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sábado, 20 de janeiro de 2024

Após início turbulento, "Terra e Paixão" chega ao fim como um grande sucesso

 O começo não foi fácil. A missão de Walcyr Carrasco era reerguer a audiência do horário nobre da Globo, após o completo fiasco de "Travessia", que afundou a ótima média conquistada pelo remake de "Pantanal". Conhecido como o 'coringa' da emissora, o autor costuma fazer o impossível e sempre consegue entregar um sucesso. Pois não foi diferente com "Terra e Paixão", que estreou em maio de 2023 e chegou ao fim nesta sexta-feira, dia 19, após 221 capítulos, um número impressionante para os dias de hoje. 

A história não teve um caminho tranquilo. Como a trama era longa, Walcyr optou por um início mais lento e longe dos atropelos que muitos folhetins recentes fazem para causar a sensação de agilidade. A estratégia foi inteligente e o começo se mostrou muito bem estruturado em cima da saga de Aline (Barbara Reis), que logo no primeiro capítulo viu seu marido ser assassinado a mando de Antônio La Selva (Tony Ramos), poderoso empresário do agronegócio que fez fortuna através do desmatamento de florestas e tomando terras de pequenos produtores. 

Porém, após uma estreia repleta de adrenalina, o folhetim 'amornou' diante da falta de embates diretos entre mocinha e vilão e também por conta de um dilema amoroso envolvendo a protagonista. Logo na primeira semana, Caio (Cauã Reymond) se declarou para a protagonista e não houve construção alguma do sentimento. Foi algo súbito.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Tony Ramos e Gloria Pires comprovam em "Terra e Paixão" que uma parceria bem-sucedida nunca se desgasta

 A valorização dos veteranos, infelizmente, sempre foi uma raridade entre os autores. São poucos os que escalam atores experientes para papeis de destaque e depois da pandemia a situação ficou pior do que já estava. Há um nítido privilégio da juventude nos elencos dos últimos anos, onde há cada vez menos espaço para intérpretes de mais idade. Dá para contar nos dedos de uma mão a quantidade de atores acima dos 60 anos nos folhetins recentes. No entanto, há um escritor que sempre valorizou esse time: Walcyr Carrasco. A maior prova é o destaque de Tony Ramos e Gloria Pires em "Terra e Paixão".

Os atores ganharam dois vilões que têm um grande destaque, pois fazem parte do núcleo central do enredo, e vêm recebendo cada vez mais cenas desde o início do folhetim. O casal sem escrúpulos já praticou inúmeras maldades na história, que agora conta com a colaboração de Thelma Guedes, e o principal objetivo é a manutenção do poder. Antônio e Irene La Selva são os clássicos representantes da família que enriqueceu com o agronegócio devastando terras protegidas, praticando crimes ambientais e matando supostos inimigos. Os típicos 'cidadão de bem'. 

Os personagens têm uma defesa visceral pela 'família', mesmo com o ambiente familiar sendo catastrófico, onde os três herdeiros cresceram repletos de problemas psicológicos graças aos constantes embates e a sucessivas cobranças a respeito de quem iria conseguir a sucessão nas empresas do pai. Ainda houve a trágica morte de Daniel (Johnny Massaro), vítima de um acidente na estrada, pouco tempo depois de um caos familiar ter sido instaurado por Caio (Cauã Reymond), que expôs a traição de Irene diante de todos.

sábado, 23 de dezembro de 2023

Com o drama de Petra, "Terra e Paixão" apresenta mais um capítulo de tirar o fôlego

 A atual novela das nove da Globo é a única produção que vem fazendo sucesso na grade. Walcyr Carrasco, agora com Thelma Guedes, novamente demonstra que sabe a fórmula para prender o público diante da televisão e o capítulo desta sexta-feira, dia 22, foi mais uma comprovação. A conclusão do drama de Petra (Debora Ozório) ocasionou uma sucessão de cenas impactantes e emocionantes. 


O risco de "Terra e Paixão" perder o ritmo com a morte da Agatha (Eliane Giardini) era alto, afinal, a vilã arrebatou o púbico e provocou um verdadeiro caos na trama. O mistério do 'quem matou?' segue no enredo em segundo plano e foi aí que o bom planejamento dos autores ficou mais claro. Enquanto o maior enigma não é solucionado, o que só ocorrerá no último capítulo, outros conflitos ganharam continuação, como o abuso sofrido por Petra, que sempre voltava nas memórias da personagem através da terapia com Marta (Kika Kalache). 

A entrada de Dirceu, interpretado por Eriberto Leão, movimentou a história e inseriu uma tensão constante em virtude do comportamento abusivo e até aterrorizante daquele sujeito que sentia prazer em encurralar mulheres.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Walcyr Carrasco comprova em "Terra e Paixão" que é o autor que mais valoriza atores veteranos

 O atual momento da teledramaturgia não anda nada bom no quesito valorização de atores mais experientes. Aliás, não anda bom em vários outros quesitos, mas isso é assunto para outro texto. O fato é que intérpretes mais velhos estão desaparecendo das histórias e a juventude vem dominando os elencos. No entanto, ironicamente, na única trama inédita que vem fazendo sucesso e alcançando boa audiência esse absurdo não acontece. Em "Terra e Paixão", um trio de peso dominou a narrativa e virou o maior trunfo do enredo. 

Gloria Pires, Tony Ramos e Eliane Giardini formam uma tríade de ouro na trama de Walcyr Carrasco que agora conta com o apoio de Thelma Guedes. E o merecido destaque que os três recebem honra o que o autor sempre fez em todas as suas novelas: a valorização do elenco veterano. Não teve um folhetim sequer em que os intérpretes mais experientes não tenham recebido grandes papeis pelas mãos do escritor, que costuma encher suas obras de profissionais experientes, como Ana Lucia Torre, Elizabeth Savalla, Ary Fontoura, Marco Nanini, Walderez de Barros, Suely Franco, Fernanda Montenegro, Laura Cardoso, entre tantos que já foram frequentemente escalados por ele. 

Agora não é diferente em "Terra e Paixão". A ideia de colocar Gloria e Tony vivendo um casal de vilões funcionou logo no início e a dupla que transborda crueldade e frieza enriquece a trama, além de proporcionar sempre ótimas cenas para os atores que já fizeram muito sucesso juntos no cinema e vivendo pares românticos em outros folhetins.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Débora Falabella brilha em "Terra e Paixão" e na série "Fim"

 Atrizes talentosas, por mais estranho que pareça, desafiam qualquer um que escreve sobre teledramaturgia. Afinal, como elogiar sem cair na repetição ou na obviedade? Débora Falabella representa um destes casos. A intérprete vem brilhando desde o início de "Terra e Paixão" e agora pode ser vista igualmente bem na série "Fim", estreia recente do Globoplay. 


A saga de Lucinda, na atual novela das nove de sucesso de Walcyr Carrasco, agora com colaboração de Thelma Guedes, é uma das melhores desenvolvidas na trama e proporciona para a atriz momentos muito distintos dramaticamente. Nos primeiros meses, a personagem vivia um casamento abusivo com Andrade (Ângelo Antônio) e foram muitas cenas de violência doméstica protagonizadas por Débora. Era uma mulher que raramente sorria e vivia em constante estágio de alerta e medo. A intérprete transmitia toda a angústia daquela sofredora com muita verdade. 

Apesar da fase inicial dramática, Lucinda tinha momentos leves com a irmã, Anely, o que resultava em uma boa sintonia entre Débora e Tatá Werneck. A atriz também emocionava ao lado do pequeno Felipe Melquíades, intérprete de Cristian, filho da personagem.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

"Terra e Paixão" apresenta capítulo de tirar o fôlego com show de veteranos

 Nesta terça, dia 7, "Terra e Paixão" apresentou mais um capítulo repleto de cenas eletrizantes, após o afronte de Aline (Barbara Reis) exibido semana passada. Porém, agora foi a vez do trio veterano da trama brilhar. Tony Ramos, Gloria Pires e Eliane Giardini foram irretocáveis em uma sucessão de cenas de forte carga dramática que marcou mais uma catarse preparada muito bem por Walcyr Carrasco e Thelma Guedes. 


A passagem de Claudia Raia pela novela das nove foi curta, apenas dez capítulos, afinal, precisava cuidar de seu filho, Luca, de oito meses. Mas Emengarda teve uma presença cênica e tanto, o que valorizou a atriz e enriqueceu o enredo. Tanto que a golpista foi a responsável pela nova virada da história quando descobriu o caso de Irene (Gloria Pires) com Vinícius (Paulo Rocha) e vendeu a informação para Agatha (Eliane Giardini), que não pensou duas vezes antes de destruir a rival. 

A cena em que Agatha levou Antônio até o motel em que sua esposa estava com o amante foi o gancho de sábado, que rendeu uma continuação repleta de ação e embates ao longo de quase uma hora do capítulo desta segunda, que rendeu 30 pontos de pico de audiência.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Walcyr Carrasco promove primeira virada de "Terra e Paixão" repleta de catarses e boas atuações

 Nesta quinta-feira, dia 6, foi ao ar a grande virada da atual novela das nove da Globo. "Terra e Paixão" marca a volta de Walcyr Carrasco ao horário, após o fenômeno "A Dona do Pedaço", de 2019, e o autor sempre foi considerado o coringa da emissora. Responsável por uma legião de sucessos em todas as faixas, o escritor mostrou mais uma vez que não entra em batalhas para perder. Foram dois meses de preparação para que uma avalanche de catarses acontecesse com a temperatura necessária para a empolgação do público. 


A novela estreou no dia 8 de maio e só acaba em janeiro de 2024. Um enredo que precisa ser desmembrado por cerca de 220 capítulos. Um desafio para qualquer autor, ainda que Walcyr tenha experiência em folhetins longos (vários tiveram 'esticamentos' por conta do sucesso). Não por acaso, fica perceptível que houve uma preocupação na elaboração de vários 'plots' que ainda virão pela frente, como a volta de Agatha, mãe de Caio (Cauã Reymond) e grande paixão de Antônio (Tony Ramos). A personagem estava morta até semana passada, mas o caixão estava vazio e quando isso acontece na teledramaturgia a resposta é imediata: a defunta vai voltar triunfante. 

Porém, agora o enredo está voltado para a morte de Daniel (Jhonny Massaro), que provoca uma virada de chave na personalidade de Irene (Gloria Pires). A vilã contida e fria passa a ser agressiva destemperada diante da perda da única pessoa que realmente amava e depositava seu futuro de riqueza eterna. O termo 'coringar', algo comum nas redes sociais, cabe perfeitamente no caso. E tudo foi acontecendo com a explosão simultânea de várias bombas que Walcyr foi preparando ao longo dos dois primeiros meses de novela.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Débora Falabella mostrou seu conhecido talento na cena final de Irene em "A Força do Querer"

Após longos meses sem dizer a que veio e sendo uma decepção em se tratando de uma vilã, Irene teve um desfecho digno do talento de Débora Falabella em "A Força do Querer". A personagem prometeu bastante, mas cumpriu pouco durante da novela de Glória Perez. A 171 ficou resumida em planos bobos para atormentar Joyce (Maria Fernanda Cândido). A autora provou que realmente não sabe criar víboras marcantes. Uma pena. Porém, a morte da ex-amante de Eugênio (Dan Stulbach) resultou em uma ótima sequência.


A direção de Rogério Gomes e equipe fez toda diferença, transformando uma queda fatal em um momento aterrorizante. Irene se deparou com Eurico (Humberto Martins) e Silvana (Lília Cabral) no estacionamento de um edifício  e, já entrando em surto, foi atrás do marido da inimiga para provocá-la. A intenção funcionou, despertando a fúria de Silvana, que a estapeou várias vezes. Logo depois, Elvira (Betty Faria), Dantas (Edson Celulari) e Garcia (Othon Bastos) chegaram para surpreender a bandida, já desmascarada por Mira (Maria Clara Spinelli), que entregou todos os podres da ex-aliada.

A mau-caráter, então, se assustou e passou a correr pelo estacionamento, sendo perseguida pelos demais. Porém, Eurico e Silvana tinham dado carona para Yuri (Driko Alves) e seus amigos, todos devidamente caracterizados como personagens de animes, pois voltavam de uma festa Cosplayer. A situação fez a vilã surtar ainda mais, entrando em pânico e transformando aquelas crianças em seres tenebrosos.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Irene foi uma vilã que deixou bastante a desejar em "A Força do Querer"

"A Força do Querer" tem várias qualidades e faz por merecer todo o sucesso, honrando a ótima audiência alcançada. Porém, a novela de Glória Perez também tem alguns problemas claramente visíveis. A passagem de tempo de um ano, por exemplo, foi inútil e só prejudicou a verossimilhança de alguns contextos. Há também alguns personagens avulsos, embora o elenco seja enxuto. E um outro equívoco que está bem evidente, ainda mais com o enredo em plena reta final, é a falta de relevância de Irene (Débora Falabella).


Vendida como a grande vilã da história, a personagem parecia promissora. Interesseira, manipuladora e ardilosa, a arquiteta seleciona vítimas para seduzir e depois roubar tudo o que elas têm. É assim que enriqueceu. Seu objetivo era conquistar Eugênio (Dan Stulbach), precisando primeiro virar melhor amiga de Joyce (Maria Fernanda Cândido) para elaborar seu plano perfeito. Suas armações sempre contam com a ajuda de Mira (Maria Clara Spinelli), uma cúmplice medrosa. Todo o início desse plano foi interessante de acompanhar. Todavia, o contexto acabou se arrastando e perdendo o fôlego.

É importante citar, aliás, que a situação é muito parecida com a protagonizada por Ivone (Letícia Sabatella), Silvia (Débora Bloch) e Raul Cadore (Alexandre Borges), em "Caminho das Índias" (2009), da mesma autora. Esse núcleo da outra novela, por sinal, era muito cansativo e não funcionou. Glória não conseguiu conduzir esse drama de forma atrativa. Por isso mesmo havia uma desconfiança em torno da jornada de Irene.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Surra na vilã em "A Força do Querer" prova que um bom clichê nunca se desgasta

Nesta segunda-feira (24/07), foi ao ar uma das cenas mais esperadas de "A Força do Querer": a surra que Joyce (Maria Fernanda Cândido) dá em Irene (Débora Falabella), após todos os desdobramentos envolvendo a traição de Eugênio (Dan Stulbach). O curioso é a situação não pertencer ao núcleo principal e, sim, ser oriunda de uma trama paralela da novela de Glória Perez. Toda a expectativa em torno desse momento, que deliciou o telespectador, como era de se imaginar, apenas prova que um bom clichê, quando bem trabalhado, nunca se desgasta.


A sequência fez valer a espera e a direção de Rogério Gomes mais uma vez expôs a competência do diretor e sua equipe. Irene foi atrás de Joyce no banheiro de um restaurante (outro elemento que virou um clássico desse tipo de embate) e provocou a inimiga, deixando a perua espumando de ódio. Tanto que refinada esposa de Eugênio, cuja elegância é uma de suas principais características, literalmente desceu do salto. Desceu e jogou na cara da vilã, que acabou atingida na boca. Mas ainda era apenas o começo, pois a cena teve um 'bônus': a presença de Ritinha (Isis Valverde).

A sereia ---- juntamente com a melhor amiga Marilda (Dandara Mariana) ---- não pensou duas vezes e defendeu a sogra, se atracando com Irene. A sequência ficou excelente, destacando Maria Fernanda Cândido, Débora Falabella e Isis Valverde, que mergulharam totalmente naquele clima de tensão e rivalidade.