Há anos que os realitites viraram uma espécie de galinha dos ovos de ouro para as emissoras. O custo de produção não é muito alto, há uma boa venda com cotas de patrocinadores e um retorno positivo da audiência. Uma soma bem-sucedida. Com a pandemia do novo coronavÃrus, os formatos ficaram ainda mais populares em virtude do maior número de pessoas em casa sem muitas opções de entretenimento na televisão aberta diante de tantas reprises de novelas ---- as inéditas tiveram gravações interrompidas. Porém, em 2022 o resultado foi trágico.
Tudo começou com o fiasco do "BBB 22" no inÃcio do ano. Após duas temporadas que foram um fenômeno de audiência e repercussão ----- turbinadas pelos participantes carismáticos e pela já mencionada questão da pandemia -----, o reality naufragou. A grata surpresa foi a apresentação de Tadeu Schmidt, que substituiu brilhantemente Tiago Leifert. A estreia do quadro "Big Terapia" com Paulo Vieira também foi um acerto. Mas a seleção do elenco se mostrou equivocada logo no começo e o favoritismo do Arthur Aguiar deixou tudo ainda pior. Provas cansativas, jogos da discórdia que não funcionaram e competidores que se recusavam a jogar.
à verdade que a audiência não foi ruim. Embora a média tenha ficado abaixo do "BBB 20 e 21", os números não representaram um fracasso. E houve um ótimo lucro para a emissora com os patrocinadores. No entanto, a repercussão foi muito baixa e a maior comprovação da falta de entusiasmo do público com os participantes foi o chamado 'pós-reality'.