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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Romance de Vitória e Clemência é o maior acerto da reta final de "Nos Tempos do Imperador"

 A atual novela das seis, escrita por Alessandro Marson e Thereza Falcão, dirigida por Vinícius Coimbra, entra em sua última semana sem grandes viradas ou acontecimentos. A guerra entre Brasil e Paraguai se encaminha para o fim e todos já conhecem os desdobramentos que vêm a seguir. Mas os autores acertaram em cheio em um núcleo que se mostrou deslocado ao longo da história. Isso porque saíram da mesmice e apostaram em um 'plot twist' ótimo: a paixão entre Vitória e Clemência.


Maria Clara Gueiros e Dani Barros sempre estiveram muito bem ao longo da novela. Porém, suas personagens são de um núcleo cômico que nunca teve função no enredo e Clemência chegou a sumir por alguns meses da trama (a personagem tinha abandonado o marido e fugido com um amante). Quando a esposa de Quinzinho (Augusto Madeira) voltou, um triângulo amoroso acabou criado e as duas passaram a brigar por ele. No entanto, com a história entrando em seus momentos finais, os autores desenvolveram um bonito sentimento entre as duas. 

O saturado clichê da rivalidade feminina por causa de um homem foi deixado de lado através do amor que Clemência passou a nutrir por Vitória, que inicialmente não se deu conta do que estava sentindo. Após ter se segurado por um longo tempo, a ex de Quinzinho se declarou para a ex-rival, que se chocou e acabou se afastando.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Vitória é mesmo a grande jogadora do "BBB 21"?

 A vigésima primeira edição do "Big Brother Brasil" se encaminha para o fim e a Globo não tem do que reclamar. Foi um grande sucesso. E uma das características da atual temporada foi o jogo. Normalmente, participantes temem debater sobre suas jogadas e votos com medo da rejeição do público. Mesmo após vinte anos de formato, o receio segue firme. Já no "BBB 21", todos os grupos partiram para o jogo logo no início, o que foi ótimo. E houve um quase consenso aqui fora sobre a melhor jogadora da casa: Vitória. 

Mas será que é verdade? A capacidade de dissimulação da participante costuma ser enaltecida como um exemplar jogo interno. Afinal, só tinha ganhado dois votos até cair em seu primeiro e único paredão nesta quinta (22/04). Aliás, só por isso ainda está na casa. Acabará eliminada com uma elevada rejeição daqui a três dias. Isso porque sua cara de pau em bajular todos ao seu redor e por trás destruí-los é simplesmente desprezada por quem assiste. Nunca houve uma pessoa com tais atitudes que não tenha saído do "BBB" com a imagem 'queimada'. 

Conhecida como Viih Tube, a participante entrou no "Big Brother Brasil" no time "Camarote" por ser uma 'influenciadora'. Com apenas 20 anos, a youtuber já tem mais de 18 milhões de seguidores no Instagram e seu canal é bastante assistido por um determinado nicho de adolescentes. Quando entrou no "BBB" já estava 'cancelada', termo usado quando uma pessoa sofre um massacre de críticas por conta de uma fala ou atitude.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Parte final desnudou todos os problemas que sempre estiveram presentes em "Amor de Mãe"

 A primeira novela de Manuela Dias estreou logo no horário nobre. Uma responsabilidade e tanto. Normalmente, todos os escritores da emissora estreiam na faixa das seis ou sete e somente depois migram para a cobiçada faixa das 21h. Mas os ótimos trabalhos da autora nas minisséries "Ligações Perigosas" e "Justiça" (ambas em 2016) a credenciaram ao posto. No entanto, não teve sorte. A produção estreou em 25 de novembro de 2019 repleta de louvores da crítica especializada, mas parte do público não comprou a história, que apresentava problemas em vários núcleos. E quando o enredo central parecia engrenar, houve a interrupção das gravações em 21 de março de 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. 

Voltou ao ar praticamente um ano depois, no dia 15 de março de 2021, com apenas 23 capítulos restantes. A produção já estava entrando na reta final, mas mesmo assim sofreu um corte. Porém, não parece ter afetado o roteiro, pois a verdade é que muitas tramas já estavam sem rumo antes da interrupção das gravações. O grande interesse ficou em torno do enredo de Lurdes (Regina Casé) à procura do filho Domênico (Chay Suede). E sempre foi a única parte do folhetim que caiu nas graças do público. O maior clichê dramatúrgico raramente falha. 

Já os demais conflitos, que já estavam se perdendo, tiveram desfechos decepcionantes. A constante troca de casais era um dos problemas do roteiro e seguiu assim até o final. Nunca houve uma construção sólida que despertasse alguma torcida do público. O menos pior foi o par formado por Camila (Jéssica Ellen) e Danilo/Domênico.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Volta de "Amor de Mãe" comprova que Vitória nunca foi protagonista

 Uma mulher negra bem-sucedida e respeitada. Advogada que virou uma referência na profissão e sabia diferenciar o seu lado profissional do pessoal. Aparentemente fria, sonhava em ser mãe. Defensora de um dos empresários mais corruptos do país, Vitória (Taís Araújo) nunca sentiu peso na consciência. Afinal, era apenas seu trabalho. Mas tudo começou a mudar quando adotou uma criança e ainda engravidou acidentalmente. Todas essas características faziam do perfil um dos melhores de "Amor de Mãe", que retornou recentemente, após quase um ano de pausa em virtude da pandemia. Mas tudo foi por água abaixo quando a autora inventou uma ruína financeira para forçar uma virada nada convincente.


Toda a trajetória de uma das ditas protagonistas da atual novela das nove da Globo acabou destruída. Vitória cansou de passar por cima de seus princípios para advogar para Álvaro (Irandhir Santos) e decidiu romper o contrato, pagando uma multa milionária. Era um momento aguardado pelos telespectadores. Mas resultou em uma reviravolta que afetou drasticamente a imagem da personagem. Aquela profissional inteligente, empoderada e cheia de atitude morreu. Manuela Dias parece ter criado outra mulher e colocado no lugar da anterior.

Vitória resolveu ajudar o ex, Davi (Vladimir Brichta), contra seu antigo cliente e em nenhum momento achou que havia o risco de ser flagrada. A situação, claro, resultou em um desvio de ética que acabou ocasionando a cassação de seu registro profissional e ainda culminou na influência do empresário para nenhum outro cliente poderoso a contratar.

terça-feira, 3 de março de 2020

Pobreza de Vitória destrói trajetória da personagem em "Amor de Mãe"

Uma mulher negra bem-sucedida e respeitada. Advogada que virou uma referência na profissão e sabia diferenciar o seu lado profissional do pessoal. Aparentemente fria, sonhava em ser mãe. Defensora de um dos empresários mais corruptos do país, Vitória (Taís Araújo) nunca sentiu peso na consciência. Afinal, era apenas seu trabalho. Mas tudo começou a mudar quando adotou uma criança e ainda engravidou acidentalmente. Todas essas características faziam do perfil um dos melhores de "Amor de Mãe". Mas tudo foi por água abaixo quando a autora inventou uma ruína financeira para forçar uma virada nada convincente.


Toda a trajetória de uma das protagonistas da atual novela das nove da Globo acabou destruída. Vitória cansou de passar por cima de seus princípios para advogar para Álvaro (Irandhir Santos) e decidiu romper o contrato, pagando uma multa milionária. Era um momento aguardado pelos telespectadores. Mas resultou em uma reviravolta que afetou drasticamente a imagem da personagem. Aquela profissional inteligente, empoderada e cheia de atitude morreu. Manuela Dias parece ter criado outra mulher e colocado no lugar da anterior.

Vitória resolveu ajudar o ex, Davi (Vladimir Brichta), contra seu antigo cliente e em nenhum momento achou que havia o risco de ser flagrada. A situação, claro, resultou em um desvio de ética que acabou ocasionando a cassação de seu registro profissional e ainda culminou na influência do empresário para nenhum outro cliente poderoso a contratar.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Não se preocupe, você não é ignorante por não gostar de "Amor de Mãe"

A crítica especializada colocou "Amor de Mãe" em um pedestal. É uma obra prima da teledramaturgia, uma novela revolucionária e sem qualquer defeito. Não há problemas no desenvolvimento, clichês inexistem, todos os personagens são ótimos, o elenco inteiro é valorizado, enfim. Também ficou comum a narrativa para justificar a audiência aquém do esperado: o grande público não sabe apreciar uma novela que faz pensar e foge dos enredos escapistas. Ou seja, em outras palavras, classifica o telespectador como burro. Mas não se preocupe, caro leitor, não é bem assim que a 'banda toca'.


A história de Manuela Dias, que estreia como novelista em pleno horário nobre da Globo, tem qualidades? Com toda certeza. O folhetim teve um início maravilhoso e mereceu a avalanche de elogios. A trama de Lurdes (Regina Casé em estado de graça) é a melhor com larga vantagem e move o roteiro. A complexidade de Vitória (Taís Araújo) também atrai, assim como a redenção de Sandro (Humberto Carrão) e a trajetória linda de Camila (Jéssica Ellen) ---- incluindo seu romance com Danilo (Chay Suede). É um folhetim bem produzido e com boas atuações. Todavia, o conjunto está longe de ser excelente e há muitos problemas visíveis.

José Luiz Villamarim é um dos melhores diretores da Globo, mas trata "Amor de Mãe" como uma série das 23h e não uma novela. É preciso inovar e sair do mais do mesmo? Sem dúvida. Todavia, o filtro escuro e amarelado promove um certo desgaste em quem está assistindo. Há uma sensação de poluição visual. E sua ousadia de exibir vários atores que fazem pequenas participações de costas ou mostrando raramente o rosto incomodou.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

De volta ao drama, Camila Morgado se destaca em "A Lei do Amor"

Entre os problemas de "A Lei do Amor", o elenco escalado com certeza não é um deles. Apesar das críticas em torno do excesso de personagens, os atores escolhidos, em sua grande maioria, são muito talentosos. E uma das estrelas da trama de Maria Adelaide e Vincent Villari, que protagonizou a sua melhor cena, até então, quando Vitória flagrou sua própria mãe e seu marido transando, é Camila Morgado.


A atriz sempre foi um dos destaques do núcleo central e esse papel marca o seu retorno ao drama, após alguns papéis voltados para a comicidade nas novelas. Camila estreou na televisão vivendo a romântica Manuela, na primorosa minissérie "A Casa das Sete Mulheres" (2003), também escrita por Maria Adelaide juntamente com Walther Negrão. Ali tinha ficado claro que seu talento dramático era incontestável e o mesmo pôde ser admirado no filme "Olga" (2004), onde viveu a personagem título, protagonizando cenas pesadas e extremamente difíceis.

Ela ainda brilhou nas minisséries "Um Só Coração" (2004) e "JK" (2006), além de ter se destacado vivendo a vilã May, em "América" (2005). Também fez uma ótima participação na microssérie "Amor em 4 Atos" (2011) e emocionou em "O Canto da Sereia" (2013). Todos perfis voltados para o drama. A sua ida para a comicidade se deu na fraca "Viver a Vida", de Manoel Carlos, em 2009, quando viveu a jornalista Malu. A partir de então só interpretou tipos mais leves nos folhetins.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache tiveram uma grandiosa parceria em "Além do Tempo"

"Além do Tempo" chega ao fim nesta sexta (15/01) e foram muitas as qualidades do melhor trabalho de Elizabeth Jhin, dirigido por Rogério Gomes e Pedro Vasconcelos. A novela fecha seu ciclo cumprindo sua missão muito bem e um dos vários acertos da produção foi a parceria de Ana Beatriz Nogueira e Irene Ravache. As grandes atrizes protagonizaram inúmeras cenas juntas e brilharam em todas, fazendo jus ao que se espera delas.


Emília di Fiori e Vitória Castellini eram inimigas mortais na primeira fase da trama, ambientada no século XIX, e a rivalidade moveu todo o enredo desenvolvido por volta de 1895. A Condessa nunca aprovou o romance de seu filho Bernardo (Felipe Camargo) com a 'nora' e nutria um ódio ferrenho pela saltimbancos apelidada de Alegra. Tentou até matá-la duas vezes: provocando um 'acidente' de coche ---- mas acabou quase matando o próprio filho, que estava no veículo no lugar da noiva ---- e incendiando a taberna onde a humilde mulher morava.

As atrizes foram muito exigidas e vivenciaram vários embates com extrema competência. As inimigas não conseguiam conviver e nem mesmo Lívia (Alinne Moraes) conseguiu promover a paz entre elas. Tanto que em uma das últimas cenas da primeira fase, as rivais não se perdoaram, mesmo diante dos apelos da mocinha, e continuaram travando uma guerra de ódio.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Retrospectiva 2015: os piores do ano

Como tem acontecido nos últimos anos, este blog fará uma retrospectiva de 2015, abordando os piores produtos, os melhores atores e atrizes, as cenas mais marcantes e, claro, os destaques do ano que passou. A seleção é feita exclusivamente por mim e os leitores, como sempre, estão livres para concordâncias e discordâncias. A primeira lista é sempre a dos piores, justamente para que as próximas sejam apenas ressaltando as coisas boas que aconteceram na televisão brasileira. Portanto, está oficialmente aberta a temporada retrô do "De Olho nos Detalhes", começando pelo que houve de ruim na TV.






"Babilônia": A novela de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, dirigida por Dennis Carvalho, foi o maior fracasso do horário nobre da Globo. Após chamadas promissoras e um primeiro capítulo excelente, a novela foi se mostrando limitada e ainda sofreu várias modificações em virtude da forte rejeição do telespectador, que não gostou de ver logo na estreia um beijo protagonizado por Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. Mas o problema do folhetim não estava no casal homossexual, e, sim, em toda a sua estrutura, que não conseguiu se sustentar nem por um mês. A história era fraca, a protagonista (Regina - Camila Pitanga) irritante e o duelo das vilãs (Beatriz e Inês), que parecia promissor no início, ficou repetitivo, apesar do ótimo desempenho de Glória Pires e Adriana Esteves. Ainda teve personagem gay que virou hétero e um desinteressante "quem matou?" na reta final. O problemático folhetim foi tão equivocado que afundou a principal faixa da líder, que viu sua audiência migrar para "Os Dez Mandamentos", da Record. Pra esquecer.




"I love Paraisópolis": A trama de Alcides Nogueira e Mário Teixeira começou agradável e parecia uma ótima história. Entretanto, depois do primeiro mês, o enredo se mostrou raso e repleto de esquetes avulsas, que ficaram cansativas com o tempo. O romance de Mari (Bruna Marquezine) e Benjamin (Maurício Destri), que também iniciou atrativo, logo cansou, assim como toda a história da novela (ou a falta dela). O excesso de personagens foi outro incômodo, implicando em muitos atores subaproveitados. Situações que poderiam ter sido abordadas com sensibilidade, como o Mal de Alzheimer de Izabelita (Nicette Bruno), foi deixado de lado e a novela passou a focar em situações esdrúxulas envolvendo mafiosos e cenas toscas, como mortos ressuscitando e fantasmas beijando peixes no mar. A trama não teve problemas de audiência na média geral, mas os índices tiveram uma boa queda nos últimos meses, o que acabou refletindo a reação do público diante da ausência de bons conflitos na história.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A nova fase de "Além do Tempo"

A impecável primeira fase de "Além do Tempo" chegou ao fim no dia 21 de outubro, depois de dois adiamentos ---- um no começo da trama, com uma extensão de mais 20 capítulos (acabaria por volta do 65 e foi até o 87), e outro perto do desfecho, tendo o encerramento prolongado em um dia. Portanto, após uma longa e elogiada jornada, o século XIX saiu de cena, cedendo lugar ao ano de 2015, em pleno século XXI. E o que se vê, como já era de se esperar, é uma nova novela.


Elizabeth Jhin ousou ao produzir dois folhetins em um e a atitude corajosa da autora fica clara no começo da segunda fase, iniciada após um final trágico da primeira, onde Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso) morreram juntos e Melissa (Paolla Oliveira) acabou assassinada por Pedro (Emílio Dantas). A primeira imagem já despertou curiosidade pela nova saga, uma vez que mostrou os mocinhos se olhando em uma estação de metrô, como costuma ocorrer em filmes românticos, simbolizando ainda o amor além da vida.

E a estratégia de ir apresentando as demais tramas aos poucos, priorizando neste início as explicações para os novos arranjos familiares, foi inteligente. Até porque realmente a mudança brusca foi sentida e era inevitável. Difícil não sentir falta do requinte da trama de época, dos linguajares, dos figurinos, enfim...

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Irene Ravache: o grande nome de "Além do Tempo"

O elenco de "Além do Tempo" é muito bem escalado. São vários nomes de talento e diversos destaques. Entretanto, o principal trunfo da novela das seis é a presença da grandiosa Irene Ravache, vivendo a temida Condessa Vitória, uma vilã e tanto. A personagem foi construída com competência pela autora Elizabeth Jhin e a escalação foi simplesmente perfeita. Desde que o folhetim estreou, tem sido um prazer acompanhar o desempenho de uma das melhores intérpretes do país.


A Condessa é uma mulher fria, arrogante e intolerável. A poderosa mulher do século XIX não perdoa quem a afronta e humilha todos que a cercam, principalmente os empregados, tratados feito lixo. É a típica vilã de um clássico dramalhão. A personagem também faz questão de mandar na vida do sobrinho-neto, o Conde Felipe (Rafael Cardoso), e, no passado, foi a responsável pelo desaparecimento do próprio filho. Isso porque o Conde Bernardo (Felipe Camargo) se envolveu com a saltimbanco Alegra (Ana Beatriz Nogueira), para o seu desgosto.

A víbora armou um plano para matar a 'futura nora' em um 'acidente' de carruagem, mas caiu na própria armadilha quando descobriu que o filho havia entrado no veículo, e não o seu alvo. Desde então, iniciou uma saga em busca de Bernardo e nunca mais 'perdoou' Emília, mesmo sendo ela a culpada pelo desaparecimento.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Produção caprichada, ótimas atuações e história atraente marcam primeira fase de "Além do Tempo"

Há quase dois meses no ar, "Além do Tempo" vem conseguindo apresentar uma história clássica de forma atrativa. Elizabeth Jhin escreve a sua terceira trama espírita e a autora resolveu apostar alto com esse seu folhetim (dirigido por Rogério Gomes e Pedro Vasconcellos), uma vez que o mesmo terá duas fases completamente distintas: uma no século XIX e a outra nos dias atuais. E a primeira fase, até agora, segue caprichada, despertando interesse pelos próximos desdobramentos, além de presentear os olhos com belíssimos figurinos e cenários deslumbrantes da época.


Apesar da narrativa lenta, a história tem apresentado boas cenas, e o enredo que envolve a rivalidade entre Emília (Ana Beatriz Nogueira) e Vitória (Irene Ravache) se mostra como o pilar de sustentação da obra. Toda a trama, direta ou indiretamente, está ligada ao péssimo relacionamento das duas. E o fato da Condessa achar que sua grande inimiga está morta deixa a novela bem mais interessante, em virtude da expectativa em torno desta descoberta, que promete uma ótima virada. Aliás, vale ressaltar que essa situação só está presente por causa do grandioso desempenho de Ana Beatriz Nogueira.

Emília morreria no início da trama e só voltaria na segunda fase, porém, o talento da atriz fez a autora alterar o rumo da história. Ela, então, salvou a mãe de Lívia (Alinne Moraes) através de um milagre provocado por Ariel (Michel Melamed), o anjo da guarda da mocinha. A atitude foi muito acertada e deixou o enredo mais propício para reviravoltas, sempre necessárias para o fôlego de um folhetim, que neste caso será relativamente longo (por volta de 161 capítulos).

terça-feira, 14 de julho de 2015

"Além do Tempo" estreia com trama clássica, belas imagens e tom teatral

O amor pode durar muitas vidas e sempre haverá uma chance para recomeçar, independente dos percalços que aparecerem pelo caminho. "Além do Tempo" tem esta premissa e a autora Elizabeth Jhin pretende abordar este já conhecido enredo através do casal Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso), os mocinhos de sua trama. A nova novela das seis, dirigida por Rogério Gomes (com Pedro Vasconcelos na direção geral), estreou nesta segunda-feira (13/07) com a missão de substituir a impecável "Sete Vidas", e a autora já mostrou que abusará do dramalhão clássico para prender o público.


Passada no século XIX, a primeira fase terá cerca de 70 capítulos, ou seja, será bem longa. Principalmente se comparar com "Sete Vidas", que apresentou apenas 106 capítulos. A nova trama terá praticamente esta duração antes da passagem de tempo. Esta mudança, aliás, é um dos principais atrativos da novela. Não serão 10 ou 20 anos e sim 150. E a proposta da autora é justamente reencarnar todos os personagens da trama principal para mostrar a força do amor do casal protagonista, que resiste além do tempo ----- honrando o título do folhetim. Porém, claro que há um risco. Será uma alteração brusca, praticamente uma outra novela. Mas a ousadia é válida.

E o enredo ainda tem um passado que influi diretamente no desenvolvimento do início da história. Isso porque Emília (Ana Beatriz Nogueira) trabalhava e vivia com um grupo de espetáculos mambembes. Seu codinome era Allegra e, em uma de suas apresentações, conheceu Bernardo (Felipe Camargo), por quem se apaixonou, sendo correspondida. Mas o rapaz era filho único da Condessa Vitória (Irene Ravache), que não aceitou o romance de seu filho (ligado à nobreza italiana) com uma 'plebeia'.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Com trama desgastada, "Boogie Oogie" termina sem fôlego e com saldo negativo

Foram praticamente oito meses no ar. Após uma promissora e movimentada estreia, "Boogie Oogie" chegou ao fim nesta sexta-feira (06/03) com um saldo para lá de negativo. A trama de Rui Vilhena ---- autor português (nascido em Moçambique) que estreou seu primeiro folhetim no Brasil ----, dirigida por Ricardo Waddington e Gustavo Fernandez, não teve fôlego para se sustentar por tanto tempo e foi se perdendo à medida que os capítulos passavam.


Os primeiros meses empolgaram. Apesar de alguns absurdos ---- como a vingança fajuta de Suzana (Alessandra Negrini), que só contou que havia trocado os bebês vinte anos depois ----, a novela despertou interesse pelo ritmo ágil e bons ganchos. O enredo em torno de Sandra (Isis Valverde) e Vitória (Bianca Bin), que tiveram suas vidas trocadas na maternidade, conduziu muito bem o início do folhetim. Os conflitos funcionavam e movimentavam a história. A grande virada aconteceu quando as duas protagonistas descobriram o crime da amante de Fernando (Marco Ricca), o que resultou em ótimas cenas.

Entretanto, depois desta revelação, o autor passou a explorar dois temas, que dominaram todos os núcleos: o segredo de Carlota (Giulia Gam) e a identidade do pai de Vitória. Inicialmente, o mistério envolvendo o passado da vilã e o drama da patricinha atraíram a atenção. Mas não por muito tempo. A novela começou a andar em círculos, ficando repetitiva e desgastada.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Bianca Bin mostrou uma nítida evolução em "Boogie Oogie"

"Boogie Oogie" está chegando ao fim e a reta final da trama de Rui Vilhena se resume ao desgastado e onipresente segredo de Carlota. Todos os personagens estão em função deste cansativo assunto, o que implica em um esvaziamento do roteiro e perda de função de vários personagens. Entretanto, apesar das várias falhas, a trama teve alguns destaques, entre eles Bianca Bin, que brilhou na pele da patricinha Vitória.


A personagem começou com ares de vilã, mas depois começou a apresentar traços de humanidade e carência afetiva. Bianca soube aproveitar a oportunidade dada pelo autor, conseguindo se sobressair nas muitas cenas que contavam com sua presença. Este papel foi um dos principais da história e exigiu bastante da atriz, principalmente nos momentos dramáticos, que foram inúmeros.

Porém, infelizmente, Rui não soube conduzir os rumos da filha de Beatriz (Heloísa Périssé) e jogou fora a interessante complexidade da patricinha ao transformá-la em uma obcecada por Rafael (Marco Pigossi), além de colocá-la como detetive em busca do famigerado segredo de Carlota.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Segredo de Carlota e esgotamento das tramas paralelas deixam "Boogie Oogie" repetitiva

A atual novela das seis da Globo estreou em agosto e acabará em março. Ou seja, são oito meses no ar. Rui Vilhena começou sua trama com um ritmo ágil, exibindo uma sucessão de acontecimentos. E o autor seguiu assim por alguns meses. Porém, "Boogie Oogie" vem apresentando problemas em sua execução já há algum tempo. A repetição dos mesmos assuntos está cansativa e o roteiro parece não sair do lugar.


Inicialmente, a novela era voltada para a troca de bebês envolvendo Sandra (Isis Valverde) e Vitória (Bianca Bin). Os desdobramentos sobre o crime cometido por Suzana (Alessandra Negrini) foram sendo abordados, prendendo a atenção, e o capítulo que exibiu a grande revelação, provocando uma reviravolta na vida dos personagens, proporcionou uma ótima virada na trama. Desde então, o enredo migrou para outro tema, que vem se perdurando até agora: o segredo de Carlota (Giulia Gam).

A principal vilã da história tem um passado nebuloso e várias pessoas querem descobri-lo, principalmente Vitória. A patricinha passa praticamente a novela inteira atrás deste mistério e só para de tocar no assunto quando tenta atrapalhar o romance de Sandra com Rafael (Marco Pigossi) ---- único casal atrativo do folhetim.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014: os piores do ano

Mais um ano vai chegando ao fim e as tradicionais retrospectivas são praticamente uma obrigação. Assim como tem ocorrido todos os anos, este blog fará uma lista com os piores e melhores de 2014. Primeiramente, os piores produtos televisivos serão listados. Curiosamente, alguns dos selecionados em 2013 continuam na lista deste ano, o que apenas comprova que os problemas vistos anteriormente não foram resolvidos. Porém, algumas 'novidades' surgiram para incrementar esta triste seleção. Cabe ao leitor concordar, discordar ou acrescentar mais produções.




"Em Família": A última novela de Manoel Carlos foi uma grande decepção e um fracasso de audiência (pior ibope do horário nobre). Excesso de personagens sem função, atores que foram escalados e nem entraram, ritmo arrastado, ausência de bons conflitos, trama cansativa, clima tenso nos bastidores, enfim, não faltaram problemas na história. O folhetim ainda enfrentou duras críticas em virtude da discrepância na idade dos personagens, como por exemplo, Natália do Vale ser mãe de Júlia Lemmertz sem nem ao menos passar por um processo de envelhecimento. A novela ainda pecou pela falta de bons pares românticos e pela ausência de um bom vilão, uma vez que a ferina Shirley (Vivianne Pasmanter) ficou apenas na promessa. Infelizmente, Maneco (um novelista que já escreveu inúmeros sucessos) se despediu da pior forma possível.



"Geração Brasil": Após o sucesso de "Cheias de Charme", a expectativa era alta para a nova novela de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Mas após um começo promissor, a trama dos autores foi se perdendo gradativamente, até virar um completo equívoco. A história envolvendo tecnologia tinha uma boa premissa, porém, com o tempo, foi ficando nítido que não havia um fio condutor e nem conflitos atrativos. Os personagens ficaram sem rumo, vários casais foram mal desenvolvidos, atores foram subaproveitados e a novela que parecia ótima na verdade se revelou uma produção fraquíssima. A rejeição do público foi tão alta que a média geral conseguiu ficar um ponto abaixo de "Além do Horizonte", até então considerada o menor índice do horário. Um folhetim para ser esquecido.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Revelação da troca de bebês destaca elenco e movimenta "Boogie Oogie"

A atual novela das seis está há dois meses no ar e seu bom ritmo tem sido uma de suas principais qualidades. Repleta de bons ganchos, a trama de Rui Vilhena consegue prender o telespectador através dos encontros e desencontros dos personagens, ainda que muitas vezes as situações soem absurdas. E nesta última semana, "Boogie Oogie" teve o principal segredo de sua história revelado: a troca de bebês.


Desde que a novela estreou, no dia 4 de agosto, não se fala de outro assunto na trama. Suzana (Alessandra Negrini) trocou Sandra (Isis Valverde) e Vitória (Bianca Bin) na maternidade para se vingar de Fernando (Marco Ricca), seu amante, que preferiu ficar com a esposa Carlota (Giulia Gam). Através de constantes diálogos, a situação foi e é repetida inúmeras vezes e, aos poucos, praticamente todos os personagens do núcleo central foram sabendo desta confusão. E na quarta-feira (01/10), o crime chegou aos ouvidos das duas 'trocadas'.

A revelação promoveu uma reviravolta na novela e proporcionou ótimas cenas. Suzana contou para Carlota parte da verdade e a vilã não pensou duas vezes antes de jogar a notícia no ventilador para prejudicar sua até então filha e inimiga declarada, que está investigando um segredo de seu passado ---- até agora não descoberto.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Vivendo sua primeira vilã, Juliana Silveira se destaca em "Vitória"

A audiência de "Vitória" não é nada animadora e a Record segue preocupada com os cinco pontos de média que a trama de Cristianne Fridmann vem marcando. Mas a emissora tem sua parcela de culpa, pois colocá-la para concorrer com a principal novela da Globo é um erro. A trama em si, verdade seja dita, não é tão atrativa quanto prometia nos primeiros capítulos. Entretanto, a produção tem sido muito benéfica para uma atriz que mostrou talento desde que surgiu na televisão: Juliana Silveira.


A atriz ganhou sua primeira vilã e está aproveitando a chance dada pela autora. Ela interpreta Priscila, uma mulher que persegue gays, judeus e negros. Líder de um grupo neonazista, a personagem é linda, elegante, culta e usa de extrema violência para impor sua ideologia, sem despertar suspeitas. Isso porque, ironicamente, a mulher tem doutorado em história e ainda é dona de uma escola particular. A bela sacada de Cristianne contribuiu para deixar este perfil interessante, além de cercá-lo com uma vida hipócrita, que nada tem a ver com sua conduta real.

Logo nos primeiros capítulos, a personagem matou um flanelinha e explodiu um ônibus que transportava nordestinos. A trama é forte e, segundo pesquisas divulgadas, despertou rejeição do público, entretanto, a ideia da autora foi válida e bem ousada, principalmente em um folhetim.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Apesar do início confuso, "Vitória" tem bons ingredientes para melhorar a audiência da Record

Após abusar das propagandas cutucando a fracassada "Em Família", da Globo (mais uma vez mostrando, lamentavelmente, que a ética não está muito presente em sua norma empresarial), a Record estreou, nesta segunda-feira (02/06), "Vitória". A novela de Cristianne Fridman terá como principal objetivo aumentar os baixos índices da emissora, que há tempos não alcança o sonhado ibope de dois dígitos, e que teve sua média piorada ainda mais com "Pecado Mortal".


O primeiro capítulo mais confundiu do que explicou. Por incrível que pareça, os flashbacks usados mais atrapalharam que ajudaram e acabaram prejudicando a narrativa. Foi uma estreia confusa. Porém, a história apresenta alguns conflitos bem interessantes e que poderão despertar o interesse do público ao longo dos meses. A trama central é sobre a vingança (um clichê frequente na teledramaturgia) de Artur (Bruno Ferrari), que sofreu um acidente de cavalo na adolescência, ficou paraplégico, e a partir deste incidente passou a receber o desprezo do pai (Gregório - Antônio Grassi). O primeiro passo de seu plano é internar a mãe (Clarice - Beth Goulart) em uma clínica psiquiátrica e conquistar Diana (Thaís Melchior), sua meia-irmã, que na verdade não tem parentesco com ele já que o rapaz não é filho de Gregório. Mas como o pai não sabe disso, o jovem se aproveita para fazê-lo sofrer com o choque.

O mocinho, não se pode negar, foge do tradicional e a ousadia da autora é muito válida. Entretanto, ao apostar em uma agilidade, que parecia mais uma correria de acontecimentos, o sofrimento do protagonista não foi suficiente para o personagem ser visto como um homem bom em busca de um acerto de contas e, sim, uma pessoa que quer acabar com a vida do pai por causa de um ego ferido e que