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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Alcides Nogueira se redimiu com Françoise Forton em "Tempo de Amar"

Todo autor tem a sua panelinha de atores. É normal. Basta observar que determinado escritor sempre costuma trabalhar com determinados intérpretes. Porém, nem sempre essas escalações privilegiam o talento dos selecionados ---- ao menos estão trabalhando, é verdade, pois várias vezes são figuras que só são lembradas por autora ou autor X. Alcides Nogueira não foge dessa regra. E, agora, em "Tempo de Amar", ele conseguiu se redimir com Françoise Forton.


O autor a escalou para "I Love Paraisópolis", esdrúxula e boboca novela das sete, exibida em 2015, escrita por ele e Mário Teixeira. A personagem da ótima atriz era uma professora de balé que trabalhava na favela de mesmo título do folhetim. Seu nome era Isolda. Entretanto, era uma figuração de luxo. Ela mal aparecia e quando tinha alguma cena não chegava a ter um diálogo que durasse mais de alguns segundos. Um verdadeiro desperdício de talento. Aliás, foi um dos muitos erros da trama na época.

Três anos se passaram e parece que Alcides ficou com um certo peso na consciência. Bom para Françoise. O escritor agora lhe presenteou com um ótimo papel na atual novela das seis da Globo. Emília é uma coadjuvante e não tem uma quantidade considerável de cenas, porém, é um perfil rico e valoriza a capacidade dramática da atriz.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

"Entre Irmãs" sensibilizou e aproveitou o talento de Marjorie Estiano e Nanda Costa

Já virou uma espécie de ''tradição'' a Globo transformar longas da Globo Filmes em microsséries no início do ano. Nos últimos sete anos, cinco filmes foram adaptados. É um sinal claro de corte de custos e também compensação das bilheterias aquém do esperado. Ao invés de produzir uma minissérie, como fazia antigamente, transforma uma trama já pronta, dividindo em partes. Porém, quase todas essas adaptações se mostraram desnecessárias e em histórias que não despertavam muita atenção. O único acerto havia sido com "O Tempo e o Vento", em 2014. Agora, todavia, há outro êxito da adaptação da emissora: "Entre Irmãs".


O longa é baseado no livro "A Costureira e o Cangaceiro", de Frances de Pontes Peebles. Produzido pela Globo Filmes e Conspiração Filmes, o filme foi escrito por Patrícia Andrade, com colaboração de Nina Crintzs, e dirigido por Breno Silveira. Infelizmente, a bilheteria não fez jus ao primor da trama. Nas três primeiras semanas, por exemplo, foram apenas 39 mil pagantes. Um injusto fracasso. A historia tem um forte potencial dramático e explora o brilhantismo do elenco escalado. Entretanto, é preciso reconhecer que a duração de cerca de 2h40 se mostra bastante excessiva, cansando quem assiste na telona em virtude da narrativa mais lenta. Por isso mesmo a adaptação para microssérie foi um acerto. O enredo fluiu bem melhor e ainda com cenas inéditas inseridas.

A história de Emília (Marjorie Estiano) e Luzia (Nanda Costa) não demora para envolver o público, expondo as diferenças e a cumplicidade entre as irmãs que cresceram juntas, sob os cuidados da tia, a trabalhadora Sofia (Cyria Coentro), uma costureira talentosa que ensina o ofício para as meninas. Luzia sofreu um grave acidente na infância, atrofiando o braço ---- ganhando o cruel apelido de 'vitrola'.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Com proposta ousada e trama clássica, "Além do Tempo" foi a melhor novela de Elizabeth Jhin

Após ter escrito três folhetins na faixa das seis (a boa "Eterna Magia", a irregular "Escrito nas Estrelas" e a fraca "Amor Eterno Amor"), Elizabeth Jhin fechou o ciclo de sua quarta e melhor novela até agora. "Além do Tempo" chegou ao fim nesta sexta-feira (15/01), apresentando um desfecho lindo, onde todos os personagens confraternizaram em uma bela festa, com todos felizes e evoluídos, após tantos sofrimentos e mágoas. A trama, dirigida com competência por Rogério Gomes e Pedro Vasconcelos, foi excelente e conseguiu substituir a primorosa "Sete Vidas" da melhor forma possível, mantendo a qualidade do horário e obtendo uma média geral de 20 pontos (um a mais que a anterior).


A história era baseada na reencarnação, abordando o espiritismo, tema que a autora já havia retratado em suas duas novelas anteriores. O enredo se tratava de um dramalhão clássico, onde todos os clichês folhetinescos eram usados sem qualquer vergonha. Porém, Elizabeth ousou e entrou para a história da teledramaturgia contando sua trama em duas fases distintas, onde cada uma teve início, meio e fim. A primeira foi ambientada no século XIX, por volta de 1895, e a outra contada em 2015, com todos os perfis reencarnados, com os mesmos nomes, em uma cidade fictícia do Sul. Nunca antes um folhetim sobre vidas passadas havia apresentado o roteiro dessa forma inovadora.

Foi uma novela 'duas em uma'. Uma de época, com desenvolvimento impecável, figurino caprichado e enredo envolvente. E outra contemporânea, com um início um pouco lento, cuja quebra de ritmo pôde ser claramente sentida, mas que ganhou fôlego perto da reta final, conseguindo se mostrar tão atrativa quanto a anterior.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache tiveram uma grandiosa parceria em "Além do Tempo"

"Além do Tempo" chega ao fim nesta sexta (15/01) e foram muitas as qualidades do melhor trabalho de Elizabeth Jhin, dirigido por Rogério Gomes e Pedro Vasconcelos. A novela fecha seu ciclo cumprindo sua missão muito bem e um dos vários acertos da produção foi a parceria de Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache. As grandes atrizes protagonizaram inúmeras cenas juntas e brilharam em todas, fazendo jus ao que se espera delas.


Emília di Fiori e Vitória Castellini eram inimigas mortais na primeira fase da trama, ambientada no século XIX, e a rivalidade moveu todo o enredo desenvolvido por volta de 1895. A Condessa nunca aprovou o romance de seu filho Bernardo (Felipe Camargo) com a 'nora' e nutria um ódio ferrenho pela saltimbancos apelidada de Alegra. Tentou até matá-la duas vezes: provocando um 'acidente' de coche ---- mas acabou quase matando o próprio filho, que estava no veículo no lugar da noiva ---- e incendiando a taberna onde a humilde mulher morava.

As atrizes foram muito exigidas e vivenciaram vários embates com extrema competência. As inimigas não conseguiam conviver e nem mesmo Lívia (Alinne Moraes) conseguiu promover a paz entre elas. Tanto que em uma das últimas cenas da primeira fase, as rivais não se perdoaram, mesmo diante dos apelos da mocinha, e continuaram travando uma guerra de ódio.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A nova fase de "Além do Tempo"

A impecável primeira fase de "Além do Tempo" chegou ao fim no dia 21 de outubro, depois de dois adiamentos ---- um no começo da trama, com uma extensão de mais 20 capítulos (acabaria por volta do 65 e foi até o 87), e outro perto do desfecho, tendo o encerramento prolongado em um dia. Portanto, após uma longa e elogiada jornada, o século XIX saiu de cena, cedendo lugar ao ano de 2015, em pleno século XXI. E o que se vê, como já era de se esperar, é uma nova novela.


Elizabeth Jhin ousou ao produzir dois folhetins em um e a atitude corajosa da autora fica clara no começo da segunda fase, iniciada após um final trágico da primeira, onde Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso) morreram juntos e Melissa (Paolla Oliveira) acabou assassinada por Pedro (Emílio Dantas). A primeira imagem já despertou curiosidade pela nova saga, uma vez que mostrou os mocinhos se olhando em uma estação de metrô, como costuma ocorrer em filmes românticos, simbolizando ainda o amor além da vida.

E a estratégia de ir apresentando as demais tramas aos poucos, priorizando neste início as explicações para os novos arranjos familiares, foi inteligente. Até porque realmente a mudança brusca foi sentida e era inevitável. Difícil não sentir falta do requinte da trama de época, dos linguajares, dos figurinos, enfim...

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Produção caprichada, ótimas atuações e história atraente marcam primeira fase de "Além do Tempo"

Há quase dois meses no ar, "Além do Tempo" vem conseguindo apresentar uma história clássica de forma atrativa. Elizabeth Jhin escreve a sua terceira trama espírita e a autora resolveu apostar alto com esse seu folhetim (dirigido por Rogério Gomes e Pedro Vasconcellos), uma vez que o mesmo terá duas fases completamente distintas: uma no século XIX e a outra nos dias atuais. E a primeira fase, até agora, segue caprichada, despertando interesse pelos próximos desdobramentos, além de presentear os olhos com belíssimos figurinos e cenários deslumbrantes da época.


Apesar da narrativa lenta, a história tem apresentado boas cenas, e o enredo que envolve a rivalidade entre Emília (Ana Beatriz Nogueira) e Vitória (Irene Ravache) se mostra como o pilar de sustentação da obra. Toda a trama, direta ou indiretamente, está ligada ao péssimo relacionamento das duas. E o fato da Condessa achar que sua grande inimiga está morta deixa a novela bem mais interessante, em virtude da expectativa em torno desta descoberta, que promete uma ótima virada. Aliás, vale ressaltar que essa situação só está presente por causa do grandioso desempenho de Ana Beatriz Nogueira.

Emília morreria no início da trama e só voltaria na segunda fase, porém, o talento da atriz fez a autora alterar o rumo da história. Ela, então, salvou a mãe de Lívia (Alinne Moraes) através de um milagre provocado por Ariel (Michel Melamed), o anjo da guarda da mocinha. A atitude foi muito acertada e deixou o enredo mais propício para reviravoltas, sempre necessárias para o fôlego de um folhetim, que neste caso será relativamente longo (por volta de 161 capítulos).

sábado, 23 de junho de 2012

Isabelle Drummond: uma atriz de talento e um encanto de pessoa

Ela faz parte das atrizes que cresceram diante dos olhos do público. Desde pequena mostra que nasceu para atuar. É muito querida e admirada, não só pelo seu talento como também pela sua simpatia e simplicidade. Esta é Isabelle Drummond, que vem se destacando com a sua doce Cida de "Cheias de Charme".


Isabelle, apesar de ter feito uma pequena participação em "Laços de Família" (2000), ganhou o seu primeiro papel na minissérie "Os Maias" (2001), vivendo Rosicler, a filha de Maria Eduarda (Ana Paula Arósio). Logo após este trabalho, ganhou uma das personagens mais marcantes de Monteiro Lobato: a Emília, do Sítio do Picapau Amarelo, remake produzido pela Globo em 2001 e exibido na programação matutina. Durante seis anos viveu a sapeca boneca de pano que aprontava todas, e foi ganhando cada vez mais reconhecimento. Fez uma tocante participação em "A História de Rosa", um especial produzido pela Globo em comemoração aos 40 anos da emissora . Não demorou muito para ser escalada para uma novela.

"Eterna Magia" foi sua primeira trama e não ganhou um papel de muito destaque. A obra de Elizabeth Jhin também enfrentou problemas de audiência, o que acabou prejudicando