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Relatório Mundial da Felicidade

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O Relatório Mundial da Felicidade (em inglês: World Happiness Report) é uma medição da felicidade publicado pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (SDSN, na sigla em inglês), com base em dados coletados pelo Gallup World Poll.[1] O relatório, cuja primeira edição foi divulgada em 2012 com base em dados de 2011, é feito por especialistas independentes e em 2021-22 foi editado pelo professor Saïd Jan-Emmanuel De Neve da Universidade de Oxford.[2]

No último índice, publicado em março de 2022, a Finlândia aparece como o país mais feliz do mundo, com a CNN destacando: "pelo quinto ano consecutivo, a Finlândia é o país mais feliz do mundo".[3]

Metodologia e dados analisados

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Os dados são coletados de pessoas em mais de 150 países (em 2021 foram 156) e cada variável mensurada revela uma pontuação média ponderada por população numa escala de 0 a 10, que é monitorada com o passar do tempo e comparada com a de outros países. Atualmente, essas variáveis incluem: PIB per capita real, assistência social, expectativa de vida saudável, liberdade para fazer escolhas, generosidade e percepções de corrupção. Cada país também é comparado a um país hipotético chamado Distopia. Distopia representa as menores médias nacionais para cada variável chave e, juntamente com erros residuais, é usado como ponto de referência de regressão.

Em julho de 2011, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução convidando os países membros a medirem a felicidade de seus habitantes e usar os dados para ajudar em suas políticas públicas. Em abril de 2012, houve a primeira Reunião de Alto Nível da ONU sobre a "Felicidade e Bem-Estar: Definindo um Novo Paradigma Econômico", que foi presidida por Jigme Thinley, primeiro-ministro do Butão, o primeiro e único país que até então havia adotado oficialmente a "felicidade interna bruta", ao invés do produto interno bruto, como seu principal indicador de desenvolvimento.[4]

O primeiro Relatório Mundial da Felicidade foi lançado em 1 de abril de 2012 como material base para a reunião. Ele chamou a atenção internacional por ser a primeira pesquisa sobre a felicidade global.[5] O relatório descrevia o estado de felicidade mundial, as causas da felicidade e da miséria, e as implicações políticas destacadas por estudos de caso. Em setembro de 2013, o segundo relatório apresentou a primeira continuação anual e, desde então, os relatórios passaram a ser emitidos todos os anos.[6] A pesquisa utiliza dados do Gallup World Poll. Cada relatório anual está disponível para o público no site World Happiness Report.

Nos relatórios, principais especialistas de várias áreas — economia, psicologia, análise de pesquisa, estatísticas nacionais, entre outros — descrevem como as medições de bem-estar podem ser efetivamente usadas para avaliar o progresso das nações. Cada relatório está organizado por capítulos, que se aprofundam nas questões relacionadas à felicidade, incluindo doenças mentais, benefícios objetivos da felicidade, a importância da ética, implicações políticas e as ligações com a abordagem da OECD para mensurar o bem-estar subjetivo e o Índice de Desenvolvimento Humano.

Em 2021-22 o país mais feliz do mundo era a Finlândia, que vinha logo à frente da Dinamarca. O mais infeliz era o Afeganistão.[2][7]

Posição País
1  Finlândia
2  Dinamarca
3  Islândia
4  Suíça
5  Países Baixos
6  Luxemburgo
7  Suécia
8  Noruega
9  Israel
10  Nova Zelândia

No relatório de 2020, com base em dados de 2017 a 2019, a Finlândia foi considerada o país mais feliz do mundo e o Afeganistão (2.567 pontos) aparecia em último lugar entre as 153 nações pesquisadas. Entre os países lusófonos, o Brasil era o primeiro da lista, em 33º lugar com 6.376 pontos, seguido de Portugal (59º) e Moçambique (120º).[8]

Posição País Pontuação
1  Finlândia 7.809
2  Dinamarca 7.646
3  Suíça 7.560
4  Islândia 7.504
5  Noruega 7.488
6  Países Baixos 7.449
7  Suécia 7.353
8  Nova Zelândia 7.300
9  Áustria 7.294
10  Luxemburgo 7.238

A Finlândia estava em 1º lugar novamente e o Brasil havia caído 16 posições no períodos analisado, entre 2015 e 2019, ficando em 32º lugar entre os 156 países da lista.[9]

Posição País Pontuação
1  Finlândia 7.769
2  Dinamarca 7.600
3  Noruega 7.554
4  Islândia 7.494
5  Países Baixos 7.488

Em sua 6ª edição, o índice levou em conta dados entre os de 2015 e 2017 e colocou a Finlândia em 1º lugar, seguida pela Noruega. O Brasil havia perdido 6 posições, passando do 22º para o 28º lugar entre 156 países.[10]

Posição País Pontuação
1  Finlândia
2  Noruega
3  Dinamarca
4  Islândia
5  Suíça

O país mais feliz do mundo em 2017 era a Noruega, seguido pela Dinamarca. Os países lusófonos apareciam, respectivamente, em 22º (Brasil), 89º (Portugal), 113º (Moçambique) e 140º (Angola). Em último lugar entre os 155 países estava a República Centro Africana.[11][11]

Posição País Pontuação PIB per capita Assistência social Expectativa de
vida saudável
Liberdade para
fazer escolhas
Generosidade Confiança Distopia
1  Noruega 7.537 1.616 1.534 0.797 0.635 0.362 0.316 2.277
2  Dinamarca 7.522 1.482 1.551 0.793 0.626 0.355 0.401 2.314
3  Islândia 7.504 1.481 1.611 0.834 0.627 0.476 0.154 2.323
4  Suíça 7.494 1.565 1.517 0.858 0.620 0.291 0.367 2.277
5  Finlândia 7.469 1.444 1.540 0.809 0.618 0.245 0.383 2.430
6  Países Baixos 7.377 1.504 1.429 0.811 0.585 0.470 0.283 2.295
7  Canadá 7.316 1.479 1.481 0.835 0.611 0.436 0.287 2.187
8  Nova Zelândia 7.314 1.406 1.548 0.817 0.614 0.500 0.383 2.046
9  Suécia 7.284 1.494 1.478 0.831 0.613 0.385 0.384 2.098
10  Austrália 7.284 1.484 1.510 0.844 0.602 0.478 0.301 2.065

A Dinamarca liderava a lista em 2016, seguida da Suíça. Em último lugar aparecia o Burundi.[12]

Posição
[13][14][15]
País Pontuação Mudança em relação
ao ano anterior
PIB per capita Assistência social Expectativa de
vida saudável
Liberdade para
fazer escolhas
Generosidade Confiança
1  Dinamarca 7,526 Baixa -0.401
2 Suíça 7,509 Aumento 0.035
3  Islândia 7,501 Estável 0.000
4  Noruega 7,498 Aumento 0.082
5  Finlândia 7,413 Baixa -0.259
6  Canadá 7,404 Baixa -0.041
7  Países Baixos 7,339 Baixa -0.119
8  Nova Zelândia 7,334 Baixa -0.097
9  Austrália 7,313 Aumento 0.002
10  Suécia 7,291 Baixa -0.017

Referências

  1. «Home». worldhappiness.report (em inglês). Consultado em 20 de março de 2022 
  2. a b «World Happiness Report published to mark International Day of Happiness | Saïd Business School». www.sbs.ox.ac.uk (em inglês). Consultado em 20 de março de 2022 
  3. «World Happiness Report: os países mais felizes do mundo em 2022 | CNN Brasil Soft». CNN Brasil V&G. Consultado em 20 de março de 2022 
  4. «GNH Survey 2010» (PDF). The Centre for Bhutan Studies. Consultado em 17 de outubro de 2013 
  5. Helliwell, John; Layard, Richard; Sachs, Jeffrey (2 de abril de 2012). «World Happiness Report» (PDF). Columbia University Earth Institute. Consultado em 29 de junho de 2014 
  6. Kyu Lee (9 de setembro de 2013). «Sustainable Development Solutions Network | World Happiness Report 2013». unsdsn.org. Consultado em 25 de abril de 2014 
  7. «Saudi Arabia ranks 25th in UN World Happiness Report». Arab News (em inglês). 20 de março de 2022. Consultado em 20 de março de 2022 
  8. Helliwell, John F.; et al. «World Happiness Report 2020» (PDF). Sustainable Development Solutions Network. Consultado em 20 de fevereiro de 2022 
  9. «Brasil cai 16 posições em ranking global da felicidade em quatro anos». G1. Consultado em 20 de março de 2022 
  10. «Instituto Feliciência». www.feliciencia.com.br. Consultado em 20 de março de 2022 
  11. a b Helliwell, J.; Layard, R.; Sachs, J. (2017). World Happiness Report 2017. New York: Sustainable Development Solutions Network. ISBN 978-0-9968513-5-0 
  12. «Wayback Machine» (PDF). web.archive.org. Consultado em 20 de março de 2022 
  13. «World Happiness Report 2016 Update». UN Sustainable Development Solutions Network; Earth Institute (University of Columbia). pp. 20–21–22. Consultado em 20 de março de 2016. Cópia arquivada em 17 de março de 2016 
  14. «2016 Update Report download» (PDF). Consultado em 6 de dezembro de 2016. Arquivado do original (PDF) em 22 de março de 2016 
  15. «2016 Table download». Figure2.2. Consultado em 6 de dezembro de 2016. Arquivado do original (XLS) em 23 de março de 2016 

Ligações externas

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