"Novo Mundo", exibida em 2017 e reprisada em 2020, retratou a saga de Dom Pedro I e Leopoldina através de uma boa mescla da história do Brasil com um ótimo folhetim. Iniciada em 1817, acabou encerrada pouco depois da independência do paÃs, em 1822. Agora, com "Nos Tempos do Imperador", os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão contam a trajetória de Dom Pedro II, a partir de 1856. à uma continuação. Os elementos que expõem a ligação das tramas são alguns personagens, entre eles Germana (Vivianne Pasmanter) e Licurgo (Guilherme Piva).
Licurgo e Germana eram os perfis mais engraçados de "Novo Mundo". Representavam a picaretagem, popularizada no paÃs com o termo 'jeitinho brasileiro'. Os dois eram donos de uma taberna caindo aos pedaços e nunca estavam preocupados em atender bem os poucos clientes que chegavam. Viviam tratando todo mundo mal. Ainda serviam pombas assadas fingindo que eram frangos. A cozinha do lugar era um nojo. Tudo que os cercava despertava asco. Rabugentos e sujos (no sentido figurado e literal), estavam sempre pensando em alguma forma de obter vantagem em cima dos outros. Mas os planos nunca davam certo.
Em "Nos Tempos do Imperador", os personagens ficaram ainda mais repugnantes. Com cerca de 80 anos, os personagens viraram aqueles velhinhos inconsequentes e transformaram a vida de Quinzinho (Augusto Madeira) em um inferno.