Terceiro Comando
Terceiro Comando | |
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Fundação | 1980 |
Local de fundação | Rio de Janeiro, Brasil. |
Anos ativo | 1980[1] – 2002 |
Território (s) | Brasil |
Atividades | Assassinatos, tráfico de drogas e rebeliões. |
Terceiro Comando, conhecido pela sigla TC, foi uma facção criminosa brasileira, com base no Rio de Janeiro, surgida para se opor ao Comando Vermelho[2] em 1988.[1] A facção foi extinta no início da década de 2000.
o Terceiro Comando assim como o Comando Vermelho pode ter sido criado de uma dissidência de uma das falanges que controlavam a prisão de Ilha Grande, provavelmente a Falange Jacaré [3]
História
[editar | editar código-fonte]A história do Terceiro Comando inicia com o criminoso Jorge Zambi, o Pianinho, na década de 80.[4] Até aquele momento, duas facções criminosas guerreavam entre si no estado do Rio de Janeiro; Falange Vermelha e Falange Jacaré. O surgimento de uma outra Falange leva o Terceiro Comando a ser nomeado dessa forma, um ''Terceiro Comando'' que surge nas penitenciárias cariocas, segundo jornais da época. [5]
A área de atuação de Jorge Zambi, o Pianinho, era a Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio. Ele era um ex-integrante da Falange Vermelha. [6]
Alguns dos líderes do Terceiro Comando nos anos 80 e 90 eram integrantes que foram expulsos ou afastados da Falange Vermelha. Dentre eles, alguns dos líderes; Cy de Acari, Jorge Luís do Acari, Celsinho da Vila Vintém, Pitoco da Vila Aliança (este considerado o braço direito de Pianinho).
Um importante líder do Terceiro Comando na época era o criminoso Zaca, um ex-PM carioca acusado de comandar o tráfico no Morro Santa Marta, Zona Sul carioca. [7] Zaca foi o protagonista da considerada ''primeira grande guerra'' dos morros cariocas envolvendo duas facções criminosas rivais. No ano de 1987, Zaca entrou em confronto com o criminoso Cabeludo, um integrante do Comando Vermelho. Cabeludo tentava tomar os pontos de drogas comandados por Zaca no Santa Marta. [8]
Com a criação da facção ADA (Amigos dos Amigos), em 1994, ambas às organizações firmam uma aliança.[2]
Em 2002, surgiu uma dissidência, o Terceiro Comando Puro, liderada pelo traficante Facão e Robinho Pinga.[2]
Em Setembro de 2002, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, um dos líderes do Comando Vermelho, articulou uma rebelião no presídio de Bangu I, em que foram executados os principais líderes do TC/ADA, dentre eles o traficante Ernaldo Pinto Medeiros, o Uê, Robertinho do Adeus e o Orelha. O fato de Celsinho da Vila Vintém, um dos líderes do ADA, ficar vivo, gerou uma confusão interna na facção, onde até acusaram o Celsinho de traição. Esse fato gerou a divisão entre TC e ADA. Após esse fato, traficantes que eram do ADA e tinham uma certa ligação com o criminoso Linho,permaneceram no ADA. Já outros, cooptados pelo Facão, Robinho Pinga e Matemático, optaram por permanecer no Terceiro Comando, desta vez adicionando o nome ''Puro'' na facção.[2][9]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b Agência Estado (4 de abril de 2002). «Facções criminosas do Rio surgiram nas prisões». Estadão. Consultado em 19 de setembro de 2019
- ↑ a b c d Procurados.org. «Terceiro Comando». Consultado em 14 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 25 de novembro de 2011
- ↑ «Folha de S.Paulo - Entenda o que são comandos - 2/5/1994». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 8 de fevereiro de 2024
- ↑ https://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR51374-6014,00.html Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - ↑ https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/5/02/folhateen/2.html Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ (PDF) https://memoria.bn.br/pdf/030015/per030015_1992_00313.pdf Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - ↑ https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1101200117.htm Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - ↑ https://extra.globo.com/casos-de-policia/bau-do-crime/morro-dona-marta-palco-da-guerra-do-trafico-nos-anos-80-398970.html Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ https://www.diariodecuiaba.com.br/brasil/tiroteio-de-6-horas-causa-terror/146136 Em falta ou vazio
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(ajuda)
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Abusado - O dono do Morro Dona Marta, Caco Barcellos, Rio de Janeiro, Editora Record, 2003.