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quarta-feira, 18 de abril de 2018

"Tá no Ar" - a TV na TV" homenageia o humor nacional e fecha mais uma temporada de forma brilhante

O "Tá no Ar - a TV na TV" encerrou sua quinta temporada nesta terça-feira (17/04) e não poderia ter fechado mais um ciclo de forma melhor. Marcelo Adnet, Marcius Melhem e Maurício Farias resolveram prestar uma merecida homenagem a todos os programas humorísticos do país, incluindo vários clássicos do passado e contando ainda com luxuosas participações especiais. Apesar do curto tempo de atração, houve espaço suficiente para todos receberem justos aplausos.


A já tradicional sátira aos absurdos da programação televisiva e aos próprios telespectadores foi deixada de lado por um só dia. Mas nem assim o formato deixou de ser engraçado. A diferença acabou sendo a mescla com momentos de pura nostalgia e emoção. Ney Latorraca, Cristina Pereira, Eliézer Motta, Tom Cavalcante, Berta Loran, Renato Aragão e Agildo Ribeiro foram algumas das grandiosas participações especiais que engrandeceram esse último programa do ano.

Ney incorporou o inesquecível Barbosa, da "TV Pirata", em uma hilária paródia da loja de eletrodomésticos: "O Barbosa enlouqueceu". Eliézer reviveu o querido Seu Batista, personagem presente em "Viva o Gordo" e "Escolinha do Professor Raimundo".

sábado, 11 de novembro de 2017

Márcia Cabrita era o retrato do sarcasmo e da alegria de viver

Nesta sexta-feira (10/11), o Brasil ficou mais triste. Márcia Cabrita faleceu, aos 53 anos, após lutar por sete anos contra um câncer no ovário. Diagnosticada em 2010, retirou os ovários e o útero, iniciando um tratamento que lhe acompanharia até o fim da vida. A atriz estava internada no Hospital Quinta D`Or, no Rio de Janeiro, há dez dias. Apesar de doente, nunca desistiu de trabalhar e sempre que apresentava alguma melhora participava de uma produção, sendo filme, novela ou série.


Sua última aparição na televisão foi na pele da impagável Narcisa, em "Novo Mundo", na Globo. A atriz seria a suja Germana (Vivianne Pasmanter) na novela primorosa de Alessandro Marson e Thereza Falcão, mas, em virtude do estágio do câncer, acabou não conseguindo ficar com um papel tão grande e precisou de um tempo para voltar. Os autores, então, escreveram a nova personagem especialmente para ela, que brilhou sempre que surgiu em cena. As tiradas da esposa de José Bonifácio (Felipe Camargo) eram hilárias e o sotaque português da intérprete idem.

Entretanto, infelizmente, Márcia precisou se afastar novamente da trama e Narcisa saiu antes do previsto, não retornando mais. Era um sinal da gravidade do seu estado. E a atriz ter conseguido forças para participar ao menos de alguns capítulos do folhetim apenas comprovou o quanto amava seu ofício e a vida.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Paulo Silvino marcou o humor nacional e nunca será esquecido

Na quinta-feira passada (17/08), o Brasil perdeu um de seus mais conhecidos e queridos humoristas: Paulo Silvino. O ator, que lutava contra um câncer de estômago, morreu em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no início da manhã. Segundo a família, ele chegou a ser submetido a uma cirurgia no ano passado, mas o câncer se espalhou e a opção dos familiares foi que ele fizesse o tratamento em casa.


O humorista era uma verdadeira fábrica de bordões e virou uma referência na comédia brasileira. Não tinha quem não o conhecesse e isso era fruto de uma galeria de tipos marcantes, graças ao festival de caras e bocas que fazia na hora de proferir suas pérolas em diversas atrações humorísticas. Paulo iniciou sua carreira em 1957, no filme "Sherlcok de Araque", onde surgiu como um cantor de rock, cujo pseudônimo era Dixon Savannah. Estreou na Globo em 1966, um ano após a inauguração da emissora, apresentando o "Canal Zero" (atração que satirizava a programação das emissoras) , e não demorou para ser reconhecido como o melhor comediante do ano.

Entre idas e vindas nas Globo, o ator fez parte de vários programas consagrados e até hoje lembrados com carinho pelo público, como "Balança Mas Não Cai" (1968), "Faça Humor, Não Faça Guerra" (1970), "Uau, a Companhia" (1972), "Satiricom" (1973), "Planeta dos Homens" (1976), e "Viva o Gordo" (1981). Também participou da "Escolinha do Professor Raimundo" (1993 - 1995), interpretando um gari malicioso que vivia reciclando o lixo dos políticos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Apesar da segunda temporada ter sido melhor que a primeira, "Chapa Quente" não deixará saudades

Ocupar a faixa que foi de "A Grande Família" por quase 14 anos não era uma tarefa nada fácil. Por isso mesmo, "Chapa Quente" (escrita por Cláudio Paiva e dirigida por José Alvarenga Jr.) já estreou em 2015 pressionada a ser uma produção tão boa quanto a anterior que fez um imenso sucesso por um longo e respeitado tempo. A primeira impressão não foi nada boa e as avaliações negativas se mantiveram, originando várias críticas durante os meses em que ficou no ar. Apesar de tudo, a audiência foi alta e a Globo encomendou uma segunda temporada em 2016. Mas, agora, até mesmo a emissora reconheceu que não há mais como prolongar o formato, cancelando a série, que sai do ar nesta quinta (04/08).


A primeira temporada foi um equívoco completo. Apesar do bom elenco, a série parecia um híbrido de todos os seriados de humor que deram certo na Globo. Tanto que era possível observar alguns elementos de similaridade com "A Grande Família", "Tapas & Beijos" e até "Macho Man", três produtos bem-sucedidos da emissora. A história era ambientada em São Gonçalo, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, com pouco mais de um milhão de habitantes. E o principal cenário era o Marlene`s, salão de cabeleireiro da perua Marlene (Ingrid Guimarães), casada com o vagabundo Genésio (Leandro Hassum). 

Praticamente todos os conflitos aconteciam naquele ambiente, onde circulavam os personagens. O cabeleireiro Fran (Tiago Abravanel) e a manicure Josy (Renata Gaspar) funcionavam como principais escadas para Marlene, enquanto o malandro Marreta (Paulinho Serra) formava uma dupla dinâmica com Genésio.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Dez anos sem Bussunda

Nesta sexta-feira, a morte de um dos maiores humoristas do país completou dez anos. Bussunda deixou o país mais triste no dia 17 de junho de 2006, enquanto realizava a cobertura da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Foi lá que ele faleceu, em virtude de um ataque cardíaco fulminante, logo depois de acordar no hotel onde estava. O comediante morreu oito dias antes de completar 44 anos, desfalcando o querido time do "Casseta & Planeta Urgente" e deixando o Brasil em choque.


Bussunda era ator, dublador, cronista esportivo, escritor, editor de revista, jornalista e humorista. Um profissional de vários talentos e que se destacou em todas as áreas, principalmente, claro, no humor. Tanto que deixou algumas matérias prontas para o "Casseta", dias antes de falecer, interpretando um de seus personagens de maior sucesso: o Ronaldinho Fofômeno, imitação do Ronaldo Fenômeno, fazendo jus ao período da Copa do Mundo. Ou seja, saiu de cena trabalhando no mais amava: divertir os outros.

Ele foi o integrante mais popular do "Casseta & Planeta", programa que ajudou a criar juntamente com os companheiros inseparáveis Helio de la Peña, Cláudio Manoel, Reinaldo, Marcelo Madureira, Beto Silva e Hubert. A atração surgiu em virtude da junção das turmas do tabloide "O Planeta Diário" e da revista "Casseta Popular", fazendo um imenso sucesso e ficando no ar ao longo de 18 anos na Globo.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Glória Pires ri de si mesma e "Tá no Ar: a TV na TV" acerta mais uma vez

O assunto que ganhou enormes dimensões após a transmissão do Oscar na Globo não foi a aguardada vitória de Leonardo DiCaprio como Melhor Ator, em virtude do seu elogiado desempenho em "O Regresso". A protagonista da premiação foi uma brasileira muito amada pelo público e que tem uma admirável carreira de atriz: Glória Pires. Seus comentários sobre os indicados eram curtíssimos e ela não desenvolvia o pensamento. Claro que virou motivo de piada nas redes sociais. Porém, dois dias depois, a intérprete resolveu rir de si mesma, autorizando uma sátira impagável do "Tá no Ar: a TV na TV".


Escalada para ser comentarista do evento na emissora, ao lado de Artur Xexéo e Maria Beltrão, Glória Pires se mostrou concisa e até sincera demais. "Não sou capaz de opinar", "Bacana", "Interessante" e "Eu não assisti" foram apenas algumas das 'pérolas' ditas pela atriz ao longo da premiação, deixando seus colegas --- que tentaram prolongar um pouco mais as observações, sem sucesso --- desconcertados durante alguns momentos. Foi o bastante para despertar inúmeras piadas (chamadas de 'memes') na internet, virando alvo de deboche.

Glória até publicou um vídeo no dia seguinte para se explicar e dizer que agiu como se estivesse na sala com os amigos. A sua atitude foi louvável, até porque ninguém precisa bancar o entendedor de tudo. E o que mais tem é gente pedante, principalmente em programas onde o intuito é demonstrar conhecimento sobre algo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Participação de Monica Iozzi expôs com mais clareza todos os problemas do "Tomara que Caia"

O "Tomara que Caia" foi um dos grandes equívocos da Globo em 2015. O programa estreou no dia 19 de julho e chegaria ao fim no dia 4 de outubro, mas ganhou uma sobrevida e foi estendido até o dia 1º de novembro. A ideia de mesclar interatividade do telespectador, e da plateia, com a história contada em um palco era válida, mas foi muito mal executada. O erro foi tanto na escalação de parte do elenco, quanto nas tentativas de improvisação, entre tantos mais. E a participação de Monica Iozzi comprovou que não era necessário muita coisa para divertir, expondo todos os problemas da atração.


A atriz, e atual apresentadora do "Vídeo Show", roubou a cena quando participou e não se preocupou em se levar a sério. Ela interrompia as cenas várias vezes e chegou até a chamar a Agatha (assistente de produção do programa vespertino) para interagir durante uma sequência, fingindo ter esquecido o texto. Monica debochou de todos ao vivo e riu de si mesma. Não foi necessária a utilização das 'trollagens' armadas e muito menos das sugestões da plateia para que os atores continuassem a história fazendo isso ou aquilo.

A capacidade de improvisação da atriz foi seu maior trunfo, que conseguiu transformar uma história boba em algo engraçado. Monica fez o que Miguel Falabella fazia inúmeras vezes no extinto "Sai de Baixo": provocava os colegas de elenco o tempo todo e ridicularizava o próprio roteiro. Um dos grandes problemas do "Tomara que Caia" foi ter se levado a sério demais. Tudo era seguido à risca, até mesmo o que deveria ser algo improvisado.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Sem graça e repleto de equívocos, "Tomara que Caia" é uma boa ideia mal executada

A missão da Globo para preencher o espaço vago desde o fim do "Sai de Baixo" tem sido muito difícil. A faixa 'pós-Fantástico' se transformou em um grande problema para a emissora. Já foram várias tentativas, entre elas os fracassos "Norma" e "Batendo Ponto" (ambos cancelados rapidamente), a série "SOS Emergência", além de realities como "Jogo Duro" e "Hipertensão". O "SuperStar", apesar de perder algumas vezes para o "Programa Silvio Santos", se mostrou uma boa opção. Entretanto, com o fim da competição musical, mais uma aposta foi feita pelo canal, que estreou no dia 20 de julho: o "Tomara que Caia".


A atração, antes mesmo de estrear, contou com inúmeras chamadas que criavam várias dúvidas a respeito da identidade do formato. Afinal, é game ou humor? A pergunta já era uma dica sobre o conteúdo do programa, que mistura as duas características e transforma o público em protagonista. A cada semana, o elenco se divide em dois times de quatro pessoas, onde um é o espelho do outro. Ou seja, o ator X de um grupo interpretará o mesmo personagem do ator Y da equipe rival. A mesma cena tem que ser interpretada pelos dois quartetos e é o telespectador o responsável pelos momentos de substituição ----- quando um grupo não está agradando, há uma votação por meio de um aplicativo no celular (parecido com o esquema do "SuperStar"), onde está disponível a opção "Tomara que caia" ou "Tomara que fique".

Heloísa Périssé, Daniele Valente, Eri Johnson e Ricardo Tozzi formam uma equipe e Fabiana Karla, Priscila Fantin, Nando Cunha e Marcelo Serrado compõem a outra. Todos atuam em uma espécie de cenário e diante de uma plateia ---- nos mesmos moldes do "Sai de Baixo" e "Vai que Cola" (do Multishow).

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Novo "Zorra" agrada, extingue o formato desgastado e reformulação devolve graça ao programa

O "Zorra Total" estreou em março de 1999 e inicialmente era apresentado às quintas-feiras, até ser substituído pelo já extinto jornalístico "Linha Direta", migrando para os sábados, onde se estabeleceu. A fórmula do humor popularesco e repleto de bordões sempre foi a grande identidade deste programa, permanecendo assim por quase 16 anos e recebendo um ótimo retorno da audiência. Várias expressões e personagens emplacaram e caíram no gosto popular ao longo deste tempo. Porém, no dia 9 de maio de 2015 uma nova fase foi iniciada em um dos humorísticos mais longevos da Globo.


Saiu Maurício Sherman, que dirigiu a atração por 15 anos, e entraram Maurício Farias e Marcius Melhem, dois dos responsáveis pelo excelente "Tá no Ar: a TV na TV" ---- este que conta também com a colaboração de Marcelo Adnet. E o DNA do elogiado humorístico, que estreou em 2014, já pôde ser visto no novo "Zorra", que agora conta com esquetes bem mais rápidas (que também se assemelham a programas como o "Viva o Gordo", por exemplo) e quadros sem personagens fixos. Os bordões foram abolidos, assim como as gostosas presentes em vários momentos. As claques (risos e aplausos programados), outra característica do antigo formato, também acabaram.

Mas apesar destas alterações drásticas, vários atores do "Zorra Total" foram mantidos no elenco. Nomes como Antônio Pedro, Tony Tornado, Fabiana Karla, Rodrigo Sant`anna, Thalita Carauta, Mariana Santos, Nelson Freitas, Paulo Silvino, Agildo Ribeiro, Nizo Neto, Sebastião Vasconcellos, Tadeu Mello, entre outros, seguem na atração, que também ganhou novos integrantes:

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Melhor programa de humor da atualidade, "Tá no Ar: a TV na TV" novamente divertiu através do deboche e da crítica inteligente

Após uma bem-sucedida temporada em 2014, o "Tá no Ar: a TV na TV" voltou a marcar presença na grade da Globo em 2015 e conseguiu repetir todas as qualidades vistas no ano passado. A segunda temporada, que estreou em fevereiro, foi encerrada nesta quinta (16/04) com mais um impagável episódio, repleto de esquetes inspiradas e politicamente incorretas. A atração realmente se firmou como um respiro no tão desgastado humor nacional.


Sem se preocupar com os moralistas de plantão, a equipe mais uma vez surpreendeu com sátiras que primavam pela crítica e pelo deboche desenfreado, onde ninguém escapava. Nem mesmo os anunciantes e muito menos a Globo. Sobrou até para o próprio programa, quando foi feita uma imitação da clássica Velha Surda em uma rápida esquete, fazendo uma homenagem ao saudoso Roni Rios e rindo deles mesmos, uma vez que o "Tá no Ar" perdeu algumas vezes na disputa de audiência para "A Praça é Nossa", do SBT.

Outra sacada de mestre da atração foi a piada feita em cima das entrevistas sensacionalistas do Gugu, na Record. Jorge Beviláqua (Welder Rodrigues hilário), apresentador do "Jardim Urgente", fez uma entrevista exclusiva com uma menina (interpretada por Giovanna Rispoli) que tinha matado aula.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

"Tá no Ar: a TV na TV" estreia nova temporada mantendo o ritmo ágil e o humor politicamente incorreto

O "Tá no Ar: a TV na TV" foi a melhor estreia de um humorístico na Globo em anos. O politicamente correto foi deixado de lado e um festival de piadas contra tudo e todos passou a fazer parte da grade da emissora semanalmente. O programa se despediu do público em junho de 2014 deixando saudades. E o êxito do formato proporcionou uma bem-vinda segunda temporada, que começou a ser exibida nesta quinta-feira (12/02).


O primeiro acerto desta nova fase é a mudança de horário. Em 2014, a atração ia ao ar quase meia noite e agora passa a ser exibida logo após o "Big Brother Brasil", por volta das 22h40, bem mais cedo. Obviamente, esta alteração proporciona um aumento do número de telespectadores, que reflete diretamente na audiência. E logo no primeiro programa houve uma interatividade muito inteligente com o "BBB".

Como começou imediatamente depois do reality, Marcius Melhem, Marcelo Adnet e parte da trupe apareceram dentro do quarto do líder e conversaram com Pedro Bial. Tudo, claro, sem perder a chance de debochar dos discursos enigmáticos que o apresentador sempre faz na hora da eliminação de um participante.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Mussum: 20 anos sem um dos melhores humoristas do país

Na última terça-feira de julho (29/07), completou-se 20 anos da morte de Mussum em decorrência de complicações após um transplante de coração, em São Paulo. O mais querido dos trapalhões ainda é muito lembrado nas redes sociais graças aos memes (imagens, frases e vídeos que ganham grande popularidade) multiplicados constantemente na internet.


Nascido no dia 7 de abril de 1941, Antônio Carlos Bernardes Gomes teve origem humilde ---- nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcellos, zona norte do Rio de Janeiro ----, trabalhou como mecânico, serviu o exército por oito anos e integrou o grupo musical "Os Originais do Samba" antes de se aventurar no humor, onde ficou imortalizado. Estreou no humorístico "Bairro Feliz" (Globo - 1965) para substituir um humorista que não havia comparecido e ganhou o apelido de Muçum (peixe preto) do saudoso Grande Otelo. Somente em 1973 entrou para "Os Trapalhões", que na época era um trio, já que o também saudoso Zacarias só entrou em 1974. E não demorou muito para o grupo virar mania nacional.

Foram muitos anos de sucesso e Mussum sempre foi o trapalhão mais querido. O humor politicamente incorreto que cercava o personagem divertia sem provocar polêmicas inúteis e todos os quadros abusavam do escracho, onde quase sempre a bebida alcoólica era usada como 'fiel escudeira' do amigo de Didi, Dedé e Zacarias.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

"Tudo Pela Audiência": um divertido deboche aos formatos apelativos da televisão brasileira

Apostando mais uma vez no humor, após o grande lançamento do sitcom "Vai que Cola" em 2013, o Multishow estreou um novo programa na terça-feira da semana passada (15/07): o "Tudo Pela Audiência". Comandado por Tatá Werneck e Fábio Porchat, a atração tem uma proposta muito criativa: expor todas as apelações que costumam permear os canais abertos, satirizando vários programas de auditório que usam todos os subterfúgios possíveis com o intuito de elevar os índices do Ibope.


A ideia é ótima e o título do programa é extremamente apropriado. Afinal, o que se vê na atração é realmente um conjunto de situações apelativas com a intenção de elevar a audiência. Mas este conjunto nada mais é do que uma soma de vários programas de auditório conhecidos do grande público e que lutam diariamente (ou semanalmente) por uns pontos a mais no Ibope. O intuito é debochar das fórmulas já desgastadas mas que, por incrível que pareça, ainda funcionam.

São vários quadros apresentados ao longo do programa, que tem uma hora de duração e é exibido de segunda a sábado, às 22h30. Entre eles, há o 'Pra quem você tira o pastel?" ----- quadro que faz uma sátira ao 'Pra quem você tira o Chapéu', do 'Programa Raul Gil', do SBT -----, onde o convidado escolhe um pastel (dentro de cada um há o nome de alguém ou alguma coisa, no mesmo esquema do quadro original), que está grudado no corpo de uma mulher com um biquíni minúsculo.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A respeitável longevidade de "A Praça é Nossa"

Manuel da Nóbrega criou algo teoricamente simplório em 1956: um programa humorístico, cujo único cenário era um banco de uma praça, por onde passariam inúmeros personagens, que conversariam com um senhor que estava diariamente sentado ali, lendo seu jornal. Inicialmente chamado de "A Praça da Alegria", o humorístico foi tão bem recebido pelo público que passou por várias emissoras ---- incluindo TV Paulista (onde estreou, em 1957), Record e Globo (ficando entre 1977 e 1978, comandado por Miele) -----, até ser remontado na Band em 1987, sendo denominado de "Praça Brasil", e comandado pelo 'herdeiro' Carlos Alberto de Nóbrega.


Mas logo depois, o filho de Manuel de Nóbrega foi para o SBT, levou a atração com ele, mudou o nome para "A Praça é Nossa" e de lá não saiu mais. O humorístico estreou na emissora de Silvio Santos em maio de 1987 e está até hoje no ar, comprovando o êxito do formato criado há 58 anos. Apesar das trocas de horário que o programa sofreu ao longo destes anos, sendo a principal e mais traumática delas a saída dos sábados à noite, migrando para os domingos à tarde, sua longevidade mostra que o simples, às vezes, dá mais certo do que uma série de inovações.

E o formato expõe a generosidade de Carlos Alberto de Nóbrega, que funciona como um mero coadjuvante, cujo objetivo é fazer 'escada' para os humoristas brilharem. Situação semelhante vivida pelo saudoso Chico Anysio, na "Escolinha do Professor Raimundo", onde os alunos eram os protagonistas.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

"Tá no Ar: a TV na TV" debochou da televisão, esbanjou ousadia e divertiu do início ao fim

O programa de Marcelo Adnet, Marcius Melhem e Maurício Farias pode ser considerado uma das melhores estreias da Globo de 2014. O "Tá no Ar: a TV na TV" chegou para dar um sopro de ousadia em meio ao insuportável politicamente correto que impera no país e conseguiu atingir este objetivo com louvor. O humorístico encerrou sua primeira temporada nesta quinta-feira (05/06), deixando saudades e comprovando o acerto de sua produção.


A atração que conta com Welder Rodrigues, Marcelo Adnet, Marcius Melhem, Verônica Debom, Luana Martau, Danton Mello, Maurício Rizzo, Márcio Vito, Renata Gaspar, Carol Portes e Georgiana Góes no elenco, surpreendeu na estreia ao apresentar várias esquetes que brincavam com religião, com programas da concorrência e ainda sacaneavam a própria Rede Globo. E a equipe surpreendeu, a cada semana, com novas ideias e piadas. Não teve um só programa que tenha deixado a desejar e isso é algo raro na televisão, principalmente se tratando de um produto de humor.

Embora não tenha sido algo inovador, afinal, formatos como "TV Pirata" e "Comédia MTV" já apresentavam algo semelhante na época de cada um, o "Tá no Ar" conseguiu surpreender o telespectador com situações engraçadíssimas e ainda quebrar paradigmas da própria Globo. A líder nunca permitiu que seus humorísticos fizessem qualquer tipo de referência aos programas da concorrência,

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Com Marcelo Adnet inspirado, "Tá no Ar: a TV na TV" diverte e mostra uma Globo que sabe rir de si mesma

A estreia de Marcelo Adnet na Globo foi frustrante. Após sair da MTV, o humorista foi para a principal emissora do país e acabou entrando em um projeto que não deu certo: "O Dentista Mascarado". A série escrita por Alexandre Machado e Fernanda Young foi um fracasso e Adnet recebeu inúmeras críticas. Muitos, inclusive, disseram que dificilmente ele conseguiria emplacar algum projeto com a sua identidade na empresa. Entretanto, alguns meses depois, a chegada de "Tá no Ar: a TV na TV" marcou um recomeço na carreira do marido de Dani Calabresa, que durante o intervalo chegou a fazer paródias de clipes no "Fantástico". A atração, que estreou nessa quinta-feira (10/04), surpreendeu e trouxe para o telespectador um humor afiado que foca no meio televisivo e não poupa ninguém.


O programa começou quebrando todos os paradigmas da Rede Globo. Conhecida por ignorar a concorrência, a emissora só permitia que seus humorísticos fizessem piadas com os programas da própria empresa. Mas a regra que parecia inquebrável foi finalmente deixada de lado na nova atração. O "Tá no Ar" fez piada com Record, Band, Rede TV!, SBT, mercado publicitário e até com a própria Globo. Não escapou ninguém. Nem mesmo as pessoas que odeiam a líder e a acusam de manipulação.

Marcelo Adnet, Marcius Melhem (ambos também roteiristas e redatores finais), Luana Martau (que recentemente participou de "Joia Rara"), Verônica Debom, Renata Gaspar, Márcio Vito, Welder Rodrigues, Carol Portes, Danton Mello e Georgiana Góes protagonizaram várias esquetes que ridicularizavam o meio televisivo e

terça-feira, 1 de abril de 2014

"Divertics" não conseguiu divertir

A Globo tentou apresentar uma nova proposta com o "Divertics", que se encerrou no último domingo (30/03), após 18 programas. A ideia era exibir esquetes de humor mescladas com apresentações circenses, interação da plateia e improvisos dos atores. Sem dúvida foi uma proposta promissora, entretanto, o resultado não foi o esperado.


A plateia, por vezes, soava forçada, várias esquetes deixaram a desejar e, apesar do grande elenco escalado, o riso não vinha fácil. Era perceptível que algumas situações apresentavam um humor mais característico de internet (vide o canal "Porta dos Fundos") e outras apelavam para o estilo mais popularesco. Ou seja, tentaram unir todos os tipos de público em uma só atração; atitude mais do que válida, só que infelizmente sem causar o efeito desejado.

Rafael Infante, Maria Clara Gueiros, Roberta Rodrigues, Nando Cunha, Luis Fernando Guimarães, Ellen Roche, David Lucas e Marianna Armellini são ótimos e fizeram bem o que era proposto, ainda que várias esquetes não tenham funcionado. Mas quem se destacou mesmo foi Leandro Hassum. O humorista conseguiu divertir até mesmo em situações sem um pingo de comicidade graças ao seu talento

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Márvio Lúcio é o destaque na volta do "Pânico na Band"

O "Pânico na Band" voltou das férias nesse último domingo (16/02). Após o tradicional recesso, o humorístico retornou com novos quadros, mas mantendo a 'essência', ou seja, utilizando artifícios para prender o público até os minutos finais, como por exemplo, ter anunciado uma nova integrante (substituta de Sabrina Sato) que na verdade era uma cachorrinha. Mas o destaque foi a paródia do "Vídeo Show".


Após se destacar em 2013 fazendo uma ótima e escrachada imitação do jornalista Marcelo Rezende, Márvio Lúcio aproveitou a oportunidade para fixar o Zeca Tamagro (personagem já utilizado em algumas matérias do "Pânico") em um quadro. O "Vídeo Sou" utilizou todas as situações desnecessárias do novo "Vídeo Show" para debochar do formato e ainda destacar o elenco do humorístico.

Carioca mais uma vez mostrou que é o principal nome do "Pânico na Band" e imitou todos os trejeitos de Zeca Camargo na apresentação da atração da Globo. As gargalhadas forçadas, os repetitivos aplausos, enfim, tudo esteve presente e divertiu. Além do show de Márvio, Guilherme Santana e Eduardo Sterblitch

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Apesar do ótimo elenco e da tentativa de sair da mesmice, "Divertics" mostra que precisa de ajustes para honrar seu título

Para ocupar o lugar de mais uma bem-sucedida temporada do "Esquenta!" (que agora se fixou na grade), a Globo lançou um programa de humor que ficará no ar por 18 domingos: "Divertics". Dirigido por Jorge Fernando e com roteiro de Cláudio Torres Gonzaga, o formato apresenta várias esquetes, intercaladas com alguns números acrobáticos para trocas de cenário, e conta com um ótimo elenco, que atua tendo uma espécie de galpão como palco.


Marianna Armellini, Ellen Roche, Nando Cunha, Roberta Rodrigues, Luis Fernando Guimarães, Maria Clara Gueiros, David Lucas, Leandro Hassum e Rafael Infante protagonizam o humorístico, que é quase um ensaio aberto. O diretor (Jorge Fernando) dá várias ordens e tudo é visto pelo público. Ele ainda leva várias broncas da mãe (Hilda Rebelo, mais uma vez trabalhando com o filho), que reclama de várias situações. E de acordo com a premissa da atração, todos os atores podem e devem improvisar diante de cenas que surgem, embora sigam um roteiro pré-determinado.

Entretanto, o único que usou e abusou do improviso foi Leandro Hassum. Ele, aliás, é um ator que sabe improvisar e desconcertar seus colegas de elenco. Justamente por isso, foi o grande protagonista da estreia e provavelmente continuará se destacando nos demais episódios. Maria Clara Gueiros e Luis Fernando

sábado, 5 de outubro de 2013

"A Mulher do Prefeito" estreia em grande estilo e diverte ao criticar a corrupção através do humor

"Corrupção: quebra de um estado funcional, pode ser definida como utilização do poder ou autoridade para conseguir vantagens e fazer uso do dinheiro público para seus próprios interesses. Nepotismo e suborno também são formas de corrupção. Corromper significa 'tornar pútrido, podre'." A explicação detalhada do significado desse tipo de crime pode ser encontrada em qualquer dicionário, porém, todas as pessoas sabem ou já ouviram falar nessa palavrinha tão falada na televisão, no rádio, na internet e nos jornais. E a corrupção é justamente o grande pano de fundo da produção que estreou na última sexta-feira (04/09): "A Mulher do Prefeito".


A série (coprodução com a O2 Filmes) de Bernardo Guilherme e Marcelo Gonçalves, com direção de Maurício Farias (núcleo) e Luiz Villaça (geral), tem como principal objetivo abordar esse crime infelizmente tão praticado através do humor. A trama --- que se passa na fictícia Pitanguá --- começa mostrando Aurora (Denise Fraga) adestrando um cachorro (uma de suas atividades), enquanto seu marido, o prefeito Reinaldo Rangel (Tony Ramos), inaugura o Estádio Municipal Reinaldo Rangel (vulgarmente chamado de 'Pitangão'), estádio de futebol de primeiro mundo construído com dinheiro público que deveria ter sido usado na construção de casas populares.

Tudo parecia caminhar bem até Reinaldo perceber que seria preso, sendo acusado de desvio de verba pública. Para evitar ir para a cadeia, o prefeito finge um mal súbito e acaba conseguindo que a justiça lhe conceda uma prisão domiciliar. Como está impossibilitado de comandar a prefeitura, ele acaba pedindo