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Coroatá

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 Nota: Para outros significados, veja Coroatá (desambiguação).

Coroatá
  Município do Brasil  
Catedral de Nossa Senhora da Piedade
Catedral de Nossa Senhora da Piedade
Catedral de Nossa Senhora da Piedade
Símbolos
Bandeira de Coroatá
Bandeira
Brasão de armas de Coroatá
Brasão de armas
Hino
Lema Trabalho e Justiça
Gentílico coroataense[1]
Localização
Localização de Coroatá no Maranhão
Localização de Coroatá no Maranhão
Localização de Coroatá no Maranhão
Coroatá está localizado em: Brasil
Coroatá
Localização de Coroatá no Brasil
Mapa
Mapa de Coroatá
Coordenadas 4° 07′ 48″ S, 44° 07′ 26″ O
País Brasil
Unidade federativa Maranhão
Municípios limítrofes Timbiras, Codó, Peritoró, Alto Alegre do Maranhão, São Mateus do Maranhão, Pirapemas e Vargem Grande
Distância até a capital 260 km
História
Fundação 8 de abril de 1920 (104 anos)
Administração
Prefeito(a) Luís Mendes Ferreira Filho[1] (PT, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [2] 2 263,823 km²
População total (IBGE/2022[1]) 59 566 hab.
 • Posição MA: 18°
Densidade 26,3 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 35 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,576 baixo
 • Posição MA: 98°
PIB (IBGE/2014[4]) R$ 350 731 mil
 • Posição MA: 29°
PIB per capita (IBGE/2004[4]) R$ 5 532,58
Sítio www.coroata.ma.gov.br (Prefeitura)

Coroatá é um município brasileiro do estado do Maranhão na região dos Cocais e no Vale do Itapecuru. Situa-se no centro-leste do estado, na microrregião de Codó, e dista cerca de 260 km de São Luís, capital estadual. Sua topografia é predominantemente plana.

Sua população recenseada em 2022 era de 59 566 habitantes.[1] Faz parte da Região de Planejamento dos Cocais

A cidade foi fundada como Nossa Senhora da Piedade do Coroatá.[5] Os primeiros habitantes a penetrarem neste município foram os portugueses, e, a eles, juntaram-se mais tarde habitantes das zonas vizinhas. A cidade de Coroatá originou-se de “depósitos” ou “paiós” (espécie de posto) de fazendeiros e de visitantes de outras regiões, notadamente do Mearim. Com o progresso do povoado, chegaram novos imigrantes destacando-se os sírios e libaneses que, desenvolvendo o comércio, contribuíram na independência da localidade. Em 5 de novembro de 1843, através da lei n° 173, foi criada a Vila Coroatá, sendo este território desmembrado do município de Caxias e Itapecuru-Mirim. Após 77 anos Coroatá foi elevada a categoria de cidade, considerando assim como a data de sua fundação o dia 8 de abril de 1920, favorecido pela lei n° 924, durante o governo do Dr. Urbano Santos de Araújo.

O primeiro nome desta cidade foi Coroatá Grande, quando era ainda um arraial. Este nome derivou-se de uma planta existente na região chamada pelos moradores de piteira ou agave; a planta era originaria do México e os indígenas conheciam-na como Croatá-Açú. Mais tarde os habitantes começaram a se transportar para um lugar mais próximo do rio Itapecuru onde foi edificada a cidade.

Posteriormente, foi ligada às demais regiões do estado com a construção da Ferrovia São Luís-Teresina, que a liga a capital maranhense São Luís e a capital do Piauí, Teresina. [6]

A bandeira foi idealizada pelo professor Iran Lima Costa. O concurso para escolha da bandeira foi convocado no segundo semestre de 1988 pelo então Presidente da Câmara Municipal, Sebastião Carneiro Magalhães, na gestão do então Prefeito Luiz Montenegro Tavares. Uma banca composta por médicos, advogados, engenheiros, estudantes e populares foi incumbida de escolher dentre os trinta e três trabalhos inscritos, os três finalistas. Todos os três finalistas foram de autoria do Professor Iran. Finalmente, no dia 7 de setembro de 1988, em solenidade no salão nobre do INSS (Instituto Nacional de Segurança Social) de Coroatá, a Câmara de Vereadores aprovou e referendou uma escolha da banca, escolhendo, portanto a bandeira. O verde representa as matas; o branco, a paz; o vermelho, o sangue vibrante de um povo trabalhador; o azul, o céu cintilante; e a estrela, sobre o azul do céu, é um símbolo de verdade e de esperança. Em destaque as palavras "Trabalho e Justiça", entendidas pelos idealizadores como os pilares edificadores e sustentadores da cidade.

Hino de Coroatá

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O hino coroataense foi oficialmente apresentado no dia 9 de novembro de 2012, durante sessão da Câmara Municipal de Coroatá. A música e letra é de autoria do Coroataense, cantor e compositor José Carlos Silva, de nome artístico "Daffé".

O município de Coroatá, situa-se na mesorregião leste maranhense e na microrregião de Codó, integrando-se a 5ª microrregião homônima como polo de desenvolvimento regional. A sede do município se encontra em maior parte localizada a margem esquerda do rio Itapecuru, onde sua posição geográfica está na intersecção do paralelo 04° 07' 48" de latitude sul, com meridiano de 44° 07' 26" O longitude oeste de Greenwich.

No ensino superior, Coroatá conta com um campus da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Faculdade Do Maranhão (FACAM).

Conta também uma unidade de ensino médio técnico em tempo integral do IEMA.

O Hospital Macrorregional de Coroatá, estadual, administrado pela EMSERH, possui Unidade de Internação Clinica e Cirúrgica, UTI Adulto e Neonatal, Obstetrícia e ambulatório.[7]

Uns dos mais conhecidos cartões postais de Coroatá é o Morro do Machado, onde no topo se tem uma vista panorâmica da cidade. Na zona rural de Coroata, tem a barragem do rio Pirapemas, todos os finais de semana milhares de pessoas se dirigem a barragem à procura de diversão.

A Catedral Diocesana Nossa Senhora da Piedade e o Templo Central da Assembleia de Deus em Coroatá são uns dos principais pontos turísticos da cidade.

O Cristianismo Romano, especialmente o de origem Portuguesa[8][9][10], é a religião tradicional da cidade e do estado, trazida desde a fundação do Maranhão e Brasil[11][12], impactando grandemente e sendo matriz da cultura maranhense[13][14][15][16]. A orago é Nossa Senhora da Piedade do Coroatá. [17][5] Também são praticadas religiões de matriz nativa, as Encantarias e Pajelanja etc; as religiões de matriz africanas[18] e religiões sincréticas[19], além do Espiritismo em suas várias divisões. Recentemente por influência e subserviência aos EUA, missionários introduziram religiões de origem norte-americana como as várias denominações protestantes e neoprotestantes. Entre outras.

História da religião de Coroatá

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O mais antigo ramo do Cristianismo, o Catolicismo, foi trazido a Coroatá pelos povoadores (colonos). As religiões tradicionais dos nativos e dos escravos libertos deixou marcas importantes no Catolicismo Popular. Pelo histórico de perseguição a outras religiões abraâmicas e ao que restava da religião tradicional celta[20] e romana[21] de Portugal, o cripto-islamismo, cripto-judaísmo e cripto-paganismo se mantiveram latentes em algum grau na religiosidade popular e individual.[22]

Referências

  1. a b c d «Coroatá». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  2. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 31 de julho de 2016. Arquivado do original (PDF) em 8 de julho de 2014 
  4. a b «Pib dos municípios maranhenses». IBGE. 2014. Consultado em 19 de janeiro de 2014 
  5. a b «Portal da Câmara dos Deputados». www2.camara.leg.br. Consultado em 31 de agosto de 2024 
  6. «Coroatá -- Estações Ferroviárias do Estado do Maranhão». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 8 de outubro de 2020 
  7. «HOSPITAL MACRORREGIONAL DE COROATÁ | Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares». www.emserh.ma.gov.br. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  8. Amrán & Ocaña, Rica & Antonio Cortijo (2017). Minorías en la España medieval y moderna (PDF). Santa Bárbara, EUA: University of California, Santa Barbara. p. 157. 274 páginas. ISBN 1540-5877 Verifique |isbn= (ajuda) 
  9. Pontes, Márcio Miranda (14 de junho de 2022). «Influência da cultura portuguesa no Brasil». SABRA - Sociedade Artística Brasileira. Consultado em 31 de agosto de 2024 
  10. mundolusiada (13 de julho de 2022). «Portugal, Brasil e as Religiões». Jornal Mundo Lusíada. Consultado em 31 de agosto de 2024 
  11. De la Lama, Enrique (14 de maio de 2018). «Riolando AZZI, História do pensamento católico no Brasil, I. A cristiandade colonial: um projeto autoritario, Ediçôes Paulinas, Sao Paulo 1987, 236 pp. II. A crise da cristiandade e o projeto liberal, Edições Paulinas, São Paulo 1991, 254 pp. III. O Altar unido ao Trono. Um projeto conservador, Edições Paulinas, São Paulo 1992, 195 pp. IV. O Estado leigo e o projeto ultramontano, Paulus, São Paulo 1994, 140 pp.». Anuario de Historia de la Iglesia: 521–525. ISSN 2174-0887. doi:10.15581/007.4.24983. Consultado em 31 de agosto de 2024 
  12. «A Igreja Católica. As influências da Igreja Católica no Brasil». Brasil Escola. Consultado em 31 de agosto de 2024 
  13. PE, Do G1 (12 de outubro de 2012). «Professor de história explica a presença da Igreja Católica no Brasil». Vestibular e Educação. Consultado em 31 de agosto de 2024 
  14. Xavier, Érico Tadeu (2022). «Catolicismo: Missão e Influência no Brasil e no Continente Latino-Americano». Monumenta - Revista Científica Multidisciplinar (5): 56–66. ISSN 2675-8393. doi:10.57077/monumenta.v5i1.138. Consultado em 31 de agosto de 2024 
  15. Souza, Ney de (21 de setembro de 2021). História da Igreja na América Latina. Col: Coleção Iniciação à Teologia. Petrópolis, RJ: Editora Vozes 
  16. PASSOS, João Décio (Abril de 2022). «RITOS ORIENTAIS NO BRASIL» (PDF). Paulinas Editora. Revista de Teologia & Cultura. ISSN: 1809-2888. Consultado em 31 de Agosto de 2024 
  17. «Festa da Padroeira de Coroatá: 10 dias de celebração e devoção à Virgem da Piedade com fé e Esperança». Consultado em 31 de agosto de 2024 
  18. Antropológico, Comitê Editorial do Anuário (2022). «Apresentação». Anuário Antropológico: 10–10. ISSN 0102-4302. doi:10.4000/aa.10134. Consultado em 31 de agosto de 2024 
  19. MACEDO, EMILIANO UNZER (2008). «Religiosidade popular brasileira colonial». Vitória. Revista Ágora. 7: 1-20. 
  20. Lima, José da Silva (1 de janeiro de 1989). «ESPIRITO SANTO, Moisés - A Religião Popular Portuguesa, Lisboa, ed. A Regra do Jogo («Estudos» 2), 1980 (data da introdução). S. d. de publicação». Lusitania Sacra (1): 356–358. ISSN 2182-8822. doi:10.34632/lusitaniasacra.1989.8155. Consultado em 31 de agosto de 2024 
  21. Espírito Santo;, Moisés (1988). Origens orientais da religião popular portuguesa; seguido de Ensaio sobre toponímia antiga / posfácio de Natália Correia. Lisboa: Assírio & Alvim. p. [48] p. 
  22. DA SILVA, Valbenice Machado (2004). Coroatá: Origem e Evolução. Coroatá: independente. p. 147 
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