Série 21 a 32 da CP
21 a 32
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Locomotiva 23 no Núcleo Museológico de Valença, em 2016. | |
Descrição | |
Propulsão | Vapor |
Fabricante | Beyer, Peacock and Company |
Locomotivas fabricadas | 12 |
Classificação Whyte | 0-6-0 |
Características | |
Bitola | Bitola Ibérica |
Operação | |
Ano da entrada em serviço | 1875 a 1887 |
A Série 21 a 32 foi uma classe de locomotivas a vapor, utilizada pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.
Descrição e história
[editar | editar código-fonte]Esta série era originalmente composta por doze locomotivas a vapor,[1] com os rodados na disposição 0-3-0.[2]
Foi encomendada pela divisão do Minho e Douro da operadora Caminhos de Ferro do Estado à casa britânica Beyer, Peacock and Company (en),[3] tendo a número 23 sido entregue em 1875,[4] enquanto que a n.º 32 chegou em 1887.[3] Em 1927, o governo integrou os Caminhos de Ferro do Estado na Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[5]
Segundo uma notícia publicada em 1966 no jornal Diário do Norte e reeditada pela Gazeta dos Caminhos de Ferro, só restavam quatro exemplares, incluindo a 32, que então ainda era utilizada com regularidade, estando então prevista para breve a sua retirada ao serviço.[1] Esta locomotiva era alvo de um especial apreço por parte do pessoal ferroviário, tendo um maquinista comentado que «quando a retirarem da circulação os meus olhos vão chorar, pela certa. Ela representa, para nós, um animal de estimação, que é sempre doloroso perder. Na hora da despedida, em vez de carvão, bem merecia que lhe pusessem, na caldeira, uns bons litros de champanhe».[1] Em 1993, a n.º 23 era uma das locomotivas a vapor da operadora Caminhos de Ferro Portugueses que estavam em condições de serem utilizadas em marchas.[2]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c «A «32»: uma locomotiva na hora de aposentação» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 79 (1883). Lisboa. 1 de Junho de 1966. p. 124. Consultado em 29 de Janeiro de 2023 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ a b BRAZÃO, Carlos (1993). «Vapor em Portugal: C.P. 0187». Maquetren (em espanhol). Ano II (10). Madrid: Resistor, S.A. p. 18
- ↑ a b BORGES, 2017:8
- ↑ SILVA, José Eduardo Neto da (2005). «Editoral». O Foguete. Ano 4 (15). Entroncamento: Associação de Amigos do Museu Nacional Ferroviário. p. 5. ISSN 124550 Verifique
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(ajuda) - ↑ REIS et al, 2006:63
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- BORGES, Judith, ed. (Outubro de 2017). Caminho-de-Ferro: Gentes e Memórias. [S.l.]: CTT - Correios de Portugal. 275 páginas. ISBN 978-972-8968-88-5
- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
Ligações externas
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