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sexta-feira, 23 de maio de 2014

"Em Família": uma novela sem rumo

Assim como é aceitável que uma obra não mude sua essência e prejudique seu enredo para satisfazer o telespectador, também é perfeitamente compreensível que uma novela sofra modificações em prol da aceitação do público, e consequentemente do aumento dos índices de audiência. Várias tramas já sofreram deste problema e algumas conseguiram acertar com as mudanças, enquanto que outras só se prejudicaram ainda mais. O segundo caso, por exemplo, pode ser aplicado ao atual folhetim das nove da Globo: "Em Família" está sem rumo.


A última novela de Manoel Carlos vem sofrendo constantes modificações desde a sua estreia, incluindo a intervenção da Globo na aceleração da história, que implicou no encurtamento da segunda fase da trama. Tudo para tentar salvar o folhetim dos péssimos índices de audiência e da baixa repercussão. Entretanto, nada tem surtido efeito e as alterações acabaram deixando a história aparentemente sem direção e muitos personagens perdidos.

O foco principal de "Em Família" passou a ser o romance entre Luiza (Bruna Marquezine, ótima) e Laerte (Gabriel Braga Nunes, apático e inexpressivo), já previsto na sinopse. Entretanto, Maneco parece não saber o que Laerte é. Ele não é mocinho, nem vilão e nem um tipo dúbio, é apenas um sujeito obsessivo e egoísta. Parece psicótico.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Reviravolta na segunda fase inicia história e movimenta "Em Família"

Após um começo lento e com baixa audiência, "Em Família" sofreu algumas intervenções da Globo. A emissora editou os capítulos e acelerou a história. Portanto, a grande virada da segunda fase da trama de Manoel Carlos, que só iria ao ar no fim dessa semana, começou a ser exibida na sexta-feira passada (07/02). E as cenas que representaram essa reviravolta no núcleo central foram muito bem realizadas.


A sequência em que Laerte (Guilherme Leicam) tem uma briga feia com Virgílio (Nando Rodrigues) foi primorosa e muito realista. O filho de Selma (Camila Raffanti) sempre teve um ciúme doentio de Helena e acabou expondo toda a sua agressividade depois que o 'amigo' o criticou após sua despedida de solteiro. Eles se enfrentaram e o rapaz enfiou uma espora no rosto do filho de Maria (Cyria Coentro), que acabou caindo e batendo com a cabeça.

Pensando que tinha matado Virgílio, Laerte carregou o corpo até um matagal e enterrou. As cenas transbordaram tensão e o capítulo prendeu a atenção de quem assistia. Maneco surpreendeu e mostrou que também sabe escrever sequências de pura adrenalina. Porém, os momentos posteriores  a essa tentativa de assassinato conseguiram ser ainda melhores. Linda a sequência do cachorro (Federal)

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Dividida em três fases, "Em Família" estreia com ritmo morno e focada no triângulo central

Nessa segunda-feira (03/02), estreou a última novela de Manoel Carlos. Dirigida por Jayme Monjardim, "Em Família" terá a missão de manter os índices de "Amor à Vida" ou aumentá-los ---- tarefa nada fácil, afinal, o atual momento da Globo não é muito favorável, uma vez que "Malhação", "Joia Rara" e "Além do Horizonte" amargam uma péssima audiência. Mas deixando os números do Ibope de lado e focando na história, já foi possível observar a principal característica do autor logo no começo da obra: os dramas familiares.


Dividida em três fases, a trama é iniciada na década de 80, com o nascimento de Helena ---- a primeira cena foi, inclusive, o batizado. O capítulo foi apresentando os conflitos e as rusgas entre as famílias do núcleo central, cujos atores eram, em sua maioria, desconhecidos do grande público. Porém, o time não comprometeu. Mas a primeira fase pecou no ritmo, que foi arrastado e sonolento. A protagonista foi vivida pela promissora Julia Dalavia, enquanto que Laerte e Virgílio foram interpretados por Eike Duarte e Arthur Aguiar.

A melhor cena desse início foi o afogamento de Helena, graças ao talento de Giovana Rispoli, intérprete da quase-vilã Shirley. O olhar frio e o riso debochado da menina, enquanto via a amiga se afogar sem fazer nada para ajudar, foram assustadores. Entretanto, as demais cenas cansaram e foram entediantes.