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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Machismo permeia irritante triângulo formado por Tiago, Marina e Letícia em "A Lei do Amor"

Que "A Lei do Amor" se perdeu depois das mutilações em virtude da baixa audiência todos já estão cansados de saber. Porém, uma situação que se mostrou equivocada desde o início da trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari foi o triângulo amoroso composto por Tiago (Humberto Carrão), Isabela (Alice Wegmann) --- agora Marina --- e Letícia (Isabella Santoni), a partir da segunda fase. O machismo sempre esteve presente nessa trama, provocando um sério incômodo que foi aumentando com o tempo.


A filha de Helô começou a história se recuperando de um câncer e os autores já colocaram o namorado Tiago cansado da relação, demonstrando claramente que não a amava mais. Pouco tempo depois, ele se apaixonou perdidamente por Isabela e ela, apesar de uma resistência inicial, retribuiu o sentimento. O rapaz ficou em cima da garçonete, sem demonstrar qualquer remorso em virtude do seu relacionamento com Letícia. Não demorou para os dois iniciarem um caso. E toda essa construção foi feita de forma equivocada por Maria Adelaide e Vincent.

A paixão de Tiago e Isabela ficou rasa e a relação aconteceu rápido demais. Já o fato do personagem ter traído a namorada e adiado ao máximo o término do noivado também prejudicou a empatia do par. A intenção era expor um Tiago humano, longe da perfeição dos certinhos (perfis muitas vezes cansativos). Mas não funcionou. Pelo contrário.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Alice Wegmann tem suas facetas bem exploradas e se destaca em "A Lei do Amor"

Infelizmente, "A Lei do Amor" se perdeu após as mutilações feitas por causa da baixa audiência, cedendo aos grupos de discussão e intervenções de terceiros. Muitas situações ficaram forçadas e inverossímeis, prejudicando o conjunto do enredo. Porém, o elenco segue brilhando, apesar de todos os problemas. E um dos ótimos nomes, que vem ganhando um merecido destaque nas últimas semanas, é Alice Wegmann.


A atriz se saiu muito bem no período que interpretou a destemida Isabela, menina que acabou virando alvo de Tião (José Mayer) quando se envolveu com Tiago (Humberto Carrão), prejudicando o relacionamento do covarde rapaz com Letícia (Isabella Santoni), filha do vilão. Inicialmente retraída e sempre na defensiva, a personagem acabou se desarmando aos poucos em virtude de sua amizade com Flávia (Maria Flor), Élio (João Campos) e Zelito (Danilo Ferreira). Porém, seu passado e sua família nunca foram muito bem explicados. Havia um quê de mistério no ar.

A melhor cena  protagonizada por Alice na novela (até então) foi o momento em que Isabela teve uma briga séria com Tiago no barco, durante um passeio que os dois fizeram. Ela passou com competência a emoção da garota, que se indignou quando foi acusada injustamente pelo rapaz de ter sido comprada por Helô (Cláudia Abreu) para separá-lo de Letícia.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Beijo de Clara e Marina na novela "Em Família" comprova que o tabu foi quebrado em "Amor à Vida"

Nesta segunda-feira (30/06), foi exibido na novela "Em Família" um selinho entre Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Muller). A fotógrafa pediu a namorada em casamento, as duas se emocionaram e trocaram um beijo que deixou muito a desejar. Pareciam duas amigas e não um casal. A cena foi fraca e sem emoção. Porém, as atrizes não tiveram culpa e se saíram muito bem no que foi proposto, pois o problema do par se deve exclusivamente ao autor, que não soube desenvolver a história adequadamente. Impossível se envolver com este romance. Clara se comporta feito uma adolescente boba e Marina se mostrar romântica depois de ter ficado evidente que ela era uma mulher prática, e até excessivamente sexual, não deu para engolir.


E em relação ao beijo, segundo Manoel Carlos, este foi o mais 'leve'. O de maior intensidade será exibido ao longo dos próximos capítulos da trama. Mas deixando a questão do casal 'Clarina' de lado, é preciso constatar que um dos maiores tabus que cercavam as novelas da Globo foi quebrado definitivamente por "Amor à Vida", através do sucesso do par Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso), que arrebatou o público. O beijo exibido no último dia da história de Walcyr Carrasco foi antológico, emocionante, e ainda serviu para acabar de uma vez (pelo menos é o que se espera) com a inútil polêmica que assombrava todo romance homossexual na ficção.

Voltando no tempo, por exemplo, pode-se afirmar com toda convicção que Clara e Marina morreriam na inesquecível explosão do Shopping em "Torre de Babel" (1998). Na época, o casal lésbico formado pelas atrizes Silvia Pfeifer e Christiane Torloni, que interpretavam Leila e Rafaela, foi rejeitado pelo público, 'obrigando' Silvio de Abreu a matá-las no atentado, junto com alguns outros perfis que não foram bem aceitos.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

"Em Família": uma novela sem rumo

Assim como é aceitável que uma obra não mude sua essência e prejudique seu enredo para satisfazer o telespectador, também é perfeitamente compreensível que uma novela sofra modificações em prol da aceitação do público, e consequentemente do aumento dos índices de audiência. Várias tramas já sofreram deste problema e algumas conseguiram acertar com as mudanças, enquanto que outras só se prejudicaram ainda mais. O segundo caso, por exemplo, pode ser aplicado ao atual folhetim das nove da Globo: "Em Família" está sem rumo.


A última novela de Manoel Carlos vem sofrendo constantes modificações desde a sua estreia, incluindo a intervenção da Globo na aceleração da história, que implicou no encurtamento da segunda fase da trama. Tudo para tentar salvar o folhetim dos péssimos índices de audiência e da baixa repercussão. Entretanto, nada tem surtido efeito e as alterações acabaram deixando a história aparentemente sem direção e muitos personagens perdidos.

O foco principal de "Em Família" passou a ser o romance entre Luiza (Bruna Marquezine, ótima) e Laerte (Gabriel Braga Nunes, apático e inexpressivo), já previsto na sinopse. Entretanto, Maneco parece não saber o que Laerte é. Ele não é mocinho, nem vilão e nem um tipo dúbio, é apenas um sujeito obsessivo e egoísta. Parece psicótico.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Clara, Cadu e Marina de "Em Família": um triângulo amoroso bastante equivocado

Manoel Carlos vem enfrentando uma sucessão de problemas com sua última novela. Audiência baixa, repercussão nula, atraso na entrega dos capítulos e nas gravações, história que não consegue prender o telespectador, enfim, são muitos os percalços. E além de todas estas questões nada simples de serem resolvidas, o autor ainda se equivocou no desenvolvimento de um dos núcleos que mais prometiam: o triângulo amoroso abordando heterossexualidade e homossexualidade.


A história protagonizada por Clara (Giovanna Antonelli), Cadu (Reynaldo Gianecchini) e Marina (Tainá Muller) despertou interesse antes mesmo da novela estrear. Tanto que a própria escalação foi motivo para comentários e expectativas. O papel da Marina foi escrito para Alinne Moraes, mas a linda e talentosa atriz engravidou e precisou recusar o convite. A ótima Andreia Horta chegou a ser cogitada como substituta, mas a personagem acabou nas mãos de Tainá, que também foi uma escolha acertada.

Os três atores estão ótimos, mas o enredo envolvendo os personagens deixa muito a desejar, assim como seu desdobramento. Primeiramente se equivocaram com Clara. A personagem começou a terceira fase infantilizada demais e parecia uma boboca. Giovanna não estava à vontade no papel e isso transparecia para o público.

sábado, 20 de agosto de 2011

Término de Insensato Coração foi tão decepcionante quanto o seu início

Hj assistimos ao último capítulo de "Insensato Coração", que marcou 47 pontos de média e 70% de share,índice muito baixo para um último capítulo. A anterior, "Passione", marcou 52 pontos de média e 77% de share.

Não vimos nada de surpreendente. A assassina de Norma era mesmo a Wanda. Apesar de óbvio,acabou sendo coerente com toda a história contada e não chegou a ser decepcionante. Natália do Valle roubou a cena. Houve uma falha grave na hora em que a sequência é refeita. Norma ao invés de dizer:"Não faça uma besteira dessas", diz: "Não faça uma bobagem dessas".

O final do casal homossexual foi bacana, mas a paternidade do Kléber (Cássio Gabus Mendes), jamais poderia ter sido explorada somente no penúltimo capítulo. Se tivessem desenvolvido essa trama ao longo da novela,com certeza teríamos boas sequências entre ele e Louise Cardoso. O que acabamos vendo foi uma correria e forçação de barra com um homofóbico ferrenho que aceitou seu filho bem mais rápido do que se esperava. Claro que isso só ocorreu por causa da pressa.

Os autores simplesmente ignoraram o nervosismo de Tia Neném (que apareceu por uns 30 segundos nesse último capítulo), Eunice, Ismael e Fabíola no dia do crime. Não explicaram o porquê daquilo. O telespectador que se vire. Também não vimos a reação dos demais, a não ser Raul e Marina, ao saberem que Wanda é quem tinha matado Norma. Léo foi preso,mas não foi mostrada a reação dele ao ver o Cortez e o Ismael no mesmo presídio. Aliás,seu assassinato prometia muito mais. A cena foi corrida e sem adrenalina nenhuma. E o término do sequestro de Marina? Constrangedor. Se o objetivo era ter suspense ou ação, ficaram devendo absurdamente.

O excesso de cenas do André também irritou. Acrescentou  alguma coisa sabermos que ele não ficou impotente? As participações das ótimas Leandra Leal e Isabel Fillardis não foram valorizadas. Pedro e Marina, como sempre enjoaram bastante. Natalie teve um desfecho verossímil, observando o país em que vivemos, mas foi praticamente o mesmo da Bebel (Camila Pitanga) em "Paraíso Tropical". Criatividade passou longe. Enfim,foi um último capítulo para ser esquecido.

No geral, podemos selecionar os prós e contras de "Insensato Coração.
1)Saldos positivos: 
-Tia Neném roubou a cena e Ana Lucia Torre comprovou pela milésima vez seu talento.
-Thiago Martins  fez um Vinícius aterrorizante e Giovanna Lancelloti foi uma grata revelação.
-A trama do Cortez foi muito bem abordada e Herson Capri junto de Tainá Muller, Eduardo Galvão e Ana Beatriz Nogueira (numa curta participação) foram maravilhosos,apesar das fracas atuações do Jonatas Faro e Deborah Secco.
-Glória Pires foi esplêndida e Gabriel Braga Nunes mostrou a que veio com o psicopata Léo. Cristina Galvão merece ser lembrada.Ótima.
-A homofobia foi bem conduzida e o casal homossexual idem,apesar da censura da própria emissora.
-Bibi e Douglas agradaram.

2)Saldos negativos:
-Grandes atores tendo um destaque pífio,como: Nathalia Timberg, Norma Blum, José Augusto Branco, Bete Mendes, Rosi Campos, Louise Cardoso (embora tenha tido mais destaque na reta final) e Tarcísio Meira (só apareceu mais nos capítulos anteriores à sua morte).
-Excesso de assassinatos sem propósito. Nada contra mortes em novelas,mas desde que tenha uma razão.Morreram 25 personagens ao todo.
-Entre-e-sai de personagens que cansou e distanciou o público.
-Tramas absurdas, como o espermatozóide mutante do Pedro que vive 24 horas fora do corpo, dentro de uma camisinha numa lixeira.
-A novela demorou quase seis meses para engrenar com a vingança de Norma.
-Vingança essa que se perdeu com as constantes repetições e depois com Norma caindo novamente na lábia do Léo.
-André foi um dos personagens mais ridículos e inverossímeis da trama.
-Pedro e Marina formaram um dos casais protagonistas mais insuportáveis dos últimos tempos.


Gilberto Braga considera "Insensato Coração" a sua melhor novela, pois não teve barriga e foi repleta de cenas de ação. O que mais teve ali foi barriga. A verdade é que essa novela é a pior do autor e a parceria com o Ricardo Linhares não foi feliz, após ter rendido a interessante "Paraíso Tropical". Agora a 'bola' está com "Fina Estampa". Que venha Aguinaldo Silva!