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sexta-feira, 9 de abril de 2021

Parte final desnudou todos os problemas que sempre estiveram presentes em "Amor de Mãe"

 A primeira novela de Manuela Dias estreou logo no horário nobre. Uma responsabilidade e tanto. Normalmente, todos os escritores da emissora estreiam na faixa das seis ou sete e somente depois migram para a cobiçada faixa das 21h. Mas os ótimos trabalhos da autora nas minisséries "Ligações Perigosas" e "Justiça" (ambas em 2016) a credenciaram ao posto. No entanto, não teve sorte. A produção estreou em 25 de novembro de 2019 repleta de louvores da crítica especializada, mas parte do público não comprou a história, que apresentava problemas em vários núcleos. E quando o enredo central parecia engrenar, houve a interrupção das gravações em 21 de março de 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. 

Voltou ao ar praticamente um ano depois, no dia 15 de março de 2021, com apenas 23 capítulos restantes. A produção já estava entrando na reta final, mas mesmo assim sofreu um corte. Porém, não parece ter afetado o roteiro, pois a verdade é que muitas tramas já estavam sem rumo antes da interrupção das gravações. O grande interesse ficou em torno do enredo de Lurdes (Regina Casé) à procura do filho Domênico (Chay Suede). E sempre foi a única parte do folhetim que caiu nas graças do público. O maior clichê dramatúrgico raramente falha. 

Já os demais conflitos, que já estavam se perdendo, tiveram desfechos decepcionantes. A constante troca de casais era um dos problemas do roteiro e seguiu assim até o final. Nunca houve uma construção sólida que despertasse alguma torcida do público. O menos pior foi o par formado por Camila (Jéssica Ellen) e Danilo/Domênico.

terça-feira, 10 de março de 2020

Lurdes carrega "Amor de Mãe" nas costas

Há novelas protagonizadas pelos clássicos mocinhos, por apenas uma personagem ou um trio ou quarteto. O público já viu de tudo um pouco. "Amor de Mãe" foi apresentada tendo três mulheres como protagonistas: Lurdes (Regina Casé), Thelma (Adriana Esteves) e Vitória (Taís Araújo). As atrizes são talentosas e sempre brilham, ou seja, novamente fazem bonito em cena. Entretanto, é incontestável que a mulher nordestina roubou a cena e virou a figura central, ofuscando as outras duas.


É verdade que boa parte da culpa é de Manuela Dias. A autora não conseguiu construir conflitos realmente atrativos para Thelma e Vitória. A obsessão da primeira pelo filho Danilo (Chay Suede) se tornou repetitiva e logo cansou ao longo dos meses e só agora a personagem teve um leve crescimento em virtude da barriga de aluguel realizada para Danilo ter um filho com Camila (Jéssica Ellen). Enquanto a segunda teve um início promissor como advogada rica com dilemas éticos, mas o seu empobrecimento, após o rompimento com o vilão, se mostrou raso e fez o papel perder toda a força.

Já Lurdes é a única que tem uma saga sendo contada. E isso é vital para qualquer personagem. A procura de batalhadora nordestina pelo filho Domênico é o único drama de "Amor de Mãe" que realmente acabou comprado pelo público. Tanto que "memes" surgiram nas redes sociais e até fantasia de Carnaval.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Não se preocupe, você não é ignorante por não gostar de "Amor de Mãe"

A crítica especializada colocou "Amor de Mãe" em um pedestal. É uma obra prima da teledramaturgia, uma novela revolucionária e sem qualquer defeito. Não há problemas no desenvolvimento, clichês inexistem, todos os personagens são ótimos, o elenco inteiro é valorizado, enfim. Também ficou comum a narrativa para justificar a audiência aquém do esperado: o grande público não sabe apreciar uma novela que faz pensar e foge dos enredos escapistas. Ou seja, em outras palavras, classifica o telespectador como burro. Mas não se preocupe, caro leitor, não é bem assim que a 'banda toca'.


A história de Manuela Dias, que estreia como novelista em pleno horário nobre da Globo, tem qualidades? Com toda certeza. O folhetim teve um início maravilhoso e mereceu a avalanche de elogios. A trama de Lurdes (Regina Casé em estado de graça) é a melhor com larga vantagem e move o roteiro. A complexidade de Vitória (Taís Araújo) também atrai, assim como a redenção de Sandro (Humberto Carrão) e a trajetória linda de Camila (Jéssica Ellen) ---- incluindo seu romance com Danilo (Chay Suede). É um folhetim bem produzido e com boas atuações. Todavia, o conjunto está longe de ser excelente e há muitos problemas visíveis.

José Luiz Villamarim é um dos melhores diretores da Globo, mas trata "Amor de Mãe" como uma série das 23h e não uma novela. É preciso inovar e sair do mais do mesmo? Sem dúvida. Todavia, o filtro escuro e amarelado promove um certo desgaste em quem está assistindo. Há uma sensação de poluição visual. E sua ousadia de exibir vários atores que fazem pequenas participações de costas ou mostrando raramente o rosto incomodou.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Genial como Lurdes, Regina Casé rouba a cena em "Amor de Mãe"

Longe das novelas desde uma pequena participação no remake de "Ciranda de Pedra", em 2008, Regina Casé retornou ao gênero em "Amor de Mãe", recém-iniciada, em pleno horário nobre da Globo. E vendo o desempenho da atriz na trama de Manuela Dias, dirigida por José Luiz Villamarim, é possível afirmar com tranquilidade como fazia falta. A produção ainda está no começo e muito água vai rolar, mas Lurdes chegou iluminando a tela.


A protagonista é a que mais honra o título do folhetim. Lurdes é a típica mãe brasileira e todas as suas atitudes são facilmente identificáveis. Todos os filhos observam características de suas mães na personagem. É a mãe leoa, a mãe protetora, a mãe que dá tudo pelos filhos, a mãe que se preocupa com cada passo que o filho dá, a mãe acolhedora, a mãe amorosa, a mãe barraqueira, a mãe que enfrenta até bandido para encontrar um filho desaparecido.

Nordestina, a personagem é mãe de Magno (Juliano Cazarré), Érica (Nanda Costa), Ryan (Thiago Martins) e Camila (Jéssica Ellen), adotada pela mulher assim que a encontrou abandonada em plena estrada. Nunca perdeu a esperança de achar Domênico, filho que foi vendido pelo pai há 20 anos. Humilde, luta para sustentar seus herdeiros e conseguiu dar uma educação de qualidade a todos.