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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Irretocável como Leopoldina em "Novo Mundo", Letícia Colin vive seu melhor momento na carreira

"Novo Mundo" é daquelas novelas que ficarão marcadas pelo contexto histórico. O folhetim de Alessandro Marson e Thereza Falcão aborda alguns dos mais estudados momentos do país nas escolas: a época do domínio de Portugal, das desventuras de Dom Pedro, da soberania da Corte Portuguesa, do Brasil Império, enfim... E, claro, para isso era necessária a presença de tipos que realmente existiram se misturando com personagens fictícios, tornando a escalação um desafio grande. Pois os autores se saíram muito bem na missão. E o maior acerto foi a escolha de Letícia Colin.


A escalação da intérprete para viver a princesa Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena, depois conhecida como Maria Leopoldina de Áustria, foi certeira. A personagem, que foi casada com Dom Pedro I, é uma das mais lembradas e citadas por historiadores, pois teve um papel fundamental para o processo de Independência do Brasil. E sua vida daria mesmo um dramalhão clássico de novela. A escolha para viver um perfil tão rico exigia muita responsabilidade, onde um erro seria fatal para o núcleo principal de "Novo Mundo". Mas, o acerto ficou evidente logo no primeiro capítulo, firmando essa ótima impressão até hoje, em plena reta final.

É nítido o trabalho, tanto de prosódia quanto de postura corporal, que a atriz teve para compor a princesa austríaca. O seu sotaque francês é adorável e deixou a personagem cativante, pois serve para imprimir um toque de doçura que casou perfeitamente com o papel.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Brilhante como Ivana em "A Força do Querer", Carol Duarte é a maior revelação do ano

A trajetória de Ivana sempre foi um dos maiores atrativos de "A Força do Querer". Isso antes mesmo da estreia da trama de Glória Perez. Afinal, a autora resolveu abordar um tema complexo, polêmico e ousado: a transexualidade. A transição de uma menina que vira menino nunca havia sido exposta na ficção e o contexto ainda despertou curiosidade em virtude da atriz escolhida: uma estreante. Portanto, tudo resultou em um chamariz para o folhetim. E o conjunto se mostrou um acerto desde o começo, sempre funcionando como um conflito de grande destaque, expondo o imenso talento de Carol Duarte.


Todas as angústias daquela garota que nunca se sentiu à vontade com o próprio corpo foram exploradas com precisão pela autora, que se preocupou em fazer o público se compadecer pelos dramas da filha de Joyce (Maria Fernanda Cândido). A tristeza por não se adequar aos padrões, a indignação de ser cobrada por uma vaidade que nunca teve, o incômodo que seus seios sempre lhe causaram, o desconforto que as roupas femininas provocavam, enfim, tudo foi sendo exibido aos poucos, sem atropelos. O tempo foi fundamental para deixar a situação cada vez mais familiar para o telespectador, que foi entendendo o que estava acontecendo com ela.

E, em todos os momentos, Carol Duarte brilhava. Impressionante a sua dedicação e total entrega ao papel, valorizando cada sentimento daquela menina que procura uma identidade. Já foram muitas grandes cenas protagonizadas pela intérprete, sendo necessário destacar o instante em que Ivana se bateu e quebrou o espelho, demonstrando ódio profundo pelo que é, querendo sair de dentro do seu próprio corpo.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Deliciosa participação em "A Força do Querer" expõe o talento multifacetado de Fafá de Belém

Recentemente, o elenco "A Força do Querer" ganhou uma integrante e tanto. Fafá de Belém entrou na a convite de Glória Perez, ganhando de presente da autora nada menos do que a mãe de Zeca (Marco Pigossi), o mocinho do atual sucesso das nove. Sem dúvida, é uma responsabilidade grande. Mas ela se intimidou com isso? Claro que não. Pelo contrário, topou o desafio e mergulhou de cabeça para viver Mere Star, ex-esposa de Abel (Tonico Pereira), que saiu no mundo para virar uma cantora famosa.


A personagem entrou no enredo semana passada e provocou uma boa movimentação na trama, que segue muito bem conduzida pela autora. Mere se interessou pelo ônibus "Balada Jeiza" e resolveu fazer seu show no veículo, entrando em contato com Jeiza (Paolla Oliveira) para confirmar sua presença. Sem imaginar que o veículo era de Zeca, a personagem acabou se apresentando e fazendo um imenso sucesso. Todos se encantaram por ela, menos Abel, que lembrou da 'falecida' e até desmaiou.

Mas de nada adiantou a implicância do pai de Zeca. Mere e ele acabaram se esbarrando na festa julina do bairro, implicando em um acerto de contas. Além de ter colocado o ex contra a parede, a cantora ainda descobriu que o seu Zequinha era o rapaz por quem ela já havia simpatizado.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Laura Cardoso foi o único acerto de "Sol Nascente"

A atual novela das seis está perto do seu fim e pouco se salvou do enredo, infelizmente. Foram muitos problemas no frágil roteiro ao longo de sua exibição, entre outros equívocos. Mas, ao menos os autores Walther Negrão, Suzana Pires e Júlio Fischer acertaram na escolha da espetacular Laura Cardoso para viver a grande vilã da trama. A fria Dona Sinhá foi o ponto alto do folhetim dirigido por Leonardo Nogueira.


A maldosa velhinha aparentemente simpática e doce se mostrou uma bela ideia dos escritores, que aproveitaram o imenso talento da intérprete para destacar o perfil em um desanimador conjunto de tipos apáticos e sem carisma. Assim que entrou na novela ---- a produção já estava no ar há quase um mês quando a vilã chegou, tendo César (Rafael Cardoso) na figura de grande malvado até então ----, Laura já mostrou que dominaria todos os momentos com facilidade. E assim o fez.

Dona Sinhá logo se mostrou uma senhora debochada, cruel e fria, capaz de qualquer coisa para atingir seu maior objetivo: seguir com sua lavagem de dinheiro --- usando a jogatina como arma --- e de quebra se vingar de Tanaka (Luis Melo) através do neto, César, que manipulava Alice (Giovanna Antonelli), filha do inimigo que demitiu seu filho anos atrás, 'provocando' a morte do rapaz.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Selma Egrei pôde mostrar a grande atriz que é em "Velho Chico"

O elenco da primeira fase de "Velho Chico" ---- escrita por Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi, dirigida por Luiz Fernando Carvalho ---- foi muito enxuto. Eram poucos os personagens e a história era voltada apenas para o enredo central, que retratava a tradicional guerra de famílias por poder. Rodrigo Santoro foi o grande protagonista e defendeu com maestria o controverso Afrânio. Porém, um outro grande destaque do início do folhetim foi justamente um nome que estava precisando há tempos de um bom papel nas novelas: Selma Egrei. E, para o privilégio do público, a sua personagem foi uma das poucas que permaneceram na segunda fase, através de um minucioso processo de caracterização.


A atriz esbanja talento e é uma das melhores profissionais do meio, embora não tenha tido tantos papéis significativos na televisão --- o que é de se lamentar bastante, inclusive. Ela ganhou de Luiz Fernando Carvalho (que fez questão de escalá-la) uma personagem interessantíssima, representante da maior licença poética do folhetim. Encarnação era uma autoritária e amargurada mulher, que nunca se conformou com a morte de seu primogênito, afogado no Rio São Francisco. Viúva do influente Coronel Jacinto (Tarcísio Meira), a matriarca da poderosa família fez questão de dominar seu outro filho, Afrânio (Rodrigo Santoro), que assumiu a posição do pai na região.

Ela era a figura clássica da Rainha má e louca dos contos de fadas, mas também podia ser uma representação de Lady Macbeth, figura clássica de William Shakespeare. E a licença poética estava justamente no figurino da personagem que não condizia com o ambiente retratado na trama ---- sertão nordestino, na fictícia Grotas de São Francisco ---- e muito menos com a época.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Ótima em "Liberdade Liberdade", Lília Cabral mais uma vez mostrou o seu talento

"Liberdade, Liberdade" está perto de seu fim e um dos acertos da novela das 23h foi o seu elenco. Muito bem escalado, o time da produção esteve repleto de talentos e quase todos conseguiram brilhar em algum momento da história, escrita por Mário Teixeira e dirigida por Vinícius Coimbra. Entre os intérpretes que mais se destacaram está a sempre grandiosa Lília Cabral, que ganhou a íntegra Virgínia, mulher responsável pelo cabaré da cidade de Vila Rica.


A personagem é uma das mais importantes do enredo, pois está ligada a todos os acontecimentos da novela. A cafetina cuida das suas meninas como se fosse uma mãe e é uma revolucionária disfarçada, sendo a responsável pelas maiores articulações do movimento contra a Coroa Portuguesa e tendo Xavier (Bruno Ferrari) como fiel escudeiro. Ela, aliás, sempre esperou a volta de Joaquina (Andreia Horta) desde que viu a menina ainda criança partir nos braços de Raposo (Dalton Vigh), seu grande amor.

Para culminar, Virgínia é mãe de Rubião (Mateus Solano), o grande vilão do folhetim, que sempre renegou cruelmente a mãe. Toda a teia que envolve o papel proporciona bons conflitos, destacando o conhecido talento de Lília.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Interpretando brilhantemente o sombrio Rubião, Mateus Solano se destaca em "Liberdade Liberdade"

O maior vilão de "Liberdade, Liberdade" é o assustador Rubião. Sombrio, extremamente cruel e com uma frieza apavorante, o personagem representa tudo o que há de pior em um ser humano. E a escolha de Mateus Solano para interpretá-lo foi certeira. Após o estrondoso sucesso na pele de Félix, em "Amor à Vida" (2013) --- que virou o seu melhor papel da carreira ---, o intérprete tirou um período sabático (com apoio da Globo) para descansar a imagem e voltou aos folhetins três anos depois da melhor forma possível.


Afinal, o seu atual papel representa o completo oposto do seu trabalho anterior. O que o Félix tinha de afetado, expansivo e debochado, Rubião tem de introspectivo, intimidador e sério. A única semelhança é a arrogância, pois de resto não sobra nenhum traço em comum. E nada mais desafiador para um ator do que dar vida a um segundo vilão seguido, mas cujas características em nada se assemelham ao outro perfil ---- até porque o homossexual carismático da trama de sucesso das nove tinha um forte lado humano e se redimiu da metade para o final da novela, o que jamais acontecerá com o canalha das 23h.

O intendente de Vila Rica matou Antônia (Letícia Sabatella), a mãe da protagonista Joaquina (Andreia Horta), logo no primeiro capítulo, e entregou Tiradentes (Thiago Lacerda) para a Coroa portuguesa, o levando para a forca --- na época em que era aliado do inconfidente. Sua lista de crueldades só aumentou desde a estreia da novela, deixando bem evidente todas as razões que o fizeram se transformar em um dos homens mais poderosos da cidade.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Brilhando em "Liberdade Liberdade", Andreia Horta prova que merecia uma protagonista há tempos

Ela estreou na televisão em 2006, interpretando Márcia Lemos Kubitschek na ótima minissérie "JK", exibida na Globo. Em 2007 foi para a Record onde atuou em "Alta Estação" (uma espécie de cópia da "Malhação") e no ano seguinte protagonizou a elogiada série Alice, um dos melhores seriados já produzidos pelo canal a cabo HBO. Ainda em 2008, Andreia Horta participou da novela "Chamas da Vida" (vivendo a Beatriz), na Record, e em 2010 fez parte do elenco da primorosa série "A Cura" (onde deu um show interpretando a íntegra Rosângela), permanecendo na Globo desde então.


Além dos trabalhos já mencionados, a atriz fez quatro novelas e uma série. Em "Cordel Encantado" (2011) viveu a Bartira, um papel pequeno, e em "Amor Eterno Amor" (2012) interpretou a periguete Valéria, onde se destacou bem mais, protagonizando muitas cenas cômicas. Em "Sangue Bom" (2013), ótima produção das sete, fez uma participação e emocionou ao lado de Sophie Charlotte na sequência mais tocante da trama, quando sua personagem (a Simone) morreu ao lado da irmã (Amora). Ela ainda mostrou seu talento na série "A Teia", ao dar vida a Celeste, e em 2014 convenceu na pele da geniosa Maria Clara, uma das filhas do comendador José Alfredo em "Império". 

Porém, apesar de várias ótimas atuações, Andreia não ganhava uma protagonista nas novelas. Ela chegou a ser escalada para a mocinha Tóia, em "A Regra do Jogo", mas a escolha foi logo mudada em virtude da escalação de Alexandre Nero para viver Romero Rômulo. Afinal, seria estranho os dois protagonizarem uma relação amorosa pouco depois de terem sido pai e filha na trama anterior. Ou seja, parecia que um papel de grande destaque nunca viria para atriz.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Dez anos sem Bussunda

Nesta sexta-feira, a morte de um dos maiores humoristas do país completou dez anos. Bussunda deixou o país mais triste no dia 17 de junho de 2006, enquanto realizava a cobertura da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Foi lá que ele faleceu, em virtude de um ataque cardíaco fulminante, logo depois de acordar no hotel onde estava. O comediante morreu oito dias antes de completar 44 anos, desfalcando o querido time do "Casseta & Planeta Urgente" e deixando o Brasil em choque.


Bussunda era ator, dublador, cronista esportivo, escritor, editor de revista, jornalista e humorista. Um profissional de vários talentos e que se destacou em todas as áreas, principalmente, claro, no humor. Tanto que deixou algumas matérias prontas para o "Casseta", dias antes de falecer, interpretando um de seus personagens de maior sucesso: o Ronaldinho Fofômeno, imitação do Ronaldo Fenômeno, fazendo jus ao período da Copa do Mundo. Ou seja, saiu de cena trabalhando no mais amava: divertir os outros.

Ele foi o integrante mais popular do "Casseta & Planeta", programa que ajudou a criar juntamente com os companheiros inseparáveis Helio de la Peña, Cláudio Manoel, Reinaldo, Marcelo Madureira, Beto Silva e Hubert. A atração surgiu em virtude da junção das turmas do tabloide "O Planeta Diário" e da revista "Casseta Popular", fazendo um imenso sucesso e ficando no ar ao longo de 18 anos na Globo.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Na pele da destemida Maria, Bianca Bin rouba a cena em "Êta Mundo Bom!"

O sucesso de "Êta Mundo Bom!" é incontestável e a novela apenas comprovou mais uma vez que Walcyr Carrasco é o mestre do horário das seis. Há vários motivos para o êxito da trama e o elenco da produção conta com vários ótimos nomes, como Sérgio Guizé, Eliane Giardini, Marco Nanini, Flávia Alessandra, Elizabeth Savalla, Ary Fontoura, Flávio Migliaccio, Rosane Gofman, Suely Franco, Ana Lucia Torre, Camila Queiroz, Rosi Campos, entre tantos outros. Mas, em meio ao time de peso, tem uma atriz que foi ganhando cada vez mais destaque no folhetim: a Bianca Bin.


A história de Maria sempre foi uma das mais interessantes da novela e envolveu o público assim que começou a ser contada. A personagem era muito ligada ao noivo e a felicidade aumentou quando a mesma contou ao rapaz que esperava um filho dele. Sem pestanejar, o íntegro homem planejou se casar. Tudo parecia perfeito. Entretanto, a alegria do casal durou pouco, pois um grave acidente de carro vitimou a futuro marido da sonhadora menina. A partir de então sua vida virou um verdadeiro inferno.

Os ricos pais da vítima não acreditaram que ele era o pai do bebê que ela esperava e, quando resolveram crer na palavra da garota, propuseram que Maria entregasse a criança para cuidarem. Para culminar, Severo (Tarcísio Filho) expulsou a filha de casa assim que soube que seria mãe solteira e a menina acabou virando empregada na mansão de Anastácia (Eliane Giardini), após morar alguns dias de favor na pensão de Camélia (Ana Lucia Torre).

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Brilhando em "Velho Chico", Irandhir Santos é um ator que sempre se destaca

A nova fase de "Velho Chico" vem enfrentando sérias dificuldades. A passagem de tempo ficou confusa e algumas escalações foram bem equivocadas, o que prejudicou o conjunto da obra. A crise de identidade se faz presente o tempo todo e autoria e direção parecem não se comunicar. São vários os equívocos. Porém, apesar dos evidentes problemas (inclusive de audiência), a trama (que se passa em 2016, por mais que não pareça) vem se beneficiando com algumas ótimas atuações. Uma delas é a de Irandhir Santos, que vive o irmão de Santo (Domingos Montagner).


Bento foi um personagem relativamente apagado na primeira fase da trama de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Bruno Luperi (a filha Edmara Barbosa abandonou a produção). Entretanto, na segunda, o personagem ganhou uma grande importância e tem se mostrado um dos melhores perfis desta nova etapa do enredo da novela das nove. Vereador íntegro e apaixonado pela terra, o homem com aparência de sofrido nunca esqueceu a morte do pai Belmiro (Chico Diaz) e entra em conflito com seu irmão justamente em relação aos 'métodos' que ambos usam para tentar fazer justiça. Ele quer a morte de todos os responsáveis, já Santo não quer sujar as mãos de sangue.

Mas, ao mesmo tempo que parece um ser cego de ódio, o personagem também tem um lado doce que é mais exposto quando está perto de Beatriz (Dira Paes), professora que luta pelo direito das crianças e dos trabalhadores da região. Bento teve um encantamento imediato por aquela mulher que tem ideais bem parecidos com os dele.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Marco Ricca se mostra como um dos grandes acertos de "Liberdade Liberdade"

"Liberdade, Liberdade" ainda está em seu início. Há vários capítulos pela frente e muita história para ser contada. Porém, mesmo antes de sequer completar um mês no ar, já é possível observar o acerto da escalação do elenco. São muitos atores se destacando, incluindo a protagonista Andreia Horta, na pele da revolucionária Joaquina. E, entre os muitos nomes merecedores de elogios desse ótimo time selecionado, é preciso aplaudir um profissional que sempre brilha em seus trabalhos e não tem feito diferente agora: Marco Ricca.


O ator tem sido um dos grandes destaques da novela escrita por Mário Teixeira, baseada no argumento de Márcia Prates, e dirigida por Vinícius Coimbra. Na pele do perigoso Mão de Luva, Marco mostra o quão é talentoso e sua composição do bandido é primorosa. Ele adotou um sotaque mineirês bem acentuado, o que ajudou a expor ainda mais o jeito malandro do trambiqueiro. Aliás, é um dos poucos atores do elenco que tem mostrado o jeito de falar do povo de Minas Gerais, ainda que de forma mais caricata. E foi uma ideia de gênio, pois coube perfeitamente no papel.

Mão de Luva foi o responsável por um dos momentos mais tensos da rápida primeira fase, quando sequestrou Joaquina (Mel Maia) e quase matou Raposo (Dalton Vigh), após uma emboscada preparada junto com sua gangue. Ironicamente, após a passagem de tempo, a mesma situação ocorreu mais duas vezes. O bandido tentou saquear a carruagem que trazia Joaquina, Raposo, André (Caio Blat) e Bertolezza (Shreon Menezzes), mas não obteve êxito.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Perfil mais dramático de "Totalmente Demais", Lili faz jus ao talento de Vivianne Pasmanter

Há tempos que Vivianne Pasmanter não ganhava um papel à sua altura na televisão. A última que teve o destaque merecido foi a Maria João, em "Uga Uga" (2000). Depois dessa personagem, a atriz ganhou perfis que não aconteceram ou que ficaram devendo muito. Não por culpa dela e, sim, por causa dos autores, que não souberam conduzir suas criações a contento. A intérprete sempre convence quando está em cena e foi assim ao longo dos seus trabalhos (sendo eles bons ou não). Mas, após um longo período sem um tipo desafiador, ela ganhou a Lili, de "Totalmente Demais".


A personagem, escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, é a mais sofrida da novela das sete e desde o primeiro capítulo ficou perceptível o quanto que aquela mulher sangrava por dentro. A empresária, dona da Bastille, nunca superou a 'morte' trágica da filha e precisou enfrentar um desgaste no seu casamento após tanta tristeza. Mesmo amando Germano (Humberto Martins), deu um basta em seu casamento assim que descobriu o antigo caso que o marido teve com a babá da família, anos atrás. 

Para culminar, acabou se envolvendo com o ex-genro, Rafael (Daniel Rocha), que namorava a sua filha, 'morta' em um acidente. Seu relacionamento com o filho Fabinho (Daniel Blanco) também passou por muitas provações, até eles finalmente se entenderem.

terça-feira, 29 de março de 2016

Juliana Paiva se destaca na pele da divertida Cassandra em "Totalmente Demais"

A novela das sete acabou ficando caracterizada como um produto cujo ingrediente principal é o humor, independente da história que é contada. Os poucos folhetins que tentaram fugir dessa 'fórmula' ("Tempos Modernos" e "Além do Horizonte", por exemplo) não deram certo. Só que nem toda trama da faixa que tem comicidade funciona ou é realmente boa (vide a fraquíssima "I love Paraisópolis", citando a produção mais recente). Mas, "Totalmente Demais" merece elogios pelo conjunto harmonioso, onde o humor consegue se mostrar principalmente através da deslumbrada Cassandra, interpretada com competência por Juliana Paiva.


O enredo de Rosane Svartman e Paulo Halm tem uma estrutura dramática muito interessante e não há perfil sem densidade. Tanto que até os tipos cômicos apresentam peculiaridades que os enriquecem cenicamente. Entre os muitos personagens hilários da trama ---- como Dorinha (Samantha Schmutz), Maristela (Aline Fanju), Stelinha (Glória Menezes) e Max (Pablo Sanábio) ----, a Cassandra é uma das que mais se sobressaem, sendo a responsável por vários momentos engraçados da produção das sete. E todas as situações protagonizadas pela menina histriônica divertem, além de quase sempre serem diretamente ligadas ao núcleo principal.

Cassandra é uma garota que faz de tudo pela fama e não se importa em passar por cima dos outros para alcançar seu maior objetivo. Guardadas as devidas proporções, tem uma certa semelhança nesse quesito com a ambiciosa Carolina (Juliana Paes). Entretanto, a personagem é burra, cafona e não tem um pingo de autocrítica.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Revelada em "Verdades Secretas", Camila Queiroz comprova seu talento em "Êta Mundo Bom!"

O ano de 2015 não poderia ter sido melhor para Camila Queiroz. Sem nenhuma experiência como atriz e com uma carreira de modelo, a menina de Ribeirão Preto (São Paulo) ganhou a chance da sua vida em "Verdades Secretas". E agarrou a oportunidade com unhas e dentes, como diz a popular expressão. Ela honrou a confiança, ganhou uma sucessão de elogios, e logo foi escolhida para um teste em "Êta Mundo Bom!", que estreou em janeiro de 2016. Foi devidamente aprovada, ganhando um perfil completamente distinto, e vem mais uma vez mostrando a sua desenvoltura para atuar.


Na novela das onze, escrita por Walcyr Carrasco e dirigida por Mauro Mendonça Filho, Camila ganhou simplesmente a protagonista da história, ficando com uma responsabilidade e tanto. A interiorana Arlete ---- que virou a prostituta Angel graças ao esquema do Book Rosa de Fanny (Marieta Severo) ---- se envolveu em um macabro triângulo amoroso, onde a sua mãe (Carolina - Drica Moraes) e o inescrupuloso Alex (Rodrigo Lombardi) faziam parte das outras pontas.

Estrear em uma trama assim não era tarefa simples, ainda mais levando em consideração o horário tardio que permitia cenas mais fortes, além de ousadas. Foram muitas sequências complicadas e desafiadoras para qualquer intérprete. Ou seja, o fato de ser uma estreante despertou mais atenção em cima da capacidade de Camila.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Com a competência de sempre, Tony Ramos honra a importância de Zé Maria em "A Regra do Jogo"

Um dos melhores e mais complexos personagens de "A Regra do Jogo" é, sem dúvida, o Zé Maria. E o ex-integrante da maior facção da novela está sendo interpretado simplesmente por um dos melhores atores do país. Apesar do clichê, pode-se afirmar que Tony Ramos ganhou um grande presente de João Emanuel Carneiro, que já havia trabalhado com ele no primeiro capítulo de "Avenida Brasil", onde o intérprete viveu o íntegro Genésio ---- pai de Rita (Mel Maia) e marido enganado de Carminha (Adriana Esteves).


O ator está colhendo merecidos elogios por mais um ótimo trabalho e é admirável ver a sua dedicação. O pai de Juliano (Cauã Reymond) começou a novela jurando inocência, apesar de ser um fugitivo da polícia, acusado de ser o grande responsável pela Chacina de Seropédica. No entanto, algum tempo depois, foi revelado que o personagem era na verdade um monstro, integrante da mais temida facção criminosa do Rio de Janeiro. Esse início lembrou muito o da Flora (Patrícia Pillar), em "A Favorita", que também se dizia inocente, até se revelar uma verdadeira psicopata com fome de sangue.

E quando a verdadeira face de Zé foi exposta para o público, ele se portou como um grande vilão, proporcionando ótimas cenas para Tony. O autor criou vários momentos aterrorizantes do bandido, onde até os colegas da facção temiam o braço direito do Pai (Gibson - José de Abreu).

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Marco Pigossi se destaca com a virada de Dante em "A Regra do Jogo"

A missão de Marco Pigossi não era nada fácil: interpretar um policial passivo, alheio a todos os acontecimentos da novela. Ou seja, um investigador que era facilmente feito de trouxa por todo mundo. Porém, apesar do ingrato perfil, o ator conseguiu mais uma vez mostrar o seu talento e pôde se destacar ainda mais nesta semana de "A Regra do Jogo", a partir do momento que o seu personagem finalmente descobriu que Romero Rômulo (Alexandre Nero) é membro da facção.


Dante passou a trama inteira sendo enganado e não conseguindo ver o que estava diante de seus olhos. Mesmo constantemente alertado por Juliano (Cauã Reymond) e Belisa (Bruna Linzmeyer), o policial se negava a acreditar em várias evidências a respeito da facção, inclusive a respeito de Orlando (Eduardo Moscovis). João Emanuel Carneiro abusou da paciência do telespectador e demorou demais para fazer um dos principais mocinhos da trama acordar. Mas, apesar de toda a demora, é preciso ressaltar que Marco protagonizou várias cenas boas.

O ator fez muitas sequências ótimas com Cauã, Bruna, Carolina Dieckmann (Lara), José de Abreu (Gibson), Renata Sorrah (Nora), Du Moscovis, entre outros. Só que o grande momento do intérprete na novela veio mesmo com a aguardada cena da descoberta do policial, que flagra o pai de conchavo com Tio (Jackson Antunes).

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache tiveram uma grandiosa parceria em "Além do Tempo"

"Além do Tempo" chega ao fim nesta sexta (15/01) e foram muitas as qualidades do melhor trabalho de Elizabeth Jhin, dirigido por Rogério Gomes e Pedro Vasconcelos. A novela fecha seu ciclo cumprindo sua missão muito bem e um dos vários acertos da produção foi a parceria de Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache. As grandes atrizes protagonizaram inúmeras cenas juntas e brilharam em todas, fazendo jus ao que se espera delas.


Emília di Fiori e Vitória Castellini eram inimigas mortais na primeira fase da trama, ambientada no século XIX, e a rivalidade moveu todo o enredo desenvolvido por volta de 1895. A Condessa nunca aprovou o romance de seu filho Bernardo (Felipe Camargo) com a 'nora' e nutria um ódio ferrenho pela saltimbancos apelidada de Alegra. Tentou até matá-la duas vezes: provocando um 'acidente' de coche ---- mas acabou quase matando o próprio filho, que estava no veículo no lugar da noiva ---- e incendiando a taberna onde a humilde mulher morava.

As atrizes foram muito exigidas e vivenciaram vários embates com extrema competência. As inimigas não conseguiam conviver e nem mesmo Lívia (Alinne Moraes) conseguiu promover a paz entre elas. Tanto que em uma das últimas cenas da primeira fase, as rivais não se perdoaram, mesmo diante dos apelos da mocinha, e continuaram travando uma guerra de ódio.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Eduardo Moscovis pôde mostrar seu talento nos momentos finais de Orlando em "A Regra do Jogo"

Foram longos dez anos longe das novelas. O último folhetim que contou com o talento de Eduardo Moscovis foi "Alma Gêmea", fenômeno de audiência escrito por Walcyr Carrasco em 2005, onde interpretou o mocinho Rafael. Durante este período de 'afastamento', o ator fez uma participação em um episódio de "As Cariocas" (2010) e protagonizou duas séries: "Louco por Elas" (2012/2013), na Globo, e "Questão de Família" (2014/2015), no canal a cabo GNT. Até que finalmente ele voltou aos folhetins em "A Regra do Jogo", onde pôde ser visto desde setembro, na pele do canalha Orlando.


Inicialmente, o vilão escrito por João Emanuel Carneiro parecia promissor. Irônico, dissimulado e extremamente ambicioso, o personagem aparentava ser um dos melhores da facção criminosa que move o roteiro. Entretanto, o perfil ---- que na sinopse era um homossexual enrustido, mas cuja sexualidade foi alterada por receio da rejeição do público ---- foi perdendo a importância. Todo o atrativo início, que consistia em sua aproximação da família de Gibson (José de Abreu), se diluiu com o tempo e a situação ficou estagnada e repetitiva. Ou seja, a frustração pelo subaproveitamento do ator, ainda mais levando em conta os dez anos que o mesmo ficou longe das novelas, começou a se fazer presente.

Mas o autor se redimiu quando houve a esperada revelação do Pai em "A Regra do Jogo". Obviamente, o José de Abreu passou a ter o triplo de destaque que tinha quando seu personagem foi exposto, no capítulo 93, como o maior vilão da história. Só que Eduardo Moscovis foi beneficiado juntamente com ele.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Brilhando na pele da íntegra Gema, Louise Cardoso ganhou um ótimo papel em "Além do Tempo"

Ela tem mais de 30 filmes e mais de 30 participações em televisão. Louise Cardoso é uma profissional que honra o ofício de atriz e finalmente está sendo valorizada como merece na atual novela das seis, "Além do Tempo", que está em plena reta final. Após um longo período ganhando apenas figurações de luxo em folhetins, a intérprete ganhou de Elizabeth Jhin a íntegra Gema e tem correspondido à altura desde então.


A personagem, na primeira fase, era a melhor amiga de Emília (Ana Beatriz Nogueira) e mãe de Pedro (Emílio Dantas) e Anita (Letícia Persiles). Ela estava sempre pronta para apoiar a fiel companheira e ajudou a criar Lívia (Alinne Moraes). O papel desde o início teve uma boa importância para a história e as cenas eram quase sempre dramáticas. Gema ainda teve um lindo romance com Raul (Val Perré), ex-escravo que tinha um filho chamado Chico (João Gabriel D`Aleluia) ---- e o garoto considerava a namorada do pai uma verdadeira mãe.

A atriz conseguiu se destacar em vários momentos e foi bastante exigida, principalmente na reta final da trama ambientada no século XIX. A relação de Gema e Raul, aliás, despertava a fúria do racista Pedro e o casal não teve um final feliz no encerramento da primeira fase ---- terminaram separados e o preconceito foi o vitorioso.