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Usuário(a):BCalassara/Testes

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Jovem dançando kussunde

O Kussundé é uma dança, tradicional do grupo étnico Balantas (Brasa), realizada durante a festa da colheita. É uma forma de agradecimento aos ancestrais e aos Irãs (espíritos sobrenaturais) pela fartura da colheita, principalmente do arroz; a dança é realizada em forma de competição entre grupos de jovens da mesma tabanka (aldeia), ou tabankas diferentes. Este evento ocorre entre os meses de abril, maio e junho.[1][2]

Grupo de dança

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O grupo de dança é composta por jovens de ambos os sexos, porém os rapazes não podem ter passado pelo ritual de iniciação (fanado). Podem possuir de 25 a 30 integrantes. Cada grupo possui um chefe (blufu bindãg), que ficará responsável pela organização do evento, pela hospedagem dos convidados e o contato com um balobeiro (adivinho) para fazer um pacto com os Irãs; também será responsável por se reunir com os outros blufu bindãg para definir as regras da competição.[1][2] O grupo é dividido em três subgrupos:[2]

  • Dany kussunde - grupo composto somente por meninas, responsáveis por cantar e ritmar com instrumentos. Usam como uniforme o nbasam tindjidu, composto de um lenço amarrado na cabeça, um pani di penti (pano de pente) enfeitados com espelhos, e joias.[2]
  • M’pebe - grupo composto por meninas e meninos. Ambos usam o mara bu sobra (lenço amarrado na cabeça), brincos e adornos como chifre de gazela e cauda de macaco.[2]
  • N’ghaies - são os dançarinos. Usam saias de bijagó, e adornos como búzios, pano pasan, lope, e kata.[2]

A festividade tem duração de 4 dias. No primeiro dia, durante à noite, para recepcionar os visitantes, os grupos de dany kussunde cantam e dançam até de madrugada. A apresentação dos dançarinos N’ghaies é realizado no dia seguinte, sendo acompanhados das canções das dany kussunde. Inicialmente, os N’ghaies se apresentam individualmente, mostrando suas habilidades. Depois, um grupo de dançarinos sobe em um palco para se apresentar; ao término, outro grupo se apresenta, e assim continuam até todos os grupos se apresentaram. Os espectadores podem torcer, e alguns ofertam dinheiro para os dançarinos devido ao seu desempenho. O grupo ganhador é escolhido pelos espectadores; ganham prêmio em dinheiro ou animais, e levam prestígio para suas tabankas .[2]

Referências

  1. a b Silva, Antonio Gislailson Delfino da; C´´a, Lourenço Ocuni (26 de abril de 2023). «Manifestações culturais dos estudantes guineenses na Unilab: Análise do projeto de extensão "Kabaz di Terra" danças e ritmos tradicionais de Guiné-Bissau.». Revista Conexão UEPG (1): 01–15. ISSN 2238-7315. doi:10.5212/Rev.Conexao.v.19.21710.012. Consultado em 4 de maio de 2025 
  2. a b c d e f g Sia, Isna Gabriel. (2016). Danças do povo Brasa (Balanta) da Guiné-Bissau na contemporaneidade : Kussunde, Kanta Po e Broska. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.

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