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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

"Elas por Elas": o que esperar da nova novela das seis?

 A primeira versão de "Elas por Elas", escrita por Cassiano Gabus Mendes, foi exibida em 1982 no horário das sete, na Globo, e teve 173 capítulos. A novela deixou sua marca na teledramaturgia e agora ganhou um remake, adaptado por Alessandro Marson e Thereza Falcão, mas deslocado pela emissora para a faixa das 18h, substituindo "Amor Perfeito". A missão é manter os bons índices do horário e a trama, dirigida por Amora Mautner, vem despertando atenção desde as primeiras chamadas. 


 Lara (Deborah Secco), Taís (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli), Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles) se conheceram em um curso de inglês e, inseparáveis, compartilharam as alegrias e desafios típicos da juventude. Porém, em uma viagem de fim de semana, um triste acontecimento quebra esse laço e provoca um hiato nessa amizade. Duas décadas e meia depois, Lara encontra uma foto antiga e tem a ideia de juntar o grupo novamente em sua casa, sem desconfiar que o momento do reencontro, que deveria ser de apenas alegria, iria trazer também grandes revelações e desenterrar mágoas que tinham ficado guardadas no passado. E fica a pergunta: será que a amizade das sete é capaz de superar o que virá à tona? 

Já neste primeiro encontro uma grande revelação cai como uma bomba na cabeça de Taís: ela descobre que aquele que acreditava ser o homem da sua vida, que se apresentou a ela como Herbert e dizia trabalhar como coach, é na verdade Átila (Sérgio Guizé), marido de Lara.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Tudo sobre a festa de lançamento de "Elas por Elas", a próxima novela das seis

 A Globo promoveu nesta quinta-feira, dia 14, a festa de lançamento de "Elas por Elas", remake de Cassiano Gabus Mendes, adaptado por Alessandro Marson e Thereza Falcão. A coletiva foi realizada nos Estúdios Globo e um dos cenários da novela serviu de palco para a apresentação dos sete personagens principais da trama. Fui um dos convidados e conto tudo o que aconteceu no evento. 


O imenso estúdio funcionou em três vertentes: uma parte para os comes e bebes, outra para os jornalistas conversarem com os atores e a última o cenário da sala de Lara (Deborah Secco) que serviu como palco para uma encenação surpreendente. Isso porque a diretora Amora Mautner, antes da tradicional exibição do clipe da novela, fez questão de agradecer aos integrantes de sua equipe e comunicou aos presentes que teve a ideia de colocar as protagonistas em uma situação especial na coletiva. Todos se sentaram em várias cadeiras posicionadas de frente para o cenário e as luzes se apagaram.

Após o anúncio da diretora, o sinal sonoro clássico de toda peça teatral tocou três vezes e as luzes no cenário acenderam para a entrada de Deborah Secco interpretando Lara. Aquele estúdio virou uma peça dentro de uma deliciosa mistura de teatro com folhetim.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada honram o protagonismo de "Salve-se Quem Puder"

 A novela das sete de Daniel Ortiz vem apresentando uma 'segunda parte' muito melhor que a primeira, interrompida por conta da pandemia do novo coronavírus. "Salve-se Quem Puder" já era uma novela agradável e despretensiosa, mas agora, com o inevitável corte de capítulos, a trama ficou mais ágil e quase toda focada na saga do trio central. Além de se tornar mais atrativa, a trama também expôs o acerto na escolha de Juliana Paiva, Vitória Strada e Deborah Secco para os principais papeis. 


Luna, Alexia e Kyra formam um trio que se aventura em várias confusões e não por acaso parece oriundo de qualquer filme transmitido pela Globo na "Sessão da Tarde". As três são claramente inspiradas em "As Panteras" ---- série de sucesso da década de 70 que resultou no conhecido filme de 2003 ----, mas com um tom mais farsesco. E a proposta da produção do autor, dirigida por Fred Mayrink, seria um fiasco se as atrizes selecionadas não tivessem talento ou falhassem na sintonia em cena, o que felizmente não aconteceu.

Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada tiveram química logo no início, quando as personagens se  conheceram e pouco tempo depois testemunharam um assassinato, virando alvos de um grupo criminoso e entrando para o Serviço de Proteção a Testemunhas. Ao longo dos capítulos, a sintonia foi aumentando e as cenas do trio ficam cada vez melhores.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Globoplay aposta em "Making Five" para a divulgação de "As Five"

 Uma das maiores apostas da Globoplay, serviço de streaming da Globo, é "As Five", série derivada da bem-sucedida temporada "Malhação - Viva a Diferença", reprisada atualmente por conta da pandemia do novo coronavírus. Tanto que o mistério em torno da estreia foi mantido por muito tempo. Só em julho revelaram a data: 12 de novembro. Mas antes fizeram muitos enigmas sobre o famigerado dia para render engajamento com os fãs. Agora outra estratégia de marketing foi criada através de uma espécie de spin-off chamado "Making Five". 


Os fãs das cinco amigas terão a oportunidade de mergulhar no universo de Keyla (Gabriela Medvedovski), Lica (Manoela Aliperti), Ellen (Heslaiene Vieira), Benê (Daphne Bozaski) e Tina (Ana Hikari) e de suas intérpretes através de "Making Five". O making of faz uma viagem ao passado mostrando a formação do grupo, a escolha das protagonistas e o sucesso por trás da série que ganhou o Emmy Kids Internacional em 2018. 

Dividido em quatro episódios ---- cada um com 25 minutos ----, "Making Five" tem direção artística de Fabrício Mamberti, que também é criador do projeto, ao lado de Marcel Souto Maior. A estreia na Globoplay é hoje, quinta-feira, dia 24.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Quinteto central foi a melhor surpresa de "Malhação - Viva a Diferença"

"Malhação - Viva a Diferença" (exibida entre 2017 e 2018) marcou a estreia de Cao Hamburger na Globo com o pé direito. A temporada, dirigida por Paulo Silvestrini, abordou temas importantes de forma séria e o enredo muito bem escrito pelo autor foi repleto de qualidades. A audiência correspondeu (a média de 20 pontos é um excelente índice e o maior em dez anos de "Malhação", até hoje não superado). A reprise, por conta da pandemia do coronavírus, ajuda a reforçar os inúmeros acertos da trama. E um dos muitos foi a escolha (e construção) das cinco protagonistas.


Keyla (Gabriela Medvedovski), Tina (Ana Hikari), Ellen (Heslaine Vieira), Lica (Manoela Aliperti) e Benê (Daphne Bozaski) são perfis cativantes e totalmente verossímeis, representando a adolescência de uma forma nada maniqueísta. Não há boazinha e nem malvada, há meninas em busca de seus desejos e com muitos dilemas, repletas de virtudes e defeitos. São todas cem por cento humanas, precisando lidar todos os dias com as diferenças que tinham tudo para separá-las, mas que só as unem mais.

Os perfis foram construídos com extrema habilidade pelo autor e a escalação podia colocar tudo a perder. Afinal, atrizes fracas não conseguiriam passar todas as nuances das protagonistas, aniquilando o DNA do roteiro da temporada. E o risco era elevado, pois "Malhação" lança talentos desde a sua estreia, em 1995. Os escolhidos são sempre novatos, implicando em uma chance maior de tropeços.

terça-feira, 20 de junho de 2017

"Malhação - Viva A Diferença" apresenta protagonistas bem construídas e cinco atrizes talentosas

No ar há pouco mais de um mês (estreou no dia 8 de maio), "Malhação - Viva a Diferença" já pode ser considerada um acerto. A temporada de Cao Hamburger, dirigida por Paulo Silvestrini, vem abordando temas importantes de forma séria e o enredo muito bem escrito pelo autor é repleto de qualidades. A audiência, por sinal, está correspondendo (a média está acima dos 20 pontos, excelente índice e o maior em dez anos de "Malhação"). E um dos muitos êxitos da atual fase é a escolha (e construção) das cinco protagonistas.


Keyla (Gabriela Medvedovski), Tina (Ana Hikari), Ellen (Heslaine Vieira), Lica (Manoela Aliperti) e Benê (Daphne Bozaski) são perfis cativantes e totalmente verossímeis, representando a adolescência de uma forma nada maniqueísta. Não há boazinha e nem malvada, há meninas em busca de seus desejos e com muitos dilemas, repletas de virtudes e defeitos. São todas cem por cento humanas, precisando lidar todos os dias com as diferenças que tinham tudo para separá-las, mas que só as unem mais.

Os perfis foram construídos com extrema habilidade pelo autor e a escalação podia colocar tudo a perder. Afinal, atrizes fracas não conseguiriam passar todas as nuances das protagonistas, aniquilando o DNA do roteiro dessa temporada. E o risco era elevado, pois "Malhação" lança talentos desde a sua estreia, em 1995. Ou seja, os escolhidos são sempre novatos, implicando em uma chance maior de tropeços.

terça-feira, 9 de maio de 2017

"Malhação - Viva a Diferença" tem estreia emocionante e envolvente

"A gente cresce com o que é diferente da gente. Se existe uma hora que se aprende que o diferente é ruim, eu não quero aprender isso nunca. O que eu quero é mostrar que a riqueza é a diferença." Essa simples, mas significativa mensagem fez parte do teaser de "Malhação - Viva a Diferença", já deixando clara a  intenção da nova temporada do seriado adolescente, que estreou nesta segunda-feira (08/05), após a exibição de uma prévia na última sexta e cinco vídeos com cerca de cinco minutos na Globo Play sobre os perfis principais.


A história, dirigida por Paulo Silvestrini, marca a estreia do talentoso Cao Hamburger como novelista na produção dramatúrgica mais longeva da Globo. O autor de sucessos infantis como "Disney Club" (1997), "Um Menino Muito Maluquinho" (2006), "Que Monstro te Mordeu?" (2014) e o inesquecível "Castelo Rá-tim-bum" (1994), que marcou toda uma geração, já mostrou sua competência em lidar com as crianças e agora terá o desafio de se comunicar com os adolescentes, embora "Malhação" seja para todos os públicos e tenha um forte apelo infanto-juvenil.

As chamadas da nova temporada foram promissoras e a estreia honrou todas as expectativas, após a convidativa sinopse ter sido divulgada amplamente nas últimas semanas. Pela primeira vez o seriado tem São Paulo como pano de fundo, depois de 24 fases ambientadas no Rio de Janeiro. E outra novidade é a questão envolvendo o protagonismo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Fazendo jus ao protagonismo de "A Lei do Amor", Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu transmitem a linda sintonia de Pedro e Helô

A missão não era nada fácil: repetir a química arrebatadora vista entre Chay Suede e Isabelle Drummond na primeira fase de "A Lei do Amor". Entretanto, Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu conseguiram atingir o objetivo com louvor e logo na primeira cena deles, na segunda fase da novela das nove, que está há pouco mais de um mês no ar. A essência do par foi mantida, assim como a sintonia observada no prólogo de cinco capítulos do folhetim, protagonizado pelos jovens atores citados.


Pedro e Helô têm uma história muito bem construída por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, que souberam conquistar o telespectador com uma primeira fase voltada praticamente para o nascimento desse amor. E o par representou um dos maiores clichês da teledramaturgia em seu início: a mocinha pobre e o mocinho rico que se apaixonam, mas acabam tendo a paixão destruída por uma armação dos vilões, representados pelo pai e pela madrasta do rapaz. Vinte anos se passaram, mas o sentimento continuou intenso, apesar da distância e do mal entendido (uma traição inexistente) provocado por Fausto (Tarcísio Meira) e Magnólia (Vera Holtz).

O receio do encanto do casal ter se quebrado com a mudança de fase era inevitável, afinal, Chay e Isabelle formaram um par encantador. Mas Gianecchini e Cláudia logo acabaram com esse medo assim que protagonizaram o reencontro dos protagonistas, justamente em uma praia que representava um dos locais mais marcantes dos personagens.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Isabelle Drummond e Chay Suede formaram um encantador casal na primeira fase de "A Lei do Amor"

A primeira fase de "A Lei do Amor" teve apenas cinco capítulos e nem estava prevista antes da novela ser adiada, cedendo lugar para "Velho Chico". Esse prólogo serviu para expôr toda a construção do amor dos protagonistas, além de mostrar as manipulações dos vilões do enredo. Vera Holtz e Tarcísio Meira já mostraram que Magnólia e Fausto serão grandes personagens, sendo necessário ainda mencionar a ótima Ana Rosa na pele da doce Zuza e a talentosa Gabriela Duarte como Suzana. A luxuosa participação de Denise Fraga, vivendo a sofrida Cândida, também engrandeceu o início da história. Mas os grandes destaques foram Isabelle Drummond e Chay Suede.


Os dois fizeram jus ao posto de protagonistas, mesmo sendo tão novos. Afinal, todo folhetim das nove costuma ter perfis centrais mais velhos. E com "A Lei do Amor" não será diferente, pois Cláudia Abreu e Reynaldo Gianecchini entram na trama agora, interpretando os mesmos personagens na segunda fase, ambientada em 2016. Mas os mocinhos foram brilhantemente defendidos pelos jovens talentos, que esbanjaram química do primeiro ao último capítulo da fase exibida em 1995, que chegou ao fim hoje. A escalação dos autores Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari e da diretora Denise Saraceni não poderia ter sido mais acertada.

Os cinco primeiros capítulos foram praticamente voltados para o envolvimento amoroso de Pedro e Helô, repleto de clichês típicos de um bom folhetim. Eles se apaixonaram à primeira vista, trocaram declarações, protagonizaram momentos delicados, tiveram cumplicidade de sobra, compartilharam alegrias e sofrimentos, enfim...

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Enquanto Alinne Moraes e Rafael Cardoso esbanjam química em "Além do Tempo", Lívia e Felipe honram o título da novela das seis

A principal característica de "Além do Tempo" é a presença de duas fases completamente distintas, com longa duração cada uma. A primeira se passou no século XIX, por volta de 1895, e a atual se passa no século XXI, em 2015. E um dos grandes motivos para a transição de fase é justamente o casal protagonista, composto por Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso), cujo amor atravessa o tempo. Ou seja, se o par não funcionasse, a história fatalmente naufragaria. Mas funcionou.


A clássica história do amor de outras vidas, desta vez, foi contada de forma diferente, mantendo a essência folhetinesca. Ao contrário do que sempre costuma ocorrer em obras espíritas ---- através de flashbacks inseridos durante a história, quase sempre frutos de regressões ----, a vida passada do casal foi contada, na íntegra, ao longo de 87 capítulos na primeira fase e sem final feliz. Tudo para que o novo ciclo do amor pudesse ser reiniciado com o público já sabendo de todos os meandros daquele romance.

E a estratégia ousada de Elizabeth Jhin foi muito benéfica para a novela, que nada mais é do que duas obras em uma. Já a imensa química entre os atores e a ótima construção dos personagens foram vitais para que tudo funcionasse e conquistasse o telespectador. Até porque um dos maiores desafios para um autor hoje em dia é justamente conseguir criar um casal principal que empolgue e desperte torcida do público.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Enquanto Débora Bloch e Domingos Montagner se destacam, Lígia e Miguel esbanjam química em "Sete Vidas"

O principal casal de "Sete Vidas" é um dos muitos acertos desta trama tão bem escrita por Lícia Manzo. A conturbada relação de Lígia e Miguel afeta, direta ou indiretamente, todos os personagens da novela e o par tem um enredo denso que os cerca desde o primeiro capítulo. O sentimento que os une é tão intenso que eles sempre estiveram ligados, mesmo com tanto tempo de afastamento e conflitos. Débora Bloch e Domingos Montagner são muito exigidos e vêm correspondendo desde a estreia.


A jornalista sempre foi apaixonada pelo oceanógrafo e ambientalista, sendo plenamente correspondida. A relação acabou justamente quando o relógio biológico dela tocou, e o desejo de ter uma família estável afastou o navegador. Em meio ao término da relação, já houve um tudo: uma morte que na verdade era um desaparecimento, culminando em uma fuga; o nascimento de um bebê, fruto deste amor; um casamento; o aparecimento de cinco filhos gerados através da doação de sêmen feita pelo protagonista no passado; um retorno (após um longo isolamento em Fernando de Noronha) que chocou a todos; e um transplante de fígado que provocou sérias complicações. Praticamente uma avalanche de dramas e acontecimentos.

Porém, mesmo com tantas mudanças drásticas, novas formações familiares, mágoas, cruel passagem do tempo e reviravoltas impensáveis, eles nunca ficaram separados no pensamento. E a resistência de Miguel em estabelecer vínculos ---- sendo justamente esta questão a responsável por todos os conflitos gerados ---- está em seu traumático passado, já amplamente abordado na história.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

"Sexo e as Negas" não mereceu as acusações de racismo, mas foi uma série desinteressante e esquecível

Foram três meses no ar e muitas acusações. "Sexo e as Negas" chegou ao fim nesta terça-feira (16/12) e ficará marcada como a produção responsável por uma sucessão de ataques injustos ao autor Miguel Falabella. Isso porque a história escrita por ele, e dirigida por Cininha de Paula, foi acusada por vários grupos e organizações de ser racista e tratar os negros de forma pejorativa. Mas quem viu a trama pôde constatar o quanto que estas acusações foram infundadas.


A história era uma espécie de paródia do conhecido seriado americano "Sexy and the City" e contou a história de quatro mulheres negras, moradoras da Cidade Alta, em Cordovil, que batalhavam para ganhar a vida e enfrentavam vários dilemas amorosos. As protagonistas Lia, Tilde, Zulma e Soraia foram muito bem interpretadas por Lilian Valeska, Corina Sabbas, Karin Hills e Maria Bia, que além de atuar também tinham que cantar, sempre nos finais dos episódios. As quatro se saíram muito bem. 

O elenco era predominantemente negro e foi ótimo ver tantos atores que precisavam desta oportunidade valorizados pelo autor. Aliás, Miguel sempre costuma escalar muitos negros para suas novelas e séries, o que apenas reforça a injustiça das acusações feitas contra ele. Na série, houve uma preocupação em retratar vários problemas enfrentados por mulheres independentes e negras.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Complexidade do sexteto central é um dos grandes acertos de "Sangue Bom"

Criar um casal protagonista que agrade é, sem dúvida, uma das muitas dificuldades de um novelista. E não tem sido fácil alcançar esse objetivo, afinal, o telespectador não engole mais qualquer 'dupla'. Não faltam exemplos de personagens centrais que fracassaram, sendo sumariamente apagados pelos coadjuvantes. Portanto, pode-se dizer, tendo como base os riscos que esses papéis correm, que Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari resolveram apostar alto lançando logo seis protagonistas. Mas o que poderia ser uma catástrofe, acabou virando um dos grandes acertos de "Sangue Bom".


O sexteto central é claramente inspirado no poema "Quadrilha", um clássico do Carlos Drummond de Andrade: "João amava Tereza que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para a tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou-se com J. de Pinto Fernandes que não tinha entrado na história". No caso da novela, Fabinho (Humberto Carrão) não ama ninguém, enquanto Malu (Fernanda Vasconcellos) ama Maurício (Jayme Matarazzo) que ama Amora (Sophie Charlotte) que ama Bento (Marco Pigossi) que também ama Amora, não correspondendo ao sentimento de Giane (Isabelle Drummond).

Porém, mesmo sendo perceptível essa inspiração dos autores, não há dúvidas que a confusão amorosa da trama é, com todo respeito ao Carlos Drummond, infinitamente superior ao poema. Cada protagonista tem uma

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Tony Ramos e Irene Ravache mostram em Guerra dos Sexos que atores veteranos também merecem ser protagonistas

Na primeira versão de "Guerra dos Sexos", o casal protagonista era representado por Paulo Autran e Fernanda Montenegro. A novela fez um imenso sucesso e até hoje todos se lembram da clássica cena em que um joga comida no outro, em pleno café da manhã, numa sequência de mais puro pastelão. Os atores ficaram marcados e deram um show na pele de Otávio e Charlô. Ao escrever o remake de sua própria obra, Silvio de Abreu não pensou duas vezes e escalou dois atores de peso para viver a dupla que tanto teve repercussão no passado: Tony Ramos e Irene Ravache.


O autor acertou em cheio ao escolher esses dois veteranos de tanto talento para protagonizar a novela das sete. Os dois atores já participaram de várias produções do próprio Silvio e sempre costumam ser lembrados por ele. Aliás, a última novela em que os dois marcaram presença foi a ótima "Passione", onde Tony viveu o enganado Totó e Irene deu vida a uma perua hilária, a inesquecível Clô. Agora, em "Guerra dos Sexos", ambos têm brilhado na pele dos sobrinhos do casal de 1983 e a parceria está sendo muito bem-sucedida.

Tony Ramos está impagável e totalmente à vontade no papel. Otávio é um quase-vilão e suas leves maldades costumam descambar para o riso, principalmente através dos trejeitos e na forma de falar do personagem. O ator deu um tom farsesco ao tipo e acertou em cheio. Já Irene Ravache não fica atrás na pele da Combuqueta, ou melhor, Charlô. A empresária é

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Laura e Edgar: protagonistas que se completam e encantam os telespectadores de Lado a Lado

"Lado a Lado" estreou recentemente no horário das seis na Rede Globo. Há menos de um mês no ar, a novela tem se mostrado de grande qualidade, ótimo texto, boa produção, direção acertada, figurinos admiráveis e elenco bem escalado. Mesmo com tantos pontos positivos a audiência ainda não correspondeu e permanece abaixo dos 20 pontos. Provavelmente quando acabar o Horário Eleitoral Gratuito os números aumentem. Mas deixando o ibope de lado e citando todos os elementos da trama até então, pode-se dizer que um dos principais acertos foi a escolha do casal protagonista: Laura e Edgar.


Desde o primeiro momento em que os personagens se encontraram, a sintonia do casal ficou evidente. Marjorie Estiano e Thiago Fragoso têm química de sobra e o talento de ambos não é surpresa para ninguém. Após alguns desencontros --- Thiago seria o Rodrigo em "A Vida da Gente", mas não pôde aceitar e quando ia entrar na trama para fazer uma participação especial na reta final da história, acabou sofrendo um grave acidente no teatro e foi substituído por Eriberto Leão na novela de Lícia Manzo --- os atores finalmente estão trabalhando juntos em uma mesma obra.

Marjorie Estiano encanta ao interpretar uma mulher forte, sem preconceitos e nada submissa; características raríssimas nas mulheres daquela época (1904). A atriz enfrenta um desafio grande ao encarar uma personagem que também é uma mocinha, e possíveis comparações com a Manu ("A Vida da Gente") poderiam acontecer. Mas com um talento já conhecido desde

sábado, 12 de maio de 2012

Protagonistas brilham em Cheias de Charme

A nova novela das 19h, exibida pela Rede Globo, tem se mostrado um grande acerto. Os autores criaram uma história bem atrativa para o público, divertida, 'colorida', com bons personagens e um texto inspirado. Filipe Miguez e Isabel de Oliveira têm todos os motivos para comemorar o sucesso que a trama vem fazendo. Além desse conjunto de fatores que transformaram "Cheias de Charme" em uma ótima novela, temos a escolha acertadíssima do trio protagonista: Isabelle Drumond, Leandra Leal e Taís Araújo.


As três atrizes são merecedoras de cada elogio que estão recebendo desde que a trama estreou. A amizade entre Cida, Rosário e Penha é um dos pontos fortes da história. O entrosamento do trio era primordial para que esse elo fosse convincente para o público e a 'química' que Isabelle, Leandra e Taís mostram em cena foi essencial para cativar os telespectadores. Isabelle é um talento nato, veio mostrando isso desde criança e seu bom desempenho não é surpresa. Leandra Leal merecia uma protagonista, após tantos papéis secundários que interpretou e tem uma carreira com grandes interpretações no currículo. Já Taís Araújo nunca foi uma grande atriz e fracassou em sua última personagem: a Helena de "Viver a Vida", que foi sumindo da trama, sendo ofuscada pelo show dado por Alinne Moraes (Luciana). Porém, conseguiu agarrar essa nova protagonista com unhas e dentes e está totalmente à vontade no papel. Ou seja, fica impossível não torcer para que as sofridas empregadas domésticas sejam felizes e obtenham sucesso, ao vermos o bom desempenho dessas atrizes, além dos perfis terem sido muito bem escritos, claro.

Outro ponto interessante é que cada personagem tem a sua trama própria, o que implica