Mostrando postagens com marcador Ascânio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ascânio. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 7 de junho de 2016

Após quase 14 anos em "A Grande Família", Marieta Severo, Tonico Pereira, Marco Nanini e Marcos Oliveira retornaram aos folhetins em grande estilo

Foram quase 14 anos em "A Grande Família", uma das séries mais longevas da Globo. Marieta Severo, Tonico Pereira, Marco Nanini e Marcos Oliveira abrilhantaram o seriado da família Silva por todo esse tempo e deram show vivendo Dona Nenê, Mendonça, Lineu e Beiçola, respectivamente. Entretanto, os quatro (principalmente Marieta e Nanini, sempre bastante requisitados antes da produção) estavam fazendo muita falta nas novelas. E a ausência deles já tem sido devidamente preenchida desde que a série chegou ao fim. Todos, por sinal, tiveram muita sorte, pois ganharam ótimos papéis em bons folhetins.


A primeira agraciada foi Marieta Severo. Convidada por Walcyr Carrasco, a atriz aceitou na hora interpretar a arrogante e ambiciosa Fanny em "Verdades Secretas". A novela --- que estreou nesta segunda em Portugal --- virou um fenômeno de audiência e repercussão, se transformando no maior sucesso das 23h e de 2015. Ela ganhou do autor um perfil que representava o oposto do que era aquela doce dona de casa do subúrbio. Uma quase vilã, cuja profissão de agenciadora de modelos era usada como disfarce para um esquema de prostituição de luxo. Ou seja, um tipo que qualquer atriz gostaria de interpretar.

A personagem era um dos pilares da trama das onze e Marieta fez jus ao tamanho do papel, como já era de se esperar. Sua atuação angariou inúmeros elogios e ela chegou a ganhar o Prêmio Extra de Melhor Atriz pelo seu admirável desempenho. Suas cenas com Rodrigo Lombardi, Camila Queiroz, Drica Moraes, Agatha Moreira, entre outros ótimos nomes, eram sempre boas e bem interpretadas.

sexta-feira, 11 de março de 2016

"A Regra do Jogo" elevou a audiência e teve bons momentos, mas prometeu muito e cumpriu pouco

Após o imenso fracasso de "Babilônia" e o sucesso de "Os Dez Mandamentos", a Globo decidiu antecipar a estreia de "A Regra do Jogo". A trama estreou no dia 31 de agosto e era vista como a salvação do horário nobre, em virtude do fenômeno "Avenida Brasil", escrita pelo autor em 2012. No entanto, a estratégia da emissora foi catastrófica. Iniciar uma nova história enquanto o folhetim bíblico da Record estava a pleno vapor foi um erro crasso e pagaram caro por isso ---- a novela da líder chegou a perder algumas vezes na audiência e demorou a reagir. Porém, pouco mais de seis meses depois, pode-se constatar que a trama chegou ao fim com bons momentos e conseguiu, apesar dos percalços iniciais, elevar o Ibope do horário nobre.


A novela foi, sem dúvida, a pior de João Emanuel Carneiro. Prometeu bastante e não cumpriu nem a metade. Entretanto, não pode ser considerada ruim. Foi um folhetim mediano, que conseguiu fechar seu ciclo com dignidade. A trama parecia promissora na primeira semana, quando começou a exibir a história de uma misteriosa facção criminosa, que tinha como um dos integrantes um ex-vereador defensor dos direitos humanos. A história instigante despertou atenção e o teaser de lançamento da produção provocou várias teorias a respeito do caráter de cada personagem. Ainda havia a promessa de um novo método de direção, apelidado pela diretora Amora Mautner de "Caixa Cênica". E, claro, a expectativa de acompanhar um novo folhetim do autor de quatro sucessos ("Da Cor do Pecado", "Cobras & Lagartos", "A Favorita" e "Avenida Brasil") era imensa.

Mas, ao longo do desenrolar do enredo, pouca coisa se mostrou realmente atraente de fato. O núcleo central sempre teve a sua força, mas a demora em desdobrar os acontecimentos prejudicou a novela. E o destaque cada vez maior de vários núcleos paralelos completamente avulsos e repetitivos deixou o conjunto ainda mais desanimador.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Nova fase de Tóia evidencia talento de Vanessa Giácomo e proporciona ótimas cenas em "A Regra do Jogo"

Ao contrário do que muito se imaginava, a maior reviravolta de "A Regra do Jogo" não se deu com a aguardada revelação da identidade do Pai (Gibson - José de Abreu), o todo poderoso da facção que move a trama. Após o ótimo momento em que Dante (Marco Pigossi) descobriu que seu pai era um canalha, a grande virada do folhetim de João Emanuel Carneiro ocorreu com o 'despertar' de Tóia (Vanessa Giácomo), que finalmente soube que Romero Rômulo (Alexandre Nero) sempre a enganou.


O capítulo 135 (cujo título foi "Dormindo com o inimigo") pode ser considerado um dos melhores (senão o melhor) da novela até agora. As cenas foram de tirar o fôlego, destacando grande parte do elenco e movimentando o atrativo enredo central, que sempre foi o maior acerto da produção. A aguardada cena em que Tóia descobre que o homem com quem ela se casou é um canalha da pior espécie foi brilhantemente interpretada por uma entregue Vanessa Giácomo. Ela foi visceral e honrou a importância daquele momento.

Todo o desespero da mocinha foi aumentado em virtude da sua gravidez, uma vez que ela está esperando um filho do homem que arruinou sua vida, direta ou indiretamente. O ódio que a personagem passou a sentir por Romero pôde ser constatado através do olhar da atriz, que também mostrar a dor da decepção.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Na pele do sarcástico Ascânio, Tonico Pereira se destaca merecidamente em "A Regra do Jogo"

Ele tem 67 anos de idade e mais de 40 de carreira. São mais de 50 filmes e mais de 30 trabalhos na televisão, incluindo novelas e séries. Tonico Pereira é um grande ator e vem se destacando na pele do picareta Ascânio, em "A Regra do Jogo". João Emanuel Carneiro o presenteou com um dos melhores personagens da atual trama das nove, proporcionando para o intérprete uma volta aos folhetins em grande estilo.


Afinal, a última novela que contou com sua participação foi "Desejos de Mulher", em 2002. Desde então, Tonico passou a integrar o elenco fixo de "A Grande Família", vivendo o hilário Mendonça, e ficou até o final do seriado de sucesso. Porém, ao contrário da maioria dos colegas da série da Família Silva, o ator também chegou a marcar presença em outras produções ao longo deste tempo. Por exemplo, nas minisséries "A Casa das Sete Mulheres" (2003) e "Amazônia - de Galvez a Chico Mendes" (2007), além do seriado "Carga Pesada" (2004) e da série "Decamerão - A Comédia do Sexo" (2009).

Agora, em "A Regra do Jogo", Tonico tem defendido com competência o sarcástico Ascânio, ex-braço direito de Romero Rômulo (Alexandre Nero). O personagem, na verdade, não passa de um pobre coitado que não tem onde cair morto. Ele praticamente criou o protagonista da história, logo após 'conhecê-lo', quando o mesmo tentou roubá-lo quando ainda era uma criança.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

As teorias sobre o enigmático teaser de "A Regra do Jogo"

O teaser de "A Regra do Jogo" despertou uma grande curiosidade assim que foi lançado. A imagem dos atores em cima de um tabuleiro de xadrez gigantesco serviu para evidenciar aquilo que seria a trama de João Emanuel Carneiro: um jogo, onde um tenta derrubar o outro, até a hora do aguardado xeque-mate ----- ataque decisivo ao Rei, peça mais importante do jogo de xadrez, em que não há chance de fuga ou defesa, implicando no término da partida e na derrota do jogador atacado.


De acordo com o que foi mostrado no teaser ---- que pode ser assistido aqui ----, os jogadores que estão de branco representam o bem e os que estão de preto representam o mal. Já a música de abertura, cantada por Alcione ("Juízo Final"), fala justamente da batalha entre o bem e o mal. Só que na trama do autor, não há ninguém (com algumas exceções) completamente bonzinho e nem completamente malvado. Ao menos até agora. 

E o próprio teaser evidencia as dúvidas em cima do caráter de cada um. A primeira imagem que surge é a de Romero Rômulo (Alexandre Nero), de branco, encarando Zé Maria (Tony Ramos), de preto. E logo depois é possível ver Nelita (Bárbara Paz), Merlô (Juliano Cazarré), Djanira (Cássia Kiss) e Ascânio de branco no tabuleiro.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Trama central deslancha e movimenta "A Regra do Jogo"

A atual novela das nove estreou cercada de expectativas, substituindo o fracasso "Babilônia". Após o fenômeno "Avenida Brasil", a ansiedade para assistir ao novo trabalho de João Emanuel Carneiro era alta. A produção teve um ótimo início e apresentou um bom enredo central. Porém, ao longo dos capítulos, o folhetim foi apresentando personagens demais e a trama foi se diluindo, deixando o conjunto desinteressante. A desconfiança em torno da capacidade da história aumentou, assim como os números de audiência foram diminuindo, em virtude ainda do sucesso de "Os Dez Mandamentos".


Entretanto, depois de um mês de novela no ar, o autor mostrou que ainda está em plena forma e provocou uma excelente virada na trama. Em uma situação parecida com a revelação da verdadeira identidade de Flora (Patrícia Pillar em "A Favorita"), guardadas as devidas proporções, a cena em que Zé Maria (Tony Ramos) se mostra um cruel bandido sanguinário, proporcionou uma grande guinada na história, que imediatamente começou a ser encaminhada com agilidade. Agora, realmente parece que o folhetim começou de fato, após longas semanas de prólogo, onde o bandido da facção se dizia inocente do massacre de Seropédica.

Todo o núcleo central voltou a ser o foco de "A Regra do Jogo", depois de muitas cenas desnecessárias das tramas paralelas, quase todas cômicas, que não precisavam ter ocupado tanto espaço neste início. Com certeza o autor teve esta atitude em virtude das discussões em torno do 'excesso de violência' das novelas do horário nobre e da 'rejeição' do público, que preferia ver algo mais leve.