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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

"Verão 90": o que esperar da próxima novela das sete?

A substituta de "O Tempo Não Para" terá uma linguagem parecida com a trama de Mário Teixeira: muita comédia e situações voltadas para um clima leve. No entanto, a história de "Verão 90" será bem mais musical e a trilha sonora promete ser uma personagem à parte. O grande atrativo das primeiras chamadas, inclusive, é a seleção repleta de músicas que marcaram os anos 90 e até hoje mexem com quem viveu um tempo não tão distante assim. É até estranho chamar um enredo ambientado em 1993 como "de época".


Escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral, a história, dirigida por Jorge Fernando, vai trazer como protagonistas o trio João (João Bravo/Rafael Vitti), Manuzita (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond) e Jerônimo (Diogo Caruso/Jesuíta Barbosa). O grupo infantil Patotinha Mágica (claramente inspirado nos icônicos "Balão Mágico" e "Trem da Alegria") fará muito sucesso nos anos 80 e, com a separação, os três voltam a se encontrar somente nos anos 90, já adultos e com muitos sentimentos mal resolvidos. O enredo se baseia na trajetória desses três personagens, que formarão um triângulo amoroso com direito a mocinhos e um vilão.

Na infância, Manuzita era a menina mais amada do Brasil. E quando os irmãos Guerreiro, João e Jerônimo, se juntaram a ela, a "Patotinha Mágica" virou sinônimo de sucesso. Mas aquele sonho não durou muito e o fim do grupo se deu em meados dos anos 80. Já em 1990, João é um universitário que comanda um programa de rádio para o público jovem.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A sina de "Malhação"

Mais uma temporada de "Malhação" (cujo nome foi "Malhação - Viva a Diferença") está chegando ao fim. O seriado adolescente, que completou 20 anos em 2015, segue revelando talentos e ocupando o posto de uma das produções mais longevas da Globo. Porém, há uma espécie de sina que vem perseguindo o formato desde 2010: uma temporada ótima é sempre substituída por uma muito ruim. Claro que a conjuntura é apenas uma mera coincidência. Todavia, é algo que, involuntariamente, desperta atenção.


Entre 2002 e 2004, por exemplo, foi possível observar a alternância de qualidade entre uma estreia e outra. A fase de 2002 foi protagonizada por Juliana Silveira (Júlia) e Henri Castelli (Pedro), entrando para a lista de melhores temporadas do seriado. A trama tinha um enredo principal forte (famílias que passaram a se odiar em virtude de um erro médico) e um casal protagonista repleto de química. A vilã vivida por Bárbara Borges (Thaíssa) também era ótima, assim como os núcleos paralelos, vide a dupla cômica formada por Maumau (Cauã Reymond) e Cabeção (Sérgio Hondjakoff). Fez um merecido sucesso.

Já a temporada substituta, a de 2003, decaiu visivelmente. Ao contrário da anterior, o casal principal era insosso. Manuela do Monte e Sérgio Marone não convenceram e todo o drama do par cansava pelo nível de infantilidade. A vilã obsessiva, interpretada por Nathalia Rodrigues, também não empolgou e o conjunto era fraquíssimo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Narrativa ousada, elenco de peso e tramas fortes marcaram o sucesso de "Justiça"

"Toda justiça termina em castigo? Quem busca justiça aceita o perdão? Justiça a qualquer preço é justiça?" A minissérie escrita por uma inspirada Manuela Dias e dirigida por um brilhante José Luiz Villamarim respondeu essas perguntas na última semana, e ao longo da trama --- ambientada em Recife, fugindo do eixo RJ/SP ---, que já é uma das melhores produções do ano. Foram 20 episódios, exibidos durante cinco semanas, que apresentaram histórias extremamente fortes, prendendo o telespectador através de situações cruelmente reais e com personagens muito bem construídos pela autora.


A ousadia da narrativa foi a principal característica da minissérie, que apresentava um protagonista por dia e interligava os dramas de forma eficiente, exigindo uma maior atenção do público. A personagem principal da segunda era coadjuvante na terça e quase figurante na quinta e na sexta, por exemplo. Todos os perfis acabavam sendo vistos sempre, mas em diferentes posições e ângulos. A mesma cena era assistida várias vezes ao longo da semana, dependendo da mudança de foco do enredo. A 'novidade' bastante arriscada se mostrou um dos pontos altos de "Justiça", destacando o trabalho minucioso do diretor e sua equipe.

José Luiz Villamarim (que novamente teve o grande Walter Carvalho como parceiro, após as primorosas "O Canto da Sereia", "Amores Roubados" e "O Rebu") se preocupou em cada detalhe, valorizando a atuação do elenco, expondo a complexidade, a solidez e a controvérsia de todos aqueles personagens. O grau de dificuldade em gravar várias sequências de ângulos distintos era alto, mas o resultado foi o melhor possível.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Com "A Vida da Gente" e "Sete Vidas", Lícia Manzo comprovou que sabe retratar com maestria a alma humana

O Brasil sempre teve grandes autores de novelas. Tanto que o folhetim virou uma das grandes marcas do país, sendo referência em vários lugares do mundo. A Globo exporta produções com grande facilidade e as histórias já foram traduzidas em diversos idiomas. Uma das receitas deste sucesso é a pluralidade do time dos escritores. Cada um tem características específicas, o que implica na identidade de sua obra. E, mesmo tendo escrito apenas duas novelas, pode-se afirmar que Lícia Manzo vem se destacando neste cenário da teledramaturgia.


A autora (que também é atriz, diretora, produtora e roteirista) já colaborou em vários episódios do extinto "Sai de Baixo", escreveu, em parceria com colegas, uma temporada de "Malhação" (2003/2004) e estreou como titular na linda série "Tudo Novo de Novo", em 2009, sendo supervisionada por Maria Adelaide Amaral. Mas foi em 2011 que Lícia se tornou mais conhecida do grande público em virtude da impecável "A Vida da Gente", sua primeira novela. Ela emocionou o telespectador com uma história extremamente delicada e dramática. E se ainda havia alguma dúvida do seu talento, a mesma foi aniquilada depois de quatro anos. Afinal, a escritora voltou a sensibilizar com a linda "Sete Vidas", terminada recentemente (primeira semana de julho).

Não é qualquer autor que consegue retratar a alma humana tão bem quanto Lícia. Seu estilo lembra muito o de Manoel Carlos, uma vez que também costuma utilizar as situações cotidianas para desenvolver a história e seus personagens são quase todos de classe média. Outra semelhança é a ausência de núcleo cômico, focando somente nos dramas. Porém, a autora tem uma sensibilidade maior para a abordagem das relações.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Comemorando 50 anos, Globo foi bem presenteada com "O Rei do Gado", "Malhação Sonhos", "Sete Vidas" e "Alto Astral"

A Globo não tem motivos para comemorar os seus 50 anos no horário nobre. "Babilônia segue com uma audiência preocupante e está cheia de problemas de desenvolvimento. No entanto, este importante 2015 para a emissora tem sido bastante promissor na faixa das 16h30 às 20h30. "O Rei do Gado" no "Vale a Pena Ver de Novo", "Malhação Sonhos", "Sete Vidas" e "Alto Astral" (esta recém terminada) vêm garantindo bons índices e todas são produções de muita qualidade.


A reprise de um dos maiores sucessos de Benedito Ruy Barbosa foi um grande presente para a grade vespertina da Globo. A audiência da reexibição de "Cobras & Lagartos", trama anterior, foi desastrosa e oscilava entre 9 e 12 pontos, números nada atrativos para os padrões da líder. Mas, a trama em torno da inesquecível rivalidade entre os Mezenga e os Berdinazzi ---- somada ao ótimo elenco composto de nomes como Raul Cortez, Antônio Fagundes, Patrícia Pillar, Ana Rosa, Carlos Vereza, entre outros ---- elevou o Ibope, e desde então o folhetim vem obtendo índices em torno dos 17 pontos, com pequenas variáveis.

"Malhação Sonhos", por sua vez, também conseguiu aumentar os números da fraca temporada anterior chamada de 'Casa Cheia'. Rosane Svartman e Paulo Halm vêm conduzindo a história com competência. Eles evitam qualquer tipo de enrolação, procurando sempre manter o enredo movimentado (mesclam momentos cômicos com dramáticos muito bem), e ainda fazem uma boa inserção de pequenos números musicais em algumas cenas.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Série impecável, "Os Experientes" valorizou os atores veteranos e comprovou que a velhice rende várias histórias primorosas

Foram apenas quatro episódios. "Os Experientes" estreou no dia 10 de abril e teve seu último episódio exibido no dia 1º de maio. A série foi produzida no final de dezembro de 2013 e início de 2014, mas só conseguiu espaço na grade da Globo em 2015. E é de se lamentar não só a demora da emissora para colocar este produto no ar, como também a curta temporada. Afinal, o seriado que colocou os mais velhos como protagonistas apresentou um conjunto de qualidades.


A produção expôs mais uma parceria de sucesso entre a Globo e a O2 Filmes (responsável pela coprodução), repetindo a competência vista em "Felizes para sempre?", minissérie do início do ano, citando apenas um exemplo mais recente. Dirigida por Fernando Meirelles e criada pelo seu filho, Quico Meirelles, a série (roteirizada por Antônio Prata, que escreveu o primeiro, e Márcio Alemão Delgado, escritor dos três restantes) apresentou quatro episódios independentes, colocando em evidência várias formas de lidar com a experiência de vida, e todos foram primorosos.

O primeiro contou com a luxuosa participação de Beatriz Segall vivendo a esperta Yolanda, senhorinha que se viu vítima de um assalto a banco e conseguiu ser mais inteligente que o assaltante e os policiais juntos. A atriz teve uma ótima parceria com João Cortês, ator conhecido pelos comerciais de celular que se mostrou uma grata surpresa.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Fabinho e Amora de "Sangue Bom": dois personagens, duas histórias e muitas semelhanças

Eles apresentaram atitudes de vilões, mas nunca passaram perto disso. São personagens complexos, controversos, com um passado em comum a respeito do abandono, e que fizeram de tudo para alcançar seus objetivos, incluindo passar por cima dos outros sem se importar com as consequências futuras. E ainda são interpretados por dois excelentes atores, que se entregaram completamente desde o início da novela. Sim, Fabinho e Amora, interpretados brilhantemente por Humberto Carrão e Sophie Charlotte, têm muito mais semelhanças do que diferenças.


Fabinho foi abandonado por sua mãe (Irene - Débora Evelyn) e sempre guardou essa mágoa. Quando foi adotado por um casal rico, achou que teria a vida que sempre mereceu, porém, quando a 'nova' família perdeu tudo, o 'bad boy' se revoltou e passou a descontar toda sua raiva na mãe (Margot - Noemi Marinho), que sempre lhe tratou com muito carinho, aguentando todas as humilhações calada. Já Amora teve um agravante, pois foi abandonada duas vezes: na primeira, ela e a irmã (Simone - Andreia Horta) foram parar na rua. Na segunda, a sua própria irmã foi embora, a deixando sozinha sem ter para onde ir. Ela acabou indo parar no 'abrigo' de Gilson e Salma (Daniel Dantas e Louise Cardoso) até ser adotada por Bárbara Ellen (Giulia Gam), que lhe ensinou tudo o que havia de mais desprezível para conseguir 'vencer' na vida.

O 'bad boy' demonstrava uma frieza assustadora e sempre fazia questão de humilhar todos que apareciam na sua frente. Porém, na frente de quem tinha influência ou era rico, ele se transformava e fingia ser uma pessoa atenciosa e eficiente. Foi assim na agência de Natan (Bruno Garcia), onde bajulou

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Salve Jorge: grandes atores desperdiçados em insignificantes histórias

A novela das nove já chegou praticamente na metade e continua sem empolgar. Abusando das situações absurdas no núcleo central e da total falta de acontecimentos relevantes nos núcleos secundários, "Salve Jorge" segue seu rumo enfrentando muitas críticas e pouca repercussão. Entretanto, o que não se pode negar é a imensa qualidade do elenco escalado. Um grande time foi escolhido e quase todos são excelentes atores, dignos de muitos elogios. Mas mesmo tendo essa qualidade, fica claro que Glória Perez escalou gente demais para histórias de menos.


Incluindo as participações e o elenco de apoio, há quase 100 atores na novela. É muita gente. Não é surpreendente que não haja espaço para todos se destacarem. Afinal, é praticamente impossível desenvolver vários núcleos em nível de igualdade, ainda mais com tanto ator no time. Entretanto, apesar da situação ser previsível, é lamentável ver profissionais que já defenderam tantos personagens bons 'jogados' de lado em "Salve Jorge".

Uma pena ver atores como Nicette Bruno, Ana Beatriz Nogueira, Jandira Martini, Walderez de Barros, Isaac Bardavid, Cristiana Oliveira, Eva Todor, Elizângela, Ernani Moraes, Cissa Guimarães, Rosi Campos, Stênio Garcia, Nivea Maria, Natália do Vale e tantos outros aparecendo menos do que coadjuvantes de um

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Silvio de Abreu erra ao não inserir novas histórias em Guerra dos Sexos

Com pouco mais de 30 capítulos no ar, o remake escrito por Silvio de Abreu não está agradando. As críticas são constantes e a audiência não tem correspondido --- embora todas as novelas estejam enfrentando dificuldades no ibope. Muitos responsabilizam a temática ultrapassada da trama para justificar a rejeição, mas a verdade é que esse nunca foi o problema.


O eterno embate entre homens e mulheres não ficará cansativo tão cedo, uma vez que ainda está presente em nossa sociedade. Basta perguntar aos homens o que eles acham das mulheres ao volante, ou o que as mulheres acham dos homens tentando fazer várias coisas ao mesmo tempo, por exemplo. O assunto ainda rende muito. Os erros do remake são outros e passam longe do tema central --- que aliás, é o único que mostra essa guerra entre homens e mulheres, tendo Otávio e Charlô como protagonistas.

Todos os telespectadores que viram a primeira versão de "Guerra dos Sexos" constatam que Silvio de Abreu está praticamente escrevendo os mesmos diálogos e as mesmas cenas, sem mudar nada. São poucas as alterações. E é justamente aí que está o erro. Histórias que fizeram sucesso anos atrás, muitas vezes não apresentam o mesmo fôlego para os dias de hoje e precisam ser