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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Andrea Beltrão e Alexandre Nero brilharam em "No Rancho Fundo"

 A atual novela das seis, escrita por Mário Teixeira e dirigida por Allan Fiterman, tem no elenco a sua maior qualidade. "No Rancho Fundo" apresenta vários atores talentosos, incluindo muitos nomes que estão estreando na televisão. O autor também acertou quando colocou o peso dos personagens mais importantes nos profissionais mais experientes. Embora a trama seja protagonizada por mocinhos defendidos por dois novatos, o enredo está todo voltado para Zefa e Tico Leonel, interpretados por Andrea Beltrão e Alexandre Nero. 


Zefa Leonel é a figura central da produção das seis. Todos os conflitos passam por ela e havia a necessidade de uma veterana no papel. Felizmente, ao contrário do que tem acontecido em tantos folhetins, houve a preocupação na escolha da atriz. É verdade que o acaso também ajudou Mário Teixeira. Andrea estava reservada por Lícia Manzo para o elenco de "O País de Alice", novela que a autora preparava para a faixa das 18h e acabou cancelada abruptamente por Amauri Soares e José Luiz Villamarim, responsáveis pelo setor de teledramaturgia da Globo, que consideraram o enredo elitista. Mariana Lima, que agora brilha como Tia Salete, foi outro nome transferido de uma produção para outra. 

A atriz vem honrando a importância de sua personagem em "No Rancho Fundo" e fica perceptível o cuidado maior do autor até no texto de Zefa Leonel, que chega a ser mais rebuscado, engrandecendo ainda mais a interpretação irretocável de Andrea Beltrão. A matriarca da família Leonel é uma mulher íntegra, vivida, humana, extremamente rígida e fiel cuidadora dos seus.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Nem o núcleo da família de Severo, trama mais atrativa de "Segundo Sol", escapou da perda de rumo do autor

"Segundo Sol" está em sua última semana e a trama de João Emanuel Carneiro apresentou um festival de equívocos. O autor enfiou os pés pelas mãos ao longo dos meses e acabou destruindo gradativamente uma trama que poderia ter sido ao menos mediana. Conhecido por criar enredos centrais ótimos e paralelos péssimos, o escritor inverteu a lógica no atual folhetim. Os secundários foram bem mais interessantes que o forçado drama dos pamonhas Luzia (Giovanna Antonelli) e Beto (Emílio Dantas). Ainda assim, só um núcleo realmente se sobressaiu positivamente na produção: o da família de Severo Athayde (Odilon Wagner).


Desde o início da história, dirigida por Dennis Carvalho e Maria de Médici, as situações expostas em meios a barracos cheios de acusações e ofensas se mostraram atrativas em virtude das muitas falhas de caráter de todos os envolvidos. Os personagens despertaram atenção e os atores se destacaram rapidamente, comprovando o acerto da escalação. O corrupto Severo construiu uma família sem um pingo de carinho, cuja a maior identidade era a instabilidade emocional generalizada. Até mesmo a justa empregada Zefa (Claudia Di Moura) acabava responsável por muitas das desgraças que permeavam os moradores da mansão.

Severo sempre foi um sujeito sem escrúpulos e não se preocupou em assumir o filho negro que teve com a empregada. Roberval (Fabrício Boliveira) virou um sujeito vingativo e amargo quando descobriu toda a verdade. O empresário só quis assumir o filho branco, mas nunca deu um pingo de carinho a Edgar (Caco Ciocler) e sentia um prazer mórbido em humilhar o rapaz, que acabou virando um sujeito passivo e instável.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Claudia Di Moura e Kelzy Ecard são gratas revelações de "Segundo Sol"

Normalmente, a primeira associação que surge quando se fala de revelação em alguma novela é a de um ator ou atriz jovem. Afinal, é o primeiro trabalho do intérprete na televisão. Porém, nem sempre a questão da idade prevalece. Há vários casos de profissionais com larga carreira no teatro que estreiam na tevê muito tempo depois de já ter um currículo sólido. É o caso de Claudia Di Moura e Kelzy Ecard em "Segundo Sol".


As intérpretes das sofridas Zefa e Nice, respectivamente, se destacaram assim que surgiram em cena e desde então vêm protagonizando momentos de intensa carga dramática, emocionando o público. São perfis aparentemente sem muito importância, mas cresceram graças ao talento dessa dupla de respeito. Ambas já participaram de várias peças teatrais, mas a oportunidade de mostrar o quão são competentes na televisão, alcançando um maior número de pessoas, ainda não havia chegado. Finalmente a chance veio.

Claudia é uma atriz baiana e chegou a dizer em uma entrevista que não sairia da Bahia se a Globo não fosse buscá-la. O diretor Dennis Carvalho conseguiu trazê-la para o Rio de Janeiro, sede da emissora e local dos Estúdios (antigo Projac), e João Emanuel Carneiro criou a subserviente Zefa. A empregada da família de Severo Athayde (Odilon Wagner) é uma espécie de porto seguro de um núcleo familiar dilacerado, mas nunca recebeu um tratamento diferenciado por isso.