Digital object identifier
Digital object identifier (DOI) é um padrão para identificação de documentos em redes de computadores, como a Internet.
Atualmente, cresce a preocupação com a segurança de objetos digitais na Internet. Por isso, foi criado o DOI (Digital Object Identifier), um sistema para localizar e acessar materiais na web – especialmente, publicações em periódicos e obras protegidas por copyright, muitas das quais localizadas em bibliotecas virtuais.
Caracterização
[editar | editar código-fonte]O DOI representa um sistema de identificação numérico para conteúdo digital, como livros, artigos eletrônicos e documentos em geral. Foi desenvolvido em 1994 pela Associação de Publicadores Americanos (AAP),[1] com a finalidade de autenticar a base administrativa de conteúdo digital. É concebido como um número, mas não tem um sistema de codificação pré-definido e também não traduz ou analisa esta numeração. O DOI atribui um número único e exclusivo a todo e qualquer material publicado (textos, imagens, etc).
Este número de identificação da obra é composto por duas sequências: (1) um prefixo (ou raiz) que identifica o publicador do documento; (2) um sufixo determinado pelo responsável pela publicação do documento. Por exemplo: 11.1111.1 / ISBN (ou ISSN) O prefixo/raiz DOI é nomeado pela IDF (International DOI Foundation), que garante que cada raiz é única. Os livros ou artigos publicados em periódicos, por exemplo, provavelmente utilizarão como sufixo o número que já consta do ISBN ou ISSN.
Além de ser um mecanismo utilizado para garantir o pagamento de direitos autorais através de um sistema de distribuição de textos digitais, o DOI também é útil para auxiliar a localização e o acesso de materiais na web, facilitando a autenticação de documentos.
Em 1998, os livros começaram a entrar nesse sistema,[2] mas já existem cerca de três milhões de DOI's em uso, dando referências cruzadas e ativas sobre publicações acadêmicas e profissionais on-line.[carece de fontes]
No Brasil
[editar | editar código-fonte]No Brasil, a plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por exemplo, utiliza o DOI como uma forma de certificação digital das produções bibliográficas registradas pelos pesquisadores em seus currículos lattes. Quando um programa navegador encontra um número DOI, utiliza o prefixo para encontrar o banco de dados da editora e ali acessa as informações relativas ao livro ou ao periódico, que podem incluir dados do catálogo, resenhas e links. Este sistema começou a ser utilizado há pouco tempo[quando?] no Brasil, sendo implantado em algumas soluções DRM, como a usada na venda do e-livro[qual?] de João Ubaldo Ribeiro.
Pesquisa do DOI
[editar | editar código-fonte]Existe um procedimento informático para busca e atribuição do DOI de referências bibliográficas veiculado pelo SISBI - Sistema de Bibliotecas-UFU acessível em [1].
Queda do sistema em 2015
[editar | editar código-fonte]Em 20 de janeiro de 2015, o servidor principal do DOI caiu. A queda ocorreu porque a renovação do domínio doi.org não estava programada para ser realizada de maneira automática, e a Corporation for National Research Initiatives (CNRi) esqueceu de renovar manualmente. O domínio foi restaurado, mas 50% do seu tráfego inutilizado por 48 horas.[3]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Davidson, Loyd A. (dezembro de 1998). «Digital Object Identifiers: Promise and problems for scholarly publishing». Journal of Electronic Publishing
- ↑ «Metadata: The Right Approach». D-Lib Magazine. Agosto de 1998
- ↑ Geoffrey Bilder (17 de março de 2015). «January 2015 DOI Outage: Followup Report» (em inglês). Crossref. Consultado em 15 de março de 2022. Cópia arquivada em 15 de março de 2022