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terça-feira, 26 de julho de 2016

"Liberdade Liberdade" mostrou que o Brasil não mudou tanto assim em pouco mais de 200 anos

A atual novela das onze, dirigida por Vinícius Coimbra, está em plena reta final e a produção se mostrou um bom folhetim, embora não tenha repercutido e nem envolvido tanto quanto prometia. A curta duração das cenas também deixou muito a desejar e o desenvolvimento de algumas tramas ficou devendo. Porém, um dos trunfos da história escrita por Mário Teixeira (com argumento de Márcia Prates) foi a exposição nua e crua de um Brasil que infelizmente não mudou tanto assim ao longo de pouco mais de 200 anos.


As situações apresentadas como pano de fundo de alguns personagens e núcleos, ainda que muitas vezes não conseguindo ser aprofundadas como mereciam, servem para observar que ainda há inúmeros 'resquícios' da época de 1808, incluindo alguns comportamentos e hábitos que não mudaram quase nada. Desigualdade, racismo, homofobia, exploração dos governantes, suborno, corrupção, estupro, abuso de poder, justiça que não tem nada de justa, enfim, não falta exemplo na história do início do século XIX que segue sendo observado nos dias atuais.

Logo no início de "Liberdade, Liberdade", Joaquina (Andreia Horta) ficou horrorizada ao conhecer a chamada 'parte suja' de Vila Rica. A área era imunda, repleta de escravos famintos em condições sub-humanas. Rubião (Mateus Solano), intendente da Coroa Portuguesa, com o intuito de impressionar a sua 'amada', fez questão de distribuir comida e prometeu melhorar o local.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

"Central da Copa" erra ao inserir novidades constrangedoras e desnecessárias

A atração foi criada na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e acabou se firmando na grade da Globo, voltando na Copa das Confederações em 2013 e agora, em 2014, na Copa do Mundo no Brasil. O "Central da Copa" mistura jornalismo e entretenimento com competência e a boa repercussão do formato acabou ajudando Thiago Leifert, que se destacou como apresentador graças ao programa. Porém, algumas 'inovações', exibidas nesta edição, acabaram mais prejudicando do que melhorando.


O programa em si pouco mudou. Nos dias de jogos do Brasil, há uma edição especial com plateia, convidados, conversas sobre o jogo e uma edição independente, ou seja, o formato se sustenta sozinho. Já nos dias de jogos das outras seleções, o "Central da Copa" é inserido no "Jornal da Globo", como se fosse um quadro do telejornal, para analisar as partidas de uma forma mais sucinta. Entre as novidades de 2014 ---- além da entrada de Alex Escobar ----, está uma mesa interativa moderna (apelidada de mesa tática), onde Caio Ribeiro (que comanda a atração com Thiago) mexe nos jogadores, que aparecem em forma de holograma. A tecnologia já existia na edição de 2013, mas a diferença é que agora o rosto dos jogadores aparece com perfeição.

Esta modernidade é interessante e ajuda a incrementar os comentários a respeito dos jogos. Porém, resolveram colocar também hologramas em tamanho 'real', com Caio (ou Marcius Melhem, que é uma espécie de convidado fixo) interagindo com eles, 'brincando' e dando dicas a respeito de faltas que poderiam ter sido evitadas ou de jogadas mal executadas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Portugal é aqui

Que o Brasil é o país das novelas, todos sabemos. É referência em todo o mundo e merecidamente, diga-se. Um dos países que mais admiram e consomem a nossa teledramaturgia é Portugal. Os portugueses as acompanham graças a um acordo da Rede Globo (principal produtora do gênero) com a SIC --- emissora portuguesa que também tem um núcleo de dramaturgia. E por isso mesmo não é por acaso que temos visto vários atores portugueses marcando presença em nossas produções.

É bem verdade que essas participações acontecem há muito tempo. Em 1970 --- época em que a SIC nem sonhava em existir (foi criada em 1994) --- , os atores portugueses Laura Soveral e Tony Correira participaram da novela "O Casarão" (Globo). O ator ainda marcou presença em outras novelas como "Locomotivas" na Globo e "Aritana" na Tv Tupi, até voltar para Portugal e só retornar ao Brasil anos depois em pequenas participações.