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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019: os destaques do ano

Após cinco retrospectivas relembrando os artistas que deixaram saudades, os piores do ano, os melhores casais, as cenas mais marcantes e as melhores atrizes e atores de 2019, chegou a hora de listar os destaques do ano que passou. A última retrô do blog é sobre as produções que mais marcaram ao longo destes doze meses e foram vários trabalhos admiráveis que merecem menção. Vamos a eles.





"Espelho da Vida":
A novela de Elizabeth Jhin enfrentou dificuldades de audiência na faixa das 18h da Globo. E o início da trama se mostrou bastante arrastado. Porém, o enredo da autora sempre teve potencial e ganhou ritmo quando chegou quase na metade. O mistério que envolvia o assassinato de Júlia Castelo despertava interesse e as viagens no tempo da mocinha foram uma ousadia da escritora que funcionou. As relações entre os personagens estavam muito bem entrelaçadas e todos tinham alguma ligação com o passado. As várias teorias sobre os rumos do folhetim dominaram as redes sociais e a repercussão foi imensa. A trama foi a mais assistida da Globo Play enquanto esteve no ar e a terceira produção mais buscada pelo Google em 2019. Um feito e tanto. O final, então, foi repleto de adrenalina e cenas emocionantes. A produção foi um acerto. Vale destacar Vitória Strada, Alinne Moraes, Irene Ravache, Felipe Camargo, Rafael Cardoso, Clara Galinari, entre tantos outros bons nomes que deram um show.


"Bom Sucesso":
A atual novela das sete de Rosane Svartman e Paulo Halm, dirigida com maestria por Luiz Henrique Rios, é um fenômeno de audiência e todo o sucesso é merecido. Os autores, responsáveis pelas também ótimas "Malhação - Intensa" (2012), "Malhação Sonhos" (2014) e "Totalmente Demais" (2016), emplacaram outro produto de qualidade e conquistaram o público com uma história deliciosa que aborda a literatura com delicadeza, apresenta personagens bem construídos, forma casais apaixonantes e ainda explora viradas que emocionam e tiram o fôlego com boas doses de tensão. Impossível não se envolver com Paloma (Grazi Massafera), Marcos (Romulo Estrela), Alberto (Antônio Fagundes), Nana (Fabiula Nascimento), entre tantos outros bons e bem interpretados perfis. É o melhor folhetim das 19h desde "Totalmente Demais", ironicamente, também escrito por eles.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

Com mais de cento e trinta cenas na retrospectiva de melhores cenas da televisão, obviamente não faltou ator talentoso na telinha. Portanto, chegou a hora de listar as melhores atrizes e os melhores atores do ano que está perto do fim. Vários se destacaram, emocionaram e protagonizaram grandes momentos em novelas, séries e minisséries. Vamos a eles.



Melhores Atrizes:



1- Juliana Paes.
Após o imenso sucesso como Bibi Perigosa em "A Força do Querer", exibida em 2017, a atriz ganhou a Maria da Paz de Walcyr Carrasco. A boleira foi o centro das atenções de "A Dona do Pedaço" e Juliana protagonizou várias cenas dramáticas e cômicas com facilidade. Uma avalanche de emoções lindamente expostas por uma profissional cada vez mais reconhecida. O tipo mais popular de sua carreira, segundo a própria.



2- Grazi Massafera.
É inegável que a atriz teve uma virada na carreira em "Verdades Secretas", de 2015, quando impressionou o Brasil na pele da drogada Larissa. Depois teve um papel mais apagado em "O Outro Lado do Paraíso" e agora ganhou uma mocinha brilhantemente construída por Rosane Svartman e Paulo Halm em "Bom Sucesso". A ótima novela das sete vem sendo protagonizada com brilhantismo por uma atriz que empresta seu carisma a Paloma, uma costureira que ama os filhos e luta pelos seus.


domingo, 29 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019: as melhores cenas do ano

Mais um ano está chegando ao fim e mais uma vez o telespectador foi presenteado com várias cenas grandiosas da nossa teledramaturgia. Momentos marcantes de novelas, séries e minisséries emocionaram, impactaram ou divertiram ao longo de 2019. E muitas sequências merecem menção para relembrar o show dos atores, a competência da direção e o talento dos escritores. Vamos a elas.





Margot descobre que seu filho está morto em "Espelho da Vida":
O desespero e a dor de uma mãe pôde ser sentido através da entrega de Irene Ravache. O momento em que Margot ouviu Hugo (Cadu Libonati) dizer que o filho desaparecido estava morto dilacerou o coração de quem assistiu. Que cena espetacular.




Cris confunde passado e presente em "Espelho da Vida":
Após ter sido dopada, a mocinha surtou e acabou misturando os personagens do passado de 1930 com os do presente de 2019. Vitória Strada brilhou em uma das suas cenas mais difíceis da novela de Elizabeth Jhin e a cena ainda merece elogios pela direção de Pedro Vasconcellos.



sábado, 28 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019: os melhores casais do ano

Ao contrário de todos os sites e blogs, que optam em apenas selecionar os destaques e os piores do ano, o De Olho Nos Detalhes também engloba outra categorias nas listas de retrospectivas. E um dos diferenciais do meu modesto espaço é listar os melhores pares românticos das tramas. Em 2019, "Espelho da Vida," "Bom Sucesso", "A Dona do Pedaço" foram algumas produções que presentearam o público com alguns ótimos pares românticos. Vamos ao casais.





Júlia e Danilo/Cris e Daniel ("Espelho da Vida"):
O amor de outras vidas raramente falha na dramaturgia. E Elizabeth Jhin apostou na química entre Vitória Strada e Rafael Cardoso nas cenas repletas de delicadeza protagonizada por eles em 1930, quando a mocinha viajava no tempo em busca da verdadeira história sobre a sua vida passada. O casal teve uma forte torcida e os mistérios em torno da trama despertaram cada vez mais interesse, incluindo o aparecimento do rapaz em 2019. A cena do mocinho salvando a mocinha do espelho, no penúltimo capítulo, então, foi de arrepiar e emocionar. Um amor infinito que deu gosto de ver.



Marcos e Paloma ("Bom Sucesso"):
Rosane Svartman e Paulo Halm tiveram a mesma inteligência de Elizabeth Jhin, mesmo com uma trama completamente diferente. A autora apresentou o amor dos protagonistas aos poucos através de idas ao passado. Nada de declarações apaixonadas no primeiro capítulo ou casamento na segunda semana. Marcos e Paloma também  tiveram um amor construído aos poucos. Ele era um galinha convicto, enquanto ela tentava retomar um relacionamento do passado. Os dois foram se encantando um pelo outro até o amor se instaurar de vez. A química entre Rômulo Estrela e Grazi Massafera é avassaladora e os atores estão ótimos na deliciosa novela das sete de sucesso.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019: os artistas que deixaram saudades

O ano de 2019 foi marcado por tragédias. Muitos famosos morreram de forma totalmente inesperada e até chocante. Acidentes de carro, queda de avião e de helicóptero, acidente doméstico, enfim... O Brasil ficou de luto em várias ocasiões e foi difícil encarar tantas perdas. É hora de lembrar e homenagear essas pessoas.





Ricardo Boechat (1952 - 2019):
O respeitado e querido jornalista faleceu em um trágico acidente de helicóptero. Amado pelos ouvintes da Band News, era uma companhia constante para os motoristas que saiam para trabalhar. Também brilhava como âncora do "Jornal da Band". Sua morte deixou o país em choque e todas as emissoras homenagearam o colega. Faleceu em fevereiro. Tinha 67 anos.



Caio Junqueira (1976 - 2019):
O talentoso ator não resistiu ao forte impacto de seu carro em uma árvore. Caio dirigia pelo Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, e perdeu o controle do veículo. O acidente ceifou a vida do intérprete, que tinha apenas 43 anos e trabalhava na Record, após muitas novelas na Globo. Nos deixou em fevereiro.




quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Feliz Natal!


Quero desejar aos leitores um Natal cheio de paz, saúde, luz e realizações. Agradeço a presença constante de todos no blog. Não só aqueles que comentam os textos, como também os que apenas leem as postagens. Esse espaço (bem simples, por sinal) não existiria sem vocês e foi criado exatamente para isso. Não recebo ajuda de ninguém para mantê-lo e conto só com os que acessam essa página mesmo. São mais de setenta mil seguidores no Twitter, mais de dezenove mil no Facebook e em torno de 1800 no Instagram recém-criado. Obrigado. Que o espírito natalino se mantenha vivo sempre, pois nunca precisamos tanto dele quanto nos últimos tempos. Felicidades a todos!

domingo, 22 de dezembro de 2019

Auditório aniquila chance de Dandara Mariana na "Dança dos Famosos"

A décima sexta temporada da "Dança dos Famosos" chegou ao fim neste domingo (22/12) e o formato do "Domingão do Faustão" segue vitorioso. Embora a edição de 2019 não tenha repercutido tanto quanto as anteriores, teve bons participantes e alguns destaques que brilharam ao longo das semanas. A final com Dandara Mariana, Kaysar e Jonathan Azevedo foi justa em virtude da evolução do trio. Porém, a plateia manchou a beleza dessa final.


Giovanna Lancellotti, Regiane Alves, Luiza Tomé, Junior Cigano, Fernanda Abreu, Luisa Sonza, Bruno Montaleone e Luis Lobianco foram os outros participantes. Todos tiveram um desempenho mediano, com exceção de Matheus. O ator fez ótimas apresentações, mas acabou injustiçado pelo juri, técnico e artístico, que sempre tiraram décimos preciosos do rapaz. Talvez em virtude de não ser tão conhecido, embora tenha brilhado na minissérie "Dois Irmãos" e em "Malhação - Viva a Diferença". Pena que o critério 'fama' conte para parte dos jurados.

Aliás, Matheus só conseguiu ir um pouco mais adiante na competição por causa de um problema de saúde de Cigano, que acabou indo para a repescagem direto. Mas nem assim chegou perto da final. Já Luiza Tomé era a pior candidata. Totalmente sem ritmo, não se saiu bem em nenhuma rodada.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

"MasterChef - A Revanche" foi uma boa ideia da Band

Não é segredo que a Band fez do "MasterChef" o seu grande trunfo em uma programação bastante deficiente de bons programas. Há um bom tempo que a emissora enfrenta problemas em virtude da crise financeira que provocou inúmeras perdas em sua grade, como os direitos da transmissão do futebol. E o desgaste do formato foi inevitável. Afinal, exibir duas temporadas por ano acaba cansando. Mas ao mesmo tempo é preciso reconhecer a boa ideia do canal com a criação do "MasterChef - A Revanche".


A temporada estreou em outubro e chegou ao fim nesta terça-feira (17/12). A produção fez uma boa seleção de participantes que marcaram a história do programa, tanto positiva quanto negativamente. Ana Luiza (4ª temporada), Aristeu (5ª), Bianca (1ª), Cecília (1ª), Estefano (1ª), Fábio (3ª), Fernando Cavinato (3ª), Fernando Kawasaki (2ª), Haila (6ª), Helton (6ª), Juliana (6ª), Iranete (2ª), Katleen (5ª), Mirian (4ª), Raquel (3ª), Sabrina (2ª), Thiago (5ª), Valter (4ª), Vanessa (3ª) e Vitor (4ª) foram os escolhidos e logo no início vários foram eliminados em duelos emocionantes. Ousaram com um começo mais disputado e funcionou.

Ao longo da edição também houve êxito na escolha de ótimas provas, entre elas algumas das mais difíceis e marcantes das temporadas passadas que aterrorizaram os participantes. E, claro, Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin continuaram entrosados e afiados como de costume.

domingo, 15 de dezembro de 2019

Os vencedores e os injustiçados do "Melhores do Ano" de 2019

Injustiça em premiação é quase uma rotina. São raros os eventos do tipo onde o merecimento ocorre em todas as categorias. E o "Melhores do Ano", costumeiramente exibido no "Domingão do Faustão" em dezembro, não foge à regra. O fato de cada categoria permitir apenas três indicados contribui muito para isso. E em 2019 as controvérsias ficaram evidentes em muitos momentos. Todavia, ao menos, houve um certo equilíbrio nas indicações e muitos dos vencedores fizeram por merecer. E mais uma vez algumas observações merecem ser feitas.


A ausência de "Espelho da Vida" em todas as indicações foi o maior absurdo da premiação, embora nada surpreendente. Como não foi um sucesso de audiência e ainda terminou no início do ano (em abril), o folhetim primoroso de Elizabeth Jhin foi ignorado. E a categoria que mais despertou indignação foi a de Ator/Atriz Mirim. A escolha de João Bravo e Valentina Vieira, por Peter e Sofia em "Bom Sucesso", foi muito justo. Porém, a seleção de Maria Alice Guedes, por "Malhação - Vidas Brasileiras" se mostrou um despautério. A criança nem teve falas. Como podem ter ignorado o show de Clara Galinari como Priscila/Teresa? E Maria Luiza Galhano pelo seu desempenho como Florzinha? Ao menos João foi o vencedor com mérito, mas Valentina merecia mais pela dramaticidade de Sofia.

O esquecimento de Vitória Strada e Alinne Moraes, que brilharam como Cris/Júlia Castelo e Isabel/Dora em "Espelho da Vida", na indicação de Melhor Atriz foi outra injustiça. Porém, ao menos houve um bom equilíbrio nas seleções e as três escolhidas foram merecedoras. Juliana Paes fez jus ao protagonismo de Maria da Paz em "A Dona do Pedaço" e foi sua personagem mais popular da carreira, segundo a própria, que venceu e se emocionou na hora do agradecimento.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

"APCA" consagra "Bom Sucesso", "Segunda Chamada" e outros merecidos vitoriosos

Nesta segunda-feira (10/12), a "Associação Paulista de Críticos de Arte" (APCA) escolheu os vencedores do Troféu APCA  - Os Melhores da Televisão de 2019. Todos já haviam escolhido os finalistas de cada categoria e os premiados levarão seus troféus em uma cerimônia a ser realizada no dia 17 de fevereiro de 2020 no Teatro Sérgio Cardoso em São Paulo. Como de costume, houve justiça em todas as sete categorias, ainda que algumas indicações tenham sido questionáveis.


"Bom Sucesso" foi eleita a Melhor Novela do ano com todo mérito. A trama de Rosane Svartman e Paulo Halm, dirigida por Luiz Henrique Rios, é repleta de qualidades e o sucesso que vem fazendo desde a estreia honra a história apresentada, o elenco diverso escalado, os personagens bem construídos, os casais apaixonantes e o incentivo ao mundo dos livros através da paixão de Alberto (Antônio Fagundes). É a melhor novela das sete da Globo desde "Totalmente Demais", dos mesmos autores.

Porém, "Espelho da Vida" também concorria e seria outra merecedora. O enredo ousado e emocionante de Elizabeth Jhin, que abordou com maestria uma viagem interdimensional e a temática do espiritismo, sofreu uma rejeição inicial, mas arrebatou parte do público, o que refletiu no crescimento da audiência na reta final. A história de amor de várias vidas de Julia Castelo (Vitória Strada) e Danilo Breton (Rafael Cardoso) foi desenvolvida com grande sensibilidade da autora.

sábado, 30 de novembro de 2019

"Popstar" segue como ótimo entretenimento aos domingos

A Globo estreou a primeira temporada do "Popstar" em 2017, sem alarde ou grande divulgação. Era uma tentativa de emplacar um novo formato nas tardes de domingo. Resolveram utilizar a dinâmica do extinto "SuperStar" --- ótimo programa que apresentava bandas desconhecidas ao grande publico ---- em uma disputa com famosos. Todos cantando no mesmo palco e sendo avaliados por um juri repleto de estrelas da música nacional. O tiro no escuro virou tiro certeiro. O produto agradou. Tanto que emplacou a segunda temporada em 2018 e agora estreou a terceira no final de outubro.


Fernanda Lima foi a primeira apresentadora e Taís Araújo entrou em seu lugar ano passado. Insegura na segunda temporada --- afinal, era sua primeira experiência na função de comunicadora ---, a atriz está bem mais desenvolta agora. E o êxito da atração nos anos anteriores facilitou a escalação dos participantes. Muitos até se oferecem para o time. Em 2017, o vencedor foi André Frateschi e Jeniffer Nascimento triunfou em 2018. Ambos campeões com méritos. Agora a disputa tem Marcelo Serrado, Letícia Sabatella, George Sauma, Babi Xavier, Robson Nunes, Totia Meirelles, Eriberto Leão, Helga Nemetik, Jakson Follman, Danilo Vieira, Cláudia Ohana, Yara Charry e Nany People.

A composição do juri segue como um dos acertos do formato. São dez especialistas que avaliam os candidatos com notas entre 9,7 e 10, levando em conta ainda a possibilidade da estrela bônus, uma espécie de ponto extra pela performance do candidato.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Segunda temporada de "Filhos da Pátria" debocha do retrocesso atual do Brasil

Rio de Janeiro, sede do governo federal, Outubro de 1930, momento de transição da história do Brasil com o início da Era Vargas. É neste contexto que se passa a segunda temporada de "Filho da Pátria", que estreou nesta terça-feira (08/10), na Globo. Na série, escrita e criada por Bruno Mazzeo ---- dirigida por Felipe Joffily e Henrique Sauer ----, uma típica família da classe média brasileira, já conhecida do público durante a primeira temporada (exibida há dois anos), volta ao ar, mas agora vivendo em outro tempo. Todavia, os problemas que envolvem o país e seus habitantes não mudaram muito.


Os Bulhosa mantêm as mesmas características vistas na série de 2017. Geraldo (Alexandre Nero) segue com sua covardia e passividade diante do sistema que o cerca; Maria Teresa (Fernanda Torres) continua bajulando quem está no poder; Geraldinho (Johnny Massaro) não deixou a preguiça de lado; enquanto Catarina (Lara Tremouroux) avança com sua luta feminista pela independência. Já Lucélia (Jéssica Ellen) virou empregada doméstica da família, uma vez que a escravidão acabou, e seu grande amigo Domingos (Sérgio Loroza) tenta a vida como sambista. Outros personagens que continuam na trama são Leonor (Letícia Isnard) ---- irmã mais nova e esnobe de Teresa ---- e o corrupto Pacheco, vivido pelo ótimo Mateus Nachtergaele, comprovando que sujeitos assim sobrevivem a qualquer regime.

Se na primeira temporada, os Bulhosa viviam no Brasil de 1822 --- um país recém-independente e otimista --- na segunda, o contexto inclui o governo de Getúlio Vargas que enche o Brasil (novamente) de esperança, com promessas de modernidade diante da estagnação após anos da hegemonia da elite no período conhecido como "café com leite".

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Iza no "The Voice Brasil" foi um sopro de novidade em um desgastado formato

Até os maiores fãs do "The Voice Brasil" hão de concordar que o reality musical da Globo não repercute como antigamente. Há pelo menos uns três anos que o programa vem deixando a desejar e as razões são de conhecimento geral: o natural desgaste do formato, a falta de renovação total dos técnicos e participantes que não ficarão marcados no mercado musical, por mais talentosos que sejam. Todavia, a entrada de Iza na oitava temporada representou um sopro de novidade.


Muitos questionaram a entrada da cantora em virtude de sua curta carreira --- foi lançada oficialmente pela Warner Music no mercado em 2016 e estourou de fato em 2017. Então como colocar como "técnica" uma cantora que ainda nem tem cinco anos trajetória? Afinal, Ivete Sangalo, Lulu Santos e Carlinhos Brown apresentam um vasto currículo musical, além de Michel Teló, que, embora seja mais novo, também começou cedo no grupo Tradição. Porém, essa questão se mostra insignificante.

Primeiramente, a experiência dos técnicos pouco conta na hora das avaliações e o medo do diretor Boninho em renovar o time implicou na repetição das análises dos cantores. Muitas vezes são redundantes e acabam dizendo a mesma coisa para vários candidatos ---- "Sua voz é linda" ou "Como é afinada" são apenas alguns exemplos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Fernanda Young deixa uma lacuna que não será preenchida

O ano de 2019 não anda nada fácil. Em meio a inúmeras grandes perdas no meio artístico, o Brasil perdeu Fernanda Young na madrugada do último sábado (24/08). A atriz, autora, apresentadora e escritora sofria de asma e sofreu uma parada cardíaca durante uma crise. Os médicos não conseguiram reanimá-la. Faleceu aos 49 anos. Foi enterrada na tarde de domingo, no cemitério de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.


A morte inesperada de uma mulher tão jovem chocou todos os fãs e a classe artística. Fernanda deixou o marido, Alexandre Machado, e quatro filhos: as gêmeas Cecília Maddona e Estela May, de 19 anos; Catarina Lakshimi, de 10 anos e John Gopala, também de dez anos. Os nomes de seus herdeiros, por sinal, já deixam claro que Fernanda não era uma pessoa qualquer. Sarcástica, de opiniões firmes e multifacetada, a profissional, que se saía bem em todas as áreas que se dedicava, se consagrou como autora.

Ela e o marido são responsáveis por várias séries de imenso sucesso na televisão, sendo "Os Normais" a mais lembrada até hoje. A trama protagonizada por Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) conquistou o público e durou menos no ar do que se imagina: apenas dois anos (2001/2003). Mas originou dois filmes que repetiram o sucesso.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Quinta temporada da "Escolinha do Professor Raimundo" acerta com homenagem aos veteranos

A estreia da primeira temporada da nova "Escolinha do Professor Raimundo" foi em novembro de 2015, no Canal Viva. O remake foi para prestar uma justa homenagem ao inesquecível humorístico comandado por Chico Anysio. O sucesso foi tamanho que a Globo acabou transmitindo a temporada em sua grade e o projeto está até hoje no ar em uma esquema de parceria entre a tevê aberta e a cabo. Tanto que quinta temporada estreou no início de julho no Viva e começou a ser exibida no final do mesmo mês na Globo.


O programa original surgiu no rádio, em 1950, e depois foi para as TVs Rio, Excelsior e Tupi. Sua estreia na Globo foi em 1990, ficando no ar até 1995, e voltando em 1999 como quadro do antigo "Zorra Total". A atração de sucesso começou a ser reprisada no Viva em 2010, assim que o canal foi inaugurado, e as reprises obtiveram um ótimo retorno de audiência. Assim como era com a "Escolinha" original, o remake é dirigido por Cininha de Paula e o principal personagem, que serve de escada para os demais, é interpretado muito bem por Bruno Mazzeo.

O elenco, escolhido, por sinal, se destacou desde o primeiro momento, confirmando o êxito na escalação. Embora todos tenham imprimido tons um pouco diferentes (nem poderia ser completamente igual), os alunos mantêm o DNA que consagrou tantos perfis icônicos.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Término do "Vídeo Show" não beneficiou a Globo em nada

A Globo anunciou o fim do "Vídeo Show" no dia 8 de janeiro. E a atração saiu do ar no dia 11, dois dias depois, em uma sexta-feira. Decisão tomada de última hora, sem aviso com antecedência aos responsáveis pela produção e nenhuma satisfação para o público. Um programa que estreou no dia 20 de março de 1983 e completaria 36 anos. Um dos mais longevos do canal. Passados sete meses do cancelamento, é possível afirmar com convicção que foi um erro gigantesco da emissora. Para não dizer amador.


É preciso lembrar a burrice da atitude dias antes da estreia da décima nona edição do "Big Brother Brasil". Embora a temporada tenha sido um completo fracasso com razão, os índices do programa sempre aumentavam quando exibiam imagens ao vivo da casa ou quando entrevistavam algum eliminado. Era o momento de aproveitar um produto que inevitavelmente rende assunto na internet. O pior é que a atração foi encerrada sem qualquer substituição. Simplesmente anteciparam a exibição da "Sessão da Tarde" e começaram a reprisar dois episódios de "A Grande Família" antes do "Vale A Pena Ver de Novo". "Planejamento" que não condiz com o famigerado padrão Globo.

Para culminar, a emissora resolveu inserir as coberturas das festas de lançamentos de séries e novelas no "Mais Você". Além de evidenciar o 'remendo' de última hora, Ana Maria Braga e Louro José não se mostram nada confortáveis na hora da apresentação das reportagens, o que é compreensível.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Quarta temporada do "Lady Night" mostrou uma Tatá Werneck bem-humorada e sensível

O "Lady Night" estreou no primeiro semestre de 2017 e não demorou a virar a atração de maior sucesso do Multishow. O programa comandado por Tatá Werneck se transformou em um dos maiores trunfos do canal a cabo e a quarta temporada estreou no dia 15 de julho, chegando ao fim nesta segunda-feira (29/07). O talk-show está tão em alta, vale ressaltar, que começou a ser exibido na Globo. A previsão era reprisar as três temporadas anteriores de janeiro a abril, mas o êxito foi tamanho que a emissora esticou para agosto.


Ironicamente, a humorista quase "concorreu" com ela mesma às quintas-feiras. O quase é porque no canal a cabo a atração foi ao ar às 22h30 e na emissora aberta vai sempre por volta das 23h30. Mas essa "overdose" de Tatá é fruto do talento da apresentadora. Mestre do improviso, a âncora do talk-show domina o formato com habilidade e ainda consegue extrair declarações bem incomuns de seus convidados. A descontração dos entrevistados ocorre justamente em virtude do bom humor de Tatá, que muitas vezes consegue driblar possíveis constrangimentos com um invejável jogo de cintura.

A quarta temporada, todavia, apresentou um clima um pouco diferente. Como está grávida de sete meses de Rafael Vitti e nunca escondeu o sonho de ser mãe, a apresentadora está com a sensibilidade à flor da pele. Ou seja, vários momentos emocionantes ocorreram ao longo dos episódios.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

"Sob Pressão" é a melhor série que a Globo já produziu

Após 14 episódios irretocáveis, "Sob Pressão" chegou ao fim nesta quinta-feira (25/07). A melhor produção da Globo em anos fechou o ciclo da terceira temporada com muitas brechas para uma quarta, que já foi anunciada pela Globo para 2021 (infelizmente um ano de hiato). Esse terceiro ano conseguiu ser ainda melhor que os dois anteriores e comprovou que há fôlego de sobra para muito mais histórias. Afinal, infelizmente, o caos da saúde pública no Brasil rende conflitos infinitos. E o enredo conseguiu expor todas as mazelas nacionais com impressionante realismo em uma hábil mescla com dramaturgia de qualidade.


A trama do terceiro ano teve como espinha dorsal a relação de Evandro (Júlio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano). Os protagonistas enfrentaram a rotina da vida de casados, as divergências sobre ter ou não um filho, e a dolorosa perda do bebê em virtude de um grave acidente sofrido pela médica, durante uma invasão de milicianos ao hospital São Tomé Apóstolo. Aliás, a reconstrução da rotina dos personagens também foi um ponto muito bem abordado. Todos precisaram recomeçar depois do fechamento do precário hospital Macedão por conta da corrupção exposta na segunda temporada. E encontraram uma nova oportunidade no hospital católico comandado pela Irmã Graça (Joana Fomm).

Alguns personagens saíram e outros entraram. Os talentosos Orã Figueiredo (Dr. Amir) e Heloísa Jorge (Enfª Jaqueline) deixaram a produção e foram substituídos pelos igualmente competentes Marcelo Batista (Dr. Gustavo) e Jana Guinond (Enfª Simone). Já a entrada de Drica Moraes como a infectologista Vera foi um dos maiores êxitos da terceira temporada.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

"MasterChef" beneficiou o telespectador aos domingos

A sexta temporada do "MasterChef" estreou no dia 24 de março na Band. O reality culinário segue como o único trunfo da emissora que há um bom tempo amarga péssimos índices de audiências com quase todos os seus programas e recém-lançamentos, como o conhecido "O Aprendiz" e o novo matinal "Aqui na Band". Porém, o desgaste do formato foi inevitável em virtude da exibição de duas temporadas por ano (uma com amadores e outra com profissionais).


Por isso mesmo a Band resolveu exibir a temporada de 2019 com amadores aos domingos, às 20h. O intuito era ''oxigenar" um pouco o programa em um dia cuja concorrência já está estabelecida e em um horário mais "familiar". Afinal, o antigo horário, às terças, sempre foi motivo de controvérsia, pois nunca tinha um padrão ---- às vezes começava às 22h30 e em outras às 22h50 ---- e terminava por volta da uma da manhã. Embora tivesse índices de audiência satisfatórios (em alguns dias chegava a ficar em segundo lugar por alguns minutos), era péssimo para o público que trabalha no dia seguinte.

E, infelizmente, o desgaste do formato já impedia que momentos gloriosos de vice-liderança ocorressem nas últimas temporadas. Agora, pelo menos, o reality sempre começa às 20h e chega ao fim às 22h. Parece estranho, mas as longas duas horas de duração passam bem mais rápido no novo horário.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Band não deve se intimidar com a baixa audiência de "O Aprendiz"

O reality de negócios estreou no Brasil em 2004, na Record, baseado no formato original norte-americano ("The Apprentice"). Comandado por Roberto Justus, a atração fez um grande sucesso e ficou no ar até 2009. Foram seis edições ---- "O Aprendiz" 1, 2 e 3; "O Aprendiz 4 - O Sócio"; "O Aprendiz 5 - O Sócio"; "O Aprendiz 6 - Universitário". Já em 2010 começou a ser apresentado por João Dória e teve apenas duas edições: "Aprendiz Universitário" e "Aprendiz Empreendedor", sem o mesmo êxito. Com a volta de Justus, em 2013, mais duas temporadas foram ao ar: "Aprendiz - O Retorno" e "Aprendiz Celebridades".


Infelizmente, a produção acabou cancelada porque Roberto foi se aventurar em outros realities. Virou apresentador do "Power Couple" e "A Fazenda", ambos também na Record. Porém, seu desempenho foi um fiasco. Robótico e muitas vezes perdido no comando, Justus acabou massacrado pela crítica e nunca teve o respeito dos participantes. Parecia um peixe fora d`água. Depois que se desligou em definitivo da emissora do bispo Edir Macedo, resolveu levar o formato que o consagrou para a Band e estreou mais uma edição de "O Aprendiz", em março. 

A temporada está ótima e conta com a presença de influenciadores digitais. Todas as qualidades do formato seguem presentes e fica evidente que Roberto Justus nunca deveria ter saído da apresentação desse programa. É a sua área e onde tem segurança de sobra.