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domingo, 31 de dezembro de 2023

Retrospectiva 2023: os destaques do ano

 Após cinco retrospectivas relembrando os artistas que deixaram saudades, os piores do ano, os melhores casais, as cenas mais marcantes e as melhores atrizes e atores de 2023, chegou a hora de listar os destaques do ano que passou. A última retrô do blog é sobre o que mais marcou ao longo destes doze meses e foram vários trabalhos admiráveis que merecem menção. Vamos a eles.





"Vai na Fé": 

A melhor novela do ano. Rosane Svartman estreou como autora solo, após parcerias bem-sucedidas com Gloria Barreto e Paulo Halm, e o resultado foi o melhor possível. A novela elevou a média da faixa das sete em três pontos e o conjunto se mostrou um baita acerto. A história arrebatou o público logo no início e o interesse só foi aumentando ao longo dos meses. A trama teve uma mescla harmônica de dramas pesados envolvendo abuso com conflitos leves envolvendo o universo pop com direito a clipes que fizeram sucesso dentro e fora da ficção, vide as músicas de Lui Lorenzo (José Loreto) que viralizaram nas redes. Com um elenco diverso, onde os atores negros ganharam personagens de destaque e nada estereotipados, a produção emocionou e divertiu na mesma medida com a saga de Sol (Sheron Menezzes) e Ben (Samuel de Assis). O tema de abertura, cantado por Negra Li e MC Liro, fez um baita sucesso e foram muitos os intérpretes que brilharam no enredo, como Emilio Dantas na pele do asqueroso Theo e Clara Moneke, a maior revelação do ano como Kate. Um fenômeno que deixou saudades. 



"Terra e Paixão": 

Nunca duvide de Walcyr Carrasco. O autor emplaca mais um sucesso para chamar de seu, após vários problemas de saúde e um começo conturbado da atual novela das nove. A sua missão era reerguer o horário após o imenso fiasco de "Travessia", mas o início mais lento de seu enredo não agradou o público e a saga de Aline (Barbara Reis) com seus vários pretendentes amorosos acabou irritando a audiência. No entanto, o autor é conhecido por fazer várias mudanças com o intuito de atrair o telespectador e foi isso que fez. Antecipou a morte de Daniel (Johnny Massaro), deu mais destaque aos vilões Antônio e Irene, brilhantemente interpretados por Tony Ramos e Gloria Pires, e promoveu uma sequência de viradas na história que surtiu efeito. Durante o percurso, precisou operar a catarata, fraturou o fêmur e precisou ficar internado no hospital. Mas nada o abalou. Chamou a amiga Thelma Guedes para escrever a trama ao seu lado e a parceria, já vista em "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea", funcionou novamente. A dupla agora encaminha o enredo para seus momentos finais e com a audiência lá em cima, tendo alcançado 30 pontos várias vezes. Vale citar ainda a volta de Agatha (Eliane Giardini magistral), uma vilã carismática, que deixou a novela ainda melhor. Fora os outros êxitos, como a saga de Lucinda (Débora Falabella), a dupla Anely (Tatá Werneck) e Luigi (Rainer Cadete), o drama de Petra (Debora Ozório) e o casal Kelvin (Diego Martins) e Ramiro (Amaury Lorenzo). Uma produção que chegou ao capítulo 200 nesta semana e terminará em 2024 com 221 capítulos escritos. Um desafio que não é para qualquer escritor. 

sábado, 30 de dezembro de 2023

Retrospectiva 2023: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

 A teledramaturgia de 2023 presenteou o público com grandes atuações. Portanto, chegou a hora de listar as melhores atrizes e os melhores atores do ano que está perto do fim. Vários se destacaram, emocionaram e protagonizaram grandes momentos em novelas e séries. Vamos a eles.




Melhores Atrizes: 


1- Sheron Menezzes.

Sol foi a melhor mocinha de 2023 e o sucesso de "Vai na Fé" foi mais do que merecido. A atriz viveu sua primeira protagonista em mais de 22 anos de carreira. Estava merecendo há tempos a oportunidade e soube aproveitar. A personagem teve cenas de forte intensidade dramática ao mesmo tempo que protagonizou momentos leves fazendo shows e realizando sonhos. Fora a química com Samuel de Assis, o que fez toda diferença para o casal de mocinhos ter tido tanto torcida na história de Rosane Svartman.



2- Gloria Pires. 

Nada melhor do que ver uma atriz veterana valorizada como merece e em pleno horário nobre. Gloria está brilhante na pele de Irene La Selva em "Terra e Paixão" e vem se destacando desde o início da trama de Walcyr Carrasco e Thelma Guedes. A personagem é uma vilã fria e calculista, mas tem pontos fracos, como o amor que sempre sentiu por um dos filhos e a culpa que carrega pela morte de Daniel (Johnny Massaro). Não é um tipo fácil, mas nas mãos de Gloria até parece. E que parceria boa com Tony Ramos. A quarta na ficção. 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Retrospectiva 2023: as melhores cenas do ano

 A teledramaturgia brasileira segue presenteando o público com grandes cenas. Embora muitos ainda insistam em menosprezar o gênero telenovela, as produções são o que de melhor há na cultura nacional. Foram 151 cenas selecionadas para a lista das melhores do ano. Vamos a elas. 




Zé Paulino espanca Tertulinho em "Mar do Sertão": 

A cena mais esperada da novela das seis de Mário Teixeira. O mocinho finalmente descobriu que o vilão tentou matá-lo no passado. E foi uma sequência de tirar o fôlego, muito bem dirigida pela equipe de Allan Fiterman. Sérgio Guizé e Renato Góes deram um show e impressionou a veracidade daquela briga. 


Tertulinho dispara conta Zé Paulino em "Mar do Sertão": 

Um dos melhores ganchos da novela das seis. A cena foi um clichê que nunca falha: os mocinhos acuados, enquanto o vilão aponta uma arma e dispara. No capítulo seguinte, porém, foi exposto que Tertulinho errou propositalmente. Uma sequência de forte carga dramática. Renato Góes, Sérgio Guizé e Isadora Cruz impecáveis. 

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Retrospectiva 2023: os melhores casais do ano

 Após a lista das tristes perdas de 2023 e a retrospectiva de tudo o que teve de pior na televisão, chegou a hora de uma retrô mais alegre. A do amor. Vários casais da ficção caíram nas graças do público ao longo do ano e ressaltaram a química entre os atores em cena. Vamos a eles. 






Sol e Ben ("Vai na Fé"): 

O primeiro casal de mocinhos negros da teledramaturgia. É importante citar isso porque na primorosa "Lado a Lado", de 2013, o par formado por Camila Pitanga e Lázaro Ramos dividia o protagonismo com o par formado por Marjorie Estiano e Thiago Fragoso. Voltando ao folhetim das sete de sucesso de Rosane Svartman, os protagonistas conquistaram o público logo de cara através da ótima construção através de cenas de flashback, protagonizadas pelo novatos Jê Soares e Isacque Lopes. A demora em juntá-los ainda proporcionou uma expectativa cada vez maior na audiência, que refletiu na comemoração nas redes sociais quando o beijo finalmente aconteceu. Sheron Menezzes e Samuel de Assis foram perfeitos juntos. A música tema, "Garota Nota 100" (do saudoso MC Marcinho), só ajudou a melhorar o que já era ótimo. 



Rafa e Kate ("Vai na Fé"): 

O fenômeno das sete teve muitos casais apaixonantes e esse foi mais um deles. Inicialmente bastante improvável, o romance dos personagens foi acontecendo como nas comédias românticas do cinema, quando um rapaz tímido se envolve com uma garota bastante extrovertida. Os opostos se atraindo. Caio Manhente e Clara Moneke roubaram a cena juntos e viraram um dos trunfos da novela. 


quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Retrospectiva 2023: os piores do ano

 As retrospectivas de fim de ano são uma tradição neste blog e há o costume de apresentá-la em partes. Após a lista de tristes perdas do meio artístico em 2023, chegou a hora das listas de piores, melhores casais, cenas, atores e destaques. Começando, como sempre, pela seleção do que teve de pior no ano que passou. Vamos a eles. 





"BBB 23": 

Quem achou que nada seria pior que o "BBB 22" teve que rever seus conceitos... Um fracasso de audiência, a pior de toda a história do reality, e um jogo que foi tomando um rumo repleto de preconceito e atitudes bastante controversas que não tiveram uma resposta merecida da produção. Para culminar, duas expulsões por assédio sexual, mas com os expulsos tendo seus contratos mantidos com a emissora, assim como seus privilégios dos prêmios que ganharam. Até os discursos de Tadeu Schmidt decepcionaram. O apresentador resolveu bancar o 'isentão' e elogiou todo mundo que foi eliminado, não houve crítica alguma a qualquer comportamento. Pareceu um conto de fadas. E o pior de tudo foi o público elegendo uma vencedora que pouco fez para ter honrado os quase três milhões de reais que faturou, a maior premiação da história do formato. 


"Travessia": 

A novela foi uma avalanche de problemas que dominaram o enredo do primeiro ao último capítulo. A trama derrubou os índices do bem-sucedido remake de "Pantanal" e se mostrou um grande fracasso. Mas teve motivos de sobra para tamanha rejeição do público. Não havia uma história consistente sendo contada e a ideia de abordar os avanços da tecnologia através da chamadas fake news não se sustentou nem por dois meses, o que naufragou a narrativa da protagonista, que ficou avulsa boa parte do enredo. A imensa maioria dos personagens não despertou atenção do telespectador e nem havia uma boa construção dos conflitos. Aliás, quais conflitos? Até mesmo Drica Moraes comentou, após o término da trama, que não entendeu a proposta de sua personagem. E Cássia Kiss? A atriz mal conversava com seus colegas por conta de seus pensamentos conservadores, o que deixava o clima das gravações nada agradável. Vale citar ainda a direção equivocada de Mauro Mendonça Filho, que prejudicou várias cenas, sendo criticado até pela autora no X, antigo Twitter. Chegou ao fim como o pior folhetim da carreira de Gloria Perez. 

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Retrospectiva 2023: os artistas que deixaram saudade

 Na última semana do ano, é hora de fazer um balanço de tudo o que passou ao longo de doze meses. O ano 2023 foi marcado pelas mudanças climáticas e o início da esperança no mundo artístico com a chegada de um governo que não abomina a arte e a cultura. Ao mesmo tempo, muitas perdas aconteceram entre cantores, atores e jornalistas. Vários nomes de peso deixaram o cenário cultural mais vazio e triste. Hoje se inicia a retrospectiva tradicional do blog e começando com saudade. 




Rita de Cássia (1972 - 2023)

Nascida em Alto Santo, no interior do Ceará, Rita foi a maior compositora de forró do país. Faleceu aos 50 anos, vítima de fibrose pulmonar, no dia 3 de janeiro. Foram mais de 500 letras de forró, que foram gravadas pelas principais bandas e cantores. Também compôs melodias e seu primeiro hit foi "Brilho da Lua". 


Renatinho Bokaloka (1974 - 2023): 

Renato Cesar Alves de Oliveira, uma das vozes do pagode dos anos 90, foi vítima de infarto no dia 7 de janeiro. Surgiu no embalo do estouro de grupos como "Raça Negra" e "Só para Contrariar".  Era vocalista do grupo "Água na Boca", conhecido posteriormente como Bokaloka. A banda está até hoje no mercado, mas tinha apenas Renatinho e Toninho Branco (cavaquinhista e arranjador) da época da formação original. 

sábado, 31 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: os destaques do ano

 Após cinco retrospectivas relembrando os artistas que deixaram saudades, os piores do ano, os melhores casais, as cenas mais marcantes e as melhores atrizes e atores de 2022, chegou a hora de listar os destaques do ano que passou. A última retrô do blog é sobre as produções que mais marcaram ao longo destes doze meses e foram vários trabalhos admiráveis que merecem menção. Vamos a eles.



"Pantanal":

O remake do fenômeno de Benedito Ruy Barbosa, exibido pela Rede Manchete em 1990, foi o grande acerto dramatúrgico da Globo em 2022. A emissora também se esforçou para dar certo. O clima de superprodução era evidente nas inúmeras chamadas e do intenso processo de divulgação feito com bastante antecedência. Adaptada pelo neto do autor, Bruno Luperi, a trama novamente caiu nas graças do público e fez sucesso nas redes sociais, além de ter caído na boca do povo através de algumas expressões dos personagens que viraram meme, como 'ara', 'querimbora', 'reiva', 'câmbio' e 'fivela de respeito'. Vários atores brilharam e viveram grandiosos momentos na história, como Alanis Guillen na pele de Juma Marruá, Juliana Paes em uma luxuosa participação, Isabel Teixeira como Maria Bruaca, Murilo Benício como Tenório, Osmar Prado como Velho do Rio, Marcos Palmeira como Zé Leôncio, entre tantos mais. Os equívocos da novela foram os mesmos que aconteceram em 1990 porque Luperi se mostrou incapaz de mudar conflitos e mexer em algumas situações que não funcionaram há 32 anos. Era para ter sido um remake perfeito porque havia a possibilidade de consertar os erros do passado, mas a chance foi jogada no lixo. Pena.



"Além da Ilusão": 

A novela das seis de Alessandra Poggi fez sucesso e reergueu a faixa das 18h da Globo. Muitas foram as razões para o êxito e uma delas foi o mergulho no melodrama rasgado em um enredo de época muito bem exposto por uma equipe competente de caracterização e figurino. A trama também era bem movimentada e com boas viradas, ao mesmo tempo que os núcleos secundários se destacaram pelo bom elenco escalado e ótimos casais. A autora só errou no desenvolvimento do conflito central envolvendo Davi (Raffae Vitti) e Isadora (Larissa Manoela). Os atores brilharam e tinham química, mas tudo o que cercava o par era problemático ao extremo e a romantização incomodou do início ao fim. Não deu para engolir a paixão arrebatadora que o mocinho sentiu, dez anos depois, pela irmã da sua falecida amada sem achar que era uma obsessão pela imagem da morta. E nenhum personagem se incomodar com o fato do rapaz estar com a irmã da antiga paixão que ocasionou uma desgraça na família (o pai assassinou a filha mais velha por engano, já que tentou matar o futuro genro) foi um completo absurdo. Mas os vilões eram excelentes, a trilha sonora deliciosa e vários romances caíram nas graças do público, como Violeta (Malu Galli) e Eugênio (Marcelo Novaes), Leônidas (Eriberto Leão) e Heloísa (Paloma Duarte); e Olívia (Debora Ozório) e Tenório (Jayme Matarazzo). 


sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

 Com mais de cento e setenta cenas na retrospectiva de melhores cenas da televisão, obviamente não faltou ator talentoso na telinha. Portanto, chegou a hora de listar as melhores atrizes e os melhores atores do ano que está perto do fim. Vários se destacaram, emocionaram e protagonizaram grandes momentos em novelas, séries e minisséries. Vamos a eles.


Melhores Atrizes: 


1- Alinne Moraes. 

 Bárbara foi uma das personagens mais complexas de "Um Lugar ao Sol". Embora algumas atitudes parecessem de uma vilã, a patricinha vivia uma avalanche de sentimentos e tinha uma relação tóxica com Christian/Renato. Alinne esteve irretocável em cena e sua parceria com Cauã Reymond, Ana Beatriz Nogueira e Ana Baird foi incrível. 



2- Alanis Guillen.

A Juma Marruá do remake de "Pantanal" tinha que ser dela. A atriz teve um trabalho de composição fantástico e fugiu do elevado risco de cair na caricatura. A menina-onça que vivia com 'reiva' foi defendida com brilhantismo e a atriz saiu gigante da novela. Um reconhecimento que estava merecendo desde sua estreia na última temporada de "Malhação"

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: as melhores cenas do ano

 Com a voltas das gravações em virtude do avanço da vacinação contra a covid-19, as novelas retornaram ao ritmo normal. No entanto, no início do ano várias produções ainda enfrentavam as restrições por conta da variante ômicron e algumas já entraram no ar finalizadas, como "Nos Tempos do Imperador", "Quanto Mais Vida, Melhor!" e "Um Lugar ao Sol". Já ao longo de 2022 tudo foi voltando ao ritmo normal. E foram muitas cenas merecedoras de elogios. Vamos a mais uma retrospectiva: 




Paula desabafa com a filha em "Quanto Mais Vida, Melhor!":

Giovanna Antonelli e a grata revelação Nina Tomsic emocionaram no momento em que Paula contou para a Ingrid que antes dela teve uma filha que faleceu. Um raro momento de fragilidade da personagem egocêntrica da novela das sete que ainda culminou em uma nova briga no desfecho da sequência. As duas atrizes brilharam. 


Passagem de tempo em "Um Lugar ao Sol":

Apenas três meses se passaram, mas Lícia Manzo conseguiu transformar a passagem em uma aula de sensibilidade com a exibição de vários momentos da novela das nove enquanto Ravi (Juan Paiva) narrava a metáfora das formigas. A autora é a que melhor consegue criar passagens de tempo. 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: os melhores casais do ano

 As produções televisivas voltaram ao ritmo normal de gravações por conta do avanço da vacinação contra a covid-19. A temporada de reprises acabou. E com isso vários casais se destacaram nas novelas ao longo de 2022. Vamos a eles: 




Guilherme e Flávia ("Quanto Mais Vida, Melhor!"): 

 A deliciosa "Quanto Mais Vida, Melhor!" foi um grande acerto de Mauro Wilson e o autor foi muito feliz na construção do casal interpretado por Mateus Solano e Valentina Herszage na trama. Os atores viveram pai e filha em "Pega Pega" (2017), reprisada ano passado, e representaram um casal que conquistou o público. A dançarina de pole dance que vivia metida em confusões foi a maior responsável pelo início do processo de 'humanização' do cirurgião que era abusivo e controlador. A música "Together", cantada por Sia, tema de Flávia, deixavam as cenas do par ainda melhores. A ótima repercussão nas redes sociais foi fruto de uma soma muito feliz de atores, personagens e desenvolvimento. 



Violeta e Eugênio ("Além da Ilusão"): 

Malu Galli e Marcello Novaes transbordaram química desde a primeira cena, quando os personagens se conheceram e logo se implicaram. Uma fórmula que raramente falha na teledramaturgia. O jogo de gato e rato seguiu ao longo de "Além da Ilusão" e o casal virou o mais bem aceito nas redes sociais. Violeta era uma personagem muito sofrida e cheia de feridas não cicatrizadas. Seus momentos com Eugênio acabaram funcionando como uma válvula de escape para a mãe da protagonista da história de Alessandra Poggi. O casal ainda teve a melhor música da novela: "Easy on me", de Adele. 


terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: os piores do ano

As retrospectivas de fim de ano são uma tradição neste blog e há o costume de apresentá-la em partes. Após a lista de triste perdas do meio artístico em 2022, chegou a hora de das listas de piores, melhores casais, cenas, atores e destaques. Começando, como sempre, pela seleção do que teve de pior no ano que passou. Vamos a eles. 



"BBB 22": 

A expectativa era alta. Afinal, o maior reality do país vinha de dois grandes sucessos seguidos: o "BBB 20" e o "BBB 21". No entanto, a edição decepcionou do início ao fim. O elenco foi muito mal escalado, tanto no time Camarote quanto no Pipoca. O clima de paz e amor transformou a competição em um marasmo e nada do que a produção fazia surtia efeito nas dinâmicas. Para culminar, o favoritismo de Arthur Aguiar deixou tudo ainda pior e desanimador. A audiência não foi ruim, mas bem abaixo das duas anteriores e a repercussão nem chegou perto. A prova foi o número ínfimo de seguidores nas redes sociais que os participantes ganharam ao longo dos meses. Não por acaso, todos desapareceram da mídia, sem exceção. Para o grande público nem parece que teve "BBB" em 2022 e a última campeã é Juliette. 



"Nos Tempos do Imperador": 

A novela de Alessandro Marson e Thereza falcão foi uma continuação da bem-sucedida "Novo Mundo", escrita pelos mesmo autores em 2017. A intenção era repetir o sucesso. Mas foi um imenso fracasso. Não caiu bem um Dom Pedro II progressista e personagens de época com comportamentos tão evoluídos. A história ainda teve conflitos fracos e a romantização do caso de Pedro (Selton Mello) com a Condessa de Barral (Mariana Ximenes) foi fortemente rejeitada. A novela ainda teve uma cena que revoltou o público nas redes sociais: o mocinho, negro, falou sobre racismo reverso, algo que nem existe. Para culminar, a produção esteve envolvida em várias polêmicas e a mais grave foi o caso de racismo nas bastidores. Várias atrizes do núcleo dos escravizados mencionaram atitudes racistas do diretor, Vinícius Coimbra, que acabou demitido da Globo meses depois. Não por acaso, Roberta Rodrigues, uma das intérpretes que o acusaram, nem apareceu para gravar o desfecho de sua personagem. Novela para esquecer. 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: os artistas que deixaram saudades

 Após dois anos de pandemia, o avanço da vacinação permitiu que em 2022 a vida das pessoas voltasse ao (quase) normal e assim houve o retorno da rotina das gravações de novelas e séries, realização de shows e peças teatrais, enfim. No entanto, foram muitas perdas na classe artística e vários nomes e peso deixaram o cenário cultural mais vazio e triste. Hoje se inicia a retrospectiva tradicional do blog e começando com saudade. 




Batoré (1961 - 2022):

Ivanildo Gomes Nogueira, conhecido do grande público pelo seu personagem mais famoso, o Batoré, do humorístico "A Praça é Nossa", faleceu dia 10 de janeiro, aos 61 anos. Em 2016, foi para a Globo, onde atuou em "Velho Chico" como o delegado Queiroz. Em 2019, voltou para o SBT, após um afastamento de 15 anos. O ator enfrentava um câncer. 

Françoise Forton (1957 - 2022):

A atriz faleceu aos 64 anos, no dia 16 de janeiro, após quatro meses de internação. Ela enfrentava um câncer pela segunda vez (a primeira foi em 1989, quando gravava "Tieta"). Com mais de 40 novelas no currículo, Françoise sempre esbanjou elegância e não por acaso acabava ganhando perfis parecidos em folhetins. Um de seus tipos mais lembrados foi a perua Meg, de "Por Amor" (1997). Sua última novela foi "Amor sem Igual", na Record, em 2019. Deixou o marido, o produtor cultural Eduardo Brata, e o filho, Guilherme Forton Viotti.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os destaques do ano

Mesmo em um ano tão doloroso, com tantas perdas e crises, foi possível elaborar uma lista de destaques do ano. A vacinação ajudou a retomar os trabalhos, mesmo que aos poucos, e no segundo semestre já há várias produções inéditas no ar. O streaming foi um mercado que cresceu muito no segundo ano de pandemia, enquanto a audiência da televisão aberta caiu com tantas reprises. Vamos para a última retrospectiva do blog: 





"BBB 21": 

Beneficiado pelo intenso período de confinamento em virtude da pandemia do novo coronavírus e por uma escalação repleta de perfis atrativos, a vigésima primeira edição do "Big Brother Brasil" foi um sucesso estrondoso. Logo na primeira semana o reality já caiu na boca do povo com toda a polêmica envolvendo Lucas Penteado e Karol Conká, que acabou virando a grande vilã da edição. O favoritismo de Juliette Freire só cresceu ao longo das semanas e a participante foi a vencedora com a maior porcentagem da história do reality: mais de 90% de preferência popular em uma final tripla. Tiago Leifert fez um discurso marcante para a campeã, que realmente foi um fenômeno, saindo com mais de 24 milhões de seguidores no Instagram (hoje já com mais de 33 milhões). Segundo dados divulgados por Boninho, 163 milhões de brasileiros estiveram em algum momento de olho nos brothers. Foi o "BBB" que mais faturou: R$ 550 milhões, 50% a mais que o do ano passado. Vale destacar ainda outros participantes que protagonizaram a edição, para o bem ou para o mal, como Gil do Vigor, Sarah, Viih Tube, Camilla de Lucas, Lumena, Carla Diaz, Projota, entre tantos. O êxito do programa foi tão grande que a Globoplay explorou até onde deu, vide os documentários de Karol Conká --- "A Vida Depois do Tombo" ---, Juliette --- "Você Nunca Esteve Sozinha" e agora no final do ano o de Gil do Vigor --- "Gil na Califórnia". 


"Salve-se Quem Puder":

O encurtamento da novela das sete da Globo, por conta da pandemia do novo coronavírus, fez muito bem para o enredo de Daniel Ortiz. A retomada da produção expôs uma história mais ágil e sem enrolações. A saga das atrapalhadas Luna, Alexia e Kyra foi divertida e destacou o talento de Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada, que transbordaram sintonia. A trama tinha um quê infantil e agradou o público. A reta final foi repleta de cenas de ação e emocionantes, como o 'reencontro' de Luna com sua mãe, Helena (Flávia Alessandra). O autor só tropeçou feio no excesso de triângulos amorosos com desfecho que se arrastaram até o último capítulo, o que implicou em problemas evidentes de desenvolvimento. Mas o saldo geral foi positivo e uma espécie de volta por cima de Ortiz após a fraca e criticada "Haja Coração". 

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

 Como já mencionado na retrospectiva anterior, ano de 2021 foi o segundo com pandemia. Após o caos mundial instaurado pelo novo coronavírus em 2020, gravações foram interrompidas e o setor audiovisual foi um dos mais afetados. As reprises viraram as protagonistas da programação. A esperança veio com a chegada da vacina e o avanço da vacinação causou um impacto positivo. Embora os protocolos ainda sejam necessários, os trabalhos vão sendo retomados pouco a pouco. A Globo conseguiu finalizar as novelas interrompidas ano passado e está com três inéditas no ar no segundo semestre. A Record conseguiu produzir uma novela dividida em várias fases ao longo do ano. Vamos então aos eleitos melhores intérpretes: 





Melhores Atrizes: 





1- Regina Casé.

A Lurdes foi o maior acerto de "Amor de Mãe". Tanto que foi a única personagem que se manteve na memória do público. Tirando a procura desesperada da mãe pelo filho Domênico, quase  ninguém lembra mais do restante do enredo. Isso é fruto do carisma da personagem e do talento da atriz, que compôs uma mãe crível e de fácil identificação. Regina despertou risos e lágrimas com grande facilidade no enredo de Manuela Dias. 


 

2- Marjorie Estiano.

Uma atriz que brilha em todo papel. E Carolina segue como uma de suas mais densas personagens. Marjorie continuou emocionando na pele da médica na quarta temporada de "Sob Pressão" e protagonizou várias cenas ótimas com Julio Andrade e Ana Flávia Cavalcanti. A temática central da fase de 2021 foi a disputa pela guarda do filho de Evandro e sua companheira teve vital importância durante todo o processo, o que valorizou a atriz. 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: as melhores cenas do ano

No segundo ano de pandemia, as produções no setor da teledramaturgia seguiram em passos lentos. Reprises dominando a programação no primeiro semestre e novas tramas gravadas em ritmo cuidadoso. No entanto, os folhetins interrompidos em 2020 por conta da pausa nos trabalhos foram finalizados e tiveram seus desfechos exibidos. Novos produtos também foram gravados e agora, no segundo semestre, a Globo já conseguiu estar com três novelas inéditas no ar. A Record conseguiu manter a inédita "Gênesis" no ar durante quase todo o ano, mas atualmente precisou apelar para a reprise da mesma trama antes de produzir a nova. Vamos então para a lista de melhores cenas do ano: 







Eva chora a morte do filho em "Gênesis":
A primeira fase da novela bíblica da Record retratou a conhecida história de Adão e Eva. O sucesso de audiência foi grande e Juliana Boller foi um acerto do elenco. A atriz brilhou como Eva e sua cena mais emocionante foi a morte de Abel (Caio Manhente), assassinado pelo irmão Caim (Eduardo Speroni). A dor daquela mãe com a perda de seu filho foi passada com muita entrega pela intérprete. 



Animais vão para a Arca de Noé em "Gênesis":
A segunda fase da novela bíblica da Record abordou a mais atrativa trama da Bíblia. E os efeitos especiais dos animais correndo para a arca construída por Noé (Oscar Magrini) ficaram muito bem feitos. A sequência emocionou e teve uma dose de adrenalina que fez toda a diferença. 


terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os melhores casais do ano

 No segundo ano de pandemia, as produções dramatúrgicas seguiram com sérias dificuldades. As reprises seguiram dominando as programações. Porém, as novelas interrompidas no início de 2020 tiveram suas gravações retomadas e finalizadas. E as novas foram gravadas com todos os protocolos sanitários, estreando no segundo semestre. Embora com um número mais modesto, a lista de casais do ano, sempre elaborada na leva de retrospectivas deste blog, conseguiu ser feita. 





Luna e Téo ("Salve-se Quem Puder"):

Pouco antes de ser interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus, a novela de Daniel Ortiz já tinha formado o melhor casal do enredo. Toda a construção do romance entre a sofredora Luna e Téo, rapaz que a salvou de um furacão no México, foi muito bem desenvolvida pelo autor. Ainda utilizou um clichê infalível para conquistar o telespectador: ele precisava ser operado para não perder os movimentos da perna e ela era fisioterapeuta. Juliana Paiva e Felipe Simas estiveram em plena sintonia e a retomada da produção, em 2021, manteve a essência do casal, ainda que o autor tenha forçado uma dúvida na reta final que só prejudicou o roteiro. 



Alan e Kyra ("Salve-se Quem Puder"):

A babá que se apaixona por um viúvo assim que começa a trabalhar como cuidadora dos filhos dele. Um clássico dramatúrgico. E Daniel Ortiz usou do clichê para aproveitar a boa sintonia entre Vitória Strada, pela primeira vez vivendo um perfil cômico, e Thiago Fragoso, na pele de mais um advogado íntegro em sua carreira de ator. Os dois protagonizaram sequências românticas e divertidas. Arrebataram o público. O sucesso foi tanto que o autor estendeu até o final o suspense a respeito do destino da personagem. A música tema do casal "You & me", de James TW, era a melhor da novela. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os piores do ano

 Após a tradicional e triste retrospectiva dos artistas que nos deixaram em 2021, chegou a hora da também conhecida retrô do que de pior passou pela televisão. A pandemia do novo coronavírus segue aterrorizando a vida da população mundial, embora o avanço da vacinação tenha contribuído para uma maior circulação de pessoas. No entanto, as produções televisivas ainda estão em período de dificuldades. Mas alguns produtos se mantêm equivocados com ou sem pandemia. Vamos a eles: 


"Se Joga":

O programa criado para ficar no lugar do "Vídeo Show" nunca deu certo. Nem um dia sequer. A Globo criou um formato vazio, cansativo e que misturava tudo e não apresentava nada. Érico Brás, Fabiana Karla e Fernanda Gentil nunca conseguiram um bom entrosamento e a artificialidade na apresentação predominava. A pandemia do novo coronavírus fez a emissora priorizar o jornalismo em sua programação e vários programas saíram do ar momentaneamente. Porém, a Globo insistiu no formato apenas aos sábados e tentou trazê-lo de volta. Mas apenas com Fernanda Gentil no comando e sem games. Apenas repercutindo notícias dos artistas. Pareceu um "Vídeo Show" genérico. Novamente não funcionou. Estreou em março e saiu do ar no final de julho. 



"Zig Zag Arena":

Fernanda Gentil não tem sorte com programas. Desde que migrou dos esportes para a área do entretenimento, a apresentadora só entrou em furada. A Globo só cria formato péssimo para sua contratada. A emissora a tirou do "Se Joga" e a enfiou em um programa de games aos domingos que se mostrou um equívoco completo. O cenário luxuoso e cheio de luzes impedia o telespectador de prestar atenção na disputa e a ideia de colocar narradores e comentaristas ---- Everaldo Marques, Hortência e Marco Luque ---- para transformar a 'diversão' em um jogo sério não funcionou. Inicialmente, os competidores seriam médicos, advogados, enfim, pessoas anônimas. Mas logo no domingo seguinte apelaram para famosos com o intuito de chamar mais atenção. Nem assim deu certo. O fracasso foi tanto que a Globo tirou o programa do ar no dia 19 de dezembro e o planejamento era mantê-lo até dia 30 de janeiro de 2022. A atração chegou a ficar em terceiro lugar de audiência. 

domingo, 26 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021: os artistas que deixaram saudades

O ano de 2021 foi tão trágico quanto o de 2020. A pandemia do novo coronavírus causou um caos mundial ano passado e seguiu provocando milhares de mortes. A esperança veio com a chegada da vacina e avanço da vacinação vem diminuindo gradativamente a quantidade de falecimentos e pessoas internadas. Mas infelizmente ainda muita gente segue vitimada pela doença e vários artistas partiram por conta dela. A retrospectiva do blog começa agora com uma homenagem a cada um que partiu. 





Genival Lacerda (1932 - 2021):
Mais uma vítima da covid-19. O querido cantor de forró pé-de-serra faleceu aos 89 anos, em janeiro, após quase dois meses internado. A consagração nacional veio com a música "Severina Xique-Xique", de 1975. O refrão "ele tá de olho é na butique dela" virou uma febre. Deixou dez filhos, além de netos e bisnetos. 




Niana Machado (1939 - 2021):
A inesquecível Bá, do seriado "Pé na Cova", faleceu em fevereiro, aos 82 anos. O autor da série, Miguel Falabella, anunciou o falecimento da artista em suas redes sociais e fez uma bela homenagem. Era Técnica de Enfermagem aposentada e entrou no meio artístico tardiamente, em 2009. Fez figuração em várias novelas da Globo e sua única personagem foi a criada por Falabella especialmente para ela. Não havia texto, apenas o bordão "Piranha". Fez tanto sucesso que virou integrante do elenco fixo. Também esteve em "Aquele Beijo" (2011) e "Brasil a Bordo" (2017), duas produções de Miguel.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Retrospectiva 2020: os destaques do ano

 Em um ano tão problemático como 2020, foi possível elaborar uma lista de destaques da televisão?  A resposta é sim. Várias reprises tomaram conta da grade de todas as emissoras, mas ainda no primeiro semestre produções iniciadas em 2019 foram concluídas brilhantemente. Séries até então exclusivas da Globoplay migraram para a tevê aberta para ocupar espaços vazios. E algumas reexibições foram muito bem escolhidas. Vamos a elas na última retrospectiva do ano. 




"Éramos Seis":  O quinto remake do romance de Maria José Dupré, baseado na novela exibida pelo SBT em 1994, manteve as qualidades vistas nas produções anteriores, além de algumas diferenças. Angela Chaves conduziu brilhantemente essa versão exibida pela Globo e o folhetim primou pelo capricho da direção de Carlos Araújo. O elenco também foi escalado com precisão e Glória Pires deu um show como Dona Lola, assim como vários outros intérpretes, vide Cássio Gabus Mendes, Nicolas Prattes, Kelzy Ecard, Carol Macedo, Simone Spoladore e Ricardo Pereira. Foram muitas cenas emocionantes e lindamente interpretadas. Pela primeira vez a protagonista teve um final feliz, mas o título continuou fazendo sentido. Antes representava a tristeza. A quinta adaptação expôs o crescimento de uma família, que de seis passou a ter quinze integrantes. A novela foi a última que conseguiu ser finalizada antes da pandemia do novo coronavírus. 



"Bom Sucesso":
A novela das sete de Rosane Svartman e Paulo Halm, dirigida com maestria por Luiz Henrique Rios, foi um fenômeno de audiência e mereceu todo o sucesso. A trama se encerrou em janeiro, época em que a pandemia ainda não existia no Brasil. Quase um outro mundo. Os autores, responsáveis pelas também ótimas "Malhação - Intensa" (2012), "Malhação Sonhos" (2014) e "Totalmente Demais" (2016), emplacaram outro produto de qualidade e conquistaram o público com uma história deliciosa que abordou a literatura com delicadeza, apresentou personagens bem construídos, formou casais apaixonantes e ainda explorou viradas que emocionaram e tiraram o fôlego com boas doses de tensão. Impossível não ter se envolvido com Paloma (Grazi Massafera), Marcos (Romulo Estrela), Alberto (Antônio Fagundes), Nana (Fabiula Nascimento), entre tantos outros bons e bem interpretados perfis. É o melhor folhetim das 19h desde "Totalmente Demais", ironicamente, também escrito por eles e reprisado em 2020.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Retrospectiva 2020: as melhores atrizes e os melhores atores do ano

 Todo ano, a retrospectiva de melhores intérpretes fica gigantesca neste blog. Normalmente, em torno de 160 nomes. Mas 2020 foi um ano atípico. A pandemia do novo coronavírus interrompeu as gravações de todas as novelas e séries. Nacionais e internacionais. As reprises viraram as protagonistas do entretenimento. Mas, ainda assim, alguns nomes merecem entrar na lista por produções encerradas no primeiro semestre ou então breves especiais gravados com todos os protocolos de segurança para presentear o telespectador com cultura de qualidade. Vamos a eles. 


Melhores Atrizes:



1- Marjorie Estiano.
Foram apenas dois episódios de "Sob Pressão - Plantão Covid". Mas o especial valeu por uma temporada inteira somente pela entrega do elenco. E a principal foi Marjorie. Magnífica como sempre, a atriz deu um show de emoção em todas as difíceis cenas de Carolina fazendo de tudo para salvar os vários pacientes da covid-19. A cena mais emblemática do especial foi o momento em que a médica precisou tirar a máscara e sorrir para a foto de seu crachá do hospital de campanha. Um rosto cheio de marcas, os olhos vermelhos de tanto chorar e um sorriso que pareceu um pedido de socorro. Marjorie não precisou nem falar. Que cena! 


2- Fernanda Montenegro.
Elogiar Fernandona é chover no molhado. E a veterana esteve em dois especiais gravados em plena pandemia (pela sua própria família). A ranzinza Gilda foi brilhantemente interpretada tanto em "Amor e Sorte" quanto em "Gilda, Lúcia e o Bode", exibido na noite de Natal. A atriz mesclou momentos cômicos e dramáticos com a maestria que só alguém de seu talento consegue. A personagem é tão boa que vale a dica para a Globo fixar a série em sua grade.