domingo, 30 de outubro de 2011

Fina Estampa: uma sucessão de equívocos

Com pouco mais de dois meses no ar, "Fina Estampa" já conseguiu um feito e tanto: ter uma audiência que há tempos a Globo não obtinha no horário desde o início de uma obra. É normal que todas as novelas apresentem dificuldades iniciais nos números do ibope até realmente emplacar e cair nas graças do público. Mas isso não ocorreu com a trama de Aguinaldo Silva, que não se cansa de elogiar seu imenso sucesso no Twitter. O autor tem todos os motivos para comemorar, mas nesse caso a audiência não reflete em nada a qualidade.


Até agora a novela não mostrou a que veio e nos apresenta um festival de histórias desconexas e nada atraentes. São poucos os personagens que se salvam e que têm algo de interessante a mostrar. Muitos atribuem isso ao fato da trama ter um grande apelo popular. Não é verdade. "Senhora do Destino", "A Indomada", e "Tieta", só para citar algumas, eram imensamente populares e tinham qualidade. Em "Porto dos Milagres" e "Duas Caras", o autor já tinha errado a mão e o que vimos não foi nada interessante. Mas a atual novela das 21h conseguiu superá-las em todos os sentidos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Astro: missão cumprida

Na próxima sexta-feira se encerrará o remake de "O Astro", que marcou a estreia do novo horário de novelas da Rede Globo. No início sendo chamada de macrossérie, a obra de Janete Clair, adaptada por Geraldo Carneiro e Alcides Nogueira, acabou se transformando na nova novela das onze. Com os bons resultados obtidos, ano que vem a emissora já decidiu que fará uma nova versão de "Gabriela" adaptada pelo autor Walcyr Carrasco, responsável pelo recente sucesso de "Morde & Assopra".

A nova versão desse clássico de Janete Clair ficará marcada pelo excelente elenco que,em sua maioria, deu conta do recado com maestria. Tato Gabus Mendes, José Rubens Chachá e Marco Ricca fizeram um grande trabalho dando vida a três irmãos nada confiáveis e que sempre invejavam o mais velho, Salomão Hayalla, vivido por Daniel Filho. Marco, aliás, estava precisando de um bom papel há anos. Após tantos personagens submissos e apagados, ele deu um show como o frio Samir Hayalla (cuja crítica sobre sua atuação você pode ver aqui).

sábado, 22 de outubro de 2011

Miguel Falabella manda Aquele Beijo e é correspondido

Estreou nessa semana a nova novela das sete escrita pelo talentoso Miguel Falabella: "Aquele Beijo". A missão do autor não é fácil. Substituir um sucesso como foi "Morde & Assopra" é de uma grande responsabilidade. Mas pelo que vimos até agora, o público correspondeu e se interessou pela nova história que foi apresentada.

Após a fracassada e má compreendida "Negócio da China", o autor resolveu não se arriscar em absolutamente nada. Provavelmente, a dificuldade inicial da trama do Walcyr Carrasco, com os dinossauros e robôs, também acabou assustando Miguel Falabella. Optou-se pelo 'mais do mesmo' em todos os núcleos e situações. O que não é necessariamente ruim. A única ousadia é a narração, com a voz do autor, em alguns momentos. E ainda assim não é uma inovação porque já vimos um recurso semelhante em "As Filhas da Mãe", novela mal-sucedida de Silvio de Abreu.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O poder das 'tias'

Elas não fazem parte do elenco principal. Não são protagonistas e nem antagonistas. Começam suas participações com pequenas cenas e falas quase sem importância, mas com seus respectivos talentos vão se destacando cada vez mais até virarem grandes 'sensações'. Estou me referindo às tias mais recentes da teledramaturgia: Tia Neném, Tia Magda e Tia Íris.

Em "Insensato Coração", Tia Neném só duraria até a metade da trama. Em uma novela onde tivemos uma verdadeira carnificina e vários personagens eram assassinados, a personagem da grande Ana Lucia Torre teria o mesmo trágico desfecho. Mas graças ao talento dessa excelente atriz, a eterna pinguça foi tendo cada mais mais repercussão e o público, quando soube o que aconteceria com ela,passou a exigir uma mudança na história.Foram atendidos. Tia Neném ficou até o fim com suas ótimas tiradas venenosas. Uma pena que mal apareceu no último capítulo e sua apreensão pela morte de Norma (Glória Pires) não foi explicada, mas isso são águas passadas.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Morde & Assopra fecha seu ciclo e Walcyr Carrasco emplaca mais um grande sucesso

"Morde & Assopra" poderia ter a superação como tema principal. Após sua estreia,a novela foi totalmente desacreditada por parte da crítica e houve uma rejeição do público em relação às temáticas sobre robôs e dinossauros.

O autor, experiente, sabia que poderia correr esse risco e não foi à toa que mesclou novidades com temas já batidos, mas que sempre costumam dar certo em suas obras. A sogra avarenta que atormenta a todos que estão ao seu redor, e humilha sua fiel empregada, é um exemplo. Jandira Martini (Salomé) e Vera Mancini (Cleonice)formaram uma dupla perfeita. A aceitação foi imediata e ambas protagonizarm cenas hilárias,principalmente quando Cleo se 'apropria' dos bens da patroa e fica rica.

O prefeito e a primeira-dama, corruptos descarados, também faziam parte do time reserva que seguraria a novela, enquanto os principais apresentavam dificuldades. Ary Fontoura (Isaías) e Elizabeth Savalla (Minerva) tinham um entrosamento incontestável. As armações da dupla renderam, e, posteriormente, com a briga do casal, vimos uma rivalidade política que tornou as cenas ainda melhores.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Rafinha Bastos e o humor sem limites

O assunto da semana foi o afastamento do Rafinha Bastos da bancada do "CQC". Após fazer mais uma piadinha infeliz, e de péssimo gosto, ao comentar que 'comeria a Wanessa Camargo e seu bebê', a cúpula da Band resolveu tomar providências e punir o humorista de alguma forma. O afastamento temporário foi a única solução.

Essa não foi a primeira vez que Rafinha disse uma piada extremamente ofensiva. Quem não lembra da frase dizendo que mulher feia deveria agradecer caso fosse estuprada, pois estariam lhe fazendo um favor. Porém, nesse caso, a emissora não fez absolutamente nada.

O caso envolvendo o jornalista Boris Casoy também acaba vindo Ã  tona. Ainda está na memória de todos o 'incrível' comentário do jornalista sobre os garis após ouvi-los desejando uma mensagem de fim de ano: "Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho". Alguma medida foi tomada em relação a isso? Não.

domingo, 2 de outubro de 2011

Márvio Lúcio: o grande destaque do Pânico na TV

Nessa semana que passou, o "Pânico na TV" completou 8 anos de vida. Ao longo desse tempo, desde a sua estreia, em setembro de 2003, o programa foi crescendo e tendo cada vez mais repercussão e passou a incomodar a concorrência, chegando a ultrapassar o "Fantástico" várias vezes, além de deixar em maus lençóis atrações como "SOS Emergência" e "Batendo Ponto". Isso em se tratando de uma emissora 'modesta' como a RedeTv! é um senhor mérito. Mesmo que atualmente a atração tenha perdido boa parte da criatividade, que era uma de suas principais marcas, o saldo é positivo.

Mas quem foi evoluindo e agora carrega o programa nas costas, é sem dúvida, o Márvio Lúcio, vulgo Carioca. Suas imitações são impecáveis e sempre rendem ótimos quadros. Moraes Moreira, Dilma, Dicesar, Raul Gil, Amaury Junior, Felipão, Dunga, Muricy Ramalho e agora Jô Soares, são algumas de suas imitações mais marcantes. Após comandar por um bom tempo um quadro fixo fazendo o Amaury Dumbo(caricatura engraçadíssima do clássico apresentador), acharam melhor cancelar para não cansar o telespectador. Decisão acertada. E após uma breve pausa, surgiu o Jô Suado para substituir a antiga imitação. Ninguém até então havia conseguido copiar tão bem os trejeitos do Jô. Márvio o imita com maestria e, talvez, seja a único ponto positivo do programa atualmente.
O quadro em si é de uma besteira sem tamanho. Não há uma entrevista e sim trocadilhos completamente infames envolvendo o nome das celebridades. Mas é tão bobo que fica impossível não se divertir.