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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

"BBB 23", intolerância religiosa e a importância de Tadeu Schmidt

 A vigésima terceira edição do "Big Brother Brasil" vem apresentando um jogo morno e uma audiência preocupante. São poucos os participantes que se destacam, embora a produção se esforce para provocar embates durante as dinâmicas, como o 'Jogo da Discórdia'. No entanto, as polêmicas têm dominado a temporada, o que expõe uma escalação equivocada de parte do elenco. No entanto, o apresentador e a produção têm marcado presença e tentado impedir que determinadas situações se agravem. 


Logo na primeira semana, Tadeu Schmidt teve que intervir para que a relação abusiva entre Gabriel Fop e Bruna Griphao acabasse antes que algo pior acontecesse. O participante a tratava com estupidez e chegou a dizer que 'em breve daria cotoveladas em sua boca'. Ainda que uma parcela do público tenha achado interferência demais no jogo, o jornalista fez muito bem em cortar o mal pela raiz. Até porque os erros do passado não podem mais ser repetidos, vide o traumático "BBB 17", onde Marcos Harter só foi expulso depois que agrediu Emily. 

E foi com base na correção de graves falhas do passado que houve mais uma interferência da produção ontem, dia 20. Cristian, Key e Gustavo já estavam há alguns dias praticando intolerância religiosa através de comentários preconceituosos e ignorantes sobre as rezas de Fred Nicácio.

terça-feira, 26 de julho de 2016

"Liberdade Liberdade" mostrou que o Brasil não mudou tanto assim em pouco mais de 200 anos

A atual novela das onze, dirigida por Vinícius Coimbra, está em plena reta final e a produção se mostrou um bom folhetim, embora não tenha repercutido e nem envolvido tanto quanto prometia. A curta duração das cenas também deixou muito a desejar e o desenvolvimento de algumas tramas ficou devendo. Porém, um dos trunfos da história escrita por Mário Teixeira (com argumento de Márcia Prates) foi a exposição nua e crua de um Brasil que infelizmente não mudou tanto assim ao longo de pouco mais de 200 anos.


As situações apresentadas como pano de fundo de alguns personagens e núcleos, ainda que muitas vezes não conseguindo ser aprofundadas como mereciam, servem para observar que ainda há inúmeros 'resquícios' da época de 1808, incluindo alguns comportamentos e hábitos que não mudaram quase nada. Desigualdade, racismo, homofobia, exploração dos governantes, suborno, corrupção, estupro, abuso de poder, justiça que não tem nada de justa, enfim, não falta exemplo na história do início do século XIX que segue sendo observado nos dias atuais.

Logo no início de "Liberdade, Liberdade", Joaquina (Andreia Horta) ficou horrorizada ao conhecer a chamada 'parte suja' de Vila Rica. A área era imunda, repleta de escravos famintos em condições sub-humanas. Rubião (Mateus Solano), intendente da Coroa Portuguesa, com o intuito de impressionar a sua 'amada', fez questão de distribuir comida e prometeu melhorar o local.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Autismo, preconceito e a sensibilidade do casal formado por Linda e Rafael em "Amor à Vida"

Entre os muitos temas abordados em "Amor à Vida", o autismo é um dos que mais atraem. Tanto por causa da atuação magnífica de Bruna Linzmeyer, quanto pela forma com que a trama vem sendo conduzida. A relação que Linda vem construindo com Rafael (Rainer Cadete) é de uma sensibilidade tão grande que fica difícil não se emocionar com as cenas protagonizadas por eles.


Walcyr Carrasco começou explorando a ignorância da família em relação ao autismo e como isso prejudicava o desenvolvimento de Linda. A menina fazia xixi na cama, não conseguia olhar para ninguém, odiava ser tocada, inclusive por parentes próximos, e apresentava constantes surtos por causa das ofensas proferidas por Leila (Fernanda Machado), sua irmã. Mas apesar de precisar de cuidados médicos, Neide (Sandra Corveloni) se recusava a levar a filha para ser tratada, alegando que ela preferia ficar em casa e que estava sendo muito bem assistida. 

E foram anos de negligência. Linda era tratada como uma incapaz e assim seria se Daniel (Rodrigo Andrade) e Amadeu (Genésio de Barros) não tivessem insistido para que um tratamento psicológico fosse

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Walcyr Carrasco expõe preconceito contra obesos, destaca Fabiana Karla e enriquece drama de Perséfone em "Amor à Vida"

No início de "Amor à Vida", Perséfone (Fabiana Karla) foi apresentada ao público como uma integrante de um dos núcleos cômicos da novela. Se de um lado Valdirene (Tatá Werneck) fracassava em sua tentativas de conquistar um famoso, do outro a enfermeira enfrentava várias complicações para conseguir perder sua virgindade. No entanto, a partir do momento em que as duas situações começaram a ficar repetitivas, Walcyr Carrasco provocou viradas nos núcleos. A periguete já começou a protagonizar seus novos dramas há vários meses, mas a 'gordinha' da novela das nove teve sua história mais aprofundada nas últimas semanas.


Perséfone finalmente desistiu de perder sua virgindade a qualquer custo. Passou a ignorar esse 'trauma' e foi intensificando sua relação de amizade com Daniel (Rodrigo Andrade), com quem sempre saía para se divertir. Aos poucos ele e ela foram vendo que havia um sentimento mais forte os unindo. A partir de então, os dois começaram a namorar e a química do casal ficou nítida. Os atores combinaram perfeitamente em cena e a beleza do romance, muitas vezes tratado com uma certa infantilidade, foi ficando cada vez mais evidenciada.

Mas além de apresentar esse bonito casal, Walcyr quis também levantar um tema polêmico e infelizmente muito comum na sociedade: o preconceito que os gordos sofrem dentro de uma sociedade que preza e valoriza a magreza. Daniel passou a ser ridicularizado no hospital San Magno por causa de seu namoro

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ataques, preconceito e falta de ética. Até quando, Record?

O ano de 2013 mal começou e janeiro ainda nem chegou na metade. Mas a Rede Record já mostrou que continua a mesma e parece não ter aprendido nada com os equívocos cometidos em 2012. Nesse domingo (13/01), a emissora apresentou uma matéria vergonhosa no seu principal jornalístico: o "Domingo Espetacular" --- que perdeu esse posto há tempos, virando apenas um objeto de ataque à concorrência. A reportagem citava a campanha de um pastor evangélico contra a microssérie "O Canto da Sereia" e para culminar ainda falaram mal do "Festival Promessas" e novamente de "Salve Jorge".


Antes da microssérie da Globo ir ao ar, manifestações lideradas por um pastor chamado Divino Aleixo Marinho começaram a se espalhar na internet contra a trama. E tudo porque a história mostrava bissexualismo e Iemanjá. Além de demonstrar um gritante e deprimente preconceito, o tal pastor ainda dizia que as mídias estavam tentando acabar com o cristianismo por causa de escândalos de falsos pastores. A verdade é que um sujeito como esse não deveria ter espaço na televisão para vomitar suas intolerâncias, mas a Record fez questão de exibir uma entrevista com ele e ainda aproveitou para atacar a concorrente.

Na matéria, além das barbaridades já mencionadas, o pastor diz que as atitudes da microssérie iriam contra à bíblia. E a emissora ainda aproveitou a situação para criticar, de novo, "Salve Jorge". Uma antropóloga, enquanto era entrevistada, disse que o título da novela faz menção a Ogum, símbolo do Candomblé, ficando claro a intenção