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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Adriana Esteves, Eduardo Sterblitch e Letícia Colin foram as três potências de "Os Outros"

 A segunda temporada de "Os Outros" estreou no dia 15 de agosto no Globoplay e chegou ao fim nesta quinta-feira, dia 12 de setembro, após a disponibilização dos dois últimos episódios. A continuação da trama de sucesso do ano passado dividiu as opiniões e foram muitas as reclamações, ao contrário da primeira, que foi aclamada por público e crítica. No entanto, deixando as questões de roteiro para outro texto, é inegável que a nova saga foi dominada por três atores: Adriana Esteves, Eduardo Sterblitch e Letícia Colin. 


O autor Lucas Paraizo planejou uma trilogia de "Os Outros" através da Cibele (Adriana Esteves). O autor me contou na coletiva da série que sua intenção é buscar uma resposta no último episódio da terceira temporada, caso realmente tenha, em relação ao que aconteceu no primeiro episódio da primeira temporada, quando aquela mãe de classe média resolveu comprar uma arma. Ou seja, a personagem é o elo das três sagas e, ao menos nas duas já exibidas, apresentou cargas dramáticas bem distintas. 

Na primeira temporada de "Os Outros", Cibele era quase que a representação da fúria. A expressão 'Não mexe com meu filho que viro uma leoa' coube perfeitamente para aquela mulher que virou bicho desde que Marcinho (Antônio Haddad) foi espancado por um rapaz que morava no mesmo condomínio na Barra da Tijuca.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

"Elas por Elas" teve problemas visíveis, mas foi prejudicada pelo horário

 Ao contrário do que a atual cúpula da Globo pensa, remake não é garantia de sucesso. Até porque a emissora já teve muitas provas disso ao longo de seus quase 60 anos de existência. E "Elas por Elas", que chegou ao fim nesta sexta-feira (12/04), entra para a lista de adaptações que não deram certo na teledramaturgia. No entanto, a releitura da obra de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1982, não merece ser classificada como uma novela ruim. Muitos pontos precisam ser analisados a respeito da rejeição do público ao enredo que contou a saga de sete amigas. 


A sinopse era simples. Lara (Deborah Secco), Taís (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli), Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles) se conheceram em um curso de inglês e, inseparáveis, compartilharam as alegrias e desafios típicos da juventude. Porém, em uma viagem de fim de semana, um trágico acontecimento quebra esse laço e provoca um hiato nessa amizade. Duas décadas e meia depois, Lara encontra uma foto antiga e tem a ideia de juntar o grupo novamente em sua casa, sem desconfiar que o momento do reencontro, que deveria ser de apenas alegria, iria trazer também grandes revelações e desenterrar mágoas que tinham ficado guardadas no passado. 

A trama original era marcada pelo marasmo, onde a ausência de grandes conflitos era uma constante. Até porque era outra época. Não havia internet, celular, redes sociais, enfim, uma avalanche de distrações para o telespectador. Nem mesmo a concorrência nos demais canais de televisão provocava uma disputa. Mas já naquela época o quesito comicidade fazia a diferença nos folhetins das sete.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Ótimo como Sérgio, Marcos Caruso foi valorizado em "Elas por Elas"

 O telespectador mais atento já está cansado de saber que todas as novelas depois da pandemia praticamente aboliram a presença de atores mais velhos em cena. Dá para contar nos dedos de uma mão quantos estão no elenco dos três folhetins atuais da Globo. O etarismo está a cada dia mais descarado. Ator ou atriz com mais de 65 anos na televisão virou raridade. Por isso é tão gratificante ver Marcos Caruso em "Elas por Elas". 


O veterano, aos 72 anos, ganhou um dos melhores personagens do remake de Alessandro Marson e Thereza Falcão. O personagem foi interpretado brilhantemente pelo saudoso Mário Lago na obra original de Cassiano Cabus Mendes, exibida em 1982. Mas há 42 anos o pai de Helena (Aracy Balabanian) não tinha o mesmo destaque que tem agora. Até porque a releitura dos autores passou a contar uma história inédita depois do centésimo capítulo, que marcou o encerramento da obra na época. A descoberta da troca dos bebês ocorreu apenas no penúltimo capítulo e nem deu tempo para aproveitar os bons desdobramentos que aquele crime causaria. A dupla soube aproveitá-los na adaptação. 

E o aproveitamento dos conflitos em torno do principal núcleo de "Elas por Elas" vem proporcionando para Caruso uma sucessão de ótimas cenas. Até porque na versão original Sérgio era o responsável pela troca das crianças, mas não pelo assassinato de Bruno.