Saltar para o conteúdo

Campylobacterota

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaCampylobacterota
Classificação científica
Domínio: Bacteria
Filo: Campylobacterota
Garrity e Holt 2021[1]
Classes
ver texto

Campylobacterota é um filo de bactérias gram-negativas. Até 2021, era considerado uma classe do filo Proteobacteria sob o nome Epsilonproteobacteria.[2] Possui apenas alguns gêneros caracterizados, incluindo Wolinella, Helicobacter, e Campylobacter.

A maior parte das espécies conhecidas habitam o aparelho digestivo de animais, onde podem viver em simbiose com o hospedeiro, como Wolinella spp. em bovinos, ou atuam como patógenos, como Helicobacter spp. no estômago e Campylobacter spp. no duodeno. Contudo, indivíduos do filo já foram encontrados também em habitats ambientais como fissuras hidrotermais e áreas de emanação fria. Estes isolados ambientais incluem as espécies Sulfurimonas autotrophica,[3] Sulfurimonas paralvinellae,[4] Sulfurovum lithotrophicum[5] eNautilia profundicola.[6]

Muitas bactérias deste filo possuem motilidade através de flagelos.[7] Alguns indivíduos encontrado em fissuras hidrotermais, são capazes de suprir suas demandas energéticas através da oxidação de enxofre, formiato, ou hidrogênio acoplada a redução de nitrato ou oxigênio.[8] Outros são autotróficos, utilizando o ciclo de Krebs de maneira reversa para fixar dióxido de carbono em biomassa, A sensitividade a oxigênio desta via metabólica eh consistente com estes ambiente anaeróbio ou microaerófilicos. Acredita-se que esta característica foi desenvolvida nos oceanos durante o períodoMesoproterozoicos, os quais provavelmente possuíam baixos níveis de oxigênio disponível.[9][10]

Referências

  1. Oren A, Garrity GM (2021). «Valid publication of the names of forty-two phyla of prokaryotes». Int J Syst Evol Microbiol. 71 (10). 5056 páginas. PMID 34694987. doi:10.1099/ijsem.0.005056Acessível livremente 
  2. Oren, Aharon; Garrity, George M. (2021). «Valid publication of the names of forty-two phyla of prokaryotes». International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology (10). 005056 páginas. ISSN 1466-5034. doi:10.1099/ijsem.0.005056. Consultado em 20 de novembro de 2024 
  3. Inagaki, F. (1 de novembro de 2003). «Sulfurimonas autotrophica gen. nov., sp. nov., a novel sulfur-oxidizing -proteobacterium isolated from hydrothermal sediments in the Mid-Okinawa Trough». International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology. 53 (6): 1801–1805. ISSN 1466-5026. PMID 14657107. doi:10.1099/ijs.0.02682-0 
  4. Takai, K. (1 de agosto de 2006). «Sulfurimonas paralvinellae sp. nov., a novel mesophilic, hydrogen- and sulfur-oxidizing chemolithoautotroph within the Epsilonproteobacteria isolated from a deep-sea hydrothermal vent polychaete nest, reclassification of Thiomicrospira denitrificans as Sulfurimonas denitrificans comb. nov. and emended description of the genus Sulfurimonas». International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology. 56 (8): 1725–1733. ISSN 1466-5026. PMID 16901999. doi:10.1099/ijs.0.64255-0Acessível livremente 
  5. Inagaki, Fumio; Ken Takai; Kenneth H. Nealson; Koki Horikoshi (1 de setembro de 2004). «Sulfurovum lithotrophicum gen. nov., sp. nov., a novel sulfur-oxidizing chemolithoautotroph within the ε-Proteobacteria isolated from Okinawa Trough hydrothermal sediments». International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology. 54 (5): 1477–1482. ISSN 1466-5026. PMID 15388698. doi:10.1099/ijs.0.03042-0Acessível livremente 
  6. Julie L. Smith; Barbara J. Campbell; Thomas E. Hanson; Chuanlun L. Zhang; S. Craig Cary (2008). «Nautilia profundicola sp. nov., a thermophilic, sulfur-reducing epsilonproteobacterium from deep-sea hydrothermal vents». International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology. 58 (7): 1598–1602. PMID 18599701. doi:10.1099/ijs.0.65435-0 
  7. Beeby, M (dezembro de 2015). «Motility in the epsilon-proteobacteria.». Current Opinion in Microbiology. 28: 115–21. PMID 26590774. doi:10.1016/j.mib.2015.09.005. hdl:10044/1/27763Acessível livremente 
  8. Takai, Ken; et al. (2005). «Enzymatic and genetic characterization of carbon and energy metabolisms by deep-sea hydrothermal chemolithoautotrophic isolates of Epsilonproteobacteria». Applied and Environmental Microbiology. 71 (11): 7310–7320. Bibcode:2005ApEnM..71.7310T. PMC 1287660Acessível livremente. PMID 16269773. doi:10.1128/aem.71.11.7310-7320.2005 
  9. Campbell, Barbara J.; Engel, Annette Summers; Porter, Megan L.; Takai, Ken (2 de maio de 2006). «The versatile ε-proteobacteria: key players in sulphidic habitats». Nature Reviews Microbiology. 4 (6): 458–468. ISSN 1740-1526. PMID 16652138. doi:10.1038/nrmicro1414 
  10. Anbar, A. D.; A. H. Knoll (16 de agosto de 2002). «Proterozoic Ocean Chemistry and Evolution: A Bioinorganic Bridge?». Science. 297 (5584): 1137–1142. Bibcode:2002Sci...297.1137A. CiteSeerX 10.1.1.615.3041Acessível livremente. PMID 12183619. doi:10.1126/science.1069651