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sábado, 26 de dezembro de 2015

Retrospectiva 2015: os piores do ano

Como tem acontecido nos últimos anos, este blog fará uma retrospectiva de 2015, abordando os piores produtos, os melhores atores e atrizes, as cenas mais marcantes e, claro, os destaques do ano que passou. A seleção é feita exclusivamente por mim e os leitores, como sempre, estão livres para concordâncias e discordâncias. A primeira lista é sempre a dos piores, justamente para que as próximas sejam apenas ressaltando as coisas boas que aconteceram na televisão brasileira. Portanto, está oficialmente aberta a temporada retrô do "De Olho nos Detalhes", começando pelo que houve de ruim na TV.






"Babilônia": A novela de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, dirigida por Dennis Carvalho, foi o maior fracasso do horário nobre da Globo. Após chamadas promissoras e um primeiro capítulo excelente, a novela foi se mostrando limitada e ainda sofreu várias modificações em virtude da forte rejeição do telespectador, que não gostou de ver logo na estreia um beijo protagonizado por Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. Mas o problema do folhetim não estava no casal homossexual, e, sim, em toda a sua estrutura, que não conseguiu se sustentar nem por um mês. A história era fraca, a protagonista (Regina - Camila Pitanga) irritante e o duelo das vilãs (Beatriz e Inês), que parecia promissor no início, ficou repetitivo, apesar do ótimo desempenho de Glória Pires e Adriana Esteves. Ainda teve personagem gay que virou hétero e um desinteressante "quem matou?" na reta final. O problemático folhetim foi tão equivocado que afundou a principal faixa da líder, que viu sua audiência migrar para "Os Dez Mandamentos", da Record. Pra esquecer.




"I love Paraisópolis": A trama de Alcides Nogueira e Mário Teixeira começou agradável e parecia uma ótima história. Entretanto, depois do primeiro mês, o enredo se mostrou raso e repleto de esquetes avulsas, que ficaram cansativas com o tempo. O romance de Mari (Bruna Marquezine) e Benjamin (Maurício Destri), que também iniciou atrativo, logo cansou, assim como toda a história da novela (ou a falta dela). O excesso de personagens foi outro incômodo, implicando em muitos atores subaproveitados. Situações que poderiam ter sido abordadas com sensibilidade, como o Mal de Alzheimer de Izabelita (Nicette Bruno), foi deixado de lado e a novela passou a focar em situações esdrúxulas envolvendo mafiosos e cenas toscas, como mortos ressuscitando e fantasmas beijando peixes no mar. A trama não teve problemas de audiência na média geral, mas os índices tiveram uma boa queda nos últimos meses, o que acabou refletindo a reação do público diante da ausência de bons conflitos na história.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

A crise e o amadorismo da Band

O ano de 2015 parecia promissor para a Band. A segunda temporada do bem-sucedido "MasterChef" devidamente encaminhada, o "CQC" reformulado, a aquisição de uma novela turca que tem feito sucesso em vários países ("Mil e uma noites"), "Agora é tarde" finalmente coma uma identidade própria; enfim, tudo parecia caminhar para bons resultados neste novo ano. Porém, o que se observa atualmente é uma crise de enorme proporções.


A emissora tem demitido vários funcionários e, por contensão de despesas, vários programas foram extintos sem explicações para o publico. A primeira atração eliminada da grade foi o "Tá na Tela", ainda em 2014. Após ter contratado a peso de ouro Luiz Bacci, a Band deu a ele um formato onde o sensacionalismo e a apelação eram os maiores ingredientes. Mas de nada adiantou o festival de baixaria, pois a audiência não correspondeu. Ou seja, não demorou muito para uma medida ser tomada: o produto foi simplesmente tirado do ar e o jornalista ficou sem função na nova casa.

A grande contratação virou uma dor de cabeça. O final desta infeliz história foi a volta de Bacci para a Record. Ele ficou apenas dez meses na Band e retornou para sua antiga emissora nesta semana, ganhando a metade do que recebia mensalmente. Sua mudança em 2014, definitivamente, não foi um bom negócio, nem para o apresentador, nem para a Bandeirantes e nem para o público.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O que a televisão reserva para o telespectador em 2015

O ano de 2014 ficou para trás e 2015 chegou com boas perspectivas para a televisão. A Globo comemora os seus 50 anos e está com produções que parecem promissoras, incluindo novelas e séries. A Band terá um "CQC" reformulado pela frente e investirá novamente no bem-sucedido "MasterChef". Já a Record prepara "Os Dez Mandamentos", primeira novela bíblica da emissora, e o SBT, ao que tudo indica, se preocupará com a estreia de "Cúmplices de um Resgate", substituta do sucesso "Chiquititas". Vamos aos principais produtos que estrearão no ano que se inicia:





"Felizes para sempre?": Microssérie escrita por Euclydes Marinho e dirigida por Fernando Meirelles, produzida pela O2 Filmes, que será exibida entre 26 de janeiro e 6 de fevereiro. A produção é uma releitura da minissérie "Quem ama não mata", que teve 20 capítulos, escrita pelo mesmo autor em 1982. A trama falará sobre política e relacionamentos, cujos dramas serão vivenciados por personagens interpretados por um grande elenco: Adriana Esteves, Maria Fernanda Cândido, João Miguel, Cássia Kiss, Carol Abras, Selma Egrei, Paolla Oliveira, Enrique Diaz, entre tantos outros. Promete.




"Luz, câmera 50 anos": Para comemorar seu cinquentenário, a Globo resolveu transformar em filmes várias minisséries e séries da emissora. Serão 12 produções adaptadas: "As Noivas de Copacabana", "Anos Dourados", "Presença de Anita", "A Teia", "Dercy de Verdade", "Ó Paí, ó", "Maysa - quando fala o coração", "O Pagador de Promessas", "Dalva & Herivelto - uma canção de amor", "Lampião e Maria Bonita", "Força-Tarefa" e "O Canto da Sereia", esta última que marca o início do especial. É uma ideia muito interessante em cima de tramas de sucesso, mas não será fácil condensá-las em forma de longa-metragem e algumas escolhas foram equivocadas, vide as recentes "Força-Tarefa" e "A Teia", além da fraca "Ó Paí, ó". 

sábado, 27 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014: os piores do ano

Mais um ano vai chegando ao fim e as tradicionais retrospectivas são praticamente uma obrigação. Assim como tem ocorrido todos os anos, este blog fará uma lista com os piores e melhores de 2014. Primeiramente, os piores produtos televisivos serão listados. Curiosamente, alguns dos selecionados em 2013 continuam na lista deste ano, o que apenas comprova que os problemas vistos anteriormente não foram resolvidos. Porém, algumas 'novidades' surgiram para incrementar esta triste seleção. Cabe ao leitor concordar, discordar ou acrescentar mais produções.




"Em Família": A última novela de Manoel Carlos foi uma grande decepção e um fracasso de audiência (pior ibope do horário nobre). Excesso de personagens sem função, atores que foram escalados e nem entraram, ritmo arrastado, ausência de bons conflitos, trama cansativa, clima tenso nos bastidores, enfim, não faltaram problemas na história. O folhetim ainda enfrentou duras críticas em virtude da discrepância na idade dos personagens, como por exemplo, Natália do Vale ser mãe de Júlia Lemmertz sem nem ao menos passar por um processo de envelhecimento. A novela ainda pecou pela falta de bons pares românticos e pela ausência de um bom vilão, uma vez que a ferina Shirley (Vivianne Pasmanter) ficou apenas na promessa. Infelizmente, Maneco (um novelista que já escreveu inúmeros sucessos) se despediu da pior forma possível.



"Geração Brasil": Após o sucesso de "Cheias de Charme", a expectativa era alta para a nova novela de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Mas após um começo promissor, a trama dos autores foi se perdendo gradativamente, até virar um completo equívoco. A história envolvendo tecnologia tinha uma boa premissa, porém, com o tempo, foi ficando nítido que não havia um fio condutor e nem conflitos atrativos. Os personagens ficaram sem rumo, vários casais foram mal desenvolvidos, atores foram subaproveitados e a novela que parecia ótima na verdade se revelou uma produção fraquíssima. A rejeição do público foi tão alta que a média geral conseguiu ficar um ponto abaixo de "Além do Horizonte", até então considerada o menor índice do horário. Um folhetim para ser esquecido.

terça-feira, 18 de março de 2014

Presença de Dani Calabresa na bancada foi o ponto alto da volta de um "CQC" sem grandes mudanças

A sétima temporada do "CQC" estreou nessa segunda-feira (17/03). Após o tradicional período de férias, a equipe voltou com algumas reformulações e novos quadros. Mas a grande surpresa desse novo ano foi a presença de Dani Calabresa na bancada, no lugar de Oscar Filho, que era o substituto de Rafinha Bastos. A hegemonia masculina foi quebrada e a humorista, apesar de inicialmente tensa, se saiu muito bem comentando as matérias da atração.


Dani foi o grande destaque, assim como aconteceu na estreia da sexta temporada, em 2013. Porém, na época, colocaram a humorista em um quadro muito aquém do seu talento. A verdade é que ela deveria ter sido inserida na bancada desde que entrou no "CQC". Mas antes tarde do que nunca. E a parceria com Marcelo Tas e Marco Luque funcionou perfeitamente.

Sem a talentosa Mônica Iozzi, agora no "BBB" da Globo", a Band contratou uma nova repórter para fazer parte da turma. E a equipe acertou na escolha. Naty Graciano começou sem aparentar nervosismo e ficou à vontade. Suas matérias (sobre futebol e política) foram ótimas e ela promete. Vale lembrar que

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Estreia de Monica Iozzi no "Big Brother Brasil" surpreende e diverte

A estreia de Monica Iozzi no "Big Brother Brasil" (na última terça - 21/01) foi uma grande surpresa. A antiga repórter do "CQC" deixou o humorístico da Band e foi muito assediada pelas emissoras concorrentes antes de aceitar a proposta da Globo. Segundo o que a própria divulgava, sua saída do programa comandado por Marcelo Tas foi para se dedicar à carreira de atriz ---- ela é formada em artes cênicas ---- e encarar novos desafios. Justamente por causa dessa declaração, o telespectador não entendeu muito bem as notícias a respeito de sua contratação para integrar o reality global.


Entretanto, com a estreia, foi possível perceber o porquê de Mônica ter aceitado a proposta da Globo. Ao contrário do que se supunha, ela não foi contratada para ser mais uma repórter do reality (que já conta com Vinícius Valverde) e sim para dar início a uma grata novidade: um quadro que ridiculariza o próprio BBB.

A ex-CQC ganhou um espaço para comentar o "Big Brother Brasil" e ironizar tudo o que achar necessário. A sua primeira aparição serviu para questionar as razões que fazem o brasileiro se viciar tanto nesse reality. Afinal, segundo Mônica, o que leva o telespectador a querer acompanhar "Um bando de gente que

sábado, 28 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013: os piores do ano

Como de costume, esse blog apresentará a lista dos piores e também dos destaques do ano. Não houve votação popular. Antes de selecionar os melhores, vou citar o que 2013 teve de pior na televisão. E, infelizmente, não foi pouca coisa. Obviamente, é uma seleção sob o meu ponto de vista e cabe ao leitor concordar, discordar ou até mesmo acrescentar mais itens. Então vamos iniciar a retrospectiva, citando todos os equívocos desse ano que está perto do fim.




"Salve Jorge": Encerrada em maio, a trama de Glória Perez abusou da inverossimilhança e apresentou um festival de repetições da autora, incluindo um núcleo estrangeiro repleto de bordões parecidos com os de "Caminho das Índias" e "O Clone". Para culminar, a novela tinha atores demais e muitos mal apareceram na história. A grande vilã foi um fracasso e a cena em que Lívia Marini dá uma seringada letal em uma vítima, dentro de um elevador, se transformou no mico do ano. O casal protagonista (Theo e Morena) também não agradou e o tráfico de pessoas (tema central) não foi abordado de uma forma realista. Delegada Helô (Giovanna Antonelli, que virou a protagonista), Russo (Adriano Garib), Maria Vanúbia (Roberta Rodrigues) e Wanda (Totia Meirelles) foram os poucos acertos do equivocado folhetim e roubaram a cena merecidamente.


"Balacobaco": Aposta da Record para reverter o desastroso fracasso de "Máscaras", a novela de Gisele Joras abusou das caricaturas e procurou copiar alguns elementos de "Cheias de Charme", porém, não alcançou seu objetivo. A trama não conseguiu elevar a audiência da emissora e chegou a passar por várias alterações ao longo de sua exibição para tentar melhorar os índices. Tudo em vão.






terça-feira, 11 de junho de 2013

Tatá Werneck, Marcelo Adnet e Dani Calabresa: três talentos, três estreias e apenas um sucesso

Os três trabalhavam na MTV. Os três sempre se destacaram através da comicidade. Os três eram as grandes estrelas da emissora e se desligaram de lá quase ao mesmo tempo. Motivados com a possibilidade do sucesso na tevê aberta e seduzidos por interessantes propostas, dois deles foram para a Globo e uma para a Band. Entretanto, até agora, apenas uma pessoa está colhendo os frutos do sucesso. Claro que os três em questão são Tatá Werneck, Marcelo Adnet e Dani Calabresa.


Apesar de apresentarem tantas 'semelhanças', é notório que a mudança de emissora só foi benéfica, por enquanto, para Tatá Werneck. Enquanto a atriz se destaca na pele da divertida Valdirene em "Amor à Vida", Marcelo enfrenta o fracasso de "O Dentista Mascarado" e Dani permanece totalmente avulsa e apagada no "CQC".

Após um início promissor, a série de Alexandre Machado e Fernanda Young acabou virando uma grande decepção ao abusar da escatologia e das piadas infames, deixando de lado a trama do super-herói que tinha tudo para decolar. Marcelo Adnet não tem culpa alguma desse início, digamos, turbulento na

terça-feira, 19 de março de 2013

Apesar da estreia decepcionante, Dani Calabresa ofusca volta do CQC

Ontem (18/03), estreou mais uma temporada do "CQC". Após o já tradicional período de férias entre dezembro e início de março, a turma comandada por Marcelo Tas retornou apresentando Dani Calabresa como única novidade. Os tradicionais quadros e matérias sobre política e celebridades continuam  ---- inclusive a participação do polêmico deputado Jair Bolsonaro ---- e se não fosse a contratação da melhor comediante do país não haveria nada para ser comentado a respeito da volta da atração. Entretanto, pelo que foi visto, a presença da humorista não foi planejada pela produção.


Ficou claro que contrataram Dani Calabresa para gerar mídia e repercussão, afinal, o programa andava pra lá de desgastado. E a razão para tamanha clareza é uma só: ela parecia a penetra de uma festa. Praticamente uma avulsa na turma. Sua estreia foi decepcionante e demonstrou a falta de planejamento da equipe. A atriz ficou com a responsabilidade de comentar notícias que não sairão no "CQC". Explicando melhor: situações esdrúxulas ou que viraram febre na internet. Apesar desse tipo de quadro não ter absolutamente nada de novo, Dani fez o que pôde na função. Porém, sua principal qualidade não foi aproveitada: a arte de improvisar.

Dani Calabresa não se transformou em um dos principais nomes da Mtv por acaso. Sua dobradinha com Bento Ribeiro no "Furo Mtv" era impagável e as improvisações da dupla eram a graça do 'jornal'. Mas não era só nessa atração que ela se destacava. Em todas as produções da emissora a atriz mostrava o seu talento e se

quarta-feira, 25 de abril de 2012

CQC: humor X jornalismo

Na semana passada, mas especificamente na terça-feira (17/04), o "CQC" se envolveu em mais uma polêmica, após alguns meses de aparente tranquilidade com o afastamento de Rafinha Bastos. Agora a confusão foi com os jornalistas. Isso porque durante o encontro --- transmitido ao vivo pela Globo News --- entre Hillary Clinton (secretária de Estado dos EUA) e o Ministro de relações exteriores do Brasil, Antonio Patriota, o repórter Maurício Meirelles gritou "I love you, Hillary" e ainda ofereceu uma máscara juntamente com um charuto, fazendo referência a uma festa em que a secretária participou e ao conhecido caso que Bill Clinton teve com Monica Lewisky há anos atrás.




Embora Hillary não tenha se sentido nem um pouco ofendida pela brincadeira, os jornalistas presentes se aborreceram e iniciaram uma discussão com o repórter, onde teve gritaria e até tentativas de agressão física. O fato foi publicado no blog do jornalista Maurício Stycer, colunista do Uol. Fotógrafos e cinegrafistas endossaram as reclamações dos jornalistas, alegando que Maurício atrapalhou o trabalho deles. Um detalhe importe a ser destacado: o repórter do CQC estava autorizado a cobrir o evento, portanto, não foi nenhum penetra.

A grande questão é: humor e jornalismo podem caminhar juntos? O integrante de um programa humorístico pode participar de um evento onde só há a presença de jornalistas? Durante uma coletiva de imprensa onde se discute assuntos importantes para o país, cabe uma piadinha ou

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Agora É Tarde se firma como uma boa opção para o fim de noite

Após ficar um bom tempo no "CQC", destilando ironias, piadas pesadas e, muitas vezes, se envolvendo em polêmicas nas reportagens que fazia; Danilo Gentili conseguiu realizar seu desejo de ter um programa para chamar de seu. Ao contrário do parceiro, Marco Luque, que não obteve êxito ao conseguir a própria atração --- o colega de bancada de Marcelo Tas apresentou por um curto prazo de tempo o fracassado "O Formigueiro", que conseguia atingir 1 ponto no ibope com muito custo, aos domingos --- Danilo emplacou o "Agora É Tarde".


O 'talk show', produzido pela Eyeworks, é muito parecido com o já tradicional "Programa do Jô", exibido na Globo, mas a presença de variados quadros e a participação de três assistentes (Leo Lins, Marcelo Mansfield e Murilo Couto) acabam 'disfarçando' uma semelhança maior. Danilo Gentili não perdeu sua acidez, porém, atenuou bastante a presença de piadas, digamos, mais constrangedoras e ofensivas. Claro que o objetivo é não intimidar o convidado, uma atitude mais do que acertada.

Se no início o apresentador se mostrava inseguro,

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Mulheres Ricas: a ridicularização da futilidade

Para substituir o "CQC" --- que está de férias até março ---, a Band resolveu colocar no ar o reality show "Mulheres Ricas". O programa é produzido pela EyeWorks, e foi comprado pela emissora. A atração tem como objetivo mostrar a vida de cinco peruas riquíssimas e seus respectivos 'hábitos'. Foram escaladas para a missão as seguintes figuras: Lydia Sayeg, Debora Rodrigues, Val Marchiori, Narcisa Tamborindeguy e Brunete Fraccaroli.


Apesar de ser um reality, não há votação popular e muito menos eliminação de alguém. O principal, para não dizer único, objetivo do programa é ridicularizar a futilidade das participantes através de situações constrangedoras, frases decoradas, e um besteirol sem tamanho. Viagens luxuosas, idas a restaurantes chiques e discursos sobre os prazeres da riqueza são basicamente o conteúdo do programa. E claro, nota-se a tentativa em mostrar ao público que isso tudo faz parte do cotidiano das 'peruas'. Os trejeitos exagerados das escolhidas provam que elas resolveram interpretar personagens de si mesmas. Só não se sabe se por vontade própria ou por imposição da produção. Narcisa sempre foi totalmente 'non sense' como tem sido mostrado, então provavelmente ela pode ser a exceção dessa regra.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Rafinha Bastos e o humor sem limites

O assunto da semana foi o afastamento do Rafinha Bastos da bancada do "CQC". Após fazer mais uma piadinha infeliz, e de péssimo gosto, ao comentar que 'comeria a Wanessa Camargo e seu bebê', a cúpula da Band resolveu tomar providências e punir o humorista de alguma forma. O afastamento temporário foi a única solução.

Essa não foi a primeira vez que Rafinha disse uma piada extremamente ofensiva. Quem não lembra da frase dizendo que mulher feia deveria agradecer caso fosse estuprada, pois estariam lhe fazendo um favor. Porém, nesse caso, a emissora não fez absolutamente nada.

O caso envolvendo o jornalista Boris Casoy também acaba vindo Ã  tona. Ainda está na memória de todos o 'incrível' comentário do jornalista sobre os garis após ouvi-los desejando uma mensagem de fim de ano: "Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho". Alguma medida foi tomada em relação a isso? Não.

domingo, 31 de julho de 2011

CQC se desgasta e perde sua suposta credibilidade

O "Custe o Que Custar" sempre foi muito elogiado pelos críticos por usar um humor "inteligente". Nunca soube muito bem identificar essa grande diferença em relação aos demais humorísticos,como o "Pânico na Tv", por exemplo. Mas isso não vem ao caso, já que o objetivo desse texto é falar da fórmula um tanto quanto gasta da atração comandada por Marcelo Tas e seus escudeiros Rafinha Bastos e Marco Luque,  tendo ainda Monica Iozzi, Danilo Gentili, Oscar Filho, Rafael Cortez e Felipe Andreoli como integrantes da trupe.

Quando estreou em 2008, no dia 17 de março, o programa foi uma grata surpresa e uma boa opção para a televisão aberta em plena segunda-feira. O formato é da Argentina e veio para o Brasil através da parceria da emissora com a "Eyeworks-Quatro Cabezas". A Band, aliás, tem muito que agradecer a esse acordo,uma vez que as maiores audiências da programação são justamente vindas dos produtos internacionais. O próprio "CQC", "A Liga", tendo Rafinha Bastos como apresentador principal, "Polícia 24 horas" e o "Agora é tarde", apresentado  pelo Danilo Gentili e que estreou a pouco tempo, são exemplos de compras que deram certo.

O tempo não fez muito bem ao "CQC". Os quadros são praticamente os mesmos ao longo desses anos e as poucas situações que eles resolveram variar não deram muito certo,como por exemplo,o finado "Mas que boa pergunta, Marcelo Tas', onde o apresentador respondia a questionamentos de crianças sobre política e situações do Brasil,'CQC no Congresso', 'Top Five', 'O povo quer saber', 'CQTeste', 'Proteste já' e as entrevistas com as celebridades continuam sendo a base do programa.Além dessas opções,também tínhamos 'Luque Responde', 'Palavras Cruzadas', 'Repórter Inexperiente', 'Trabalho Forçado' e mais alguns que foram extintos. Merecidamente, diga-se.

A tal credibilidade que a atração sempre tentou mostrar, caiu por terra com os cortes,ou censura,melhor dizendo, que fizeram na entrevista com o sempre polêmico Jorge Kajuru. Segundo o próprio,não exibiram praticamente nada do que ele falou durante o quadro 'Resta Um'. Isso incluia sua crítica ao Ricardo Teixeira, Luciana Gimenez e mais uma penca de gente,já que o jornalista não perdoa ninguém. A Globo tem um acordo financeiro com a CBF para exibir campeonatos como o Brasileirão e os estaduais,e os compartilha com a Band em troca de dividirem os gastos com essa compra, então é óbvio que haja receio em qualquer situação que vá contra o todo-poderoso do futebol. Sabemos que há uma espécie de 'troca de favores', mesmo que as duas empresas neguem isso. Mas então a pergunta é: por que convidaram o Kajuru para participar do quadro? Isso acabou expondo o programa. Como cobrar dos deputados transparência se eles mesmos não se utilizam dela?

Os pontos positivos continuam sendo a entrevista com os políticos em Brasília, que ficou bem melhor com a Monica Iozzi no lugar do Danilo Gentili e o 'Top Five'. É vergonhoso vermos como nossas "autoridades" não têm o mínimo de preparo para ocupar o cargo a que se propõem. E sempre Ã© divertido observarmos as situações patéticas apresentadas por alguns programas da nossa televisão. Mas o elevado número de propagandas, os chamados 'merchans', irrita qualquer um.Para assistir ao "Top Five", por exemplo,você precisa ver cinco vezes a propaganda da Pepsi.

A audiência continua muito boa para os padrões da Band(por volta dos 5/6 pontos, ficando quase sempre em terceiro lugar) e o "CQC" persiste sendo a melhor opção para se assistir nas emissoras abertas numa segunda-feira, caso não haja interesse no filme da "Tela Quente". Mas é notório que a boa repercussão que o programa tinha foi se dissipando com o tempo.