Um acordo de cessar-fogo israelo-libanês – puramente oral – foi anunciado pelos Presidentes norte-americano e francês, Joe Biden e Emmanuel Macron. No momento em que acabamos este artigo, nenhum documento fora, entretanto, assinado pelos protagonistas.

Este acordo foi implorado por Benjamin Netanyahu, através do negociador norte-americano Amos Hochstein, em total contradição com as suas precedentes posições. A diáspora judaica está agora profundamente dividida e, na sua maior parte, já não o apoia. O seu Exército está exausto e não tem mais munições. O seu objectivo de guerra oficial (permitir o regresso de 100. 000 Israelitas a casa junto à fronteira libanesa) não foi em absoluto concretizado. Pelo contrário, o Hezbolla ataca agora bases militares até à zona de Telavive. O seu objectivo de guerra oficioso (expandir Israel para o norte) também falhou. As FDI, que dominam incontestavelmente os ares e podem destruir tudo o que quiserem, não conseguem, em absoluto, ocupar o território libanês cuja população resiste.

O Primeiro-Ministro designa o Irão como o seu próximo alvo. Ora, Teerão participou nas negociações e confirmou abandonar a sua estratégia do « Eixo da Resistência » para avançar no sentido de um acordo global com os Ocidentais.

A Liga Árabe, por seu lado, está consciente de que a guerra de 80 anos não acabou, mas que se desloca para o Iraque e a Síria. Foi por isso que o Irão retomou o contacto com os dois Partidos curdos iraquianos e que a Turquia relançou negociações com Abdullah Öcalan. Entretanto, as FDI bombardearam até ao último minuto todas as estradas ligando a Síria ao Líbano e destruiram as suas pontes, enquanto os jihadistas retomaram os ataques contra Damasco, como durante a guerra em 2011, quando Benjamin Netanyahu visitava oficiais da Alcaida hospitalizados em Israel.

Tradução
Alva