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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Rejeitada e marcada pelos equívocos, "Babilônia" chega ao fim responsável pelo próprio fracasso

Para o alívio da Globo, chegou ao fim, nesta sexta-feira (28/08), uma das novelas mais problemáticas que já passaram pelo horário nobre: "Babilônia". Escrita pelo experiente Gilberto Braga, em parceria com Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, a trama (com apenas 143 capítulos) foi o maior fracasso da história do horário e sai de cena com uma amarga média geral de 25 pontos, índice compatível com um folhetim das sete. Encurtada em praticamente dois meses (seu término era previsto para o fim de outubro), a produção --- que chegou a empatar e a ter, algumas vezes, menos audiência que "Malhação", "Alto Astral" e "I love Paraisópolis" --- teve inúmeros equívocos e ficou pouco menos de seis meses no ar.


A história tinha como protagonistas três mulheres, onde duas delas eram as vilãs e uma a mocinha. Beatriz (Glória Pires), Inês (Adriana Esteves) e Regina (Camila Pitanga) seriam os pilares de sustentação do enredo, que despertou boas expectativas, após a exibição das chamadas iniciais e do atrativo primeiro capítulo. Parecia um folhetim promissor, ao menos em torno da trama central. Porém, ironicamente, foi um núcleo paralelo o causador da primeira polêmica: a novela sofreu uma forte rejeição do público logo na estreia em virtude de um beijo lésbico, protagonizado por Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, intérpretes de Teresa e Estela.

Claro que o fato de terem exibido o beijo logo na estreia, sem o telespectador conhecer a história das personagens, foi o fato agravante dessa 'rejeição'. Infelizmente não deveria ser assim, mas parte da audiência é muito conservadora. Entretanto, este nunca foi um problema da novela. Pelo contrário, a relação de Estela e Teresa sempre foi muito bonita e telespectador reclamando sempre terá, faz parte. Houve um foco tão grande em cima dessa circunstância que ocorreu um certo 'esquecimento' em torno do conjunto da obra, esse sim equivocado.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Consuelo é um dos poucos acertos de "Babilônia" e destaca o talento de Arlete Salles

"Babilônia" é um dos maiores (senão o maior) fracassos da Globo. Os inúmeros problemas da fraca história de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga já foram amplamente abordados e enumerados desde que a trama estreou. Porém, em meio a tantos problemas e equívocos ---- incluindo até mesmo a inicialmente promissora rivalidade entre Inês e Beatriz, que se esgotou por completo ----, a novela tem um ponto positivo: a preconceituosa Consuelo, vivida pela grande Arlete Salles.


A personagem é um poço de conservadorismo e intolerância. Mãe do prefeito Aderbal Pimenta (Marcos Palmeira), político homofóbico que usa o eleitorado evangélico para conseguir votos, a mulher é uma religiosa fervorosa e vive vomitando declarações preconceituosas aos quatro ventos. Este perfil, infelizmente, é um tipo muito comum na sociedade e representa a parcela da população que não tolera quem é diferente ou não segue a sua cartilha. E ela começou pequena na trama, mas foi crescendo ao longo dos meses.

Consuelo, além de servir como espelho para tantas situações deploráveis que acontecem na vida real, tem uma comicidade 'espontânea'. E muita desta característica peculiar vem do show de Arlete Salles na comédia. As declarações daquela mulher amargurada são tão hipócritas e absurdas que soam engraçadas, principalmente quando a atriz apresenta um festival de caras e bocas, elevando propositalmente o tom da 'defensora dos bons costumes'.