Paulo Bernardo
Paulo Bernardo | |
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Paulo Bernardo em 2019. | |
20.º Ministro das Comunicações do Brasil | |
Período | 1º de janeiro de 2011 a 1º de janeiro de 2015 |
Presidente | Dilma Rousseff |
Antecessor(a) | José Artur Filardi |
Sucessor(a) | Ricardo Berzoini |
23.º Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão do Brasil | |
Período | 22 de março de 2005 a 1º de janeiro de 2011 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Nelson Machado |
Sucessor(a) | Miriam Belchior |
Deputado federal pelo Paraná | |
Período | 1.º- 1º de fevereiro de 1991 a 1º de fevereiro de 1999 2.º- 1º de fevereiro de 2003 a 22 de março de 2005 |
Secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul | |
Período | 1º de janeiro de 1999 a 12 de dezembro de 2000 |
Governador | José Orcírio Miranda dos Santos |
Antecessor(a) | José Ancelmo dos Santos |
Sucessor(a) | Paulo Duarte |
Secretário Municipal de Fazenda de Londrina | |
Período | janeiro de 2001 a março de 2002 |
Prefeito | Nedson Luiz Micheleti |
Dados pessoais | |
Nascimento | 10 de março de 1952 (72 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Prêmio(s) | |
Esposa | Gleisi Hoffmann (c. 1998; sep. 2019) |
Partido | PT (1984–presente) |
Profissão | sindicalista, bancário, político |
Paulo Bernardo Silva GCRB • GOMM (São Paulo, 10 de março de 1952) é um sindicalista, bancário e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi ministro das Comunicações no Governo Dilma Rousseff, e ministro do Planejamento no Governo Lula.[3]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Paulo Bernardo Silva nasceu na cidade de São Paulo, sendo filho de Alfredo Manoel da Silva e Sydnéa Bernardes da Silva. É funcionário do Banco do Brasil e cursou Geologia na Universidade de Brasília, não tendo concluído o curso. Formou-se em Geografia (licenciatura) na Universidade de Brasília, em 2024. Foi casado com a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT).[3][4][5][6]
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Entrou na política pelo sindicalismo como membro da diretoria do Sindicato dos Bancários do Paraná. Filiou-se no PT em 1984 e foi deputado federal pelo Paraná em três legislaturas (1991–1995, 1995–1999 e 2003–2005).[7]
Neste período também exerceu os cargos de Secretário de Fazenda do Estado do Mato Grosso do Sul entre janeiro de 1999 e dezembro de 2000 e de secretário de Fazenda da prefeitura de Londrina, entre janeiro de 2001 e março de 2002.[8]
Desempenho eleitoral
[editar | editar código-fonte]Ano | Cargo | Votos | Resultado | Ref. |
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1990 | Deputado federal pelo Paraná | 9.644 | Eleito | [9] |
1994 | Deputado federal pelo Paraná | 20.459 | Eleito | [9] |
2002 | Deputado federal pelo Paraná | 72.831 | Eleito | [10] |
Ministro
[editar | editar código-fonte]Em 22 de março de 2005, licenciou-se de seu mandato de deputado federal para assumir o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, na gestão do então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.[8] No mesmo dia, foi admitido pelo presidente Lula na Ordem do Mérito Militar, portando o penúltimo grau de Grande-Oficial especial.[1] Em agosto do mesmo ano, foi admitido por Lula já ao último grau da Ordem de Rio Branco, a Grã-Cruz suplementar.[2]
Integrou também o governo Dilma Rousseff desde seu início, como Ministro das Comunicações.[11] Uma das metas de sua gestão foi reforçar o Plano Nacional de Banda Larga.[12] Em janeiro de 2015, na reforma ministerial da transição para o segundo mandato de Dilma, Ricardo Berzoini assumiu o ministério no lugar de Paulo Bernardo.[13]
Operação Lava-Jato
[editar | editar código-fonte]Operação Custo Brasil
[editar | editar código-fonte]Foi investigado e indiciado pela Operação Custo Brasil, desdobramento da Operação Lava Jato em São Paulo.
Prisão preventiva
[editar | editar código-fonte]Foi preso preventivamente em Brasília em 23 de junho de 2016, e transferido por via aérea pela Polícia Federal para São Paulo. Junto com outras sete pessoas prestou depoimento na Sexta Vara da Justiça Federal. Enquanto isso, o grupo de pronta intervenção da Polícia Federal cercou a sede do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, e cumpriu mandado de busca e apreensão.[14][15] A revista Veja informou erroneamente que no mesmo dia a Polícia Federal pediu seu indiciamento.[16]
Segundo a Força Tarefa, a empresa Consist, contratada pelo Ministério do Planejamento para gestão de crédito consignado a funcionários públicos, cobrava mais do que deveria e repassava 70% do seu faturamento para o PT e para políticos..[17] Como ministro do Planejamento, Paulo Bernardo teria um papel chave nesses desvios.
Em 29 de junho de 2016 o Supremo Tribunal Federal, em despacho do ministro Dias Toffoli, atendeu parcialmente o pedido da defesa de Paulo Bernardo. Revogou sua prisão, mas recusou outra solicitação da defesa do petista para que o caso fosse encaminhado da Justiça Federal de São Paulo para o STF . Na decisão, o ministro do STF considerou a prisão um 'flagrante constrangimento ilegal'.[18] O juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal de São Paulo, determinou a revogação de sete outros investigados (com exceção de João Vaccari, investigado por outros delitos).
Indiciamento e julgamento
[editar | editar código-fonte]Em 27 de julho de 2016, foi indiciado pela Polícia Federal.[19]
Em 1º de agosto, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, juntamente com 19 pessoas. Paulo Bernardo é acusado de receber recursos de um esquema de fraudes no contrato para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento.[20] Em 4 de agosto, a Justiça Federal aceitou a denúncia do MPF e Paulo Bernardo tornou-se réu do processo, acusado de fraudar um serviço de gestão de crédito consignado a funcionários públicos.[21][22]
Invalidação de provas
[editar | editar código-fonte]Em 26 de junho de 2018 a segunda turma do STF considerou inválidas provadas colhidas no apartamento funcional onde residia Paulo Bernardo com sua esposa, a então senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). O mandado foi emitido por juiz da primeira instância e mirava Paulo Bernardo, mas os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski consideravam que era necessária autorização do STF para realização de busca em apartamento de senadora. O ministro Edson Fachin divergiu.[23] O processo continua a correr na Justiça.
Outros casos da Lava-Jato, campanha de 2010 e Trensurb
[editar | editar código-fonte]Foi absolvido, junto com a senadora Gleisi Hoffmann, de processo em que era acusado de recebimento de R$ 1 milhão supostamente desviado ada Petrobras para a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010. Em 19 de junho de 2018 o STF considerou não haver provas contra os dois e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues. O caso havia se iniciado em 27 de setembro de 2016, como um dos processos iniciados pela força-tarefa Lava Jato.[24]
Em 7 de maio de 2021, um delegado da Polícia Federal no Rio Grande do Sul o indiciou em investigação de supostas propinas ligadas a obras da empresa Trensurb. Junto com ele foram indiciados o ex-ministro Eliseu Padilha (MDB) e o ex-deputado federal Marco Maia (PT).
Referências
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 22 de março de 2005.
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 25 de agosto de 2005.
- ↑ a b «Gleisi e Paulo Bernardo são recenseados pelo censo 2010». O Globo. Globo. 1 de agosto de 2010. Consultado em 4 de janeiro de 2011
- ↑ Pedro Ribeiro (9 de agosto de 2019). «Gleisi anuncia separação de Paulo Bernardo». Paraná Portal. Consultado em 21 de agosto de 2019
- ↑ «Ex-"Casal 20", Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo estão separados». Tribuna Online. 9 de agosto de 2019. Consultado em 21 de agosto de 2019
- ↑ Fábio Campana (9 de agosto de 2019). «Gleisi desabafa e anuncia separação de Paulo Bernardo». Consultado em 21 de agosto de 2019
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «PAULO BERNARDO»
- ↑ a b «Saiba mais sobre Paulo Bernardo, o novo ministro do Planejamento». Folha de S. Paulo. 22 de março de 2005. Consultado em 1 de janeiro de 2010
- ↑ a b «L9504». www.planalto.gov.br. Consultado em 30 de dezembro de 2019
- ↑ «UOL Eleições 2002». eleicoes.uol.com.br. Consultado em 30 de dezembro de 2019
- ↑ Marina Dias (30 de novembro de 2010). «Paulo Bernardo será o novo ministro das Comunicações». Veja.com. Consultado em 2 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 8 de novembro de 2013
- ↑ «Bernardo defende banda larga para todos e marco regulatório». Terra. Consultado em 27 de outubro de 2021
- ↑ «De saída das Comunicações, Paulo Bernardo faz discurso político». Valor Econômico. 2 de janeiro de 2015
- ↑ «Paulo Bernardo e outros 7 presos depõem na Justiça Federal em SP». 24 de junho de 2016. Consultado em 27 de outubro de 2021
- ↑ «Ex-ministro Paulo Bernardo é preso pela PF». UOL. Consultado em 23 de junho de 2016
- ↑ «PF indicia Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo por corrupção». web.archive.org. 3 de abril de 2016. Consultado em 27 de outubro de 2021
- ↑ «Esquema desviou R$ 100 milhões de servidores que fizeram empréstimos». Jornal Nacional. Globo. 23 de junho de 2016. Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ Bela Megale (29 de junho de 2016). «Ministro do STF manda soltar Paulo Berardo, petista preso há 6 dias». Folha de S.Paulo. Consultado em 4 de julho de 2016
- ↑ «Paulo Bernardo é indiciado por organização criminosa e corrupção». Hora 1. 27 de julho de 2016. Consultado em 27 de outubro de 2021
- ↑ «MPF denuncia ex-ministro Paulo Bernardo por corrupção e organização criminosa». Agência Brasil. EBC. Consultado em 1 de agosto de 2016
- ↑ «Justiça aceita denúncia e ex-ministro Paulo Bernardo vira réu». G1. Globo.com. 4 de agosto de 2016. Consultado em 5 de agosto de 2016
- ↑ «Paulo Bernardo e mais 12 viram réus na Operação Custo Brasil». Uol. 4 de agosto de 2016. Consultado em 5 de agosto de 2016
- ↑ «STF invalida provas colhidas em apartamento de Gleisi na operação Custo Brasil». Poder360. 26 de junho de 2018. Consultado em 27 de outubro de 2021
- ↑ «STF absolve senadora Gleisi Hoffmann e ex-ministro Paulo Bernardo da acusação de corrupção e lavagem de dinheiro». G1. Consultado em 27 de outubro de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Biografia no sítio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão»
- Paulo Bernardo no sítio da Câmara dos Deputados
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Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão 2005 — 2011 |
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Precedido por José Artur Filardi |
Ministro das Comunicações 2011 — 2014 |
Sucedido por Ricardo Berzoini |
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- Ministros do Governo Lula (2003–2011)
- Ministros do Governo Dilma Rousseff
- Ministros do Planejamento do Brasil
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- Políticos do Brasil condenados
- Secretários municipais de Londrina
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