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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Globo inicia seu marketing em cima do remake de "Vale Tudo" na CCXP

 No último dia de CCXP, neste domingo, dia 9, a TV Globo mostrou que desistiu de vez do fracasso 'Mania de Você' e a partir de agora focará no remake do sucesso de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Brassères ----- que passou a ser chamado de releitura, após as várias polêmicas que notícias sobre a 'nova' trama causaram. Em seu painel no Palco Thunder, a emissora levou alguns atores, a adaptadora e o diretor. O público, atento e curioso sobre a nova versão de 'Vale Tudo', foi surpreendido por um grupo de mascarados com o rosto da vilã icônica Odete Roitman, que subiu ao palco e revelou Paulo Vieira. O ator e humorista comandou o painel em que foram apresentados detalhes sobre a nova produção, com estreia prevista para abril de 2025, ano em que a TV Globo celebra 60 anos.  


A autora Manuela Dias e o diretor artístico Paulo Silvestrini adiantaram curiosidades sobre a obra, que se conecta com a memória afetiva dos brasileiros, e tem a missão de conquistar novos fãs das grandes histórias da dramaturgia. “'Vale Tudo' é uma novela que ajudou a fundar esse gênero tão brasileiro, que é a nossa especialidade. É uma honra pra mim adaptar um texto do Gilberto Braga para os dias de hoje, e acho que todas as histórias incríveis merecem ser recontadas”, disse Manuela Dias. “O clássico, quando a gente relê, continua fazendo sentido, e isso acontece com ‘Vale Tudo’. Mas, como em toda grande história, quando recontada, a gente agrega valores e referências da contemporaneidade. A gente está fazendo ‘Vale Tudo’ para o público de hoje, para quem viu e para quem não viu. Afinal, as grandes histórias da dramaturgia não têm idade”, completou Paulo Silvestrini. 

Integrantes do elenco, como Taís Araujo, Bella Campos, Paolla Oliveira, Alice Wegmann, Renato Góes, Humberto Carrão e Luis Lobianco participaram da conversa e falaram sobre seus personagens e a importância de fazer parte do remake da “novela das novelas”.

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Fracasso de remake expôs que "Renascer" nunca foi uma obra prima

 A Globo anunciou com pompa e circunstância o remake de "Renascer". Em todas as chamadas, a novela era classificada como 'a obra prima de Benedito Ruy Barbosa'. Tamanha pretensão tinha um objetivo: chamar atenção para repetir o sucesso do remake de "Pantanal", copiado a colado por Bruno Luperi em 2022 e que caiu na boca do povo. Mas a adaptação da trama de 1993 diminuiu em um ponto a média geral de "Terra e Paixão", que tinha elevado em três pontos a média do fiasco "Travessia". Só se falou em outra coisa enquanto a trama estava no ar. Ou seja, a emissora queria um novo êxito e conseguiu um novo fracasso. 


As razões são muitas para explicar a baixa audiência da produção e a repercussão praticamente nula. "Renascer" apresentou diversos problemas quando foi exibida e nenhum deles foi corrigido pelo neto do autor na nova leitura. A ausência de carisma de vários personagens, a falta de enredo para 213 capítulos, o ritmo modorrento, a total falta de acontecimentos relevantes ao longo dos meses e os raros e pouco atrativos conflitos já eram percebidos em 1993. Mas, como o folhetim foi um fenômeno há 31 anos, apenas os acertos foram aclamados, enquanto os erros acabaram convenientemente ignorados.

A história original está longe de ser muito significativa na teledramaturgia em comparação a outros sucessos de Benedito, como a já citada "Pantanal", além de "O Rei do Gado" e "Terra Nostra". A própria concepção dela se mostra controversa porque a criação se deu a um pedido da Globo, após o fenômeno de "Pantanal" na extinta Rede Manchete. A emissora queria uma "Pantanal" para chamar de sua e pediu ao autor para criá-la. A trama marcou o retorno de Benedito à líder, após o êxito na concorrência.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Trama de Tião Galinha não funcionou no remake de "Renascer"

 Sucesso da versão original exibida em 1993, a saga de Tião Galinha foi um dos trunfos da obra de Benedito Ruy Barbosa. A interpretação magistral de Osmar Prado e a inocência do personagem arrebataram o público na época, mesmo com o final trágico que acabou antecipado por contra de desentendimentos entre o ator e a cúpula da Globo. O mesmo, infelizmente, não aconteceu no remake de "Renascer".


A sequência do surgimento do personagem foi tão visceral quanto a exibida há 31 anos. Tião mergulhado na lama, catando caranguejo, e protagonizando um monólogo de destruir o coração de qualquer um. A vida miserável daquele homem foi traduzida através de uma atuação emblemática de Irandhir Santos. Até porque ter um ator do seu nível é um privilégio para qualquer elenco. A força daquele sujeito batalhador foi demonstrada com uma entrega admirável. Destaque também para a maravilhosa Alice Carvalho, que entrou na trama no mesmo momento, interpretando a sofrida Joaninha. 

A cena em que os dois conseguiram emprego na fazenda de Egídio (Vladimir Brichta) e se deslumbraram com um casebre caindo ao pedaços só porque tinha uma cama, luz elétrica e uma geladeira, se mostrou um retrato fiel da vida de tanta gente sem oportunidades e que acaba se contentando com tão pouco.

quinta-feira, 25 de julho de 2024

"Renascer" está no ar há seis meses e só se fala em outra coisa

 O remake da obra original de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1993, está muito longe de repetir o sucesso de 31 anos atrás. "Renascer" está até o momento com uma média de 25,4 pontos e até hoje nenhum capítulo chegou aos 30 pontos, índice tão almejado pela Globo. Os números são preocupantes porque "Terra e Paixão", de Walcyr Carrasco, conseguiu elevar em 3 pontos a média do fracasso de "Travessia", escrita por Glória Perez. Ou seja, chegou ao fim com 27 pontos e vários capítulos chegaram aos 32 de média com picos de 34. E a atual trama não reage, nem repercute e muito menos desperta qualquer interesse do grande público.


No ar desde o dia 22 de janeiro, a novela só acaba na primeira semana de setembro. E a longa duração não reflete na atratividade do enredo, que se arrasta e apresenta pouquíssimos acontecimentos relevantes. Vale lembrar que a versão original já tinha sido criticada na época por conta da segunda fase modorrenta e sem conflitos. A primeira fase sempre foi a mais lembrada e querida pelos telespectadores. Mas é preciso ressaltar que nas décadas de 1970, 1980 e 1990 era comum qualquer folhetim ter um ritmo mais devagar, afinal, não havia internet, celular, plataformas de streaming e nada que provocasse maiores distrações na audiência. Era raro alguma produção receber críticas por causa de narrativas arrastadas, o que só reforça o quão vagarosa era "Renascer", a ponto da crítica especializada da época ter apontado esse defeito.

A produção de um remake exigia um mínimo de cuidado em relação ao roteiro na obra. Mudanças eram necessárias para manter o interesse do telespectador. Bruno Luperi ficou conhecido por ter copiado e colado praticamente todo o texto do avô na nova versão de "Pantanal", exibida em 2022.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

"Elas por Elas" teve problemas visíveis, mas foi prejudicada pelo horário

 Ao contrário do que a atual cúpula da Globo pensa, remake não é garantia de sucesso. Até porque a emissora já teve muitas provas disso ao longo de seus quase 60 anos de existência. E "Elas por Elas", que chegou ao fim nesta sexta-feira (12/04), entra para a lista de adaptações que não deram certo na teledramaturgia. No entanto, a releitura da obra de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1982, não merece ser classificada como uma novela ruim. Muitos pontos precisam ser analisados a respeito da rejeição do público ao enredo que contou a saga de sete amigas. 


A sinopse era simples. Lara (Deborah Secco), Taís (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli), Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles) se conheceram em um curso de inglês e, inseparáveis, compartilharam as alegrias e desafios típicos da juventude. Porém, em uma viagem de fim de semana, um trágico acontecimento quebra esse laço e provoca um hiato nessa amizade. Duas décadas e meia depois, Lara encontra uma foto antiga e tem a ideia de juntar o grupo novamente em sua casa, sem desconfiar que o momento do reencontro, que deveria ser de apenas alegria, iria trazer também grandes revelações e desenterrar mágoas que tinham ficado guardadas no passado. 

A trama original era marcada pelo marasmo, onde a ausência de grandes conflitos era uma constante. Até porque era outra época. Não havia internet, celular, redes sociais, enfim, uma avalanche de distrações para o telespectador. Nem mesmo a concorrência nos demais canais de televisão provocava uma disputa. Mas já naquela época o quesito comicidade fazia a diferença nos folhetins das sete.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Chico Diaz fará falta em "Renascer"

 Nesta segunda-feira (25/03), a segunda fase de "Renascer" sofreu mais uma dura perda. Após o final da primeira fase do remake de Bruno Luperi, muitos personagens desapareceram do enredo, mas ainda estão na memória do público ---- e suas ausências são sentidas. Um dos poucos que continuaram foi padre Santo, interpretado com magnitude por Chico Diaz. 


O personagem teve uma licença poética para se manter na história com a passagem de tempo. Afinal, o padre já tinha certa idade na primeira fase e com o avanço de mais de 30 anos era para estar bem mais idoso do que o apresentado no enredo baseado na obra original de Benedito Ruy Barbosa. No entanto, esse tipo de situação é sempre relevado, tanto por público quanto crítica em virtude do talento do intérprete. É sempre bom ver um veterano em cena, ainda mais em um momento em que o etarismo reina na teledramaturgia. 

Padre Santo representou uma figura que transmitia amor e sabedoria. Chico declarou em várias entrevistas que pesquisou a vida do padre Júlio Lancelloti para compor o personagem e não havia ninguém melhor para representar a bondade do ser humano.

quinta-feira, 21 de março de 2024

Divina como Inácia, Edvana Carvalho é o maior destaque da segunda fase de "Renascer"

 O remake de "Renascer vem apresentando mudanças praticamente imperceptíveis em relação ao enredo original de Benedito Ruy Barbosa, exibido em 1993. Bruno Luperi vem seguindo à risca o método que adotou no remake de "Pantanal": copiando e colando praticamente todo o texto de 31 anos atrás e alterando o que hoje não é mais aceitável na sociedade. No entanto, o neto do autor vem aproveitando melhor a potência de Inácia, vivida por Edvana Carvalho.


A personagem foi interpretada em 1993 por Solange Couto na primeira fase e pela saudosa Chica Xavier na segunda. Luperi chegou a convidar a grandiosa Lea Garcia para interpretá-la no remake, mas a veterana não aceitou de imediato por ser mais uma empregada doméstica que viveria na ficção em seus quase setenta anos de carreira. Porém, lamentavelmente, a atriz faleceu no dia 15 de agosto de 2023, aos 90 anos, durante o Festival de Cinema de Gramado, onde receberia o Troféu Oscarito. Partiu sem dar uma resposta. 

O autor então escalou Edvana Carvalho e preferiu mantê-la nas duas fases ao invés de escalar outra atriz mais velha para o papel na segunda. Houve apenas um 'embranquecimento' de seu cabelo, mas nada de maquiagem artificial, como fizeram com Juliana Paes na pele de Jacutinga.

quinta-feira, 14 de março de 2024

Segunda fase de "Renascer" apresenta histórias principais cansativas e sem construção

 A primeira fase de "Renascer" foi um primor. E Bruno Luperi acertou em cheio ao deixá-la com 13 capítulos, nove a mais que a da versão original que teve apenas quatro por ordens de Boni, que tinha medo do público se apegar demais aos personagens e rejeitar a segunda. O todo poderoso da Globo, no entanto, tinha sua razão. A segunda fase da trama de Benedito Ruy Barbosa apresenta uma queda brusca de qualidade em 1993 e o mesmo acontece agora com o remake. 


Um dos grandes problemas da história é o triângulo central formado por Zé Inocêncio (Marcos Palmeira), Mariana (Theresa Fonseca) e João Pedro (Juan Paiva). Há 31 anos, o enredo sofreu uma forte rejeição do público e quem mais sofreu foi Adriana Esteves, que teve sua atuação massacrada pela crítica especializada e entrou em depressão no fim da novela. No entanto, a atriz não teve culpa e a imprensa preferiu criticá-la ao invés de apontar o equívoco na condução do autor. Tudo o que envolve o trio principal é ruim. 

O fator decisivo para o estranhamento dos telespectadores na época, além do incômodo contexto envolvendo pai e filho se apaixonando pela mesma mulher, foi a rapidez com que tudo aconteceu. Não houve uma mínima construção para deixar aquelas relações críveis. Tudo foi simplesmente jogado e o público que engolisse. Pois não engoliu.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Núcleo de Helena é o que sustenta "Elas por Elas"

 O remake de "Elas por Elas" está a cerca de dois meses de seu fim. A produção baseada na obra original de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1982, e adaptada por Alessandro Marson e Thereza Falcão, tem sete protagonistas, mas ao longo dos meses foi ficando evidente que a novela era sustentada pelos dramas do núcleo de Helena, interpretada com brilhantismo por Isabel Teixeira. 


As outras seis protagonistas até têm conflitos e dramas, mas poucos se mostram realmente convidativos. Já todos os conflitos em cima da família Aranha são dignos de um dramalhão e vêm rendendo bons desdobramentos. Todos os personagens do núcleo enfrentam atualmente um momento caótico, fruto de reviravoltas que explodiram no centésimo capítulo. Vale lembrar que agora o público está acompanhando uma obra inédita porque a trama de 1982 chegou ao fim logo depois que o mistério envolvendo a troca de bebês foi revelado, o que causou uma solução rasa para os dramas na época. 

Na obra original, Helena nem pode ser considerada uma vilã de fato. Havia muito mais sutileza em tudo. Agora as tintas são bem mais carregadas e em todos os personagens integrantes da família. Cassiano criou uma troca de bebês na maternidade promovida por Sérgio (antes Mário Lago e agora Marcos Caruso), já que o dono da empresa queria um sucessor e não uma sucessora.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Elenco engrandeceu primeira fase de "Renascer"

 O remake do grande sucesso de Benedito Ruy Barbosa estreou na segunda-feira passada, dia 22, e vem impressionando pela qualidade artística da obra agora adaptada por Bruno Luperi e dirigida por Gustavo Fernandez. As imagens estão belíssimas, assim como a fotografia e a captação de cenas. No entanto, o que mais engrandeceu a primeira fase da história, que chega ao fim neste sábado (03/02), foi o elenco. 

Logo no primeiro capítulo, o público foi presenteado com a volta de Maria Fernanda Cândido aos folhetins, ainda que em uma participação relâmpago. A atriz estava afastada da teledramaturgia desde "A Força do Querer", exibida em 2017, e ganhou uma personagem que não existia na versão original e foi escrita especialmente para ela: Cândida. A viúva protagonizou um ótimo embate com outro personagem que também foi criado apenas para a primeira fase do remake: Firmino. Interpretado por Enrique Diaz, o coronel tinha um quê de breguice em seu visual, mas metia medo. 

A dona da fazenda enfrentava um período de quase falência e ainda assim não aceitou vender suas terras ao rival, responsável pela morte de seu marido. Pouco tempo depois, a personagem encontrou José Inocêncio (Humberto Carrão) jogado em sua fazenda e muito ferido.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Duda Santos foi uma grata surpresa de "Renascer"

 A primeira fase de "Renascer" vem recebendo uma imensidão de elogios e todos são muito justos. Entre os vários acertos está o bem escalado elenco. Há muitos atores experientes e outros mais novatos. Todos vêm brilhando na trama. E um dos maiores êxitos foi a seleção de Duda Santos para viver a mocinha da história de Benedito Ruy Barbosa, adaptada por Bruno Luperi. 


É verdade que Maria Santa é a mocinha apenas da primeira fase, o que é uma pena. O desfecho trágico da personagem é conhecido por todos que acompanharam o enredo em 1993. Mas, mesmo com uma participação breve, é um dos papéis mais marcantes da produção. Por isso qualquer deslize na escolha da atriz prejudicaria o impacto dramático que a figura daquela mulher representa no roteiro. 

A ideia de apostar em um novo rosto é sempre válida, embora arriscada em se tratando de um papel central. É necessário um cuidado maior em cima da escalação. E que bom que viram em Duda Santos uma Santinha. A intérprete não está estreando na televisão, mas é apenas seu segundo trabalho. O primeiro foi em "Travessia", novela fracassada de Gloria Perez encerrada em maio do ano passado.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Belize Pombal e Fábio Lago formam uma dupla visceral em "Renascer"

 O remake do sucesso de Benedito Ruy Barbosa estreou nesta segunda-feira, dia 22, provocando a melhor das impressões, tanto na beleza das imagens quanto no desempenho do elenco. A primeira fase "Renascer" tem como maior trunfo o talento do time de atores muito bem escalados. Dá gosto de ver a atuação de cada um. E entre os grandes nomes há uma dupla que tem arrebatado desde a primeira aparição: Belize Pombal e Fábio Lago. 


Os atores estão viscerais em cena. E são cenas difíceis, onde a carga dramática está viva a todo instante. Quitéria e Venâncio são pais de Maria Santa (Duda Santos), grande amor de José Inocêncio (Humberto Carrão), que se encantou pela moça assim que a viu. Mas os pais têm métodos de criação bem diferentes. A mãe é amorosa e compreensiva, enquanto o pai é violento e intimidador. Tanto que por causa dele a filha praticamente vive trancada em casa. E aos poucos foi sendo exposto o motivo de tanta arbitrariedade. 

Venâncio estuprou a filha mais velha, que não aparece na história, e a expulsou de casa quando a menina apareceu grávida (e do filho dele). Quitéria nunca perdoou o marido pela atitude, mas nunca teve total certeza sobre o abuso. Está sempre com a desconfiança assombrando sua mente, ainda que no fundo já sinta a verdade.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

"Renascer": o que esperar da nova novela das nove?

 O imenso sucesso do remake de "Pantanal" fez a Globo encomendar mais um remake a Bruno Luperi, desta vez de "Renascer", novela que marcou o retorno de Benedito Ruy Barbosa à emissora em 1993, após o fenômeno de "Pantanal" na Rede Manchete em 1990. E o folhetim na época chegou a marcar 60 pontos na líder, consagrando o autor. Nada é por acaso. O intuito da empresa é repetir o êxito do remake copiado e colado pelo neto do escritor em 2022. A novela estreou nesta segunda-feira, dia 22, em clima de superprodução. 


Na vastidão das plantações de cacau, que um homem sem posses e sozinho no mundo finca seu destino aos pés de um jequitibá ---- o maior que já havia encontrado em toda sua vida. E tendo a natureza exuberante da região como testemunha, entre lendas e mistérios --- ele renasce --- e estabelece um pacto que o acompanhará ao longo de toda sua trajetória. Assim começa "Renascer" com a saga de José Inocêncio (Humberto Carrão/Marcos Palmeira), um homem obstinado e destemido, que carrega consigo a coragem e a vontade de se tornar alguém na vida. 

Após o pacto com Jequitibá, José Inocêncio fica conhecido como uma figura mítica ao se tornar o fazendeiro mais bem-sucedido da região por seus êxitos como produtor de cacau. Ainda jovem, ele conquista o amor de Maria Santa (Duda Santos).

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

"Elas por Elas" tem início repleto de acertos

 Nesse eterno passar de estações que é a vida, em que tudo está sempre se modificando, inclusive nós mesmos, quantas vezes já olhamos para o passado e nos deparamos com algo - ou alguém - de quem sentimos falta? A amizade supera tudo? Essa basicamente é a premissa de "Elas por Elas", folhetim de sucesso escrito por Cassiano Gabus Mendes, exibido em 1982, que agora ganha uma releitura adaptada por Alessandro Marson e Thereza Falcão, dirigida por Amora Mautner. 


A história reúne sete amigas após 25 anos. Com um enredo que tem como ponto central a amizade, a trama reúne drama, comédia e uma pitada de suspense. Por meio da trajetória destas sete mulheres e de suas reconciliações com o passado, o público é convidado a embarcar com elas nas dores e nas delícias da juventude. O conjunto é típico de uma novela das sete, tanto que a original foi exibida nesta faixa, mas agora o setor de teledramaturgia da Globo resolveu colocá-la às 18h, o que não deixa de ser um risco desnecessário. Mas é um produto de tantas qualidades que dificilmente terá rejeição, mesmo indo ao ar mais cedo. 

Lara (Deborah Secco), Taís (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli), Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles) se conheceram em um curso de inglês e, inseparáveis, compartilharam as alegrias e desafios típicos da juventude. Porém, em uma viagem de fim de semana, um triste acontecimento quebra esse laço e provoca um hiato nessa amizade.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

"Elas por Elas": o que esperar da nova novela das seis?

 A primeira versão de "Elas por Elas", escrita por Cassiano Gabus Mendes, foi exibida em 1982 no horário das sete, na Globo, e teve 173 capítulos. A novela deixou sua marca na teledramaturgia e agora ganhou um remake, adaptado por Alessandro Marson e Thereza Falcão, mas deslocado pela emissora para a faixa das 18h, substituindo "Amor Perfeito". A missão é manter os bons índices do horário e a trama, dirigida por Amora Mautner, vem despertando atenção desde as primeiras chamadas. 


 Lara (Deborah Secco), Taís (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli), Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles) se conheceram em um curso de inglês e, inseparáveis, compartilharam as alegrias e desafios típicos da juventude. Porém, em uma viagem de fim de semana, um triste acontecimento quebra esse laço e provoca um hiato nessa amizade. Duas décadas e meia depois, Lara encontra uma foto antiga e tem a ideia de juntar o grupo novamente em sua casa, sem desconfiar que o momento do reencontro, que deveria ser de apenas alegria, iria trazer também grandes revelações e desenterrar mágoas que tinham ficado guardadas no passado. E fica a pergunta: será que a amizade das sete é capaz de superar o que virá à tona? 

Já neste primeiro encontro uma grande revelação cai como uma bomba na cabeça de Taís: ela descobre que aquele que acreditava ser o homem da sua vida, que se apresentou a ela como Herbert e dizia trabalhar como coach, é na verdade Átila (Sérgio Guizé), marido de Lara.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Sem adaptações relevantes, sucesso do remake de "Pantanal" se deu pela força da história e dos personagens emblemáticos de Benedito Ruy Barbosa

 O remake de "Pantanal" teve um tratamento diferenciado da Globo. Houve um intenso trabalho de divulgação bem antes da produção estrear e enquanto estava no ar foi assunto de todos os programas de entretenimento da grade. Também investiu bastante na novela que teve um clima de superprodução. O esforço valeu a pena. A obra baseada fielmente na história escrita por Benedito Ruy Barbosa na Rede Manchete em 1990, que chegou ao fim nesta sexta-feira (07/10), teve uma boa repercussão e audiência satisfatória. Fez sucesso. Aumentou oito pontos a média geral da faixa em comparação com a antecessora, "Um Lugar ao Sol", que não recebeu o mesmo tratamento.


A fotografia e o elenco foram os grandes trunfos da trama adaptada por Bruno Luperi, neto do autor. A direção de Rogério Gomes impressionou na primeira fase, enquanto a de Gustavo Fernandez manteve a qualidade na segunda. As imagens --- com direção de fotografia de Walter Carvalho --- encheram os olhos e pareciam pinturas. A preocupação em gravar várias cenas sempre ao entardecer, aproveitando os breves minutos do pôr-do-sol diante do verde e das águas do Pantanal, teve um resultado deslumbrante e deve credenciar a obra para concorrer ao Emmy Internacional. 

A primeira fase foi impecável. Com poucos personagens e um bom ritmo, sem pecar pela lentidão ou uma correria desnecessária, a trama logo conquistou o telespectador através dos personagens emblemáticos criados por Benedito há 32 anos e pelos atores que aproveitaram a curta chance que tiveram.

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Bruno Luperi joga no lixo a oportunidade de consertar os equívocos de "Pantanal"

 Ã‰ raro existir uma novela perfeita. Até os maiores sucessos de todos os tempos tiveram suas falhas. É algo normal na teledramaturgia e em qualquer produção de teatro ou audiovisual. Dá para contar nos dedos os roteiros impecáveis. "Pantanal" foi um fenômeno da Rede Manchete e entrou para a história por conta dos personagens marcantes, cenas de nudez e ter ameaçado a liderança da Globo em 1990. Porém, o folhetim de Benedito Ruy Barbosa teve seus equívocos e muitos nunca foram esquecidos. A realização de um remake era a chance para aperfeiçoar um produto tão querido pelos telespectadores. 


Mas Bruno Luperi, neto do autor e responsável pela adaptação, jogou no lixo a oportunidade de ouro que teve. Ou foi obrigado pelo avô a jogar no lixo, é importante levantar a dúvida. Isso porque o remake vem se mantendo praticamente idêntico ao produto original, exibido há 32 anos. Foram pouquíssimas mudanças até o momento. Uma das raras foi a alteração na personalidade de Jove (Jesuíta Barbosa). O mocinho de Marcos Winter era sarcástico, de pavio curto e machista. O atual é militante, introspectivo e 'zen'. Já algumas falas hoje vistas como homofóbicas, sobre Zaquieu (Silvero Pereira), também foram minimamente reformuladas. 

A outra pequena mudança foi a segunda família de Tenório (Murilo Benício). Em 1990, era formada por atores brancos e agora foram escalados intérpretes negros para uma representatividade, já que na história original só tinha um negro no elenco. Todavia, na prática, a mexida não provocou nada de diferente no roteiro. Tudo segue exatamente igual ao texto de 32 anos atrás.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Alanis Guillen tinha que ser a Juma Marruá do remake de "Pantanal"

 Bruno Luperi vem adaptando com raras mudanças o sucesso de seu avô, Benedito Ruy Barbosa, exibido em 1990 pela Rede Manchete. O remake de "Pantanal" vem angariando merecidos elogios, tendo a beleza das imagens e a boa escalação do elenco como maiores trunfos. E o principal desafio da produção era encontrar uma nova Juma Marruá, papel que mudou a vida de Cristiana Oliveira há 32 anos. Como selecionar uma atriz que lembrasse a colega, mas ao mesmo tempo tivesse um diferencial? Bem, já está claro que a escolha foi a melhor possível. 

Alanis Guillen vem dominando o papel desde sua primeira aparição no início da segunda fase da trama. Grata revelação de "Malhação - Toda Forma de Amar", a última temporada do seriado adolescente exibida em 2019, a atriz reúne todos os requisitos essenciais para um perfil como o de Juma. Queriam um rosto novo, mas com uma mínima experiência para segurar o peso do papel. Uma jovem intérprete, mas sem procedimentos estéticos que dominam a classe artística hoje em dia, como silicone, lentes nos dentes, harmonizações faciais, etc. E se tivesse uma semelhança com Cristiana Oliveira melhor ainda. 

A atriz representa o conjunto perfeito. Porém, de nada adiantaria todas as características mencionadas  se a profissional deixasse a desejar na atuação. Afinal, Juma é mulher que cresceu isolada do mundo, criada apenas pela mãe superprotetora, e muitas vezes se comporta como um bicho selvagem. É um perfil que exige um intenso trabalho corporal somado ao processo dramático.

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Amor bem construído entre Juma e Jove é um dos maiores trunfos de "Pantanal"

 O remake de "Pantanal" vem sendo muito bem desenvolvido por Bruno Luperi. O autor tem feito poucas mudanças na obra original de Benedito Ruy Barbosa, seu avô, exibida em 1990 na Rede Manchete. Tanto que muitas cenas podem ser comparadas com a versão de 32 anos atrás de tão parecidas. O bem construído romance de Juma Marruá e Joventino é uma das situações que não foram quase alteradas e o encantamento da primeira trama vem se repetindo na adaptação. 

A química vista com Cristiana Oliveira e Marcos Winter em 1990 segue arrebatadora com Alanis Guillen e Jesuíta Barbosa. O acerto da escalação é visível. A única grande mudança foi em cima da personalidade de Joventino. Antes debochado e extrovertido, o personagem agora é melancólico e problemático. Muitos reclamam da mudança nas redes sociais, mas o autor se mostrou inteligente ao retratar o jovem de hoje em dia. São gerações totalmente diferentes. O mocinho de 32 anos atrás tecia comentários que o de hoje condena. E quem viveu a juventude na década de 90 tinha motivos para sorrir e ter otimismo, afinal, era uma época que marcou o recente fim da ditadura militar, por exemplo. Já atualmente anda difícil ter esperança. 

Mas voltando ao casal, a essência dos personagens segue presente, o que é fundamental para despertar comoção pelo nascimento do amor que os une. São duas pessoas com vivências distintas e temperamentos opostos. Enquanto Juma esbanja coragem e ameaça qualquer um que apareça em sua casa com um espingarda, Joventino é tímido e morre de medo de qualquer animal, principalmente de cavalo. Também foge de briga.

quarta-feira, 13 de abril de 2022

"Pantanal" teve uma primeira fase impecável

 A expectativa pelo remake de "Pantanal" era elevada. Principalmente pela Globo que nunca escondeu o quanto estava empenhada em fazer da adaptação da marcante novela de Benedito Ruy Barbosa (exibida na TV Manchete em 1990) um novo sucesso. Ainda é cedo para maiores constatações, mas o fato é que a primeira fase, que chegou ao fim nesta terça-feira (13/04), da obra adaptada por Bruno Luperi e dirigida por Rogério Gomes foi impecável.

Rogério Gomes é conhecido pelo seu elogiado trabalho e agora não foi diferente. A direção primou pela fotografia de encher os olhos e um tom contemplativo tão característico da obra original. O diretor não quis aparecer mais do que a história. Quis ser fiel ao estilo novelão clássico, sem grandes ousadias. Acertou em cheio. Ainda contou com a tecnologia a seu favor, onde utilizou com habilidade toda a gama de imagens que diferentes tipos de drones fizeram do Pantanal. Na época, há 32 anos, o melhor que conseguiam eram gravações feitas em balões. 

A escalação do elenco foi outro trunfo da primeira fase. Que seleção cuidadosa. Todos os atores puderam se destacar em algum momento e logo caíram nas graças do público nas redes sociais. Foi rápido o envolvimento com aqueles personagens tão bem interpretados e construídos. Logo na estreia, Joventino encantou um imponente Marruá, enquanto Irandhir Santos arrebatou quem assistia.