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quinta-feira, 15 de março de 2018

Ao construir o cativante Vicente, Alcides Nogueira admitiu o fracasso de seu mocinho em "Tempo de Amar"

"Tempo de Amar" está em sua última semana e o maior erro da bonita novela de Alcides Nogueira e Bia Corrêa do Lago, dirigida por Jayme Monjardim, foi a construção e condução de Inácio (Bruno Cabrerizo). O mocinho da história se mostrou um sujeito passivo, bobo e extremamente ingênuo, abusando da paciência de quem assistia. Para culminar, ganhou um intérprete fraco e bastante inexpressivo. Ou seja, não demorou para se apagar no enredo. E quem acabou terminando de 'enterrar' o protagonista foi Vicente (Bruno Ferrari), um tipo que era exatamente o seu oposto.


A verdade é que o único conflito relevante do folhetim das seis estava em torno do reencontro dos mocinhos. Inácio e Maria Vitória (Vitória Strada) se apaixonaram subitamente, se envolveram e acabaram se separando logo na segunda semana de trama, em virtude das várias armações de todos que os cercavam. Como esse era o único trunfo do autor para despertar alguma expectativa no público, ele adiou o quanto pôde o aguardado momento. Entretanto, enrolou demais e acabou caindo em uma armadilha que o próprio escritor criou ao juntar a mocinha com Vicente.

Os protagonistas ficaram nada menos do que dois anos separados e Inácio foi feito de idiota por Lucinda (Andreia Horta) praticamente a novela inteira. Enquanto isso, Maria Vitória se envolvia com Vicente, um sujeito íntegro, simpático, justo, que nunca tolerou injustiças e sempre lutou pelos seus ideais. Ainda esbanjou compreensão e paciência, mesmo sabendo que a então namorada tinha um amor do passado que jamais esqueceu.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

"Tempo de Amar" e "Pega Pega" têm uma semelhança: os mocinhos insuportáveis

Criar mocinhas atrativas tem sido um dos maiores desafios para os autores. Afinal, os vilões sempre tiveram mais elementos para arrebatar o público, até porque movem o enredo. E elaborar bons mocinhos consegue ser ainda mais complicado por várias razões. No entanto, muitos escritores têm conseguido vencer essas dificuldades. Mas, atualmente, Alcides Nogueira, em "Tempo de Amar", e Cláudia Souto, em "Pega Pega", demonstram que fracassaram na missão.


O autor da atual novela das seis criou um tipo apático, sonso e totalmente idiota. Inácio (Bruno Cabrerizo) e Maria Vitória (Vitória Strada) se apaixonaram subitamente no primeiro capítulo da trama e logo decidiram se casar. Porém, uma sucessão de desgraças separou o par. Ele foi tentar um emprego melhor no Rio de Janeiro, mas, pouco depois de sair de Portugal, acabou assaltado e golpeado na cabeça, ficando cego. Foi encontrado por Lucinda (Andreia Horta), vilã que passou a manipulá-lo de todas as formas.

O rapaz acreditou piamente em tudo o que a nova 'amiga' lhe disse sobre Maria Vitória, garantindo que ela havia se casado e colocado o filho deles para ser criado pelo seu novo marido. Apesar disso, ainda tentou descobrir algo mais procurando seu grande parceiro, o vendedor Geraldo (Jackson Antunes), sem sucesso. Com o tempo, Inácio acabou voltando a enxergar e não demorou para pedir Lucinda em casamento.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Armando Babaioff se destaca em "Sangue Bom" e mostra que merece mais oportunidades

Os autores e diretores confirmam: há uma escassez de 'galãs' no mercado. A dificuldade de encontrar um ator que reúna requisitos básicos para protagonizar uma novela tem ficado a cada dia mais evidente. Os grandes nomes de 20/30/40 anos atrás não têm mais idade viver um rapaz que se envolverá com a mocinha. E por causa disso, é comum o telespectador ver quase sempre os mesmos atores sendo escalados para o papel de mocinho. Rodrigo Lombardi, Bruno Gagliasso, Malvino Salvador, Cauã Reymond, Henri Castelli e Eriberto Leão, por exemplo, viraram figurinhas fáceis. São constantemente escolhidos para protagonizar tramas, causando um imenso desgaste de imagem. Porém, Armando Babaioff prova em "Sangue Bom" que nem tudo está perdido.


O ator, que começou a novela tendo poucas falas e quase todas declarações de amor para Renata (Regiane Alves), foi crescendo aos poucos até se estabelecer como um dos destaques da trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. Armando pôde mostrar com mais clareza seu talento quando aconteceu a reviravolta na vida de Érico, momento em que o rapaz flagra a traição de sua noiva.

A partir dessa traumática situação, o personagem saiu da posição de mera figuração e migrou imediatamente para a de destaque. Sofreu, chorou, terminou o relacionamento definitivamente com Renata e ainda encontrou um novo amor nos braços de Palmira/Verônica (Letícia Sabatella). Aliás, desde então, Érico

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Os mocinhos rejeitados de Glória Perez

Ultimamente os autores têm muito mais dificuldade para criar um mocinho convincente do que uma vilã maquiavélica. Se há 20 anos atrás era normal torcer pelo bom rapaz, de uns tempos para cá o público só compra o personagem se ele for um homem que transmita confiança e tenha carisma. Entretanto, Glória Perez sempre enfrentou muitas dificuldades para criar mocinhos, mesmo na época em que era 'normal' torcer por todos os galãs. Atualmente o Théo de "Salve Jorge" enfrenta uma grande rejeição e há motivos de sobra pra isso.  Mas, infelizmente, não é a primeira vez que a autora enfrenta esse tipo de problema.


Quem não se lembra do trágico Cigano Igor, de "Explode Coração"? Embora o personagem funcionasse como um contraponto do romance entre Dara (Tereza Seiblitz) e Julio (Edson Celulari), o cigano era uma figura central e o intuito era formar um triângulo amoroso, despertando a divisão da torcida do público. Mas a interpretação de Ricardo Macchi era tão ruim que o papel virou uma grande piada de mau gosto. E para culminar, o mocinho vivido por Edson foi insosso e poucos se lembram dele. Nesse caso específico ocorreu a soma de erros. Escalaram um ator despreparado para viver um tipo sem atrativos, enquanto que o profissional mais experiente acabou vivendo um empresário apático e sem carisma.

Já em "O Clone" (2001), a autora foi mais feliz no casal protagonista. Lucas (Murilo Benício) e Jade (Giavanna Antonelli) formaram um casal lindo e o público se apaixonou. Entretanto, o mocinho era um tipo sem sal, bobo e não funcionava sozinho. Todas as suas cenas solo eram cansativas e monótonas. Impossível não se