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Politicamente correto

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O termo politicamente correto é usado para descrever expressões, políticas ou ações que evitam ofender, excluir e/ou marginalizar grupos de pessoas que são vistos como desfavorecidos ou discriminados, especialmente grupos definidos por gênero, orientação sexual ou cor racial.[1]

No discurso político e na mídia, o termo geralmente é usado por críticos da direita conservadora como pejorativo, implicando que as políticas de linguagem inclusiva são excessivas.[2][3][4][5][6] Comentaristas e professores conservadores já foram acusados de acusar seus críticos de serem "politicamente corretos" para se protegerem de acusações contra suas próprias ideologias.[2]

Críticos de esquerda acusam opositores do que consideram ser "politicamente correto", frequentemente conservadores, de usarem o termo para alegar censura de suas opiniões,[7] enquanto a própria ala conservadora teria sua própria forma de ideologia politicamente correta usada para suprimir críticas de suas ideologias e constituentes preferidos.[8] Usado dessa forma, o termo foi acusado de desviar a atenção de questões de discriminação nos Estados Unidos, transformando-as em um debate sobre censura de opiniões.[8]

O termo "politicamente correto" foi usado com pouca frequência até a última parte do século XX. Este uso anterior não se relacionava à desaprovação social geralmente implicada em seu uso mais recente. Em 1793, o termo "politicamente correto" apareceu na Suprema Corte dos Estados Unidos durante o julgamento de um processo político.[9] O termo também teve uso em outros países de língua inglesa nos anos 1800.[10]

Início do século XX

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No início do século XX, a frase "politicamente correta" foi associada à aplicação dogmática da doutrina Stalinista, debatida entre membros do partido Comunista e Socialistas americanos. Este uso se referia à linha do Partido Comunista, que forneceu posições "corretas" em muitos assuntos políticos. De acordo com o educador americano Herbert Kohl, escrevendo sobre debates em Nova York no final da década de 1940 e início da década de 1950:

O termo "politicamente correto" foi usado com desprezo, para se referir a alguém cuja lealdade à linha do PC [Partido Comunista] superou a compaixão e levou a uma política ruim. Foi usado pelos socialistas contra os comunistas e deveria separar os socialistas que acreditavam em ideias morais igualitárias de comunistas dogmáticos que advogassem e defendessem posições partidárias independentemente de sua substância moral.
— "Uncommon Differences", The Lion and the Unicorn Journal[2]

Em 2004, o governo Lula publicou uma cartilha de 100 termos e expressões pejorativas, entitulada Politicamente Correto e Direitos Humanos, designada a chamar a atenção para esses termos e como eles afetavam a dignidade de minorias e incentivando seu desuso. Alguns dos termos considerados racistas seriam pela cartilha seriam "preto de alma branca", "branquelo" e "branquelo azedo". O material foi rechaçado pelo próprio presidente, que o considerava desnecessário, contrariando seus assessores.[11]

Em 2010, o tema voltaria em pauta no Brasil por conta do livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato. O livro teria sido denunciado à Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial por estereótipos racistas, uma denúncia que subiu à Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. A Câmara teria então publicado novas normas sobre como professores deveriam abordar o livro em sala de aula. Um trio de pesquisadores que analisou o caso contou que metade das colunas de opinião publicados na época associavam o caso ao politicamente correto e ao Partido dos Trabalhadores, criticando-o como uma "imposição da ideologia de um grupo de militantes de esquerda autoritária sobre toda a sociedade".[11]

Politicamente incorreto

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O discurso politicamente incorreto é, em oposição ao chamado politicamente correto, uma forma de expressão que banaliza preconceitos sociais, sem receios de nenhuma ordem. Além de reverberar preconceitos cotidianos,[12] alguns estudiosos afirmam que o politicamente incorreto foi apropriado por movimentos de direita e é atualmente utilizado como ferramenta de oposição às pautas da esquerda e das minorias.[13]

O politicamente incorreto é frequentemente usado como uma forma de humor político para se criticarem políticos de esquerda e seus apoiantes, como Lula e Sarney.[12] O humor politicamente incorreto também é visto como uma forma de autorização para tecer comentários preconceituosos contra minorias sociais, sendo uma forma de preconceito oculta através do humor e da paródia.[12]

O termo "politicamente incorreto" já foi apontado, por críticos, como sendo sinônimo de reacionário.[12]

Características

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Segundo os defensores do politicamente incorreto, há uma estratégia dos seus opositores que visa impedir o efetivo exercício da liberdade de expressão, censurando suas opiniões. Segundo eles, suas opiniões são atualmente minoritárias e não geram efeitos nocivos à sociedade.[7]

Os críticos do politicamente incorreto afirmam que o politicamente incorreto está relacionado ao autoritarismo e que tais discursos são oriundos de preconceitos enraizados na sociedade contra minorias. Além disso, indicam que não há real patrulhamento dessas opiniões, que são amplamente reproduzidas nas sociedades contemporâneas.[12] Ainda segundo seus opositores, o politicamente incorreto, assim como o discurso de ódio, não deveria ser entendido como compatível com os direitos fundamentais do homem.[14] O discurso politicamente incorreto é tido, também, como uma forma de vigiar e controlar a liberdade de expressão de grupos não conservadores.[15]

Nos Estados Unidos, a expressão foi empregada na publicação do Guia Politicamente Incorreto, de matriz conservadora.[16] No Brasil, duas publicações de título semelhante foram divulgados recentemente: o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, e o Guia Politicamente Incorreto da História da América Latina. Em um desses livros alega-se que Evita Perón detinha bens roubados pelos nazistas.[17] Segundo resenhas do O Estado de S. Paulo e da Folha de S.Paulo, os guias buscam denegrir a imagem de figuras liberais e da esquerda, pois acreditam que toda a história anterior é uma invenção de marxistas politicamente comprometidos, e reproduzem dados que não são precisos em sua tentativa de deslegitimar a historiografia acadêmica.[18][19]

"As origens do politicamente correto", de ill Lind, é um texto amplamente divulgado por ramos de extrema-direita, como o Stormfront, um fórum para "nacionalistas brancos", considerado neonazista.[20] Bill Lind se identifica com a extrema-direita norte-americana, o Tea Party.[21] Suas publicações, longe de serem consensuais, são polêmicas,[22][23] e Lind é considerado um dos inventores da noção de marxismo cultural. Lind alega que "o verdadeiro dano para as relações étnicas não veio da escravidão, mas da reconstrução, que não teria ocorrido se o Sul tivesse vencido a Guerra de Secessão".[24] Ele também nega o holocausto.

O uso moderno pejorativo do termo emergiu de críticas conservadoras da Nova Esquerda no final do século XX. O termo era de uso incomum antes da década de 1990, geralmente como uma autodescrição irônica, mas entrou em uso popular nos Estados Unidos da América depois que foi objeto de uma série de artigos no The New York Times.[25][26][27][28][29][30] O termo foi amplamente usado no debate sobre o livro de 1987 de Allan Bloom The Closing of the American Mind.[6][3][31][32]

Minorias argumentam de que a expressão virou uma espécie de arma para silenciá-las, impedindo-as de fazer questionamentos para não serem acusadas de serem "politicamente corretas", vitimistas, exageradas ou serem sensíveis demais, particularmente com os termos "geração floco de neve" ou "mimimi".[11]

O debate sobre o linguajar politicamente correto está frequentemente ligado ao uso de pronomes neutros.[11]

O debate moderno do termo foi iniciado nos Estados Unidos por críticos conservadores de um percebido viés liberal na educação pública, particularmente em universidades. No Brasil, ele teria sido reacendido por um livro de Monteiro Lobato.[11]

Há críticas de que o debate sobre termos e expressões serem politicamente corretas ou incorretas seria de pouco impacto se as normas da sociedade não mudassem junto, sendo irrelevante o desuso de um termo por ser racista se a sociedade ao seu redor continuasse tendo práticas racistas.[11]

O caso de Rotherham, Reino Unido

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No Reino Unido, no que ficou conhecido como o escândalo de exploração sexual infantil de Rotherham, os funcionários tiveram medo de atacar uma rede pedófila paquistanesa por receio de serem acusados ​​de racismo ou preconceito. Os denunciantes, como Jayne Senior e Sarah Champion, foram perseguidos e o problema ignorado. Relatórios subsequentes estimam que 1400 crianças foram vítimas desta rede, de 1997 até 2013.[33][34][35][36] Uma associação Sikh insistiu que os média e os políticos deixassem de descrever as gangues da rede de Rotherham como "asiáticos", dado o termo ser demasiado vago e deslustrar outras comunidades.[37]

O caso de Colónia, Alemanha

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Cerca das 23 horas do dia 31 de Dezembro de 2015, cerca de mil e quinhentos homens, de aparência "norte-africana e árabe", com idades entre os 15 e os 35 anos, descritos como fortemente alcoolizados e agressivos, aglomeraram-se no hall da Estação Central de Colónia, e começaram os distúrbios. De repente, de acordo com os relatos das vítimas, grupos desses homens rodearam as mulheres e meninas, agarrando-as pelos seios, e entre as pernas, puxando os fechos de correr e enfiando dedos nos genitais. Ao mesmo tempo, eram roubados telemóveis e outros objectos. Não eram visíveis forças policiais.[38] Mais de mil e duzentas mulheres foram vítimas desses crimes sexuais não só em Colónia , mas também em Hamburgo, Estugarda e outras cidades alemãs. De acordo com estimativas policiais, mais de dois mil homens estavam envolvidos; no entanto, de acordo com o relatório, apenas 120 suspeitos foram identificados.[39]

O silêncio da polícia e dos media, o laxismo da polícia,[40] as declarações de Henriette Reker, presidente da câmara de Colónia incriminando as mulheres alemãs[41] e o atraso na reportagem dos acontecimentos pelos media, especialmente pelas emissoras públicas (ARD, ZDF e outras), foram fortemente criticados nos dias seguintes.[42][43] Henriette Reker declarou publicamente que era "inadequado" ligar as agressões sexuais em massa com os refugiados.[44]

Em Abril de 2016, as estatísticas das autoridades indicavam que dos 153 suspeitos identificados em Colónia que foram condenados por crimes sexuais e outros durante a passagem de ano de 2015-2016, dois terços eram originários de Marrocos ou da Argélia, 44% eram requerentes de asilo, outros 12% provavelmente estavam ilegalmente na Alemanha, e 3% eram refugiados menores de idade desacompanhados.[45]

Algumas das fontes da imprensa, meses depois, admitiram ter exacerbado os números informados no caso de Colônia. Relatos e análises posteriores de algumas fontes indicam que os culpados não passavam de algumas dúzias, ao invés de "centenas ou milhares de homens" relatados na impressão inicial.[46]

Referências

  1. For definitions see:
  2. a b c Kohl, Herbert (1992). «Uncommon Differences: On Political Correctness, Core Curriculum and Democracy in Education». The Lion and the Unicorn. 16 (1): 1–16. doi:10.1353/uni.0.0216. Consultado em 10 de novembro de 2015 
  3. a b Roberts, Peter (1997). «Paulo Freire and political correctness». Educational Philosophy and Theory: Incorporating ACCESS. 29 (2). doi:10.1111/j.1469-5812.1997.tb00022.x 
  4. Duignan, Peter; Gann, L.H. (1995). Political correctness. Stanford, [Calif.]: Hoover Institution – Stanford University. ISBN 0817937439. Consultado em 25 de outubro de 2015 
  5. Hughes, Geoffrey (2011). «Origins of the Phrase». Political Correctness: A History of Semantics and Culture. [S.l.]: John Wiley & Sons. "1975 – Peter Fuller". ISBN 978-1444360295 
  6. a b Schultz, Debra L. (1993). To Reclaim a Legacy of Diversity: Analyzing the "Political Correctness" Debates in Higher Education. Nova Iorque: National Council for Research on Women. 76 páginas 
  7. a b Richard Feldstein. «Political correctness: a response from the cultural Left» 
  8. a b Kaufman, Scott Barry (20 de novembro de 2016). «The Personality of Political Correctness; The idea of political correctness is central to the culture wars of American politics». blogs.scientificamerican.com. Scientific American. Consultado em 2 de dezembro de 2016 
  9. James Wilson, Suprema Corte dos Estados Unidos comentou: "Os estados, e não o Povo, por quem os Estados existem, são frequentemente os objetos que atraem e prendem nossa principal atenção... Sentimentos e expressões desse tipo impreciso prevalecem em nossa linguagem comum, mesmo em nossa convivência. Será solicitado um brinde? "Os Estados Unidos", em vez do "povo dos Estados Unidos", é o brinde dado. Isso não é politicamente correto." Chisholm v. Georgia, 2 U.S. (2 Dall.) 419 (1793) Findlaw.com – Accessed 6 February 2007.
  10. Exemplos:
    • 18 August 1804. «(London) Courier». p. 2. Em seu trabalho na segunda-feira [...] você ofereceu algumas observações aos seus leitores, que evidentemente estavam bem intencionadas, embora não fossem politicamente corretas 
    • «Australian Mail And New Zealand Express». newspaperarchive.com. 15 de junho de 1861. Consultado em 29 de novembro de 2015. Chamar de "uma nova colônia" é apenas politicamente correto - o estresse está na palavra "colônia". 
  11. a b c d e f Magenta, Matheus (6 de setembro de 2022). «O que é politicamente correto?». BBC News Brasil. Consultado em 21 de maio de 2025 
  12. a b c d e Coelho, Marcelo (18 de Maio de 2011). «Politicamente fascista». Folha sde S.Paulo 
  13. Di Carlo, Josnei; Kamradt, João (2018). «Bolsonaro e a cultura do politicamente incorreto na política brasileira». Teoria e Cultura 
  14. Joseph Paul Cortese. «Opposing Hate-Speech» 
  15. John K. Wilson. «Patriotic Correctness» 
  16. «The politically incorrect guide to American history» 
  17. El Clarín. «Un libro brasileño sostiene que Evita tenía bienes robados por los nazis a los judíos» 
  18. Maria L. Prado. «Lombroso oculto Livro sobre 'falsos heróis latino-americanos' usa simplificações oportunas, omissões e interpretações discutíveis, avalia professora». Estadão 
  19. Sylvia Colombo. «Livro reflete ignorância brasileira sobre a América Latina» 
  20. «US Domestic extremist groups» (PDF). Arquivado do original (PDF) em 9 de julho de 2010 
  21. William Lind. «A Tea Party Defense Budget» 
  22. «Oklahoma City 11 Years Later» 
  23. «The Widening Gap Between Military and Society» 
  24. Chip Berlet. «Into the Mainstream» 
  25. Bernstein, Richard (28 de outubro de 1990). «Ideas & Trends: The Rising Hegemony of the Politically Correct». The New York Times 
  26. McFadden, Robert D. (5 de maio de 1991). «Political Correctness: New Bias Test?». The New York Times 
  27. Berman, edited by Paul (1992). Debating P.C. : the controversy over political correctness on college campuses. [S.l.: s.n.] p. Introduction. ISBN 0307801780 
  28. Heteren, Annette Gomis van (1997). Political correctness in context : the PC controversy in America. Almeria: Universidad de Almería, Servicio de Publicaciones. p. 148. ISBN 8482400835 
  29. Smith, Dorothy E. (1999). Writing the social : critique, theory, and investigations Repr. ed. Toronto (Ont.): University of Toronto press. p. 175. ISBN 0802081355. Consultado em 22 de outubro de 2015 
  30. Schwartz, Howard S. (1997). «Psychodynamics of Political Correctness». Journal of Applied Behavioral Science. 33 (2): 133–49. Consultado em 21 de outubro de 2015 
  31. Bellow, Allan Bloom ; foreword by Saul (1988). The closing of the American mind 1st Touchstone ed. New York: Simon and Schuster. ISBN 0671657151 
  32. Robinson, Sally (2000). Marked men white masculinity in crisis. New York: Columbia University Press. pp. 17, 55–86. ISBN 023150036X 
  33. Blincoe, Nicholas (24 de Março de 2016). «Rotherham whistleblower explains why sex abuse ring was covered up (A denunciante de Rotherham explica porque a rede de abuso sexual foi encoberta)». The Telegraph 
  34. Johnson, Becky (26 de Agosto de 2014). «'Horrific' Cases Of Child Abuse In Rotherham -Rotherham Council's leader quits after a highly critical report finds officials failed to protect 1,400 children over 16 years.». SkyNews 
  35. Almeida, Marina (27 de Agosto de 2014). «Relatório denuncia 1400 abusos sexuais durante 16 anos». Diário de Notícias 
  36. Novais, Vera (27 de Agosto de 2014). «Mais de 1.400 crianças vítimas de abuso em cidade inglesa». Observador 
  37. Dearden, Lizzie (28 de Fevereiro de 2016). «Sikh group calls for politicians and media to stop using term 'Asian' to describe Rotherham grooming gang - Four of six people convicted in the Rotherham case were of Pakistani heritage.». Independent 
  38. Schwarzer, Alice (2016). «Cap: SILVESTER 2015, TAHRIR-PLATZ IN KÖLN». Der Schock – die Silvesternacht von Köln. [S.l.]: Kiepenheuer & Witsch 
  39. Mascolo, Georg (e outro) (10 de Julho de 2016). «1200 Frauen wurden Opfer von Silvester-Gewalt in Köln». Süddeutsche Zeitung (em alemão) 
  40. «Cologne sex attacks: Women describe 'terrible' assaults». BBC News (em inglês). 7 de janeiro de 2016 
  41. «Twitter storm as Cologne mayor suggests women stay at 'arm's length' from strangers : Following dozens of sexual assaults on New Year's Eve, Cologne mayor Henriette Reker has faced a backlash of criticism after suggesting that women stay at an "arm's length" from strangers.». DW. 5 de Janeiro de 2016 
  42. «Cover-up claim over NYE mass sexual assaults». The Local Germany (em inglês). 4 de janeiro de 2016 
  43. Welle (www.dw.com), Deutsche, A 'new dimension' of sexual assault in Cologne | DW | 05.01.2016 (em inglês), consultado em 8 de abril de 2022 
  44. «Cologne sex attacks: Merkel disgust at New Year gang assaults». BBC News (em inglês). 5 de janeiro de 2016 
  45. Huggler, Justin (7 de abril de 2016). «German minister 'told police to remove the word rape from Cologne sex assault report'». The Telegraph (em inglês). ISSN 0307-1235 
  46. «Time for the facts. What do we know about Cologne four months later?». The Correspondent (em inglês). 2 de maio de 2016 
  • Schultz, Debra L. (1993) - To Reclaim a Legacy of Diversity: Analyzing the "Political Correctness" Debates in Higher Education - National Council for Research on Women, New York.

Ligações externas

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