A ideia é que eu inicie um diário ilustrado, tal como um dia tive na época do fundamental. Não era diário, mas foi um ótimo exercício de converter momentos em imagens, sem depender de fotografia e sem se estender em palavras. Eu olho pro caderno hoje em dia e lembro exatamente ao que se refere cada cena, e gosto desse sentimento.
Vamos mirar na utopia mesmo e ser otimistas que pelo menos eu faça uma vez por semana, durante um mês inteiro. Não só na primeira semana da empolgação.
Imagem de referência
Inspirações gerais
O contexto
Vamos partir da menor pra maior escala, porque as ideias da minha cabeça escalaram muito rápido, como sempre.
Hoje eu fiz um suco de cajá que ficou muito gostoso e eu senti vontade de registrar em algum lugar que hoje, dia 05 de junho de 2023, eu fiz um suco que me deixou muito muito feliz. Então eu lembrei daqueles calendários ilustrados que vi no pinterest e pensei: hoje merecia um desenho num calendário, se eu tivesse um... 💡 (nossa Alana, que bela ideia você pegar algo simples e esporádico, e transformar em algo complexo que exige muito comprometimento... Vai dar super certo.)
Eu tenho uma ambição que é desenhar todos os dias. Não precisa ser algo grande ou ambicioso, pode ser um rabisco ou traços numa peça maior, mas que seja consistente. Em meses passados, cheguei a fazer um monitoramento de hábitos: ler todo dia, comer fruta todo dia, fazer exercícios, assistir um filme ou um episódio de série/ anime todo dia. De todos esse hábitos, o único que eu fiz em dia nenhum foi desenhar... Eu fico triste...
[momento terapia] Não por acaso, ontem eu levei um murro de uma amiga, mentira, ela me enviou um vídeo no tiktok com imagens de inspiração pra desenhar. Ela é gaiata ela. Eu fiquei triste. Pensar em desenhar me deixa triste e eu gosto de desenhar, mas é o dilema da vida: querer acertar de primeira e não querer os desafios de manter um hábito, habilidade ou relacionamento. Um relacionamento meu comigo mesma. A habilidade e hábito de comunicar e externalizar meus sentimentos e ideias. Não precisa fazer sentido, mas precisa tomar uma forma fora da minha cabeça, porque ela sozinha não aguenta não.
Eita que chega deu um nó na garganta.
Eu fico triste com as ideias que eu tenho e não desenho. Mas é melhor ficar frustrada por ter feito e ficado feio ou insuficiente, do que ficar com esse nó sem ter feito nada. Nossa cara, mas a sensação de insuficiência também é muito ruim, noooossa... Tudo muito ruim... Tô triste.
Eu odeio* que pra cada pensamento meu, tem uma cena de Blue Period pra me representar e me dar outro murro em cima do que já tá inflamado e sensível 🤡.
*Entende-se "odeio" por "gosto muito", mas de uma forma não tão amistosa e clara quanto seria se eu usasse a palavra "amo". Qual outra palavra poderia usar pra quando ser gosta muuuuuito de algo, mas é algo que te dói muito gostar. Relacionamento toxico? k. Preciso de um verbo pra usar nesses momentos agridoces.
texto fruto de um surto entre as 17h e 20h de hoje, tudo por causa de um suco '-'
Eu, que me meto a desenhar também, apoio totalmente a ideia e inclusive exijo ver foto dos updates.
ResponderExcluirHá muitos anos eu tive um caderno que eu usava tanto para desenhar quanto para praticar japonês e nele eu desenhava alguns causos do meu dia. Por exemplo, o professor que falava baixinho ou o dia em que caprichei na chapinha da franja, mas então começou a chover e o vento passava por baixo do guarda-chuva em cheio na minha franja, então a minha franja ficava com frizz e ondulada (esse registro foi em vários quadrinhos)
Mas é legal fazer essas memórias de uma forma mais artística do que só tirar foto, a foto acaba sendo um registro tão comum e nem sempre capta a essência daquele momento específico.
Vai com fé, Lana! Com fé e algumas canetas boas :)
Pretendo mostrar o diário sim, como registro do meu progresso. Grata pelo apoio hahaha. Eu gostava muito de desenhar tirinhas, não sei se ainda sei fazer isso hoje em dia... Mas a oportunidade ta aí pra isso. Eu ri da sua história e me identifiquei, pois também tenho franja e tudo bagunça ela.
ExcluirSobre fotografia, eu costumo fotografar bem de perto das coisas, uso uma maquina que me permite dar zoom, mas nem sempre eu ando com ela e nem sempre dá pra parar e tirar foto de algo... então eu fico com a imagem da coisa na minha cabeça com intenção de desenhar e nunca faço, mas agora vou. Vai dar certo. Eu ainda to procrastinando, mas vai dar.
Como alguém que teve a vida transformada pelos sketchbooks eu recomendo muito manter um caderno. Eu não me dou muito bem com a coisa toda de ter uma frequência específica pra desenhar, mas mantenho diários gráficos desde 2014 eu acho e fiz um pouco do caminho contrário. Comecei apenas desenhando e aos poucos comecei a escrever.
ResponderExcluirEu tenho uma perspectiva específica sobre desenhos feio que é a de que a gente precisa gastar eles. Tipo, tem uma quantia de desenho na gente que a gente não gosta e as vezes ela tá em cima dos desenhos que a gente gosta e o único jeito chegar nos desenhos legais é colocando os que a gente não gosta pra fora. Ai as vezes eu reservo umas páginas só pra bobagens e coisas descompromissadas, quase como uma faxina do desenho.
Espero que você consiga executar os seus planos cadernísticos e que você se divirta no processo ^^
p.s.: esses dias eu usei a palavra feliste pra descrever a sensação de saber que alguém sente saudades de mim porque fico feliz de ser objeto de saudades ao mesmo tempo em que é um pouco triste porque preferiria conseguir ser presente ao invés de fazer falta e acho que talvez você possa inventar uma palavra ou expressão nova pra falar sobre amar de um jeito complicado ou dolorido.
é nóis, até a próxima!
Meu foco nem é a frequência, só inicialmente, pra conseguir trazer isso pra minha rotina, mesmo eu sendo péssima com delimitações.
ExcluirEu achei TUDO, sua perspectiva sobre tirar os desenhos feios da frente, como quem tira os pensamentos intrusivos da cabeça escrevendo, pra depois conseguir focar, com a mente limpa. Faxina é uma boa palavra.
Sobre a invenção de palavras, acho que vou passar a usar o termo agridoce, junto de amor e ódio. Não consegui achar ou inventar um verbo ainda, mas um dia quem sabe...
Até mais!
Achei linda a ideia de um diário ilustrado! Gostei da imagem de referência também. Hoje saí um pouco e vi várias cenas lindas, mas não quis fotografar porque a fotografia nunca captura com precisão (pelo menos não com o celular). Acho que se tivesse tirado a foto pra transformar em desenho daria um resultado legal, e poderia servir pra treinar também (talvez eu copie sua ideia, espero que não se importe). Gostei do registro do suco também hahaha
ResponderExcluirPode copiar, fique a vontade.
ExcluirEssa ideia dos desenhos feios precisarem ser tirados da frente dos bonitos aí de cima eu vou pegar pra mim
ResponderExcluirLana, tamo junto. Eu sou doida colecionadora de material de papelaria, na minha cabeça tenho todas essas ideias que queria desenvolver de como registrar minha vida de formas mais artísticas, mas tenho aqueles bloqueio por medo do negócio não sair lindo e aesthetics como vi no Instagram e desisto. E sei disso, é melhor ficar triste por ter feito feio do que por nao ter feito, mas nossa, tão ruim sair da zona de conforto e ter que lidar com a própria incompetência……. Enfim, ofereço minha solidariedade, e quero muito acompanhar seus progressos, mostra pá nóis.
Gostei muito do seu bixinho bebendo suco de cajá!!
:**
eu tb vivo ensaiando começar um diário ilustrado, no meu ensino médio tive que fazer um como projeto de aula de artes visuais, a professora chamava de "diário de bordo“... eu desenhava bastante... todos os dias... mas desde que eu entrei na faculdade eu nunca mais peguei num lápis por vontade própria ou sem nenhum tipo de pressão, sinto que perdi algo importante pra mim e vivo tentando retomar, mas acho que o medo de fracassar de novo me impede de começar...
ResponderExcluirenfim, eu super apoio sua ideia e adoraria ver seus desenhos 💜