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sexta-feira, 29 de março de 2019

Momentos finais de "Espelho da Vida" emocionam e arrepiam telespectador

Outro texto sobre "Espelho da Vida"? Sim, é necessário. A dois capítulos de seu fim, a trama de Elizabeth Jhin tem impactado o público com uma avalanche de cenas de elevada carga dramática. A autora reservou realmente os melhores momentos para o final e quem esperou ansiosamente por tudo o que vem sendo apresentado não tem do que reclamar. Quem soube aguardar foi recompensado.


O antepenúltimo capítulo da novela parecia o último. Foram 40 minutos de tirar o fôlego de quem assistia. A grande mistério em torno do assassinato de Júlia Castelo (Vitória Strada) foi finalmente desvendado em uma sequência magistral, onde o elenco se entregou por completo e Pedro Vasconcelos demonstrou uma direção irretocável.

"Por ele vou viver e morrer até o fim dos dias". A frase de Júlia, lida tantas vezes em seu diário, já era um ''spoiler" a respeito da sua morte. O pesadelo de Américo (Felipe Camargo) no dia em que o picareta entrou na mansão em ruínas da falecida também já havia exposto o trágico final da bela flor colhida antes do tempo. Tensão, adrenalina e emoção nortearam a tão aguardada cena.

terça-feira, 26 de março de 2019

Elizabeth Jhin construiu o amor infinito dos mocinhos de forma magistral em "Espelho da Vida"

A atual novela das seis está em sua última semana, infelizmente. "Espelho da Vida" demorou a engrenar, mas Elizabeth Jhin conseguiu elaborar um enredo emocionante e bem entrelaçado. A história do amor infinito de Júlia Castelo (Vitória Strada) e Danilo Breton (Rafael Cardoso) foi contada aos poucos e de forma inovadora: através de viagens no tempo da protagonista Cris, reencarnação da mulher assassinada cruelmente em 1930. E essa construção minuciosa da autora foi vital para a expectativa tão alta pelo encontro dos personagens no presente.


É a primeira vez na história da teledramaturgia que o mocinho e a mocinha só se encontrarão na reta final de uma novela (mais precisamente no penúltimo capítulo). O clichê sempre acontece na estreia ou, no máximo, no segundo capítulo de qualquer folhetim. Algumas vezes, inclusive, com um amor súbito que acaba não convencendo. Jhin teve a calma de trazer a mocinha para Rosa Branca, através de Alain (João Vicente de Castro), seu então namorado e algoz da vida passada, para inseri-la em um universo que flerta com o absurdo da viagem temporal.

O intuito era primeiramente convencer Cris sobre sua vida passada, para depois levar a protagonista até o passado para descobrir esse amor avassalador de um casal que virou manchete de jornal por razões trágicas, além de desvendar todos os mistérios que cercavam o assassinato de Júlia. Essa missão foi desenvolvida gradualmente e através dela o telespectador foi conhecendo a verdadeira história de amor que não teve um final feliz.

terça-feira, 12 de março de 2019

A ousadia de "Espelho da Vida"

A audiência não anda nada boa para as novelas atuais de todas as emissoras. Os baixos índices acabam fazendo jus ao fraco conjunto da obra de muitas produções, mas não todas. "Malhação - Vidas Brasileiras", na Globo, é um fracasso e já perdeu várias vezes para o "Cidade Alerta", da Record, e isso nunca havia ocorrido na história do seriado adolescente. Merece, o enredo é péssimo. "O Tempo Não Para" teve um início de sucesso, mas os índices minguaram junto com a história da trama. "Verão 90 acabou de estrear; é cedo para análises." "O Sétimo Guardião" é um fiasco e a produção, infelizmente, tem contribuído muito para isso. "Jesus", na Record, nunca emplacou e, apesar de alguns bons momentos, a trama se arrasta. Já "As Aventuras de Poliana" enfrenta todos os problemas comuns aos folhetins infantis do SBT: queda de audiência em virtude do excesso de capítulos (serão quase 500). Mas "Espelho da Vida" é a única que tem feito por merecer um Ibope muito maior.


Após um início arrastado e com poucos acontecimentos relevantes, afastando o público, Elizabeth Jhin deslanchou seu enredo --- dirigido com competência por Pedro Vasconcelos --- e a novela tem se mostrado imperdível. A história sempre teve potencial. Apaixonada pela doutrina espírita, a autora já abordou o tema da reencarnação em "Escrito nas Estrelas", "Amor Eterno Amor" e "Além do Tempo". Agora não é diferente. Ou melhor, é. Isso porque Jhin não teve medo de ousar na atual produção e apostou em uma viagem interdimensional como mote central de seu folhetim. Ou seja, inseriu elementos explicitamente fantasiosos em um enredo realista e com grandes doses de espiritismo para explicar a missão/karma de cada personagem. Confuso? Para o telespectador que assiste uma vez ou outra provável. Mas para quem acompanha sempre nem um pouco.

A autora usou a mesma premissa de "Além do Tempo", mas com uma narrativa ainda mais corajosa. Na primorosa novela exibida em 2015, a história se iniciava no século XIX e todos os personagens reencarnavam 150 anos depois. Foi uma ousadia que deu muito certo. Agora, Jhin resolveu contar o passado e presente concomitantemente. Os dois enredos vêm sendo desenvolvidos com maestria e sempre apresentando paralelos que provocam um bom impacto.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Vitória Strada impressiona com sua entrega em "Espelho da Vida"

A atual novela das seis da Globo merece uma sucessão de elogios e não merece a audiência que tem. Ao menos, a trama, dirigida com precisão por Pedro Vasconcelos, vem reagindo no Ibope e chegou aos 20 pontos de média nesta segunda-feira (04/02). Tem tudo para aumentar ainda mais. Elizabeth Jhin vem presenteando o público com um enredo fascinante. E Vitória Strada vem honrando o posto de protagonista de "Espelho da Vida".


A atriz é uma grata revelação de "Tempo de Amar", folhetim das seis exibido em 2017/2018, e logo em seu primeiro trabalho na televisão convenceu na pele da mocinha Maria Vitória. Mas, em menos de um ano, foi escalada novamente para viver outra heroína. Um risco de se repetir? De desgastar a imagem? Não para ela. Vitória agarrou essa outra grande oportunidade e vem dando shows diários na atual produção ---- infinitamente melhor escrita que a outra em que esteve, vale ressaltar.

Inicialmente, achava-se que a intérprete viveria três personagens: Cris Valência no presente, Julia Castelo no passado e Cris interpretando Júlia no filme de Alain (João Vicente de Castro). Porém, não é bem assim.

sábado, 22 de dezembro de 2018

As teorias sobre "Espelho da Vida"

A atual novela das seis não é um estouro de audiência. Aliás, pelo contrário. Os índices deixam bastante a desejar e estão bem abaixo do esperado. Mas, "Espelho da Vida" tem reagido aos poucos no Ibope e há perspectiva de melhora ano que vem. Afinal, a trama de Elizabeth Jhin é muito bem amarrada e os vários mistérios em torno da história despertam imensa curiosidade no público. Esse conjunto de enigmas tem proporcionado várias teorias dos telespectadores, gerando repercussão e debates nas redes sociais.


Não é incomum que uma novela com audiência modesta provoque grande repercussão. Um bom caso foi a primorosa "A Vida da Gente", de 2011. O enredo de Lícia Manzo não registrava números extraordinários (embora tenha passado longe de um fracasso), mas os debates sobre os rumos de Manu (Marjorie Estiano), Ana (Fernanda Vasconcellos) e Rodrigo (Rafael Cardoso) eram intensos. Também não é raro uma produção de Ibope excelente não despertar qualquer tipo de "burburinho" ---- "Pega Pega", por exemplo, exibida ano passado, teve uma das maiores médias da faixa das sete, mas ninguém falava sobre a trama.

O folhetim das seis tem telespectadores apaixonados. Quem assiste todos os dias realmente está envolvido com o roteiro de Elizabeth e não são poucas as teorias que se proliferam no Twitter, Facebook, Instagram e afins, provocando discussões acaloradas ----- várias vezes resultando em brigas, inclusive.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

"Espelho da Vida" é uma boa novela, mas precisa avançar

A atual novela das seis ainda nem chegou na metade. Há muito drama pela frente. Elizabeth Jhin novamente aposta em um enredo voltado para reencarnações e, após o êxito da elogiada "Além do Tempo", conseguiu elaborar um enredo central promissor. É o maior trunfo de seu folhetim. Tudo o que envolve o passado da enigmática Júlia Castelo (Vitória Strada) desperta atenção e curiosidade a respeito do desenrolar dos acontecimentos. Mas "Espelho da Vida" precisa avançar.


Todo novelista tem um estilo de narrativa e Elizabeth nunca foi caracterizada pela agilidade. Assim como Lícia Manzo e Manoel Carlos, citando apenas dois exemplos, a autora não tem pressa em contar sua história. No entanto, a novela que aborda uma misteriosa viagem no tempo vem pecando na excessiva falta de ritmo. Até o momento, cada semana apresenta apenas um acontecimento relevante e olhe lá. Normalmente, inclusive, é um gancho de um dia que se desdobra brevemente no no início do capítulo seguinte.

É muito pouco para fidelizar o telespectador. Até porque, inevitavelmente, ocorre uma comparação com o folhetim anterior, "Orgulho & Paixão", de Marcos Berstein, que tinha como principal qualidade o ritmo ágil e o dinamismo dos capítulos, sempre repletos de conflito. O público não podia se dar ao luxo de perder um ou dois dias de novela. Não por acaso fez um merecido sucesso.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

"Espelho da Vida" atrai pelos enigmas da trama central

Há praticamente um mês no ar, "Espelho da Vida" vem sendo desenvolvida de forma bem lenta por Elizabeth Jhin. Ao contrário da trama anterior, "Orgulho e Paixão", marcada pela agilidade e dinamismo, a atual tem como marca o ritmo mais arrastado. Pelo menos até o momento. Todavia, apesar da ausência de maiores acontecimentos, o enredo da autora --- dirigido com competência por Pedro Vasconcelos --- tem despertado atenção por sua história central, repleta de mistérios e enigmas.


O folhetim é uma mistura de fantasia, espiritismo e dramalhão. A escritora já abordou a reencarnação em todas as suas obras anteriores e repete a dose na atual. A diferença é que agora ela também aposta na viagem no tempo. O título da trama, por sinal, faz menção ao objeto responsável pela maior licença poética do roteiro. O espelho antigo presente na mansão abandonada que foi de Júlia Castelo, em 1930, é uma espécie de portal que faz a mocinha voltar para sua vida passada. Mas Cris (Vitória Strada) não retorna com a consciência de Júlia e, sim, como ela mesma na vida de sua outra encarnação. É meio confuso.

Mas é justamente essa 'confusão' que provoca curiosidade em acompanhar os futuros desdobramentos dessa aventura nada convencional. A atriz Cris Valência começou na trama feliz ao lado do namorado cineasta (Alain/João Vicente de Castro) e viu sua rotina mudar completamente quando foi parar em Rosa Branca, cidade fictícia de Minas Gerais, por causa do falecimento do avô de Alain, Vicente (Reginaldo Faria), que, antes de morrer, pediu ao neto para gravar um filme sobre Júlia Castelo no local.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Mesclando música e romance, "Rock Story" cumpriu sua missão com louvor

A estreia de Maria Helena Nascimento como autora solo na Globo foi a melhor possível. A sua primeira novela --- após 20 anos de casa e de ter trabalhado como colaboradora de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva, entre outros --- ousou ao quebrar a sequência de comédias românticas que a faixa das sete vinha exibindo com êxito e conseguiu conquistar o público com uma história simples, mas repleta de histórias convidativas e bons personagens. O resultado foi um folhetim gostoso de ser acompanhado, cujos deslizes (observados principalmente nos dois últimos meses) ficaram menores que os acertos.


A trama, que teve uma ótima direção de Dennis Carvalho e Maria de Médicis, apresentou a música como protagonista e usou o rock como elemento diferenciador. Afinal, o gênero tem cada vez menos espaço nas rádios e na televisão em virtude da dominação quase total do sertanejo, funk e afins. Portanto, tê-o como foco em um enredo foi muito benéfico e a ideia de contar a trajetória de um roqueiro decadente não poderia ter sido melhor. Gui Santiago foi um protagonista apaixonante e a escolha de Vladimir Brichta --- marcando seu retorno às novelas após 12 anos ---- se mostrou de uma precisão cirúrgica.

O ator deu um show vivendo um perfil nada politicamente correto e cheio de defeitos. Não foi difícil torcer por ele de imediato. Nathalia Dill, por sua vez, novamente se destacou e convenceu na pele da destemida Júlia, tendo uma clara sintonia com Vladimir. Ela ainda brilhou vivendo a gêmea Lorena e é uma pena que a irmã malvada da mocinha não tenha sido bem aproveitada pela autora.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Isabelle Drummond, Nathalia Dill e Sophie Charlotte: três talentos da mesma geração

Elas são talentosas, carismáticas, lindas e muito requisitadas pelos autores da Globo. Uma estreou criança na televisão e hoje tem 23 anos. As outras tiveram a oportunidade de suas vidas na mesma temporada de "Malhação" e têm 31 e 28 anos. Atualmente as três estão no ar em diferentes horários e vivendo mocinhas destemidas. O trio em questão é composto por Isabelle Drummond, Nathalia Dill e Sophie Charlotte, que estão brilhando em "Novo Mundo", "Rock Story" e "Os Dias Eram Assim", respectivamente.


As três foram gratas revelações e se firmaram na carreira graças ao talento e dedicação. Não é exagero afirmar que alcançaram a importância de primeiro time da emissora. Claro que estão muito longe de qualquer posição de igualdade com os veteranos por razões óbvias, mas viraram opções certeiras quando se pensa na escalação de atrizes jovens para papéis de destaque, refletindo um incontestável prestígio na empresa onde trabalham. E basta acompanhar o desempenho de cada uma para constatar que isso tudo é fruto de merecimento.

Isabelle Drummond vive atualmente a doce Anna Milmann, a mocinha da recém-iniciada novela das seis. A atriz está irretocável na pele da professora de português da princesa Leopoldina, repetindo a bem-sucedida parceria de "Sete Vidas" com Letícia Colin. As duas emocionaram na trama de Lícia Manzo e agora se destacam no folhetim dos estreantes Alessandro Marson e Thereza Falcão.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Nathalia Dill convence na pele das gêmeas Júlia e Lorena em "Rock Story"

Interpretar gêmeos não é uma tarefa fácil, ainda que a presença de irmãos idênticos tenha virado um clichê folhetinesco. Já foram vários ao longo de mais de cinquenta anos de novelas. Tony Ramos em "Baila Comigo", Eva Wilma na primeira versão  de "Mulheres de Areia", Glória Pires no remake de "Mulheres de Areia", Reynaldo Gianecchini em "Da Cor do Pecado", Murilo Benício em "O Clone", Alessandra Negrini em "Paraíso Tropical", Mateus Solano em "Viver a Vida", Cauã Reymond em "Dois Irmãos", enfim, vários atores já viveram essa experiência na teledramaturgia e todos se saíram muito bem. A missão agora é de Nathalia Dill, que entrou para esse seleto time e está totalmente à vontade em "Rock Story".


Na pele das gêmeas Júlia e Lorena, a atriz está podendo expor a sua versatilidade diariamente, convencendo tanto na pele da gêmea boa quanto no corpo da gêmea má. São dois perfis bem diferentes, embora iguais fisicamente, fazendo jus aos outros exemplos já abordados nas novelas. Afinal, qual a graça em ter gêmeos iguais em tudo? Nenhuma. A não ser que eles nem se conheçam, como foi o caso de "Baila Comigo", em um ótimo recurso de Manoel Carlos, que também explorou com competência as nuances de Jorge e Miguel em "Viver a Vida", evitando qualquer traço de vilania em um e excesso de bondade em outro. Mas a autora Maria Helena Nascimento optou pelo clichê mesmo.

E vem acertando na condução até agora. Seu grande erro foi ter demorado tanto em trazer Lorena para o Brasil. A vilã ficou cinco meses fora do país (desde que a novela estreou, em novembro de 2016), aparecendo apenas para falar com Júlia pelo computador ou telefone. O recurso cansou e a enrolação ficou evidente.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

"Rock Story" tem estreia movimentada e com elementos promissores

"Uma história de amor movida a música e uma história de música movida a amor". Esse slogan anunciado nas chamas iniciais resume o enredo de "Rock Story", nova novela das sete, que estreou nesta quarta (09/11) ---- em virtude do término atípico da produção anterior ----, substituindo "Haja Coração". A trama marca a estreia de Maria Helena Nascimento como autora solo, após vários trabalhos como colaboradora. O desafio maior será manter a média alta da obra de Daniel Ortiz, que por sua vez manteve os ótimos índices de "Totalmente Demais". E o primeiro capítulo conseguiu mostrar tudo o que está por vir, priorizando os conflitos que envolvem o núcleo central, não poupando acontecimentos.


Dirigida por Dennis Carvalho e Maria de Médicis, a novela tem a música como pano de fundo e o imenso sucesso de "Cheias de Charme" (reprisada atualmente no "Vale a Pena Ver de Novo") é um bom indicativo para a atual produção. Claro que repetir o fenômeno é quase impossível, mas há bons elementos para atrair o público. Afinal, não é nem um pouco anormal observar a rivalidade entre dois cantores famosos, disputando espaço entre os fãs lançando hits que estouram no mercado musical. E o folhetim retrata justamente isso, expondo ainda todos os meandros que costumam ficar nos bastidores. O intuito não é ser um retrato da realidade, mas as situações são de fácil comparação com alguns casos da vida real, embora a ficção seja bem mais exagerada, obviamente.

A estreia foi promissora. A autora não poupou conflitos e nem apresentou os personagens, como se costuma fazer no início de qualquer história. A sensação de correria se fez presente por alguns momentos, mas, ainda assim, o capítulo (que chegou a parecer o 25 e não o 1) prendeu atenção e nem deu para piscar em virtude das constantes reviravoltas que ocorreram logo no começo.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Aclamada por público e crítica, "Sete Vidas" foi uma novela que primou pela sensibilidade

"O que é bom dura pouco." Esta frase conhecida pode ser aplicada facilmente ao segundo folhetim de Lícia Manzo na Globo. "Sete Vidas" chegou ao fim nesta sexta-feira (10/07), exibindo um último capítulo recheado de sensibilidade e cenas emocionantes, onde todo o contexto da trama foi fechado com maestria. O horário das seis foi premiado com uma produção que priorizou o cotidiano, excluindo a presença de vilões clássicos. A vida era a antagonista de todos. A novela teve apenas 106 capítulos e ficou cerca de quatro meses no ar. A curta duração evitou qualquer tipo de enrolação, mas não há como negar que deixou um gosto de quero mais.


Após o êxito da elogiada "A Vida da Gente", Lícia se aventurou novamente no horário das seis com uma história que tratava de arranjos familiares. Inicialmente prevista para a faixa das 23h, a duração da obra foi aumentada (seria ainda mais curta do que foi), mas o conjunto não foi mexido. E a autora apenas comprovou a sua competência ao contar uma história tão bem construída e envolvente quanto a exibida em 2011, marcando, na época, sua estreia como autora solo. As novas famílias (nem tão novas assim, diga-se) foram abordadas com um extremo detalhismo e a humanidade dos personagens cativou o telespectador, que logo se viu mergulhado naquele enredo tão bem elaborado.

O drama do solitário navegador Miguel (Domingos Montagner), que doou sêmen anos atrás no Estados Unidos, implicando no surgimento de cinco vidas, despertou atenção logo no primeiro capítulo, quando o mesmo iniciava sua saga, que era atormentada por um traumático acontecimento do passado. Toda a trama foi brilhantemente entrelaçada pela autora, onde a história de cada um foi sendo contada à medida que as semanas se passavam.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Isabelle Drummond viveu seu melhor momento em "Sete Vidas"

Mesmo ainda criança, vivendo a Emília do "Sítio do Pica-Pau Amarelo" --- depois de pequenas participações em "Laços de Família" e "Os Maias" ---, Isabelle Drummond já mostrava que seu futuro no mundo das artes cênicas seria promissor, como de fato foi. Desde então, ela já esteve em seis novelas, onde pôde se destacar em três delas, quando ganhou perfis que fizeram jus ao seu talento: "Caras & Bocas" (Bianca), "Cheias de Charme" (Cida) e "Sangue Bom" (Giane). Mas foi em "Sete Vidas" (cujo fim será exibido nesta sexta-feira) que a atriz viveu seu melhor momento na carreira.


Júlia foi uma das personagens mais importantes da novela e Lícia Manzo confiou plenamente no talento da intérprete. Ela era uma das sete vidas do título e se Miguel (Domingos Montagner) foi o responsável por todo o desenvolvimento da história, pode-se afirmar que a menina foi o grande elo de ligação de todas as pontas do enredo tão bem construído pela autora. E, por ironia, era a única que não tinha qualquer laço sanguíneo com o doador de sêmen, o que deixou a trajetória da personagem ainda mais atrativa e rica dramaturgicamente.

O grau de dificuldade deste papel era muito alto e uma profissional um pouco mais limitada não conseguiria fazê-lo com tanta competência. Júlia iniciou com Pedro (Jayme Matarazzo) uma saga para encontrar seus outros irmãos, mas se apaixonou por ele (sendo correspondida) e viu sua vida virar de cabeça para baixo.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Triângulo amoroso protagonizado por Pedro, Júlia e Felipe é um dos trunfos da reta final de "Sete Vidas"

Lícia Manzo tem uma capacidade rara de emocionar o telespectador, evitando qualquer tipo de pieguice. A autora também sabe como envolver o público com seus personagens reais, cujas relações são sempre cheias de dificuldades impostas por decisões ou pela própria vida. E uma das muitas questões que tem norteado esta reta final de "Sete Vidas" é o dilema amoroso de Júlia (Isabelle Drummond), personagem que se vê dividida entre a razão e a emoção, encabeçando um triângulo amoroso bastante complexo.


A menina é o grande elo de ligação dos irmãos (todos filhos de Miguel - Domingos Montagner) e foi a responsável, direta ou indiretamente, pela aproximação de todos. E, ironicamente, ela é a única que não é filha do doador 251, uma vez que a mãe Marta (Gisele Fróes) mentiu a respeito de sua origem, provocando uma verdadeira avalanche sentimental em sua vida. O triângulo amoroso que a tem como protagonista, inclusive, é consequência de toda esta rede de mentiras.

Júlia e Pedro (Jayme Matarazzo) se apaixonaram perdidamente assim que se conheceram e logo tiveram que 'interromper' este forte sentimento em virtude da descoberta do laço sanguíneo ---- que nunca existiu, mas, na época, eles sequer imaginavam que não eram irmãos. Os dois tentaram seguir suas respectivas vidas até que ela descobriu toda a verdade e foi correndo contar a ele.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Encontro dos sete irmãos em um parque de diversões emociona e proporciona uma das cenas mais lindas de "Sete Vidas"

A sensibilidade de "Sete Vidas" pôde ser sentida logo na estreia da novela e quem acompanhou a série "Tudo Novo de Novo" e a novela "A Vida da Gente" não ficou surpreso com esta facilidade que Lícia Manzo tem de emocionar. Mas, ainda assim, a autora conseguiu surpreender com a tocante sequência do reencontro dos sete irmãos em um parque de diversões, exibida no capítulo de quinta- feira (14/05) desta semana ----- o vídeo pode ser assistido aqui.


Antes da reaproximação, houve um sério desentendimento entre eles. Isso porque Laila (Maria Eduarda de Carvalho) falsificou a carteira de identidade de Bernardo (Ghilherme Lobo) para 'ajudá-lo' a arrumar um emprego, uma vez que ele só tem 16 anos. Júlia (Isabelle Drummond) e Felipe (Michel Noher) não aprovaram, mas foram cúmplices do plano. Só que Marlene (Cyria Coentro), mãe do garoto, descobriu, brigou com o filho e ainda contou para Pedro (Jayme Matarazzo), que se indignou ---- aumentando ainda mais a raiva que o mesmo vem sentindo de tudo e de todos. Para culminar, Bernardo ainda desapareceu por um tempo, causando preocupação e despertando a indignação de Luiz (Thiago Rodrigues).

O resultado foi uma briga generalizada entre os irmãos, com direito a uma sucessão de verdades vomitadas por Laila, atingindo principalmente o malandro Durval (Cláudio Jaborandy). Esta cena, aliás, foi uma das melhores da novela, evidenciando bem a preciosidade do drama familiar que a autora inseriu em seu folhetim. Depois de tantos desencontros e muita procura, parecia que a reunião de todos aqueles parentes terminaria com um drástico rompimento e inúmeras feridas emocionais.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Volta de Miguel provoca uma aguardada reviravolta em "Sete Vidas" e deixa a novela ainda mais atrativa

Entre as muitas qualidades de "Sete Vidas", o bom ritmo se configura como uma das principais. Lícia Manzo conta sua história sem qualquer tipo de enrolação, ao mesmo tempo que consegue valorizar cada diálogo, cada momento e cada situação vivida pelos seus personagens. Ou seja, é uma novela que não tem um ritmo alucinante, mas apresenta vários acontecimentos diariamente. E, com o folhetim chegando praticamente na metade (ficará cerca de quatro meses no ar), a grande virada da trama aconteceu recentemente com a volta de Miguel (Domingos Montagner).


A razão para este retorno foi alheia à sua vontade, afinal, era uma questão de vida ou morte. Mais um filho do protagonista foi 'achado' e o rapaz corria sério risco de falecer porque precisava urgentemente de um transplante de fígado. Graças ao esforço de sua mãe (Beatriz - grande Lígia Cortez), Felipe (Michel Noher) conheceu Pedro (Jayme Matarazzo), Júlia (Isabelle Drummond), Laila (Maria Eduarda de Carvalho), Bernardo (Ghilherme Lobo) e Luis (Thiago Rodrigues) e logo se afeiçoou a esta 'nova família'. Mas, após a felicidade de ter encontrado vários irmãos, a decepção se fez presente depois que nenhum foi compatível para a doação de parte do órgão. Foi o estopim para a chegada de Miguel.

O navegador, incentivado pelo melhor amigo Lauro (Leonardo Medeiros), deixou a covardia de lado e resolveu voltar para salvar a vida deste novo filho. O retorno do personagem mais importante da trama provocou a mais aguardada virada de "Sete Vidas" e proporcionou uma sucessão de cenas dramáticas, muito bem interpretadas por todos os integrantes do ótimo elenco.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Pedro e Júlia: um casal que transborda sensibilidade em "Sete Vidas"

O que fazer quando você se encontra apaixonado por um(a) irmão/irmã? Luta contra este sentimento? Ignora o incesto e busca a sua felicidade? Foge? Sem dúvida, são questionamentos nada fáceis e muito dolorosos. Mas e quando você descobre que o objeto do seu desejo na verdade não tem vínculo sanguíneo algum com a sua pessoa e que tudo não passou de uma grande mentira do passado? É a hora de finalmente se entregar ao amor ou o tempo passou e já é tarde demais? Estas são algumas questões que envolvem o lindo casal Pedro (Jayme Matarazzo) e Júlia (Isabelle Drummond), em "Sete Vidas".


Lícia Manzo tem uma facilidade gigantesca para emocionar através de envolventes histórias. A série "Tudo Novo de Novo" e a novela "A Vida da Gente" comprovam este fato e agora a autora conseguiu novamente sensibilizar através da impecável "Sete Vidas". E entre os vários acertos da trama está este casal. Pedro e Júlia se apaixonaram assim que se encontraram em uma manifestação, mas logo depois se deram conta que eram os meios-irmãos (filhos de Miguel - Domingos Montagner) que tinham marcado um encontro pelo telefone. A partir desta constrangedora constatação, o par passou a lutar contra a atração e o forte sentimento que os unia.

Em meio a algumas passagens de tempo, um beijo incontrolável foi o responsável pelo afastamento da dupla. Júlia agilizou seu casamento com Edgar (Fernando Belo) e Pedro viajou para Fernando de Noronha para estudar, mas encontrou Taís (Maria Flor) e se envolveu com ela. Ficou perceptível que os dois estavam seguindo a vida, apesar do vazio que sentiam em virtude desta relação interrompida.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Repleta de dramas envolventes, "Sete Vidas" é uma novela que merece ser contemplada

As chamadas iniciais já mostravam que a trama de Lícia Manzo seria recheada de densidade e delicadeza, o que foi confirmado no dia da estreia de "Sete Vidas". E, após algumas semanas de novela no ar, pode-se constatar que a história vem sendo muito bem desenvolvida pela autora. Repleto de dramas, o enredo envolve quem assiste e 'convida' a mergulhar naquele mundo vivido por tantos personagens cativantes.


Toda a trama em torno dos conflitos de Lígia (Débora Bloch) e Miguel (Domingos Montagner), e da aproximação dos filhos dele (oriundos de uma doação de sêmen), está sendo contada aos poucos e de forma detalhada. O mesmo vale para os núcleos paralelos, onde todos têm uma ligação direta ou indireta com o enredo principal. Mas não quer dizer que a novela esteja arrastada, tanto que já ocorreram inúmeros acontecimentos e várias passagens de tempo neste primeiro mês de folhetim.

A direção de Jayme Monjardim está em perfeita sintonia com a história de Lícia Manzo e a fotografia é de encher os olhos. O diretor, aliás, deixa o primoroso texto da autora ser a grande estrela de "Sete Vidas", focando também nos perfis construídos através de tomadas de câmera completas, exibindo os detalhes dos ambientes e a forma como cada um vive.