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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os piores do ano

 Após a tradicional e triste retrospectiva dos artistas que nos deixaram em 2021, chegou a hora da também conhecida retrô do que de pior passou pela televisão. A pandemia do novo coronavírus segue aterrorizando a vida da população mundial, embora o avanço da vacinação tenha contribuído para uma maior circulação de pessoas. No entanto, as produções televisivas ainda estão em período de dificuldades. Mas alguns produtos se mantêm equivocados com ou sem pandemia. Vamos a eles: 


"Se Joga":

O programa criado para ficar no lugar do "Vídeo Show" nunca deu certo. Nem um dia sequer. A Globo criou um formato vazio, cansativo e que misturava tudo e não apresentava nada. Érico Brás, Fabiana Karla e Fernanda Gentil nunca conseguiram um bom entrosamento e a artificialidade na apresentação predominava. A pandemia do novo coronavírus fez a emissora priorizar o jornalismo em sua programação e vários programas saíram do ar momentaneamente. Porém, a Globo insistiu no formato apenas aos sábados e tentou trazê-lo de volta. Mas apenas com Fernanda Gentil no comando e sem games. Apenas repercutindo notícias dos artistas. Pareceu um "Vídeo Show" genérico. Novamente não funcionou. Estreou em março e saiu do ar no final de julho. 



"Zig Zag Arena":

Fernanda Gentil não tem sorte com programas. Desde que migrou dos esportes para a área do entretenimento, a apresentadora só entrou em furada. A Globo só cria formato péssimo para sua contratada. A emissora a tirou do "Se Joga" e a enfiou em um programa de games aos domingos que se mostrou um equívoco completo. O cenário luxuoso e cheio de luzes impedia o telespectador de prestar atenção na disputa e a ideia de colocar narradores e comentaristas ---- Everaldo Marques, Hortência e Marco Luque ---- para transformar a 'diversão' em um jogo sério não funcionou. Inicialmente, os competidores seriam médicos, advogados, enfim, pessoas anônimas. Mas logo no domingo seguinte apelaram para famosos com o intuito de chamar mais atenção. Nem assim deu certo. O fracasso foi tanto que a Globo tirou o programa do ar no dia 19 de dezembro e o planejamento era mantê-lo até dia 30 de janeiro de 2022. A atração chegou a ficar em terceiro lugar de audiência. 

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Reprise comprovou que "Império" foi uma novela regular e sustentada apenas pelo núcleo central

"Império" teve 203 capítulos em sua exibição original, entre julho de 2014 e março de 2015. A reprise da saga do comendador José Alfredo de Medeiros (Alexandre Nero), que chega ao fim nesta sexta-feira (05/11), foi exibida quase na íntegra. Na época, a trama de Aguinaldo Silva fez sucesso: elevou em três pontos a média geral, derrubado por "Em Família", fracasso anterior, escrito por Manoel Carlos. No entanto, a reexibição não repetiu o feito: a média foi bem menor que as reprises de "Fina Estampa" e "A Força do Querer". 


Apesar do êxito nos números do Ibope em 2014, a trama pode ser classificada apenas como regular. Não foi uma obra péssima e conseguiu ser bem melhor do que dois folhetins relativamente recentes do autor ---- a já citada e problemática "Fina Estampa" e o fiasco "O Sétimo Guardião". Entretanto, esteve longe de ser uma novela ótima. A história teve muitos equívocos, mas o núcleo central sustentou bem "Império", sendo o seu maior acerto. A família Medeiros teve dois perfis de destaque muito complexos (Zé Alfredo e Maria Marta) e os embates pelo comando da empresa de joias sempre eram atrativos.

O autor foi muito corajoso ao colocar um homem repleto de desvios de conduta e extremamente arrogante como protagonista, e ainda escolher Alexandre Nero para interpretá-lo. Toda a coragem valeu a pena, afinal, o comendador (um típico anti-herói) caiu nas graças do público, fez sucesso e o ator deu um verdadeiro show na pele do personagem que até hoje é o melhor de sua carreira.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Ótimo em "Império", Alexandre Nero também vem brilhando em "Nos Tempos do Imperador"

 A estreia de Alexandre Nero na televisão foi tardia. Com 38 anos, em 2008, o ator caiu nas graças do público logo em sua primeira novela. Na pele do humilde verdureiro Vanderlei, Alexandre se destacou vivendo um dos personagens de menor importância de "A Favorita", primeira novela de João Emanuel Carneiro no horário nobre. Pois seis anos se passaram e o ator ganhou sua melhor oportunidade como o protagonista de "Império", em 2014, na trama de Aguinaldo Silva, cuja reprise se encerra nesta semana. Ao mesmo tempo, o intérprete vem brilhando em "Nos Tempos do Imperador", a primeira novela das 18h inédita em tempos de pandemia. 


José Alfredo foi um personagem bem complexo e engrandecedor para qualquer ator. O protagonista da trama mesclava momentos de vilania com atos enobrecedores. Era machista, frio, amoroso, cruel, heroi, vilão, sonegador, honesto, canalha, sincero, enfim, uma contradição ambulante. Uma escolha ousada do autor que deu certo, já que nem todo personagem central com tais características funciona. O carisma do intérprete ajudou bastante na aceitação popular. 

A complexidade dos sentimentos do comendador ao longo do enredo proporcionou para Alexandre Nero cenas ótimas, que evidenciaram o acerto de sua escalação. O ator esteve impecável na pele do bem construído e machista personagem, que tinha uma amante muito mais jovem, era pai de quatro filhos e casado com uma mulher que só pensava em poder. Aguinaldo escreveu José Alfredo especialmente para o ator e acertou em cheio.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Romance de Maria Isis e José Alfredo foi um dos muitos equívocos de "Império"

 Há reprises que envelhecem mal ou então despertam um novo olhar do público após anos da primeira exibição. O caso de "Império", novela de Aguinaldo Silva atualmente reprisada no horário nobre, não chega a ser um caso de enredo que tenha envelhecido mal. Porém, a relação entre José Alfredo (Alexandre Nero) e Maria Isis (Marina Ruy Barbosa) provoca uma percepção que em 2014 muitos não tiveram ou ignoraram. 

O casal sempre foi tratado pelo autor como uma espécie de 'mocinhos', ainda que o comendador tenha passado longe do tipo heroico. Aliás, uma das qualidades da novela foi o protagonismo de um personagem com tantas camadas e com sérios desvios de caráter. Uma atitude ousada e válida, que fez muito sucesso. Mas o par formado por Zé Alfredo e Isis é problemático em vários aspectos. E vale ressaltar que o romance não teve uma grande aceitação na época, por mais que Aguinaldo tenha se esforçado. Grande parte do público ficou do lado de Maria Marta (Lília Cabral). Ou seja, a situação não envelheceu mal porque na época já não tinha obtido o êxito desejado. Mas os motivos da relação do personagem central com sua amante ter sido um erro não foram muito comentados. 

O fato é que o contexto peca logo no início quando apresenta Maria Ísis como uma garota que não faz nada da vida e vive em um apartamento de luxo bancado por um homem que tinha idade para ser seu pai. Nada contra relações com diferenças de idade, mas a situação desperta incômodo a partir do momento em que o comendador chama a amada de "sweet child" (doce criança).

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

João Lucas e Du formaram o único bom casal de "Império"

 A reprise de "Império" serviu para comprovar o que já tinha sido observado na época: todos os casais são ruins. Mas há uma exceção. Um par que conseguiu despertar o interesse justamente por causa da cumplicidade do casal. A parceria entre João Lucas (Daniel Rocha) e Du (Josie Pessoa) se destaca em meio a pares que muitas vezes se perdem com histórias cansativas ou que não se desenvolvem a contento. O filho mais novo de José Alfredo (Alexandre Nero) e Maria Marta (Lilia Cabral) ganha atrativas nuances quando está ao lado de sua fiel companheira.


João Lucas sempre foi um rebelde sem causa e fazia de tudo para provocar os pais. Se sentia rejeitado  e sozinho (tendo um pouco de razão) naquela família tão preocupada em gerir os negócios para multiplicar todo o império que foi conquistado pelo poderoso comendador. Sua única companhia era Du, a melhor amiga e parceira de todas as horas. Ela sempre foi um anjo da guarda que o protegia das constantes encrencas que se metia.

A trama que os une é o clássico clichê --- que sempre funciona --- da amizade que se transforma em amor. Os dois têm um forte laço de cumplicidade e apresentam similaridades, como a rebeldia e a forma como vivem, usando a liberdade como uma aliada. Tanto que formam uma dupla dinâmica e são confidentes um do outro.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Marjorie Estiano substituiu Drica Moraes à altura, mas Cora decepcionou como vilã de "Império"

 A equipe de "Império" passou por um momento tenso na época em que foi exibida, em 2014. O terror de todo novelista aconteceu com Aguinaldo Silva: uma de suas principais atrizes precisou se afastar da novela por problemas de saúde. A grande Drica Moraes  precisou ser afastada após apresentar um quadro de labirintite e quando voltou a trabalhar estava afônica, sem poder gravar. O médico, então, recomendou o seu afastamento e todos, obviamente, concordaram. Mas para evitar um desastre na novela, o autor resolveu rapidamente o problema trazendo Marjorie Estiano de volta. O momento foi reexibido nesta terça-feira (03/08), sete anos depois.


A intérprete da Cora na primeira fase de "Império" foi chamada às pressas pela produção e topou na hora. Só pediu para enviarem os capítulos. O resultado de todo este imbróglio foi a gravação de uma cena em tempo recorde, onde a atriz conseguiu decorar o texto em menos de 24h e ainda incorporou a vilã com todos os trejeitos de Drica Moraes. Marjorie conseguiu o que parecia impossível: apagar completamente a personagem que viveu nos primeiros capítulos da trama e imprimir um novo tom interpretativo, muito mais condizente com o que a sua parceira estava fazendo até se afastar das gravações.

O resultado ficou impecável e a cena onde Cora se humilha pelo amor de José Alfredo (Alexandre Nero) foi brilhantemente defendida pela atriz. Suas expressões faciais e corporais, tanto na hora que Cora tira o véu que cobria seu rosto, quanto no momento que bebe e se insinua para o comendador, foram precisas e evidenciaram o imenso talento da profissional, que foi elogiada por Aguinaldo e Rogério Gomes na época.

terça-feira, 22 de junho de 2021

Não-casamento de Maria Clara rende ótimas cenas em "Império"

 A reprise de "Império" não vem marcando índices de audiência satisfatórios. A média está bem abaixo das reprises de "Fina Estampa" e "A Força do Querer", que a antecederam. Deixando a questão dos números de lado, a trama de Aguinaldo Silva foi mediana e o maior atrativo sempre foi o núcleo central com o enredo em torno do comendador, personagem que caiu nas graças do público. Os demais núcleos nunca se destacaram. Mas um das poucas sequências realmente ótimas da produção foram reexibidas nesta semana. 

Após um longo período de estagnação, a novela ganha uma boa catarse com os barracos protagonizados por Enrico (Joaquim Lopes). O homofóbico surta na sua despedida de solteiro, após o ataque a um travesti que foi colocado em sua festa, implicando em boas cenas, que ainda culminam no 'não casamento' de Maria Clara (Andreia Horta). Uma boa movimentação em torno do núcleo central do folhetim, o que destacou vários atores.

Joaquim Lopes pôde mostrar uma faceta ainda desconhecida do grande público com o destempero do seu personagem homofóbico, que perdeu o controle e surtou depois que se deparou com um travesti em sua despedida de solteiro.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Lilia Cabral virou a 'dona' do horário nobre da Globo

 A pandemia do novo coronavírus ainda está longe de acabar e o descontrole da doença tem adiado cada vez mais a estreia de produções inéditas na teledramaturgia. A Globo, principal produtora de novelas do país e do mundo, tem gravado as novas tramas a passos lentos, seguindo os protocolos de segurança. E as reprises têm marcado a imagem de alguns atores, que estão em quase todas. É o caso de Lília Cabral, que virou uma figura frequente no horário nobre desde que as reexibições começaram. 


A interrupção de "Amor de Mãe" ano passado, quando o coronavírus chegou ao Brasil, implicou na reprise de "Fina Estampa", imenso sucesso de Aguinaldo Silva, exibida em 2011. A novela era repleta de equívocos, mas Lília Cabral brilhou na pele de sua primeira protagonista: a batalhadora Griselda. Mais conhecida como Pereirão, a personagem era o que se chamava antigamente de "Torneira Mecânica", uma espécie de 'faz tudo'. 

Após ter vivido muitas peruas elegantes, a atriz conseguiu se reinventar na pele de uma mulher humilde na novela das nove. Infelizmente, a personagem acabou apagada pela grande repercussão de Crô (Marcelo Serrado) e a dupla formada com a vilã Tereza Cristina (Christiane Torloni). Também perdeu a consistência do enredo quando Griselda ganhou na loteria e ficou rica.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

No ar em quatro novelas, Rafael Cardoso domina a grade da Globo

 A Globo precisou apelar para as reprises em virtude da pandemia do novo coronavírus, que ainda está longe de acabar. Não só ela. Todos os canais estão reexibindo várias novelas enquanto as gravações das inéditas ainda não podem ser normalizadas. Mas ao menos a líder tinha um pouco de preocupação a respeito do desgaste da imagem dos atores, ainda que a regra tenha diminuído nos últimos anos por conta da não renovação de vários contratos de atores. Agora a missão ficou impossível e a maior prova é Rafael Cardoso. 


O ator está no ar em todas as novelas da Globo. A única exceção é "Malhação Sonhos", que não é considerada um folhetim e, sim, uma série de várias temporadas. Antes da interrupção das produções inéditas, Rafael estava em "Salve-se Quem Puder", no horário das 19h, na pele do dúbio Renzo. Após duas reprises ("Totalmente Demais" e "Haja Coração"), a emissora reprisou a trama de Daniel Ortiz desde o primeiro capítulo até entrar a parte final nesta segunda-feira (17/05), toda inédita, com 53 capítulos. 

Na faixa das seis, o intérprete está no ar com um de seus mais marcantes papéis: o Rodrigo, de "A Vida da Gente" (2011). Foi a primeira grande oportunidade de Rafael na Globo e soube aproveitar. Lícia Manzo escreveu muitas cenas dramáticas intensas e difíceis para um profissional mais limitado.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Os vencedores da 17ª edição do "Prêmio Contigo"

A décima-sétima edição do "Prêmio Contigo!" de Televisão aconteceu nesta segunda-feira (dia 8), no Copacabana Pallace (Rio de Janeiro),e  mais uma vez encerrando a leva de premiações referentes ao ano de 2014, ainda que muitas produções de 2015 tenham sido inseridas na lista de indicados. A festa contou com a presença de vários artistas e ainda homenageou os 50 anos da Rede globo e a grande Glória Pires, que se emocionou com o merecido reconhecimento à sua longeva carreira televisiva. A justiça prevaleceu na maioria das categorias, embora algumas vitórias (mesmo já esperadas) tenham decepcionado.


Apresentada pela extraordinária Fernanda Montenegro e pelo talentoso Mateus Solano, a premiação começou com um divertido momento da respeitada atriz dando um selinho em Mateus, que protagonizou em 2014 o histórico beijo de "Amor à Vida" com Thiago Fragoso. A dama do teatro e da televisão ainda brincou dizendo que eles deram o primeiro beijo gay do "Prêmio Contigo!" ----- curiosamente, o ator no ano passado esteve em uma história de sucesso e fez parte de um casal homossexual de extrema aceitação, ao contrário do que ocorre atualmente com Fernanda em "Babilônia".

A primeira categoria foi de Melhor Atriz Coadjuvante e a vencedora foi Marina Ruy Barbosa, pela Maria Isis, de "Império". Ela concorreu com Andreia Horta ("Império"), Giovanna Lancellotti ("Alto Astral"), Adriana Birolli ("Império"), Emanuelle Araújo ("Malhação") e Camila Morgado ("O Rebu"). Marina convenceu na trama e mereceu o prêmio, mas as concorrentes também mereciam, principalmente Andreia.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Os vencedores da 57ª edição do "Troféu Imprensa"

A 57ª edição do "Troféu Imprensa" foi ao ar neste domingo (12/04) e mais uma vez teve a espontaneidade de Silvio Santos como ponto alto. Apesar de muito gripado, o melhor apresentador do país fez seus deboches e conduziu a premiação com a sua conhecida competência, proferindo uma sucessão de pérolas. Não estava tão inspirado como nos outros anos (por questões óbvias), mas valeu mesmo assim. Já o time de jurados mais uma vez foi composto por figuras que sempre marcam presença, como Sônia Abrão, Leão Lobo, Décio Piccinini, Flávio Ricco, Ricardo Feltrin, entre outros.


Infelizmente, as injustiças viraram rotina no "Troféu Imprensa", uma vez que o esquema de votação para a classificação dos três finalistas é feita exclusivamente pela internet e o vitorioso de cada categoria é escolhido por cinco jurados, selecionados aleatoriamente. Esta soma de fatores acaba implicando em um festival de erros que já deveria ter sido solucionado. Mas em todo ano as mesmas situações são repetidas e nada é feito para mudar, o que deixa a premiação cada vez mais enfraquecida.

Porém, apesar do equívoco em várias indicações, alguns vencedores mereceram ganhar o troféu e, como programa de entretenimento, o formato ainda consegue prender a atenção. As gratas surpresas deste ano foram Marcos Caruso e Mariana Ximenes, que estiveram no palco com Silvio.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Sustentada pelo núcleo central e marcada por altos e baixos, "Império" foi uma novela apenas mediana

Foram 203 capítulos. "Império" estreou em julho de 2014 e chegou ao fim nesta sexta (13/03), encerrando a saga do comendador José Alfredo de Medeiros (Alexandre Nero), após quase oito meses de novela no ar. Aguinaldo Silva escreveu um folhetim clássico e muitas das situações apresentadas no núcleo central lembraram "Suave Veneno", produção que foi o seu maior fracasso na carreira. Mas desta vez o autor conseguiu conquistar a audiência e aumentou em três pontos a média geral do horário nobre, derrubado por "Em Família".


Apesar do êxito nos números do Ibope, a trama pode ser classificada apenas como regular. Não foi uma obra péssima e conseguiu ser bem melhor do que o último folhetim do autor ---- a fraca "Fina Estampa" ----, entretanto, esteve longe de ser uma novela ótima. A história teve muitos equívocos, mas o núcleo central sustentou bem "Império", sendo o seu maior acerto. A família Medeiros teve dois perfis de destaque muito complexos (Zé Alfredo e Maria Marta) e os embates pelo comando da empresa de jóias sempre eram atrativos.

O autor foi muito corajoso ao colocar um homem repleto de desvios de conduta e extremamente arrogante como protagonista, e ainda escolher Alexandre Nero para interpretá-lo. Toda a coragem valeu a pena, afinal, o comendador (um típico anti-herói) caiu nas graças do público, fez sucesso e o ator deu um verdadeiro show na pele do personagem que já é o melhor de sua carreira.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Momento romântico entre Maria Marta e José Alfredo resulta em uma linda cena na última semana de "Império"

No capítulo de terça-feira da última semana de "Império", Aguinaldo Silva presenteou o telespectador e os atores com uma das cenas mais bonitas da novela. Foi o raro momento em que Maria Marta (Lília Cabral) e José Alfredo (Alexandre Nero) se desarmaram e se declararam um para o outro. Uma situação muito esperada pelos fãs do casal (apelidados de Malfred) e também pelo público da trama que aguardava um momento mais sensível do principal par do folhetim que está perto do seu fim.


Após o casamento de Cristina (Leandra Leal) e Vicente (Rafael Cardoso), a imperatriz debochou do desejo dos recém-casados de passar a lua de mel no quartinho da noiva em Santa Teresa. Ao ouvir a ironia, o comendador falou sobre sua relação com ela e afirmou que luxo não tem nada a ver com amor, já que eles não foram felizes e não adiantou nada uma lua de mel em um hotel cinco estrelas. Porém, Maria Marta não ouviu calada e fez questão de dizer que os dois tiveram, sim, momentos de felicidade.

"Sinceramente, Zé? Uma vida fantástica, maravilhosa, com todos os momentos que um verdadeiro casal tem direito. Inclusive aqueles de pura baixaria. Nós fomos muito felizes, Zé. Demais da conta. Teve dias, até, que nós explodimos de tanta felicidade. E não adianta dizer ou fingir que não foi assim."

segunda-feira, 9 de março de 2015

"Império": uma novela onde os núcleos paralelos não funcionaram

A trama central de "Império" sempre foi o ponto alto da novela. Porém, há alguns meses, a estagnação, com o perdão do trocadilho, 'imperava' na obra de Aguinaldo Silva. A situação envolvendo a falsa morte de José Alfredo (Alexandre Nero) foi prolongada demais e cansou. Mas com o retorno do comendador ao 'mundo dos vivos', o núcleo principal voltou a despertar interesse e apresentar qualidades. Entretanto, em plena reta final (esta é a última semana), pode-se constatar que os núcleos paralelos não funcionaram.


Desde que a trama entrou em sua segunda fase, a família do protagonista se mostrou como o grande trunfo do autor. Os conflitos envolvendo o dono do império, Maria Marta (Lília Cabral), Maria Clara (Andreia Horta), João Lucas (Daniel Rocha), Du (Josie Pessoa), Zé Pedro (Caio Blat), Cristina (Leandra Leal) e Cora (Drica Moraes/Marjorie Estiano) são atrativos e promovem uma boa movimentação na história. Mas os enredos paralelos são desinteressantes e muitos se perderam ao longo da história.

Inicialmente, o núcleo envolvendo a bissexualidade de Cláudio Bolgari (José Mayer), a incrível benevolência de Beatriz (Suzy Rêgo) e a homofobia de Enrico (Joaquim Lopes), era responsável por boas cenas e dramas convincentes. No entanto, o romance do ricaço com Leo (Klebber Toledo) não caiu nas graças do público e, aos poucos, toda a trama daquela família foi se diluindo depois que o filho homofóbico abandonou Maria Clara no altar e viajou.

quinta-feira, 5 de março de 2015

O merecido crescimento de Othon Bastos na reta final de "Império"

A reta final de "Império" está voltada para o mistério envolvendo a identidade do enigmático Fabrício Melgaço, inimigo número um de José Alfredo (Alexandre Nero). Mas enquanto as especulações dominam as últimas semanas e Aguinaldo Silva lança pistas falsas para os telespectadores, um ator tem conseguido se destacar graças ao crescimento do seu personagem, que virou uma das principais figuras da história. E o nome dele é Othon Bastos.


Silviano tinha pouco destaque na novela e a maioria de suas cenas era com Lília Cabral. Os dois, aliás, tinham (e têm) uma ótima parceria cênica. E apesar das poucas sequências, ele fez falta quando precisou se ausentar do folhetim ---- logo no começo da produção ---- por questões de saúde (precisou tratar de uma doença chamada erisipela). Mas o mordomo de Maria Marta teve sua importância aumentada quando seu passado com a patroa foi desvendado: os dois foram casados antes da imperatriz conhecer o comendador.

A partir desta revelação, o personagem ganhou novos contornos e uma faceta desconhecia veio à tona: seu ódio por José Alfredo. A passividade e a fineza do empregado foram deixados de lado, cedendo espaço para uma fúria que fez Othon Bastos brilhar absoluto.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Alexandre Nero, Lília Cabral e Marjorie Estiano: os maiores destaques de "Império"

Que o ponto alto de "Império" foi o seu núcleo central, não há contestação. O drama da família milionária foi o grande atrativo da novela de Aguinaldo Silva, até porque os núcleos paralelos não funcionaram. E, neste enredo principal, já com a história perto do seu desfecho, ficou evidente que três atores se destacaram mais e foram os pilares da trama: Alexandre Nero, Lília Cabral e Marjorie Estiano. O trio sustentou o folhetim.


Alexandre Nero ganhou o melhor personagem de sua carreira. O comendador é um tipo ambíguo, que mescla momentos de fúria com instantes de doçura e sofrimento. Enriqueceu por meios ilícitos e se envolveu em vários crimes, forjando até mesmo uma falsa morte para escapar da justiça; entretanto, não é um mau-caráter e preza valores em sua família. Um perfil engrandecedor para qualquer ator e que 'vestiu' perfeitamente no intérprete, que dominou o papel logo no primeiro capítulo, honrando seu protagonismo.

E Lília Cabral estava merecendo uma ótima personagem depois de "Fina Estampa" e do remake de "Saramandaia". Ganhou. Mesmo não tendo sido a grande vilã prometida pelo autor, Maria Marta se revelou uma mulher sarcástica que sabe ser cruel quando quer, embora tenha seu lado humano. Apesar de todos os seus defeitos, ela ama de verdade José Alfredo e tem um imenso carinho pelos filhos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Zezé Polessa e Tato Gabus Mendes: uma dupla que deu certo em "Império"

O núcleo começou com pouca importância na novela "Império", mas aos poucos cresceu e foi ganhando cada vez mais espaço, muito em virtude do romance de Maria Isis (Marina Ruy Barbosa) e José Alfredo (impecável Alexandre Nero). Porém, ao longo dos capítulos, a trama de Severo (Tato Gabus Mendes) e Magnólia (Zezé Polessa) teve sua importância aumentada, honrando o talento dos atores, com direito a situações vividas exclusivamente por eles, sem a necessidade da dupla ser escada.


Os pais de Maria Isis e de Robertão (Rômulo Arantes Neto) são dois interesseiros natos e não se envergonhavam de explorar os filhos, pelo contrário, se orgulhavam deste feito. Enquanto arrancavam dinheiro que a ninfeta ganhava do seu comendador, os dois também tentavam pegar o dinheiro conseguido pelo filho, através de golpes dados em Téo Pereira (Paulo Betti), e ainda se envolveram em alguns trambiques, como a falsificação de um exame de DNA, após o pagamento de Cora (Drica Moraes).

Os personagens são picaretas e deploráveis, mas tudo que gira ao redor de ambos tem humor. A virada da trama ocorreu quando ficaram milionários graças a uma aposta que Severo fez com o dinheiro conseguido através de uma chantagem ----- que a esposa fez com o comendador. O casal passou a ostentar e transbordar cafonice nesta fase rica.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

João Lucas e Du: um ótimo casal de "Império"

Entre os casais de "Império", há um par que conseguiu despertar o interesse justamente por causa da cumplicidade do casal. A parceria entre João Lucas (Daniel Rocha) e Du (Josie Pessoa) se destaca em meio a pares que muitas vezes se perdem com histórias cansativas ou que não se desenvolvem a contento. O filho mais novo de José Alfredo (Alexandre Nero) e Maria Marta (Lilia Cabral) ganha atrativas nuances quando está ao lado de sua fiel companheira.


João Lucas sempre foi um rebelde sem causa e fazia de tudo para provocar os pais. Se sentia rejeitado  e sozinho (tendo um pouco de razão) naquela família tão preocupada em gerir os negócios para multiplicar todo o império que foi conquistado pelo poderoso comendador. Sua única companhia era Du, a melhor amiga e parceira de todas as horas. Ela, inclusive, sempre foi um anjo da guarda que o protegia das constantes encrencas que se metia.

A trama que os une é o clássico clichê --- que sempre funciona --- da amizade que se transforma em amor. Os dois têm um forte laço de amizade e apresentam similaridades, como a rebeldia e a forma como vivem, usando a liberdade como uma aliada. Tanto que formam uma dupla dinâmica e são confidentes um do outro.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O talento de Lília Cabral e o merecido destaque de Maria Marta em "Império"

Ela é uma das melhores atrizes do país e novamente está se destacando no horário nobre da Globo. Na pele da ambiciosa Maria Marta, Lília Cabral tem brilhado em "Império" e sua personagem cresceu ainda mais após a falsa morte de José Alfredo (Alexandre Nero). Ela tem protagonizado ótimas cenas e Aguinaldo Silva, que sempre a escala para suas novelas, a presenteou com um grande papel.


Apesar de Maria Marta ter sido uma promessa não cumprida ---- afinal, de acordo com as chamadas iniciais da trama ela seria a grade vilã da história ao lado de Cora (DricaMoraes/Marjorie Estiano) -----, a imperatriz vem sendo defendida com maestria por Lília e o autor imprimiu interessantes nuances no perfil. A personagem tem momentos de pura frieza, mas também expõe um lado emocional muito forte nos momentos de fraqueza. É um tipo complexo e longe de qualquer tipo de maniqueísmo.

Casou com José Alfredo por uma troca de interesses e ajudou o marido a construir seu tão cobiçado império. Porém, apesar deste início de relação um tanto quanto prático, a matriarca da família ama mesmo comendador e sua maior angústia é não ter este sentimento correspondido, principalmente depois que tramou um golpe para tirar Zé do comando da empresa com o intuito de colocar o filho José Pedro (Caio Blat) no lugar.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014: os melhores casais do ano

O ano de 2014 não foi muito feliz para as novelas. O número de fracassos foi maior que o número de êxitos ----- situação bem semelhante ocorreu em 2013, vale lembrar. Porém, os pares românticos, como não poderia deixar de ser, estiveram presentes em várias delas e muitos conquistaram o público. Alguns, inclusive, ainda estão no ar e repletos de cenas românticas para evidenciar bastante a boa química existente entre eles. Assim como ocorreu no ano passado, fiz uma seleção dos melhores casais da ficção.





Pedro e Karina ("Malhação Sonhos"):
A atual temporada está repleta de ótimos casais e este é um deles. Rafael Vitti e Isabella Santoni são gratas revelações e a química que têm em cena é nítida. O Exibido e a Esquentadinha formam um par apaixonante e a relação é claramente inspirada na ' A Megera Domada', que também serviu de inspiração para Petruchio (Eduardo Moscovis) e Catarina (Adrina Esteves) em "O Cravo e a Rosa". Karina sofre de problemas de autoestima e Pedro é um verdadeiro trapalhão. Os dois combinam muito e fazem um sucesso merecido.



Gina e Ferdinando ("Meu Pedacinho de Chão"):
O improvável casal foi ganhando destaque no remake de Benedito Ruy Barbosa, e o mundo encantado criado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho fez este par parecer com os contos da Disney. Entretanto, Gina era uma mulher briguenta e nada parecida com as princesas clássicas. Mas no final da história, ela acabou sendo conquistada de vez pelo seu 'príncipe' Nando e se desarmou por completo. Johnny Massaro e Paula Barbosa formaram um lindo casal e os atores brilharam.