Sol (Sheron Menezzes) e Ben (Samuel de Assis) formam um casal que reúne tudo o que bons protagonistas necessitam: sintonia, química, conflitos e construção. A autora ousou na apresentação do relacionamento dos personagens quando optou pela narrativa de passado e presente caminhando juntos. Não é uma novidade na teledramaturgia, mas o grande público está mais acostumado a acompanhar o estilo em séries, como a aclamada "This is Us". 

 A história dos mocinhos de "Vai na Fé" não se deu com um amor súbito no primeiro capítulo, como vem ocorrendo nas novelas recentes, o tem prejudicado tanto a aceitação dos casais. Os personagens foram separados no passado por conta de armações e de um crime praticado por Theo (Matheus Polis/Emílio Dantas). Sol achou que tinha sido abandonada por Ben e acabou vítima de um estupro cometido pelo vilão, que a embebedou e se aproveitou daquele momento de fragilidade emocional.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

História de Pat e Moa é um dos muitos fiascos de "Cara e Coragem"

 A atual novela das sete, escrita por Claudia Souto e dirigida por Natália Grimberg, está em sua reta final. A poucas semanas do fim, "Cara e Coragem" vai saindo de cena fracassando na audiência e sem repercussão alguma. Foram muitos os erros da trama e todos serão citados na última crítica, mas um deles foi a história dos mocinhos, o que tem sido evidenciado nos capítulos recentes. 


Pat (Paolla Oliveira) e Moa (Marcelo Serrado) nunca empolgaram o público. Os protagonistas não tiveram química e o fato de ambos serem dublês deixou o conjunto ainda mais desinteressante. Com todo respeito aos profissionais da área, não é nada atrativo acompanhar a rotina de quem fica atrás das câmeras se arriscando em cenas de ação. E em um folhetim tudo se tornou inútil porque os mocinhos só tinham alguma cena relevante quando paravam de pular e saltar. Na verdade, a profissão acabou servindo apenas para a produção da Globo trabalhar mais na estruturação das cenas. Porque em conteúdo não rendeu nada.

Mas voltando ao enredo dos mocinhos, o fato é que os dois sempre foram sonsos e cínicos. Pat nunca amou o seu marido, Alfredo (Carmo Dalla Vechia), e seu olhar de pena despertava ranço em quem assistia. Parecia que estava fazendo um favor em estar casada com um homem frágil de saúde. Já Moa vomitou virtudes ao longo da história, mas na reta final ficou claro que não passa de um hipócrita.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

"Além da Ilusão" sai da mesmice com mocinhos espertos e vilões burros

 A atual novela das seis, dirigida por Luiz Henrique Rios, tem reunido todos os ingredientes que um bom folhetim da faixa precisa ter. Após um início bastante pesado, onde um pai assassinou a própria filha e incriminou um inocente, a trama vem sendo contada de maneira leve. A trilha sonora é um primor e os figurinos coloridos, o que remete a uma novela mais lúdica. Alessandra Poggi conseguiu reunir vários bons clichês com sua trama. Ao mesmo tempo, a autora merece uma menção especial por uma ousadia peculiar que vem praticando em "Além da Ilusão".

A maioria dos folhetins, para não dizer todos, costumam apresentar vilões inteligentes e mocinhos burros. Afinal, os planos dos malvados precisam dar certo ao longo da história para o roteiro andar. Caso contrário, fica quase impossível exibir um enredo clássico com viradas e movimentações. Tanto que o público já aprendeu a engolir certas situações forçadas porque sabe que é necessário para a teledramaturgia. Ainda que certos questionamentos sejam feitos, como achar um absurdo determinado personagem não ter percebido tal armação, por exemplo. 

Porém, a autora tem conseguido inovar em sua novela. Ao menos até agora, os mocinhos estão sempre um passo a frente dos vilões, que enfiam os pés pelas mãos a todo instante. Joaquim (Danilo Mesquita) é um completo imbecil e a cada plano que coloca em prática para afastar Isadora (Larissa Manoela), sua noiva, de Rafael (Rafael Vitti) consegue piorar sua relação com a herdeira da Tecelagem Tropical.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Assim como "Espelho da Vida", "Bom Sucesso" acertou com a construção do amor dos mocinhos

Não há novela que consiga escapar dos clichês tão comuns ao gênero. Mesmo o folhetim mais ousado ou "inovador" acaba apresentando várias situações já vistas pelos telespectadores. Inevitável. E um dos contextos mais presentes nas histórias é o amor à primeira vista, quase sempre perto do final do primeiro capítulo. O problema é o alto risco do público rejeitar o par em virtude da pressa do escritor. Só mesmo quando a química dos atores é arrebatadora para evitar uma não identificação de quem assiste. O recurso era bem mais comum em produções antigas, mas ainda resiste. Por isso é tão bom quando autores fogem desse padrão. "Espelho da Vida" e "Bom Sucesso" foram ótimos exemplos.


Elizabeth Jhin construiu o amor dos mocinhos de forma corajosa na maravilhosa novela das seis da Globo encerrada no primeiro semestre de 2019. A autora apresentou a mocinha Cris Valência (Vitória Strada) em um relacionamento estável com Alain Dutra (João Vicente de Castro) e só depois foi expondo o nascimento do amor infinito de Júlia Castelo e Danilo Breton (Rafael Cardoso), em 1930, através das viagens no tempo promovidas pelo espelho da falecida. A protagonista descobriu que era a reencarnação da enigmática mulher e viajou até o passado para descobrir o verdadeiro responsável pelo assassinato de sua vida passada. Acabou revivendo o amor que sempre terminou com um final trágico em todas as encarnações.

A autora, no entanto, só inseriu o mocinho no presente na reta final de "Espelho da Vida". A expectativa do público ficou tão alta que a trama, com uma audiência inicialmente problemática, teve uma elevação e tanto nos números do Ibope.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

"Bom Sucesso" ensina que mocinhos não precisam se apaixonar no primeiro capítulo

A nova novela das sete da Globo mal começou e já vem alcançando elevados índices de audiência. Já chegou a 34 pontos de média e segue acima dos 30 pontos quase diariamente. "Bom Sucesso" marca a volta de Rosane Svartman e Paulo Halm ao horário das sete, após o fenômeno "Totalmente Demais", em 2016. E os autores começaram a nova história, dirigida com brilhantismo por Luiz Henrique Rios, inspirados. Tanto que um dos acertos é a apresentação dos mocinhos.


Paloma (Grazi Massafera) teve seu passado com o ex-namorado Ramon (David Junior) contado nos três primeiros capítulos e o rompimento do casal, em virtude da viagem do rapaz para os Estados Unidos, desencadeou uma sucessão de problemas para a heroína, que se viu abandonada com uma filha para criar. Ele foi em busca de seu sonho de ser um jogador de basquete e ela perdeu o direito de sonhar. O tempo passou e a adolescente virou uma batalhadora mulher que teve mais dois filhos com outro rapaz. Porém, o sentimento pelo ex nunca se apagou, apesar da profunda mágoa.

 Já Marcos (Rômulo Estrela) teve sua história contada com mais detalhes no quarto e quinto capítulos. O conflito com o intransigente pai (Alberto - Antônio Fagundes), dono da editora Prado Monteiro, e seu estilo de vida despreocupado foram as principais características expostas.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Mocinhos de "Órfãos da Terra" perderam o brilho e a relevância

Nunca foi fácil criar mocinhos que conquistem o público. Um dos maiores desafios dos autores, principalmente nos últimos anos, é criar personagens cativantes e um casal principal que tenha química e uma boa trajetória. Duca Rachid e Thelma Guedes, por exemplo, iniciaram "Órfãos da Terra" com protagonistas ótimos. Jamil (Renato Góes) e Laila (Julia Dalavia) tiveram sintonia, os perfis eram convidativos e a saga do par prometia. Porém, tudo se perdeu com a morte do vilão e a passagem de tempo.


O risco do amor à primeira vista é sempre alto na teledramaturgia --- deixando de lado os enredos espíritas onde isso é fundamental. Vale muito mais a pena a construção do casal ao longo dos capítulos. No entanto, em algumas situações o clichê funciona em virtude da química dos atores. Jamil e Laila se apaixonaram subitamente logo na estreia da novela. As autoras, todavia, foram inteligentes, pois se apoiaram na química já vista entre os atores na primeira fase de "Velho Chico" (2015). E deu certo. 

Apesar da rapidez na junção do casal, a trama que os cercava era interessante e a sintonia dos atores se fazia presente em todas as cenas. O assustador Aziz Abdallah (Herson Capri) como grande empecilho para a concretização desse amor era outro irresistível clichê que marcava o par.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Construção do relacionamento dos mocinhos é o principal acerto de "Malhação - Toda Forma de Amar"

A nova temporada de "Malhação" estreou em 16 de abril, ou seja, está há pouco menos de dois meses no ar. Embora ainda esteja no início, a trama vem despertando atenção em virtude dos bons conflitos apresentados por Emanuel Jacobina até então. São vários personagens carismáticos e bem construídos, convidativos dramas e lindos pares que começam a ser formados. A melhor construção, por sinal, vem sendo a do casal de mocinhos.


Filipe (Pedro Novaes) e Rita (Alanis Guillen) se conhecem por causa de Nina, a filha da mocinha que é adotada pelos pais do mocinho. O pai da garota colocou o neto para a adoção e Rita nem conseguiu pegar na filha depois que pariu. Ela nem sabia que a criança estava viva e só descobriu a verdade no dia da missa de sétimo dia do pai, mais de um ano depois do nascimento do bebê. Tudo isso foi contado no primeiro capítulo e desde então o público vem acompanhando os desdobamentos desse clichê tão comum na teledramaturgia.

O autor não teve pressa na junção do casal. Eles mal se olharam nas vezes que se viram diante da tensão de todo o contexto: Rita sempre agia com destempero diante da filha e recebia como troco o enfrentamento de Lígia (Paloma Duarte), Joaquim (Joaquim Lopes) e Lara (Rosanne Mulholhand). O único que aparentava uma certa empatia por aquela mãe desesperada era Filipe.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Conflito dos mocinhos de "O Sétimo Guardião" é muito parecido com o de "Deus Salve o Rei"

A Globo, de uns anos para cá, resolveu adotar um esquema de "produtividade" no seu elenco. Ninguém mais pode se dar ao luxo de escolher trabalhos ou então ficar vários anos contratado sem trabalhar. Isso, evidentemente, gera uma consequência: o desgaste de imagem. Muitos atores têm emendado uma novela na outra. Portanto, os autores deveriam se preocupar ainda mais com seus roteiros para evitar que determinados intérpretes, ironicamente, acabem protagonizando enredos semelhantes.


É o caso de Marina Ruy Barbosa em "O Sétimo Guardião". A atriz acabou de viver uma mocinha em "Deus Salve o Rei", novela das sete de Daniel Adjafre, e agora ganhou outra protagonista na atual trama das nove. As meninas até têm perfis distintos (afinal, uma era plebeia e a outra tem poderes sobrenaturais), porém, o conflito em torno do romance dos mocinhos lembra muito o da produção medieval, que ainda está fresca na memória do público ---- acabou no dia 30 de julho de 2018, há apenas seis meses.

Amália conheceu Afonso (Rômulo Estrela) quando o rei estava agonizando em um matagal, após ter sido atingido por uma flecha. A mocinha cuidou do rapaz, salvou sua vida e os dois se apaixonaram. Porém, ele escondeu sua verdadeira identidade e fingiu ser um plebeu. A felicidade, claro, não durou muito e logo a feirante descobriu que namorava o herdeiro do trono de Montemor.