Mostrando postagens com marcador bissexualidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bissexualidade. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Vilão gay, bissexualidade, doença terminal, autismo e a ousadia de Walcyr Carrasco

As novelas completaram 60 anos recentemente. É uma idade respeitável e apenas ressalta o quanto que esse gênero fez e faz sucesso no Brasil. Milhares de histórias já foram escritas e produzidas. A teledramaturgia tem um arquivo gigantesco. Assim sendo, é perfeitamente normal que os autores encontrem dificuldades para inovar ou então fugir da repetição de temas. O principal desafio tem sido encontrar uma forma diferente de contar uma trama batida. Entretanto, Walcyr Carrasco tem conseguido apresentar ao público inúmeros temas que ainda não tinham sido abordados e ainda conduzi-los de forma competente.


Vilão gay, bissexualidade, lúpus, autismo, doença terminal, envolvimento entre um muçulmano e uma judia, enfim, o que não falta é trama ousada e raramente apresentada em folhetins. O autor não poupou temas nessa sua estreia no horário das nove. Ao invés de investir apenas no óbvio, Walcyr optou por uma grande mescla em "Amor à Vida". Em meio a tramas que já foram amplamente exploradas em várias novelas (como a família rica recheada de conflitos e um núcleo pobre que enfrenta as dificuldades com um sorriso no rosto), está havendo espaço para situações novas e atraentes.

Nunca houve na história das novelas um vilão como Félix (Mateus Solano). Os homossexuais sempre entravam para fazer parte do núcleo cômico ou então para integrar o time dos bonzinhos. Colocar as maiores vilanias da história nas mãos de um gay enrustido foi de uma genialidade absurda. E ainda colocar o personagem casado com uma mulher somente para disfarçar seus desejos para a sociedade também foi