VPorts
Vports | |
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Razão social | Vports Autoridade Portuaria S.A. |
Sociedade anônima fechada | |
Fundação | 21 de fevereiro de 1983 (41 anos) |
Sede | Vitória, ES, Brasil |
Presidente | Paulo Henyan Yue Cesena |
Certificação | ISPS Code |
Acionistas | Fundo de Investimentos em Participações Shelf 119 |
Website oficial | [1] |
A VPorts é uma autoridade portuária privada do Brasil, responsável pela administração do complexo portuário de Vitória, Vila Velha (Capuaba) e Aracruz (Barra do Riacho).[1]
Anteriormente, era denominada de Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA), que foi privatizada em março de 2022, sendo adquirida pelo Fundo de Investimentos em Participações Shelf 119, liderado pela Quadra Capital.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A história portuária do Espírito Santo tem sua origem com o desenvolvimento da cultura cafeeira na Província do Espírito Santo. No entanto, a partir de 1870, tornou-se saturado o Porto de Itapemirim, então utilizado para o escoamento agrícola, em especial da cana-de-açúcar. Como alternativa para os embarques, foram previstos a utilização de outro atracadouro, denominado Cais do Imperador, na parte sul da Ilha de Vitória.[2][3]
Em 1881, foram iniciados os primeiros estudos para a construção do Porto de Vitória. No entanto, o baixo comércio da região e a falta de estradas que ligassem ao interior fizeram com que o projeto demorasse a sair do papel. [2][3]
Em 28 de março de 1906, o governo federal autorizou que a Companhia Porto de Vitória (CPV) implantasse as novas instalações no mesmo local, tendo ficado a cargo da empresa C. H. Walker & Co. Ltda. a execução 1 130 metros de cais. No entanto, as obras foram interrompidas no ano de 1914.[2][3]
A União encampou a concessão dada à CPV e a transferiu ao governo do estado do Espírito Santo por meio do Decreto n.º 16 739, de 31 de dezembro de 1924. Foi criada a APV – Administração do Porto de Vitória, com concessão pelo prazo de 60 anos. A construção do porto retomada no início de 1925.[2] [3]
Sua inauguração oficial se deu em 3 de novembro de 1940, assinalando o começo do atual complexo portuário. No mesmo ano, teve início o embarque de minério de ferro.[2][3]
Já nos anos 1940, foram construídas as instalações de embarque da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), no morro do Pela Macaco, em Vila Velha, hoje totalmente desativadas e entregues à Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA). Na mesma época, iniciou-se a construção do Terminal de Granéis Líquidos, também em Vila Velha. Nesta mesma época, foram, ainda, construídas as instalações do Cais de Paul (Usiminas e CVRD, também localizadas em Vila Velha.[2][4]
Na década de 1950, foram construídos os demais cais de Vitória, berços 101 e 102. Na década de 1960, foi construído o Píer de Tubarão e, na de 1970, os cais de Capuaba (Vila Velha), Barra do Riacho e Ubu.[2]
Em 1978, a concessão dada ao governo estadual foi encampada pelo DNPV – Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, vinculado a Portobrás, o que antecipou o término da concessão.[2]
No mesmo ano, tiveram início das operações do Portocel – Terminal Especializado de Barra do Riacho, para movimentação de celulose.[2]
A Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA) foi criada por meio do Decreto nº 87.560 de 9 de setembro de 1982, sendo oficialmente constituída em 21 de fevereiro de 1983, sendo responsável, inicialmente, pelos Portos de Vitória e Barra de Riacho. A companhia fazia parte da holding Portobrás.[2]
Em março de 2022, o Fundo de Investimentos em Participações Shelf 119, liderado pela Quadra Capital, venceu o leilão de privatização da Companhia Docas do Espírito Santo na Bolsa de Valores de São Paulo, por R$ 106 milhões de outorga, com um contrato de concessão de 35 anos, prorrogáveis por mais cinco. A CODESA teve então seu nome alterado para VPorts.[1]
Terminais
[editar | editar código-fonte]A Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA) era uma empresa estatal do Governo Federal, vinculada à Secretaria Nacional de Portos do Ministério de Infraestrutura. Possui terminais portuários públicos e arrendados, nos municípios de Vitória, Vila Velha e Aracruz (Barra do Riacho).
No Porto Organizado de Barra do Riacho, pertencente à CODESA, estão localizados dois terminais de uso privado: o TUP Portocel, inaugurado em 1985, de propriedade conjunta das empresas Suzano Papel e Celulose e da CENIBRA (duas das maiores produtoras de celulose do Brasil); e o TUP Barra do Riacho, também conhecido como Terminal Aquaviário Barra do Riacho (TABR), pertencente à Petrobras.[5]
Vitória
[editar | editar código-fonte]- Cais Comercial de Vitória - público, composto dos berços 101, 102 (calados 12,5m e 9m, respectivamente) e berços 103 e 104,
- Terminal Ilha do Príncipe - arrendado à Technip: abrange o dolfin do berço 906. Especializado em offshore.
Vila Velha
[editar | editar código-fonte]- Cais de Capuaba - público: Berços 201, 202 (calados de 12,5m), com 774 metros, 8 mil m² de armazéns, 100 mil metros² de pátio, além de retroárea de aproximadamente 300 mil m²;
- Cais de Paul / Gusa - público: Berço 905, com 420 metros de extensão, 25 mil m² de pátio, calado de 10,7m;
- Cais de Atalaia - Berço 207. Os antigos dolfins deram lugar a um cais corrido de 270 m de comprimento, calado de 12,5m;
- Cais de São Torquato - arrendado à Prysmiann: Berço 902, mas não está operando;
- Terminal de Vila Velha (TVV) - arrendado à Login: Berços 203 e 204 (calados de 12,5m).
- Terminal de Peiú - arrendado: Berço 206, calado de 10,7m;
- Companhia Portuária de Vila velha (CPVV) - Terminal de Uso Privativo: Berço 903.
Aracruz
[editar | editar código-fonte]- TUP Portocel
- TUP Barra do Riacho
Referências
- ↑ a b c «Fundo arremata Codesa por R$ 106 milhões em 1ª privatização portuária do país»
- ↑ a b c d e f g h i j Prodweb. «115 anos do Porto de Vitória: o porto dos capixabas». ABTP. Consultado em 30 de maio de 2024
- ↑ a b c d e «IBGE | Biblioteca | Detalhes | Porto de Vitória : Vitória, ES». biblioteca.ibge.gov.br. Consultado em 30 de maio de 2024
- ↑ «Vila Velha e Espírito Santo, rumo aos 500 anos | A Gazeta». www.agazeta.com.br. Consultado em 30 de maio de 2024
- ↑ «Fundo arremata Codesa por R$ 106 milhões em 1ª privatização portuária do país»