Mostrando postagens com marcador Bento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bento. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 11 de julho de 2016

"Velho Chico" apresenta sensível melhora e elenco se destaca

A atual novela das nove entrou em crise quando mudou de fase. Ao contrário da linda primeira fase, a segunda apresentou sérios problemas de continuidade em relação a alguns atores escolhidos, confusão sobre a época da história em virtude dos figurinos e um ritmo modorrento que afastou de vez o telespectador. A história de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi seguiu equivocada e sem atrativos por longos meses; entretanto, o folhetim teve uma sensível melhora e começou a fluir, finalmente. O capítulo em que Tereza conta para Santo que Miguel é seu filho, por exemplo, rendeu primorosas cenas e grandiosas interpretações.


A aguardada sequência foi interpretada magistralmente por Domingos Montagner e Camila Pitanga, totalmente entregues aos sentimentos dos personagens. A indignação e o choque de Santo puderam ser observados com nitidez, assim como a tristeza e o arrependimento de Tereza. O ator logo depois ainda protagonizou uma cena ótima com Giullia Buscacio, quando Santo fez questão de afastar Olívia de Miguel em um ato desesperado, deixando os filhos chocados e sem entender a furiosa reação. Gabriel Leone foi outro nome que merece aplausos. Ele, aliás, brilhou no momento em que Tereza conta para seu filho sobre o seu verdadeiro pai. A dor do menino pôde ser sentida.

E enquanto todos esses acontecimentos dramáticos eram exibidos, Lucy Alves e Marcelo Serrado se destacaram nos instantes em que Luzia e Carlos Eduardo elaboravam planos para afastar Tereza e Miguel, especulando sobre a revelação a respeito da paternidade de Miguel. A frieza com que os dois agiram despertou atenção, evidenciando a competência dos intérpretes ---- Marcelo, inclusive, conseguiu acertar o tom de seu vilão, que agora começa a crescer no enredo.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Brilhando em "Velho Chico", Irandhir Santos é um ator que sempre se destaca

A nova fase de "Velho Chico" vem enfrentando sérias dificuldades. A passagem de tempo ficou confusa e algumas escalações foram bem equivocadas, o que prejudicou o conjunto da obra. A crise de identidade se faz presente o tempo todo e autoria e direção parecem não se comunicar. São vários os equívocos. Porém, apesar dos evidentes problemas (inclusive de audiência), a trama (que se passa em 2016, por mais que não pareça) vem se beneficiando com algumas ótimas atuações. Uma delas é a de Irandhir Santos, que vive o irmão de Santo (Domingos Montagner).


Bento foi um personagem relativamente apagado na primeira fase da trama de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Bruno Luperi (a filha Edmara Barbosa abandonou a produção). Entretanto, na segunda, o personagem ganhou uma grande importância e tem se mostrado um dos melhores perfis desta nova etapa do enredo da novela das nove. Vereador íntegro e apaixonado pela terra, o homem com aparência de sofrido nunca esqueceu a morte do pai Belmiro (Chico Diaz) e entra em conflito com seu irmão justamente em relação aos 'métodos' que ambos usam para tentar fazer justiça. Ele quer a morte de todos os responsáveis, já Santo não quer sujar as mãos de sangue.

Mas, ao mesmo tempo que parece um ser cego de ódio, o personagem também tem um lado doce que é mais exposto quando está perto de Beatriz (Dira Paes), professora que luta pelo direito das crianças e dos trabalhadores da região. Bento teve um encantamento imediato por aquela mulher que tem ideais bem parecidos com os dele.

sábado, 2 de novembro de 2013

Com um final coerente e emocionante, "Sangue Bom" fecha seu ciclo e sai de cena honrando suas inúmeras qualidades

A novela das sete que abusou da complexidade de seus personagens, da metalinguagem na história, do ótimo texto e da crítica ao mundo das celebridades fechou seu ciclo. Com 160 capítulos exibidos, "Sangue Bom", dirigida por Dennis Carvalho, chegou ao fim abusando da emoção e do bom humor, características que marcaram a trama desde o primeiro capítulo. E o telespectador que acompanhou, torceu, chorou, riu e se envolveu com esse folhetim com certeza terá boas lembranças para guardar.


A história de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari foi a primeira novela inédita da dupla ---- a anterior ("Ti ti ti") era um remake, assim como "Anjo Mau", cujo autoria era somente de Maria Adelaide, já que Vincent na época era só colaborador. E essa estreia foi em grande estilo. Os autores conseguiram apresentar todos os elementos clássicos de uma novela das sete e ainda souberam brincar com muitas críticas sociais que eram inseridas na obra de uma forma ácida e totalmente real.

Através da Amora (Sophie Charlotte), a personagem que carregou a trama, foi abordado o conflito entre o 'ser' e o 'ter', em meio ao 'submundo' das celebridades, que servia como pano de fundo para toda a história central. A patricinha vivia de sua imagem, apresentava um programa que falava sobre a rica vida

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

"Sangue Bom": seis personagens, três casais e várias torcidas

"Sangue Bom" não emplacou na audiência. A novela das sete, infelizmente, nunca conseguiu atingir índices satisfatórios no ibope. Porém, apesar dessa grande injustiça nos números (afinal, a trama é excelente), a obra de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari despertou torcidas fervorosas na internet. Tudo por causa dos três casais centrais da história, composto pelos seis protagonistas.


À medida que os pares foram se formando, se separando e voltando, o público foi se envolvendo e torcendo pelos casais. E alguns torcedores levam a novela tão a sério que entram em discussões, com direito a xingamentos e ameaças, para defender seu personagem preferido e atacar tanto o perfil que detesta quanto o que gosta. Esse tipo de reação e envolvimento do telespectador costuma ocorrer quando não há vilões presentes nos imbróglios amorosos. "A Vida da Gente" e "Guerra dos Sexos" foram novelas relativamente recentes que apresentaram essa mesma situação.

Na trama de Lícia Manzo, havia o time torcedor da Manu (Marjorie Estiano) e o time torcedor da Ana (Fernanda Vasconcellos). E as torcidas queriam que suas personagens prediletas ficassem com Rodrigo (Rafael Cardoso) no final. A autora optou por seguir a sinopse e colocou Manu com Rodrigo, o que agradou o

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Marco Pigossi e Sophie Charlotte: talento em dose dupla

Eles ainda têm um longo caminho para percorrer na carreira artística, mas pode-se dizer que Marco Pigossi e Sophie Charlotte estão amadurecendo a olhos vistos. E esse amadurecimento pôde ser analisado com mais clareza nas cenas protagonizadas por eles nos capítulos mais recentes de "Sangue Bom". Os atores, que fazem parte do sexteto protagonista, impressionaram.


Como já era de se esperar, todas as sequências envolvendo a queda da máscara de Amora foram intensas e muito bem escritas. A 'it girl' teve a troca do exame de DNA descoberta, sua falsa-gravidez foi desmascarada e todas as suas armações foram expostas. Para culminar, está acuada após receber várias mensagens ameaçadoras do verdadeiro autor da sabotagem do Kim Park e do empurrão dado em Malu (Fernanda Vasconcellos). A patricinha perdeu o chão e ainda se viu abandonada por sua mãe adotiva, Bárbara Ellen (Giulia Gam), que pulou do barco ao vê-lo afundando. E a mais dolorosa perda da complexa protagonista foi Bento, seu grande amor de infância.

Amora se desesperou por completo quando o florista a confrontou sobre as acusações feitas contra ela e, após transferir a responsabilidade para Socorro (sua talifã cúmplice, interpretada por Tatiana Alvim), chegou a culpar a própria irmã (Simone - Andreia Horta) pelos seus crimes. Bento se indignou com as mentiras

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Complexidade do sexteto central é um dos grandes acertos de "Sangue Bom"

Criar um casal protagonista que agrade é, sem dúvida, uma das muitas dificuldades de um novelista. E não tem sido fácil alcançar esse objetivo, afinal, o telespectador não engole mais qualquer 'dupla'. Não faltam exemplos de personagens centrais que fracassaram, sendo sumariamente apagados pelos coadjuvantes. Portanto, pode-se dizer, tendo como base os riscos que esses papéis correm, que Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari resolveram apostar alto lançando logo seis protagonistas. Mas o que poderia ser uma catástrofe, acabou virando um dos grandes acertos de "Sangue Bom".


O sexteto central é claramente inspirado no poema "Quadrilha", um clássico do Carlos Drummond de Andrade: "João amava Tereza que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para a tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou-se com J. de Pinto Fernandes que não tinha entrado na história". No caso da novela, Fabinho (Humberto Carrão) não ama ninguém, enquanto Malu (Fernanda Vasconcellos) ama Maurício (Jayme Matarazzo) que ama Amora (Sophie Charlotte) que ama Bento (Marco Pigossi) que também ama Amora, não correspondendo ao sentimento de Giane (Isabelle Drummond).

Porém, mesmo sendo perceptível essa inspiração dos autores, não há dúvidas que a confusão amorosa da trama é, com todo respeito ao Carlos Drummond, infinitamente superior ao poema. Cada protagonista tem uma