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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Destaque de "Dois Irmãos", Antônio Fagundes se "especializou" em cenas emocionantes com seus filhos na ficção

"Dois Irmãos" chega ao fim nesta sexta-feira (20/01) e um dos acertos da minissérie baseada no romance homônimo de Milton Hatoum foi o elenco escalado. Um dos grandes destaques da trama de Maria Camargo, dirigida por Luiz Fernando Carvalho, foi Antônio Fagundes interpretando o libanês Halim. O personagem já entrou para a lista dos melhores de sua carreira e ainda proporcionou para o ator uma cena, entre tantas brilhantes, emocionante ao lado de Cauã Reymond (Yaqub/Omar).


Halim, corroído pelo remorso por ter mandando Yaqub para uma aldeia no Sul, abraçou o filho pela primeira vez (enquanto se despedia do rapaz, que mais uma vez ia embora de Manaus), deixando suas lágrimas escorrerem, e fazendo questão de dizer que aquela também era a casa dele. A cena foi curta. Durou menos de 40 segundos. Ainda assim, o sentimento daquele pai arrependido pôde ser observado com nitidez graças ao talento de Fagundes, assim como a tentativa de controle da emoção de Yaqub, que interrompeu o longo abraço. Cauã também merece elogios.

Porém, essa não foi a primeira vez que Antônio Fagundes protagonizou uma sequência assim. Ele já virou um expert em momentos de pura emoção ao lado de seus filhos da ficção. A cena de "Dois Irmãos" foi a quarta do intérprete vivenciando situações parecidas, guardadas as devidas proporções, obviamente ---- afinal, cada trama tem as suas particularidades.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Marcada por duas mortes e alguns problemas visíveis, "Velho Chico" foi uma bela e controversa novela

Uma avalanche de imprevistos. Assim pode ser classificada "Velho Chico", novela que marcou o retorno de Benedito Ruy Barbosa ao horário nobre da Globo, após 14 anos escrevendo remakes às 18h. A novela ---- supervisionada pelo autor e escrita pelo neto Bruno Luperi, dirigida por Luiz Fernando Carvalho ---- chegou ao fim nesta sexta (30/09), depois de ter ficado praticamente sete meses no ar. Foram altos e baixos ao longo de sua exibição, tendo ainda duas tragédias durante o percurso: o falecimento do grandioso Umberto Magnani (vítima de um Acidente Vascular Encefálico) e a morte chocante do protagonista Domingos Montagner, afogado no Rio São Francisco, mesclando duramente ficção e realidade.


Primeiramente, o folhetim não estava previsto para o horário das nove e sim para o das seis. Mas, em virtude do imenso fracasso de "Babilônia" e do medo da emissora em apostar na realidade nua e crua ---- após "A Regra do Jogo" ter enfrentado dificuldades iniciais em ser aceita pelo telespectador ----, a obra idealizada por Benedito foi remanejada. O sucesso da reprise de "O Rei do Gado" (um dos maiores acertos do autor) no "Vale a Pena Ver de Novo" também foi primordial para essa mudança brusca comandada por Silvio de Abreu, responsável pela organização de toda a dramaturgia do canal. Com isso, a estreia de "A Lei do Amor" foi adiada e uma trama rural começou a ser exibida com o intuito de reconquistar a audiência.

A história reuniu absolutamente tudo o que Benedito já contou várias vezes em seus folhetins anteriores: o amor proibido dos herdeiros de famílias rivais, um padre apaziguador, um bar onde todos se reúnem, o coronelismo típico das cidades interioranas e o debate sobre terras.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Cenas emocionantes e poéticas marcam reta final de "Velho Chico"

"Velho Chico" está em sua última semana e a novela de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi foi bastante problemática. Entretanto, o folhetim vem apresentando uma reta final repleta de cenas emocionantes, algumas em função da trágica morte de Domingos Montagner, lamentavelmente. Os capítulos que começaram a ir ao ar sem a presença do querido ator são justamente os que marcam os vários fechamentos de ciclos do enredo. E todo o elenco tem protagonizado momentos belíssimos.


A estratégia de Luiz Fernando Carvalho para driblar a ausência do saudoso ator nas cenas finais foi arriscada, mas funcionou plenamente e ainda serviu para homenagear Domingos. Ao transformar uma câmera subjetiva na figura do Santo, o diretor fez com que a visão do personagem se fundisse com a do público. O que a lente (operada com maestria por Leandro Pagliaro) mostrava era exatamente o que o patriarca da família Dos Anjos via. E todos os atores passaram a olhar para a câmera, contracenando com um objeto inanimado que representava toda a força cênica daquele intérprete tão talentoso.

As cenas ficaram com uma sensibilidade rara, expondo o talento do elenco e a força que todos precisaram ter durante aqueles instantes, onde a dor da ausência ficava ainda mais cruel. A preparação do casamento de Olívia (Giullia Buscacio) e Miguel (Gabriel Leone), iniciada logo depois da notícia da gravidez da menina, foi repleta de delicadeza, fazendo dos olhares os verdadeiros protagonistas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Domingos Montagner e Antônio Fagundes protagonizaram uma das melhores cenas de "Velho Chico"

A morte de Domingos Montagner foi uma das maiores tragédias do mundo das artes e uma imensurável perda para a classe artística. O sentimento de inconformismo em torno desse triste e irônico final que a vida lhe impôs (afogado no Rio São Francisco) persistirá por muito tempo ---- inclusive agora, durante os momentos em que o elenco olha para a câmera como se ela fosse o Santo, em uma bela homenagem. Mas, ao menos, o ator deixou algumas cenas gravadas de "Velho Chico", que comprovaram mais uma vez o quão grandioso ele era. Tanto que o intérprete protagonizou na penúltima semana de novela uma das suas melhores sequências ao lado de Antônio Fagundes.


O acerto de contas de Santo e Afrânio demorou mais de 50 anos e quase duas fases inteiras para acontecer, mas a espera valeu a pena. A atitude partiu do genro do poderoso coronel Saruê, que resolveu acenar com a bandeira da paz após tantas tragédias e sofrimento nas duas famílias. No momento em que o protagonista da novela se aproximava da fazenda do eterno rival, houve uma apropriada inserção de flashbacks, através de memórias (ou pesadelos) do namorado de Tereza (Camila Pitanga).

As cenas da primeira fase ---- com Rodrigo Santoro na pele de Afrânio e Renato Góes vivendo o Santo, cujo encontro na época provocou a morte de Belarmino (Chico Diaz) com um tiro no peito ---- deixaram o clima do reencontro ainda mais forte, funcionando como uma espécie de preparativo para a derradeira conversa.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

"Velho Chico" apresenta sensível melhora e elenco se destaca

A atual novela das nove entrou em crise quando mudou de fase. Ao contrário da linda primeira fase, a segunda apresentou sérios problemas de continuidade em relação a alguns atores escolhidos, confusão sobre a época da história em virtude dos figurinos e um ritmo modorrento que afastou de vez o telespectador. A história de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi seguiu equivocada e sem atrativos por longos meses; entretanto, o folhetim teve uma sensível melhora e começou a fluir, finalmente. O capítulo em que Tereza conta para Santo que Miguel é seu filho, por exemplo, rendeu primorosas cenas e grandiosas interpretações.


A aguardada sequência foi interpretada magistralmente por Domingos Montagner e Camila Pitanga, totalmente entregues aos sentimentos dos personagens. A indignação e o choque de Santo puderam ser observados com nitidez, assim como a tristeza e o arrependimento de Tereza. O ator logo depois ainda protagonizou uma cena ótima com Giullia Buscacio, quando Santo fez questão de afastar Olívia de Miguel em um ato desesperado, deixando os filhos chocados e sem entender a furiosa reação. Gabriel Leone foi outro nome que merece aplausos. Ele, aliás, brilhou no momento em que Tereza conta para seu filho sobre o seu verdadeiro pai. A dor do menino pôde ser sentida.

E enquanto todos esses acontecimentos dramáticos eram exibidos, Lucy Alves e Marcelo Serrado se destacaram nos instantes em que Luzia e Carlos Eduardo elaboravam planos para afastar Tereza e Miguel, especulando sobre a revelação a respeito da paternidade de Miguel. A frieza com que os dois agiram despertou atenção, evidenciando a competência dos intérpretes ---- Marcelo, inclusive, conseguiu acertar o tom de seu vilão, que agora começa a crescer no enredo.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Nova fase de "Velho Chico" enfrenta crise de identidade e ritmo arrastado

A segunda fase de "Velho Chico" começou a ser exibida no dia 11 de abril, após 24 capítulos ---- que primaram pela entrega do elenco, belas imagens e cenas emocionantes  ---- da primeira fase. E a sensação é uma só: a novela mudou radicalmente. Começando pelas atuações e indo para o contexto do enredo, o conjunto do folhetim de Benedito Ruy Barbosa ---- escrito por Bruno Luperi e Edmara Barbosa ---- está reiniciando praticamente do zero, após uma passagem de tempo de 28 anos. Apesar das tentativas, fica difícil observar uma continuidade na maioria das situações.


E por incrível que pareça, o grau de fantasia aumentou na mesma proporção que o grau de realismo. Isso porque as mazelas que envolvem o Rio São Francisco e todas as famílias da região começaram a ser retratadas, enquanto todas as consequências da passagem dos anos vêm se mostrando fantasiosas demais. É a primeira vez que há um choque maior entre o enredo do autor e a direção de Luiz Fernando Carvalho. Há uma certa incompatibilidade que pode ser observada ao longo dos capítulos, o que não ocorria na primeira fase ---- afinal, era ambientada nos anos 60, 70 e 80, épocas propícias para a exploração do lado lúdico do diretor.

Agora, teoricamente, a trama é ambientada em 2016. Porém, fica claro que, apesar de ter seguido uma cronologia até então, "Velho Chico" mergulhou em um universo paralelo atemporal, onde os anos se passaram, mas as únicas coisas que mudaram foram os personagens, claramente afetados pelo tempo. Os carros são antigos e o figurino é híbrido, onde há uma espécie de mistura das vestimentas das três décadas passadas.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Direção primorosa, linda fotografia e entrega do elenco marcaram a primeira fase de "Velho Chico"

A primeira fase de "Velho Chico" chegou ao fim no último sábado (09/04), com a rápida continuação do casamento de Tereza (Júlia Dalavia) e Carlos Eduardo (Rafael Vitti). Depois do desfecho dessa cena, foi exibido o desespero de Santo (Renato Góes) e um compacto com várias cenas sendo reprisadas. O capítulo, aliás, foi quase um "Vale a Pena Ver de Novo", onde os flashbacks reinaram. Não havia mais o que mostrar e optaram por uma espécie de retrospectiva. Mas, apesar desse encerramento decepcionante, a primeira etapa da novela foi marcada pela direção primorosa, belíssima fotografia e grandes atuações.


Foram 24 capítulos e três passagens de tempo. A primeira fase foi focada principalmente em duas sagas amorosas, que sofreram diferentes tipos de empecilhos. O romance de Afrânio (Rodrigo Santoro) e Iolanda (Carol Castro) foi abruptamente interrompido por causa da morte do pai do rapaz, o poderoso coronel Jacinto (Tarcísio Meira), fazendo o bom vivant voltar para sua terra (Grotas de São Francisco) e assumir o lugar do homem mais temido da região. Já a história de amor de Tereza e Santo (Renato Góes) foi justamente destruída por Afrânio, pai da garota, que era inimigo mortal dos familiares e amigos do mocinho. Conflitos amorosos dentro da mesma família.

O Rio São Francisco, que sempre foi classificado como o grande pano de fundo do enredo (vide o próprio título do folhetim), não teve muita importância. Serviu apenas como cenário para a primeira transa de Santo e Tereza, em um clipe lindíssimo repleto de belas imagens. Ao que tudo indica, na segunda fase o rio terá sua importância aumentada e servirá como base para muitos conflitos.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Destaque da primeira fase de "Velho Chico", Rodrigo Santoro fazia falta nas novelas

"Mulheres Apaixonadas", grande trama de Manoel Carlos exibida em 2003, foi a última novela de Rodrigo Santoro, onde viveu o sedutor Diogo ---- personagem que se envolvia com Luciana (Camila Pitanga) e Marina (Paloma Duarte). Ou seja, ele estava afastado dos folhetins há 13 anos. Após esse longo hiato, o ator voltou ao gênero na produção das nove e tem sido o grande destaque da primeira fase de "Velho Chico", trama escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa, e dirigida por Luiz Fernando Carvalho.


Ele ganhou o protagonista da história, que será interpretado por Antônio Fagundes na segunda fase, contada em 2016. A primeira, ambientada nos anos 60 (com duas passagens de tempo), vem mostrando toda a trajetória do controverso Afrânio, que foi estudar em Salvador e se formou em Direito, mas se viu obrigado a voltar a Grotas de São Francisco por causa da repentina morte do pai --- o poderoso Coronel Jacinto (Tarcísio Meira). O rapaz sempre viveu às custas do dinheiro da família e tinha um intenso romance com Iolanda (Carol Castro), o grande amor da sua vida. 

O perfil é muito rico e proporciona cenas bem complicadas para o ator. Afrânio teve que largar sua grande paixão e ainda mergulhou em um universo completamente distante do que planejava para seu futuro. O bom vivant se viu diante de um verdadeiro choque de realidade.