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terça-feira, 12 de maio de 2015

"I love Paraisópolis" investe no exagero e na história clássica para atrair o público

Após a bem sucedida "Alto Astral", que conquistou o telespectador com uma trama despretensiosa (mesclando espiritismo com comédia romântica e utilizando vários clichês), o horário das sete da Globo agora passa a contar uma história cujo foco central é uma das maiores favelas de São Paulo. "I love Paraisópolis" estreou nesta segunda (11/05) com a missão de manter os bons índices conquistados pela novela anterior e, ao que tudo indica, também apostará no folhetim clássico para agradar o telespectador, investindo bastante nas tintas fortes.


Os autores Alcides Nogueira e Mário Teixeira abordam neste novo trabalho o tradicional embate dos ricos contra os pobres e vice-versa. A comunidade de Paraisópolis ---- que fica perto do bairro de classe média alta do Morumbi ---- será o principal ponto de conflito e é lá que moram as protagonistas: Marizete (Bruna Marquezine) e Danda (Tatá Werneck). Mari foi criada pela família da amiga-irmã depois que sua mãe morreu no parto, uma vez que Eva (Soraya Ravenle) nutria uma grande amizade pela falecida. Ela e Jurandir (Alexandre Borges) são pais de Pandora (apelidada de Danda) e sempre trataram as duas com o mesmo carinho.

Já o mocinho é Benjamin (Maurício Destri), um rapaz rico e premiado arquiteto, morador do Morumbi, que volta de Nova York com o objetivo de realizar o seu projeto de reurbanizar Paraisópolis. Porém, sua ambiciosa mãe ---- Soraya (Letícia Spiller), casada com o inescrupuloso Gabo (Henri Castelli), irmão do seu falecido marido ---- não aceita a ideia do filho e tem um verdadeiro horror ao lugar.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

"Tá no Ar: a TV na TV" debochou da televisão, esbanjou ousadia e divertiu do início ao fim

O programa de Marcelo Adnet, Marcius Melhem e Maurício Farias pode ser considerado uma das melhores estreias da Globo de 2014. O "Tá no Ar: a TV na TV" chegou para dar um sopro de ousadia em meio ao insuportável politicamente correto que impera no país e conseguiu atingir este objetivo com louvor. O humorístico encerrou sua primeira temporada nesta quinta-feira (05/06), deixando saudades e comprovando o acerto de sua produção.


A atração que conta com Welder Rodrigues, Marcelo Adnet, Marcius Melhem, Verônica Debom, Luana Martau, Danton Mello, Maurício Rizzo, Márcio Vito, Renata Gaspar, Carol Portes e Georgiana Góes no elenco, surpreendeu na estreia ao apresentar várias esquetes que brincavam com religião, com programas da concorrência e ainda sacaneavam a própria Rede Globo. E a equipe surpreendeu, a cada semana, com novas ideias e piadas. Não teve um só programa que tenha deixado a desejar e isso é algo raro na televisão, principalmente se tratando de um produto de humor.

Embora não tenha sido algo inovador, afinal, formatos como "TV Pirata" e "Comédia MTV" já apresentavam algo semelhante na época de cada um, o "Tá no Ar" conseguiu surpreender o telespectador com situações engraçadíssimas e ainda quebrar paradigmas da própria Globo. A líder nunca permitiu que seus humorísticos fizessem qualquer tipo de referência aos programas da concorrência,

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Apesar do início confuso, "Vitória" tem bons ingredientes para melhorar a audiência da Record

Após abusar das propagandas cutucando a fracassada "Em Família", da Globo (mais uma vez mostrando, lamentavelmente, que a ética não está muito presente em sua norma empresarial), a Record estreou, nesta segunda-feira (02/06), "Vitória". A novela de Cristianne Fridman terá como principal objetivo aumentar os baixos índices da emissora, que há tempos não alcança o sonhado ibope de dois dígitos, e que teve sua média piorada ainda mais com "Pecado Mortal".


O primeiro capítulo mais confundiu do que explicou. Por incrível que pareça, os flashbacks usados mais atrapalharam que ajudaram e acabaram prejudicando a narrativa. Foi uma estreia confusa. Porém, a história apresenta alguns conflitos bem interessantes e que poderão despertar o interesse do público ao longo dos meses. A trama central é sobre a vingança (um clichê frequente na teledramaturgia) de Artur (Bruno Ferrari), que sofreu um acidente de cavalo na adolescência, ficou paraplégico, e a partir deste incidente passou a receber o desprezo do pai (Gregório - Antônio Grassi). O primeiro passo de seu plano é internar a mãe (Clarice - Beth Goulart) em uma clínica psiquiátrica e conquistar Diana (Thaís Melchior), sua meia-irmã, que na verdade não tem parentesco com ele já que o rapaz não é filho de Gregório. Mas como o pai não sabe disso, o jovem se aproveita para fazê-lo sofrer com o choque.

O mocinho, não se pode negar, foge do tradicional e a ousadia da autora é muito válida. Entretanto, ao apostar em uma agilidade, que parecia mais uma correria de acontecimentos, o sofrimento do protagonista não foi suficiente para o personagem ser visto como um homem bom em busca de um acerto de contas e, sim, uma pessoa que quer acabar com a vida do pai por causa de um ego ferido e que

quinta-feira, 29 de maio de 2014

"Jardim Urgente" destaca Welder Rodrigues e se firma como melhor quadro do "Tá no Ar: a TV na TV"

Entre as muitas qualidades do "Tá no Ar: a TV na TV", a criatividade dos quadros é a principal delas. O programa tem se revelado uma grata surpresa e as noites de quinta-feira ficaram muito mais divertidas. Um outro ponto alto é, sem dúvida, a versatilidade do elenco. Os atores interpretam vários personagens e sempre se saem bem nas inúmeras cenas exibidas. Mas, em meio a tantos pontos positivos, é preciso destacar um quadro que virou o grande trunfo da atração: o "Jardim Urgente".


Welder Rodrigues interpreta Jorge, apresentador de um programa que fala sobre delitos e crimes cometidos por crianças. A paródia, é claro, faz um hilário deboche em cima dos formatos policialescos que estão presentes na programação de várias emissoras. Os mais assistidos pelo público são o "Brasil Urgente", na Band, e o "Cidade Alerta", na Record. O próprio ator diz que se inspira no José Luís Datena e no Marcelo Rezende para dar vida ao indignado âncora.

O quadro faz uma crítica bem-humorada a esses programas que transformam crimes e notícias desastrosas em um espetáculo, onde o apresentador sempre profere xingamentos e um discurso de indignação, com tom exaltado, em relação aos crimes cometidos.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Com uma terceira temporada eletrizante, "Revenge" comprova que ainda tem fôlego de sobra

A terceira temporada de "Revenge" terminou de ser exibida no Brasil nesta quarta-feira (28/05), no Canal Sony. A série, que estreou nos E.U.A. em 2011 e passou a ser exibida em mais de 30 países, já fazia sucesso no Brasil, mas ganhou mais telespectadores quando foi exibida pela Globo aos domingos. A emissora apresentou a primeira e a segunda temporadas, e já adquiriu a terceira ---- exibirá entre 9 e 27 de junho, no lugar do "Programa do Jô", que ficará fora do ar temporariamente.


A história criada por Mike Kelley é sobre a vingança de Emily Thorne (Emily VanCamp), que na verdade se chama Amanda Clarke e planeja destruir todos os responsáveis pela condenação injusta de seu pai (acusado de terrorismo). A trama é repleta de personagens ambíguos, incluindo a própria protagonista, que demonstra frieza e crueldade contra seus inimigos, ao mesmo tempo que expõe uma insegurança diante de seu amor de infância (Jack Porter - Nick Wechsler) e um carinho por seu leal amigo (Nolan Ross - Gabriel Mann).

Não é por acaso que a série faz sucesso no Brasil, afinal, é uma típica novela. Vale lembrar, inclusive, que "Avenida Brasil" chegou a ser acusada na época de plagiar várias situações de "Revenge". E as comparações foram inevitáveis justamente porque o folhetim de João Emanuel Carneiro tratava de vingança,

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Segunda temporada de "As Canalhas" mostra uma nítida evolução da série do GNT

A estreia de "As Canalhas" no GNT, em 2013, foi promissora. Os primeiros episódios mostraram que a série teria boas histórias para contar, a respeito de mulheres que deixam o caráter de lado em busca dos seus objetivos. Porém, a produção foi de altos e baixos. Algumas tramas não empolgaram e a forma de apresentar o enredo cansou rapidamente. Mas, a segunda temporada, que começou a ser exibida no começo de abril deste ano, evoluiu bastante.


O principal acerto foi a mudança do formato. A fofoca feita no salão de beleza (cenário presente em todos os episódios que servia como pretexto para a protagonista contar sua história) saiu de cena e a narrativa mudou. Agora, a trama da canalha em questão já começa a ser exibida logo no início no episódio, sem maiores enrolações. E os detalhes do contexto são explicados pela própria personagem central para o telespectador, em rápidas sequências, onde ela fala com a câmera no meio de alguma cena ----- na primeira temporada isso era feito da mesma forma, só que no salão, interrompendo várias vezes a narrativa.

Esta alteração foi muito benéfica para a série, que agora flui com maior naturalidade e dinamismo. E as tramas estão bem mais interessantes, além de ter um elenco melhor escalado também. Em 2013, embora tenha apresentado alguns bons episódios, muitas histórias eram bobas demais e o desenvolvimento deixava

sexta-feira, 23 de maio de 2014

"Em Família": uma novela sem rumo

Assim como é aceitável que uma obra não mude sua essência e prejudique seu enredo para satisfazer o telespectador, também é perfeitamente compreensível que uma novela sofra modificações em prol da aceitação do público, e consequentemente do aumento dos índices de audiência. Várias tramas já sofreram deste problema e algumas conseguiram acertar com as mudanças, enquanto que outras só se prejudicaram ainda mais. O segundo caso, por exemplo, pode ser aplicado ao atual folhetim das nove da Globo: "Em Família" está sem rumo.


A última novela de Manoel Carlos vem sofrendo constantes modificações desde a sua estreia, incluindo a intervenção da Globo na aceleração da história, que implicou no encurtamento da segunda fase da trama. Tudo para tentar salvar o folhetim dos péssimos índices de audiência e da baixa repercussão. Entretanto, nada tem surtido efeito e as alterações acabaram deixando a história aparentemente sem direção e muitos personagens perdidos.

O foco principal de "Em Família" passou a ser o romance entre Luiza (Bruna Marquezine, ótima) e Laerte (Gabriel Braga Nunes, apático e inexpressivo), já previsto na sinopse. Entretanto, Maneco parece não saber o que Laerte é. Ele não é mocinho, nem vilão e nem um tipo dúbio, é apenas um sujeito obsessivo e egoísta. Parece psicótico.