guilherme’s review published on Letterboxd:
SURPREENDENTE! MAGNÍFICO! CINEMA!
Ontem, tive a infeliz oportunidade de conferir umas das piores, senão a pior, direção do ano. E felizmente, presenciei hoje um dos trabalhos mais grandiosos do ano e em filmes de ação em geral. Eu tive um orgasmo cinematográfico nesse aqui.
Como explicar a parte 1 de Dead Reckoning? Bom, a sétima Missão Impossível é de longe, quilômetros de distância, a mais bem dirigida da saga. Sem muita surpresa (porque ele já é incrível), mas com muita felicidade, eu digo que o Christopher McQuerrie está no seu auge artístico como diretor. Em Fallout ele já tinha ganhado todo o meu respeito, agora foi só pra ter certeza. Meu novo diretor favorito.
Sem fôlego por quase 3 horas, eu terminei o filme completamente satisfeito, eu não lembro da última vez em que um fiquei tão apaixonado vendo um filme no cinema. Todos os enquadramentos e jogos de câmera são belíssimos e muito bem filmados, tudo é muito frenético, profissional, impressionante e caprichado, a assinatura do Christopher nunca esteve tão evidente e poderosa. Além de ser muito dinâmico para conduzir a história, seu roteiro nos introduz uma ameaça invisível, jamais vista antes e até difícil de se trabalhar, mas eles foram capazes de desenrolar graciosamente essa trama super interessante e assustadora. Também, o diretor tem uma ótica brilhante e um talento absurdo para fazer seu projeto se concertar com o telespectador, não só através de um cast incrível, ou por um gênero que exige emoção, mas sim por seus quesitos técnicos. Sei o quanto an Academia ignora esse tipo de filme, mas eu quero muito o McQuerrie indicado em Melhor Direção. Inúmeras movimentações de câmera e troca de planos sem cortes me deixaram de queixo caído várias vezes.
Com uma trilha sonora muito imersiva, forte e pontual, a atmosfera entregada é bem impressionante e única, agregando muito na beleza total desse projeto, eu real não vi a hora passar, foi uma ótima experiência.
Caras, o Tom Cruise também é outro que está no seu auge, na verdade, ele está novamente um seu auge, eu admiro demais o trabalho desse artista, não só pelo seu notório talento, mas pela coragem, determinação e amor pela arte, produzindo cenas radicais e mortais sem o uso de um dublê. Eu acho que isso foi primordial para a naturalidade que eles conseguiram transmitir com ele em cena. Isso é bonito de ser ver, eleva o nível. Cinema novamente!
Também, a Hayley Atwell foi uma adição muito inteligente, ela tem um ótimo timing e estamina, combina com o papel e sua escrita foi digna.
R.I.P E. 🌹😭
Não avaliei com nota máxima, pois, até mesmo para filmes de ação, nem sempre é bem-vinda a abundância de conveniências que precisam surgir para que algumas cenas funcionem e que o famoso poder do protagonismo não perca seu lugar.
Eu mal passo esperar por essa conclusão, eu tenho certeza que a parte 2 vai ser mais surreal ainda.
We’re in the Endgame now!