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domingo, 29 de dezembro de 2024

Retrospectiva 2024: as melhores cenas do ano

 A teledramaturgia em 2024 enfrentou visíveis problemas. Foram muitas novelas fracas e que não conquistaram os telespectadores. Tanto que a maior média de audiência do horário nobre da Globo foi alcançada na reta final de "Terra e Paixão", em janeiro. Nem mesmo a faixa das seis e das sete apresentaram produções que caíram nas graças do grande público. Não por acaso, o folhetim de maior repercussão do ano foi a reprise de "Alma Gêmea", no "Vale a Pena Ver de Novo", produção de quase vinte anos atrás. Mas "Volta por Cima", às 19h, e "Garota do Momento", às 18h, estrearam no meio do segundo semestre e vieram salvar a safra atual. E mesmo diante de tantos problemas, várias cenas merecem menção. Vamos a elas.





Kelvin vê Ramiro espancado em "Terra e Paixão": 

A melhor cena de Diego Martins na novela das nove. A grata revelação emocionou o público diante da reação desesperada de Kelvin assim que viu o seu amor agonizando no chão de uma estrada de terra. Uma sequência forte e muito bem interpretada. 


Angelina joga suco em Irene em "Terra e Paixão": 

Após inúmeras humilhações, a empregada finalmente reagiu e jogou um copo de suco na cara da vilã, que se indignou. Uma cena maravilhosa protagonizada por Inez Viana e Gloria Pires, que foram valorizadas ao longo da novela de Walcyr Carrasco e Thelma Guedes.


sábado, 28 de dezembro de 2024

Retrospectiva 2024: os melhores casais do ano

 Após a lista das tristes perdas de 2024 e a retrospectiva de tudo o que teve de pior na televisão, chegou a hora de uma retrô mais alegre. A do amor. Vários casais da ficção caíram nas graças do público ao longo do ano e ressaltaram a química entre os atores em cena. Vamos a eles. 



Santinha e Zé Inocêncio ("Renascer"):

A primeira fase do remake da obra de Benedito Ruy Barbosa, adaptada por Bruno Luperi, foi irretocável. E um dos acertos foi o casal arrebatador formado por Duda Santos e Humberto Carrão. A química se deu imediatamente e os dois conquistaram o público. As cenas de amor entre Maria Santa e Inocêncio eram todas belíssimas e defendidas por dois atores ótimos. 



João Pedro e Sandra ("Renascer"):

Já a segunda fase do remake apresentou problemas visíveis na narrativa e no desenvolvimento. Porém, Juan Paiva e Giullia Buscacio formaram um lindo casal que movimentou as redes sociais. Mesmo diante do equívoco na condução do casal por conta do foco forçado que Luperi manteve da obra original, a respeito da obsessão que João Pedro tinha por Mariana, os atores passaram ilesos por conta do talento de ambos. 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Retrospectiva 2024: os piores do ano

 As retrospectivas de fim de ano são uma tradição neste blog e há o costume de apresentá-la em partes. Após a lista de tristes perdas do meio artístico em 2024, chegou a hora das listas de piores, melhores casais, cenas, atores e destaques. Começando, como sempre, pela seleção do que teve de pior no ano que passou. Vamos a eles. 


"Mania de Você": 

Após o sucesso de "Todas as Flores" no Globoplay, João Emanuel Carneiro voltou ao horário nobre da Globo e com a missão de elevar a audiência das nove, após o fracasso do remake de "Renascer". Mesmo diante de uma segunda parte muito mal desenvolvida de sua novela na plataforma de streaming, havia uma boa expectativa para sua nova história. E as chamadas eram convidativas. Porém, a produção vem se mostrando uma completa catástrofe. A primeira fase apresentou ótimos conflitos e personagens ambíguos, mas a correria dos acontecimentos prejudicou a construção do enredo e a compreensão do público. Para culminar, Amauri Soares ordenou o corte de várias cenas, a ponto de dois capítulos serem jogados no lixo. O todo poderoso do setor de teledramaturgia achou que aumentaria a audiência a antecipação do assassinato de Molina (Rodrigo Lombardi). Mas foi a partir daí que a trama mergulhou em um poço sem fundo. A segunda fase afastou ainda mais o público por conta de péssimos núcleos secundários e situações cada vez mais absurdas, que colocam o telespectador como idiota. O que se vê atualmente é um amontoado de reviravoltas sem impacto e qualquer lógica, além de um roteiro exaustivo que sempre volta para o mesmo lugar. Os atores vêm tirando leite de pedra, mas não há mais nada o que fazer. O objetivo do autor parece ser a destruição total de seu folhetim e até a direção de Carlos Araújo resulta em algumas cenas dignas de um produto amador. A cada capítulo tudo fica pior. 



"Família é Tudo": 

Daniel Ortiz vinha de uma tríade vitoriosa no horário das sete da Globo com "Alto Astral", "Haja Coração" e "Salve-se Quem Puder". Mas errou feio em sua nova história. A trama dos cinco netos que precisavam de unir para herdar a fortuna da avó era uma premissa criativa e deliciosa. Tinha tudo para angariar uma leva de elogios. No entanto, a proposta do folhetim foi jogada fora ao longo dos meses e o roteiro se resumiu a vários triângulos amorosos forçados e repetitivos. Vendida como protagonista, Arlete Salles foi desrespeitada pelo autor e virou uma mera figurante com aparições semanais. Somente na reta final ganhou mais cenas na pele das gêmeas Frida e Catarina. Vale citar ainda a fraca direção da equipe Fred Mairynk e equipe, que piorou o que já era ruim. Várias cenas viraram chacota nas redes sociais diante de tamanho amadorismo. Os erros eram tantos que até mesmo atores conhecidos pelo ótimo trabalho ficaram devendo em diversas sequências, que soavam caricatas e artificiais. O corte de custos da emissora também ficou perceptível com a novela diante de cenários mal acabados e praticamente nenhuma cena gravada fora das vielas dos Estúdios Globo, o que deixava qualquer momento de ação ridículo. Nem mesmo os casais que funcionaram tiveram um desenvolvimento atrativo, vide a destruição do arco de Lupita (Daphne Bozaski), que na reta final acabou colocada como uma indecisa até o último capítulo só para forçar um mistério a respeito da identidade do seu escolhido. 

domingo, 15 de dezembro de 2024

As justiças e as injustiças do "Melhores do Ano" de 2024

 A premiação "Melhores do  Ano" foi uma criação do Faustão para o seu "Domingão" e sempre era exibida ao vivo. Quando Luciano Huck assumiu o comando do programa, o apresentador passou a gravar a cerimônia com antecedência, o que causava vazamentos sobre todos os vencedores. Então, quando a atração ia ao ar, todo mundo já sabia o resultado. Somente por isso que o evento voltou a ser exibido ao vivo, neste domingo, dia 15, honrando o legado de Fausto Silva. E realmente fica muito melhor assim. Mas, ao vivo ou gravado, sempre há justiças e injustiças na entrega dos troféus e não foi diferente em 2024.


A categoria Melhor Atriz de Novela contou com Adriana Esteves, Agatha Moreira e Andrea Beltrão. Três indicações justas, afinal, Adriana e Agatha vêm tirando leite de pedra da problemática "Mania de Você", onde brilham como Mércia e Luma. Já Andrea deu um show na pele de Zefa Leonel" em "No Rancho Fundo". Porém, a novela de João Emanuel Carneiro não chegou nem na metade de sua exibição para já ter duas indicadas. Um absurdo não terem lembrado de Duda Santos, que foi um dos maiores acertos na primeira fase do remake de "Renascer". Seu desempenho como Santinha arrebatou o público, tanto que a personagem permaneceu em aparições espirituais na segunda fase. E atualmente está impecável como Beatriz, a protagonista de "Garota do Momento". A ausência de Isabel Teixeira, como Helena, no remake de "Elas por Elas", foi outro erro. E Jéssica Ellen, que está ótima como a mocinha Madalena em "Volta por Cima"? Como a atual trama das sete teve indicações em outras categorias, não deu para entender o 'esquecimento'. A vencedora foi Andrea Beltrão e foi muito justo. 

Os indicados na categoria Melhor Ator de Novela foram Chay Suede, Juan Paiva e Marcos Palmeira. Chay está roubando a cena como Mavi e tem feito do seu carismático vilão o maior trunfo de "Mania de Você". Não por acaso, foi consagrado vencedor. Uma vitória merecida. Já Juan emocionou na pele de João Pedro, no remake de "Renascer", e mais uma vez mostrou seu talento na pele de um personagem sofredor.

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Fracasso de remake expôs que "Renascer" nunca foi uma obra prima

 A Globo anunciou com pompa e circunstância o remake de "Renascer". Em todas as chamadas, a novela era classificada como 'a obra prima de Benedito Ruy Barbosa'. Tamanha pretensão tinha um objetivo: chamar atenção para repetir o sucesso do remake de "Pantanal", copiado a colado por Bruno Luperi em 2022 e que caiu na boca do povo. Mas a adaptação da trama de 1993 diminuiu em um ponto a média geral de "Terra e Paixão", que tinha elevado em três pontos a média do fiasco "Travessia". Só se falou em outra coisa enquanto a trama estava no ar. Ou seja, a emissora queria um novo êxito e conseguiu um novo fracasso. 


As razões são muitas para explicar a baixa audiência da produção e a repercussão praticamente nula. "Renascer" apresentou diversos problemas quando foi exibida e nenhum deles foi corrigido pelo neto do autor na nova leitura. A ausência de carisma de vários personagens, a falta de enredo para 213 capítulos, o ritmo modorrento, a total falta de acontecimentos relevantes ao longo dos meses e os raros e pouco atrativos conflitos já eram percebidos em 1993. Mas, como o folhetim foi um fenômeno há 31 anos, apenas os acertos foram aclamados, enquanto os erros acabaram convenientemente ignorados.

A história original está longe de ser muito significativa na teledramaturgia em comparação a outros sucessos de Benedito, como a já citada "Pantanal", além de "O Rei do Gado" e "Terra Nostra". A própria concepção dela se mostra controversa porque a criação se deu a um pedido da Globo, após o fenômeno de "Pantanal" na extinta Rede Manchete. A emissora queria uma "Pantanal" para chamar de sua e pediu ao autor para criá-la. A trama marcou o retorno de Benedito à líder, após o êxito na concorrência.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Alice Carvalho, Mell Muzillo e Samantha Jones são gratas surpresas de "Renascer"

 O atual remake de "Renascer" na Globo tem vários nomes que merecem menção. E, em meio a vários talentos, três jovens atrizes vêm se destacando na adaptação da obra original de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Bruno Luperi e dirigida por Gustavo Fernández. São as intérpretes de Joana, Zinha e Ritinha: Alice Carvalho, Mell Muzillo e Samantha Jones. 


Além do talento e da beleza, as três têm em comum a estreia em uma novela na televisão aberta. Samantha esteve no elenco de "Todas as Flores" entre 2022 e 2023, onde convenceu na pele da enigmática Ciça. Alice Carvalho participou de um episódio da série "Segunda Chamada", no Globoplay, em 2019, e conseguiu um grande destaque quatro anos depois, em "Cangaço Novo", série da Max, onde deu um show na pele de Dinorá. Já Mell debuta em pleno horário nobre. 

O trio vem protagonizando boas cenas na trama das nove e Samantha Jones se destacou logo no começo. Na versão original, Zinha era um homem e interpretado por Cosme dos Santos. Luperi mudou o gênero da personagem e a atriz vem pintando a bordando com as tiradas da melhor amiga e quase irmã de João Pedro.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Atual teledramaturgia da Globo vive uma de suas piores fases

 Os amantes de um bom folhetim estão enfrentando um período difícil. A criatividade parece cada vez mais escassa, as boas histórias estão ficando mais raras e a luz no fim do túnel não se mostra tão próxima. A maior prova é a fase da maior produtora de novelas do mundo. A Globo está em um de seus piores momentos no quesito teledramaturgia. As suas três novelas inéditas apresentam vários problemas visíveis e a baixa repercussão de todas elas é um reflexo do que vem sendo apresentado. 


Em um comparativo, "No Rancho Fundo" se mostra a melhor produção atual, apenas analisando o conjunto. Tem o melhor elenco, uma direção de qualidade e um texto rico. Coincidência ou não, é a única que está fazendo sucesso em relação aos números de audiência, embora a repercussão seja ínfima. No entanto, no quesito história, a trama se mostra tão limitada quanto as demais que estão no ar. O autor Mário Teixeira repete pela terceira vez os erros que cometeu em "O Tempo Não Para" e "Mar do Sertão", seus folhetins anteriores. O enredo da atual novela das seis se esgotou em pouco mais de um mês. O enriquecimento da família Leonel marcou uma grande virada, mas na prática nada mudou na trama e os poucos conflitos que existem andam em círculos. O telespectador pode se dar ao luxo de não assistir por umas duas semanas que não vai perder nada. O roteiro se sustenta pelos ótimos atores e algumas cenas ou esquetes aleatórias. Nada de relevante acontece.

Em "Família é Tudo", atual novela das sete, há mais movimentação no roteiro, mas Daniel Ortiz desperdiçou situações promissoras e as transformou em dramas rasos e sem qualquer lógica. Para culminar, a direção é desastrosa e tira o impacto de inúmeras cenas que deveriam ter uma dose a mais de impacto. As sequências de ação, por exemplo, são constrangedoras de tão ruins. O diretor Fred Mairynk já fez ótimos trabalhos e tem experiência de sobra, o que só reforça o estranhamento diante de resultados tão decepcionantes.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Trama de Tião Galinha não funcionou no remake de "Renascer"

 Sucesso da versão original exibida em 1993, a saga de Tião Galinha foi um dos trunfos da obra de Benedito Ruy Barbosa. A interpretação magistral de Osmar Prado e a inocência do personagem arrebataram o público na época, mesmo com o final trágico que acabou antecipado por contra de desentendimentos entre o ator e a cúpula da Globo. O mesmo, infelizmente, não aconteceu no remake de "Renascer".


A sequência do surgimento do personagem foi tão visceral quanto a exibida há 31 anos. Tião mergulhado na lama, catando caranguejo, e protagonizando um monólogo de destruir o coração de qualquer um. A vida miserável daquele homem foi traduzida através de uma atuação emblemática de Irandhir Santos. Até porque ter um ator do seu nível é um privilégio para qualquer elenco. A força daquele sujeito batalhador foi demonstrada com uma entrega admirável. Destaque também para a maravilhosa Alice Carvalho, que entrou na trama no mesmo momento, interpretando a sofrida Joaninha. 

A cena em que os dois conseguiram emprego na fazenda de Egídio (Vladimir Brichta) e se deslumbraram com um casebre caindo ao pedaços só porque tinha uma cama, luz elétrica e uma geladeira, se mostrou um retrato fiel da vida de tanta gente sem oportunidades e que acaba se contentando com tão pouco.

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Mariana não tem história em "Renascer"

 A segunda fase de "Renascer" é marcada pelo marasmo, onde os conflitos se arrastam ao longo dos meses sem qualquer acontecimento relevante. O telespectador pode se dar ao luxo de não assistir por umas cinco semanas que não perde nada de importante. O remake mantém tudo o que foi constatado em 1993. As pequenas mudanças de Bruno Luperi em nada alteram o ritmo da narrativa e um dos maiores equívocos da versão original foi a trama de Mariana, antes vivida por Adriana Esteves e hoje por Theresa Fonseca. 


Ou melhor, o maior problema está na falta de trama de Mariana. A personagem surge logo no início da segunda fase e pouco se sabe sobre ela. Mas não demora até Jacutinga (Juliana Paes) revelar que a menina é neta de Belarmino (Antônio Calloni). João Pedro (Juan Paiva) se apaixona imediatamente e a leva para sua casa no dia seguinte. Mas a garota se encanta por Zé Inocêncio (Marcos Palmeira) assim que o conhece e é correspondida. Tudo acontece em menos de uma semana. E, pouco tempo depois, os dois já se casam. 

A construção de todo o imbróglio amoroso acontece da forma mais rasa possível, o que impede qualquer envolvimento do telespectador com aquela história. Até porque Mariana diz que veio para se vingar, já que seu avô foi misteriosamente assassinado e sua avó precisou vender todas as terras para Inocêncio a um preço ridículo.

quinta-feira, 25 de julho de 2024

"Renascer" está no ar há seis meses e só se fala em outra coisa

 O remake da obra original de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1993, está muito longe de repetir o sucesso de 31 anos atrás. "Renascer" está até o momento com uma média de 25,4 pontos e até hoje nenhum capítulo chegou aos 30 pontos, índice tão almejado pela Globo. Os números são preocupantes porque "Terra e Paixão", de Walcyr Carrasco, conseguiu elevar em 3 pontos a média do fracasso de "Travessia", escrita por Glória Perez. Ou seja, chegou ao fim com 27 pontos e vários capítulos chegaram aos 32 de média com picos de 34. E a atual trama não reage, nem repercute e muito menos desperta qualquer interesse do grande público.


No ar desde o dia 22 de janeiro, a novela só acaba na primeira semana de setembro. E a longa duração não reflete na atratividade do enredo, que se arrasta e apresenta pouquíssimos acontecimentos relevantes. Vale lembrar que a versão original já tinha sido criticada na época por conta da segunda fase modorrenta e sem conflitos. A primeira fase sempre foi a mais lembrada e querida pelos telespectadores. Mas é preciso ressaltar que nas décadas de 1970, 1980 e 1990 era comum qualquer folhetim ter um ritmo mais devagar, afinal, não havia internet, celular, plataformas de streaming e nada que provocasse maiores distrações na audiência. Era raro alguma produção receber críticas por causa de narrativas arrastadas, o que só reforça o quão vagarosa era "Renascer", a ponto da crítica especializada da época ter apontado esse defeito.

A produção de um remake exigia um mínimo de cuidado em relação ao roteiro na obra. Mudanças eram necessárias para manter o interesse do telespectador. Bruno Luperi ficou conhecido por ter copiado e colado praticamente todo o texto do avô na nova versão de "Pantanal", exibida em 2022.

terça-feira, 16 de julho de 2024

Brilhante em "Renascer" e "Justiça 2", Juan Paiva é um dos maiores talentos da nova geração

 O talento de Juan Paiva já é conhecido do grande público. Vem emendando vários trabalhos na televisão e se destacando na pele de personagens sofridos. Assim que "Renascer" iniciou sua segunda fase, o ator demonstrou que seria um dos grandes acertos do remake da obra original de Benedito Ruy Barbosa e o mesmo aconteceu com a estreia de "Justiça 2" no Globoplay. 


O ator emociona na pele de João Pedro na trama adaptada por Bruno Luperi no horário nobre da Globo. O filho caçula de Zé Inocêncio (Marcos Palmeira) carrega a culpa da mãe ter morrido pouco depois de seu parto e enfrenta a rejeição do pai, que o trata com desdém, assim como os irmãos, com quem nunca teve qualquer relação mais íntima. Para culminar, ainda se apaixonou por uma mulher que o descartou para se casar justamente com seu pai. É um perfil que promove a empatia do público, ao mesmo tempo que irrita pelo excesso de subserviência que tem diante do homem que o botou no mundo. 

As cenas de Juan em "Renascer" são quase todas tristes ou sérias, tanto que o rapaz quase não sorri. São raros os instantes de leveza. Mas Juan não mostra dificuldade ou incômodo diante de tantas sequências do tipo. Convence em todos os momentos e faz bonitas parcerias cênicas na história, vide seus embates protagonizados ao lado de Marcos Palmeira ou as brigas que representa junto de Marcello Melo Jr. (Zé Bento) e Vladimir Brichta (Egídio).

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Sophie Charlotte enche a tela como Eliana em "Renascer"

 Não é uma tarefa fácil elogiar uma atriz que sempre se destaca em seus trabalhos. Como escrever mais um texto apontando suas qualidades sem cair na repetição? Tem como fugir da armadilha de cair no lugar comum? Difícil. Afinal, é esperado que um dos destaques de toda novela, filme ou série que tem Sophie Charlotte no elenco será a intérprete. E não é diferente em "Renascer". 


A atriz ganhou o papel que foi de Patrícia Pillar na versão original escrita por Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1993. Eliana tem um perfil de vilã, mas na verdade é uma patricinha que abdicou de seu trabalho como modelo para se dedicar ao marido, que passa a condenar a esposa quando descobre que ela não tem interesse em ter filhos. A relação fica cada vez mais conturbada até a mulher ser traída. Toda a crise no casamento é exposta de uma forma bem superficial e apressada, tanto que logo no primeiro capítulo da segunda fase há uma cena em que Venâncio (Rodrigo Simas) se encontra com a amante, Buba (Gabriela Medeiros), e trata mal sua esposa quando chega em casa. 

Benedito sempre foi um autor que depositou todo o seu foco nos personagens masculinos. Os perfis femininos costumam ser retratados com uma percepção enviesada do autor, que muitas vezes os desenvolve de uma forma machista.

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Giullia Buscacio faz de Sandra um dos maiores acertos de "Renascer"

 Todo remake comprova que nem tudo o que fez sucesso no passado repetirá o êxito no presente. E "Renascer" tem sido uma das maiores provas. Muitos personagens que caíram no gosto do público em 1993 não conseguiram manter a boa aceitação 31 anos depois, enquanto outros que não despertaram tanta atenção assim anos atrás vêm sendo os pontos altos da adaptação quase copiada e colada de Bruno Luperi. É o caso de Giullia Buscacio como Sandra. 


É importante ressaltar que Luciana Braga é uma ótima atriz e construiu uma Sandra irretocável na obra original de Benedito Ruy Barbosa. Sua química com Marcos Palmeira, o João Pedro na época, também era visível. No entanto, a personagem não chegou a ser uma das mais populares da história. Não é um perfil que vem imediatamente na lembrança do público que acompanhou a novela de 1993, ao contrário de Buba (Maria Luisa Mendonça), Tião Galinha (Osmar Prado) e Zé Inocêncio (Antônio Fagundes), por exemplo. 

Agora, no remake exibido pela Globo, a situação mudou bastante. Sandra tem sido o maior trunfo da arrastada segunda fase e muito por conta do talento de Giullia Buscacio. A atriz entrou com a novela em pleno andamento, o que costuma ser uma dificuldade a mais para o profissional, já que 'se depara' com um elenco bem entrosado e personagens 'íntimos' do público.

terça-feira, 7 de maio de 2024

Venâncio foi assassinado em "Renascer", mas ninguém se importa

 O remake de Bruno Luperi exibiu recentemente uma das cenas mais comentadas, antes mesmo da estreia de "Renascer". Isso porque a imprensa especulava sobre o destino de Venâncio (Rodrigo Simas), que só morreu em 1993 porque Taumaturgo Ferreira e Benedito Ruy Barbosa brigaram na época. O neto manteria o desfecho do avô? A resposta era óbvia diante do remake de "Pantanal". E foi exatamente o que aconteceu. O problema é que vários furos no roteiro acabaram expostos na obra original e havia a necessidade de adaptação. 


Quando um autor se desfaz de um personagem por conta de um desentendimento com o ator que o interpreta é comum que não altere muita coisa em sua trama. Afinal, ele se livrou de um problema e não faz questão alguma de 'alongá-lo'. Porém, quando o personagem é integrante do núcleo central, e ainda acaba assassinado com um tiro no peito, fica impossível não afetar o desenvolvimento do enredo. Por mais que o escritor queira seguir o fluxo de seu roteiro, é necessário criar desdobramentos para a riqueza dos próprios perfis da história. 

E Bruno Luperi não se preocupou em mexer nos conflitos do remake após a morte de Venâncio. Como pode o personagem levar um tiro no peito durante uma emboscada, ser velado e enterrado em tempo recorde e sequer aparecer um mísero policial para investigar o crime? Não tem delegacia naquela cidade?

terça-feira, 23 de abril de 2024

Morte de Venâncio rende ótimas cenas em "Renascer"

 Nesta segunda-feira, dia 22, foi ao ar o assassinato de Venâncio (Rodrigo Simas) em "Renascer". A morte trágica de um dos filhos de José Inocêncio aconteceu na versão original por conta de uma briga entre Taumaturgo Ferreira, intérprete de Venâncio em 1993, e o autor Benedito Ruy Barbosa. Alguns dizem que a morte estava planejada e foi antecipada, mas é uma polêmica antiga. Bruno Luperi, como costuma copiar e colar praticamente todo o enredo do avô, manteve o desfecho do personagem e a morte rendeu um grande capítulo. 


O momento de maior catarse foi toda a sequência da tocaia armada por Egídio (Vladimir Brichta). A direção de Gustavo Fernández e equipe merece aplausos de pé, principalmente porque nos tempos atuais há uma preguiça em grande parte da direção de novelas da Globo, além de corte de custos da emissora que prejudica bastante o resultado final de várias cenas, principalmente nas produções das seis e das sete. Toda a tensão daquele instante trágico foi demonstrado com precisão, tanto nas movimentações de câmera quanto nas imagens escolhidas. 

A cena da tocaia durou um minuto e 25 segundos. Egídio no alto de um grande pedregulho (como ele subiu até lá é uma liberdade poética) mirando no caminhão dirigido por João Pedro (Juan Paiva), enquanto Zé Inocêncio (Marcos Palmeira) cavalga em busca dos filhos e Inácia (Edvana Carvalho) reza diante de Nossa Senhora com duas velas acesas.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Chico Diaz fará falta em "Renascer"

 Nesta segunda-feira (25/03), a segunda fase de "Renascer" sofreu mais uma dura perda. Após o final da primeira fase do remake de Bruno Luperi, muitos personagens desapareceram do enredo, mas ainda estão na memória do público ---- e suas ausências são sentidas. Um dos poucos que continuaram foi padre Santo, interpretado com magnitude por Chico Diaz. 


O personagem teve uma licença poética para se manter na história com a passagem de tempo. Afinal, o padre já tinha certa idade na primeira fase e com o avanço de mais de 30 anos era para estar bem mais idoso do que o apresentado no enredo baseado na obra original de Benedito Ruy Barbosa. No entanto, esse tipo de situação é sempre relevado, tanto por público quanto crítica em virtude do talento do intérprete. É sempre bom ver um veterano em cena, ainda mais em um momento em que o etarismo reina na teledramaturgia. 

Padre Santo representou uma figura que transmitia amor e sabedoria. Chico declarou em várias entrevistas que pesquisou a vida do padre Júlio Lancelloti para compor o personagem e não havia ninguém melhor para representar a bondade do ser humano.

quinta-feira, 21 de março de 2024

Divina como Inácia, Edvana Carvalho é o maior destaque da segunda fase de "Renascer"

 O remake de "Renascer vem apresentando mudanças praticamente imperceptíveis em relação ao enredo original de Benedito Ruy Barbosa, exibido em 1993. Bruno Luperi vem seguindo à risca o método que adotou no remake de "Pantanal": copiando e colando praticamente todo o texto de 31 anos atrás e alterando o que hoje não é mais aceitável na sociedade. No entanto, o neto do autor vem aproveitando melhor a potência de Inácia, vivida por Edvana Carvalho.


A personagem foi interpretada em 1993 por Solange Couto na primeira fase e pela saudosa Chica Xavier na segunda. Luperi chegou a convidar a grandiosa Lea Garcia para interpretá-la no remake, mas a veterana não aceitou de imediato por ser mais uma empregada doméstica que viveria na ficção em seus quase setenta anos de carreira. Porém, lamentavelmente, a atriz faleceu no dia 15 de agosto de 2023, aos 90 anos, durante o Festival de Cinema de Gramado, onde receberia o Troféu Oscarito. Partiu sem dar uma resposta. 

O autor então escalou Edvana Carvalho e preferiu mantê-la nas duas fases ao invés de escalar outra atriz mais velha para o papel na segunda. Houve apenas um 'embranquecimento' de seu cabelo, mas nada de maquiagem artificial, como fizeram com Juliana Paes na pele de Jacutinga.

quinta-feira, 14 de março de 2024

Segunda fase de "Renascer" apresenta histórias principais cansativas e sem construção

 A primeira fase de "Renascer" foi um primor. E Bruno Luperi acertou em cheio ao deixá-la com 13 capítulos, nove a mais que a da versão original que teve apenas quatro por ordens de Boni, que tinha medo do público se apegar demais aos personagens e rejeitar a segunda. O todo poderoso da Globo, no entanto, tinha sua razão. A segunda fase da trama de Benedito Ruy Barbosa apresenta uma queda brusca de qualidade em 1993 e o mesmo acontece agora com o remake. 


Um dos grandes problemas da história é o triângulo central formado por Zé Inocêncio (Marcos Palmeira), Mariana (Theresa Fonseca) e João Pedro (Juan Paiva). Há 31 anos, o enredo sofreu uma forte rejeição do público e quem mais sofreu foi Adriana Esteves, que teve sua atuação massacrada pela crítica especializada e entrou em depressão no fim da novela. No entanto, a atriz não teve culpa e a imprensa preferiu criticá-la ao invés de apontar o equívoco na condução do autor. Tudo o que envolve o trio principal é ruim. 

O fator decisivo para o estranhamento dos telespectadores na época, além do incômodo contexto envolvendo pai e filho se apaixonando pela mesma mulher, foi a rapidez com que tudo aconteceu. Não houve uma mínima construção para deixar aquelas relações críveis. Tudo foi simplesmente jogado e o público que engolisse. Pois não engoliu.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Humberto Carrão honrou a força de Zé Inocêncio em "Renascer"

 A primeira fase de "Renascer" chegou ao fim nesta segunda-feira (05/02), após 13 capítulos repletos de emoção, linda fotografia e cenas interpretadas por um elenco que transbordou talento. O remake de Bruno Luperi, baseado no sucesso de Benedito Ruy Barbosa, teve como maior acerto até então o aumento da duração do início da história, que em 1993 teve apenas 4 capítulos. E Humberto Carrão segurou o posto de protagonista com talento. 


O ator já é conhecido pelo seu bom desempenho em todas as produções que contam com sua presença em cena. Mocinho, vilão, personagens secundários, não importa o papel, Humberto sempre consegue despertar a atenção do telespectador. Apenas citando seus trabalhos mais recentes, o intérprete esteve muito bem na pele de Rafael, um mocinho que passou boa parte de "Todas as Flores" sendo enganado e apenas na segunda parte conseguiu agir. Também mereceu elogios na série "Betinho - no fio da navalha", onde viveu Henfil, irmão do protagonista da série baseada na vida do sociólogo.

A escolha de Humberto para viver Zé Inocêncio foi uma aposta certeira. O personagem, por mais controverso que pareça e com todo respeito ao trabalho do extraordinário Antônio Fagundes, marcou muito mais na primeira fase do que na segunda.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Elenco engrandeceu primeira fase de "Renascer"

 O remake do grande sucesso de Benedito Ruy Barbosa estreou na segunda-feira passada, dia 22, e vem impressionando pela qualidade artística da obra agora adaptada por Bruno Luperi e dirigida por Gustavo Fernandez. As imagens estão belíssimas, assim como a fotografia e a captação de cenas. No entanto, o que mais engrandeceu a primeira fase da história, que chega ao fim neste sábado (03/02), foi o elenco. 

Logo no primeiro capítulo, o público foi presenteado com a volta de Maria Fernanda Cândido aos folhetins, ainda que em uma participação relâmpago. A atriz estava afastada da teledramaturgia desde "A Força do Querer", exibida em 2017, e ganhou uma personagem que não existia na versão original e foi escrita especialmente para ela: Cândida. A viúva protagonizou um ótimo embate com outro personagem que também foi criado apenas para a primeira fase do remake: Firmino. Interpretado por Enrique Diaz, o coronel tinha um quê de breguice em seu visual, mas metia medo. 

A dona da fazenda enfrentava um período de quase falência e ainda assim não aceitou vender suas terras ao rival, responsável pela morte de seu marido. Pouco tempo depois, a personagem encontrou José Inocêncio (Humberto Carrão) jogado em sua fazenda e muito ferido.