Turismo em Israel
O Turismo em Israel é uma das principais fontes de renda nacional. O ano de 2010 registrou 3,45 milhões de desembarques turísticos[1]. Israel oferece ao viajante uma infinidade de locais históricos e religiosos, resorts, sítios arqueológicos, museus, salas de concerto, manifestações folclóricas e ecoturismo. O Estado Judeu possui o maior número de museus per capita do mundo[2]. Dentre todos os locais de interesse turístico em Israel, o mais popular é a Colina de Massada[3], e a cidade mais visitada é Jerusalém. A maioria dos turistas que visitam Israel vêm dos Estados Unidos, Rússia, Alemanha, França, Brasil e Reino Unido[4].
As cidades mais visitadas de Israel
[editar | editar código-fonte]Jerusalém e Tel Aviv são as cidades mais importantes e oferecem muitas atrações.Ambas as cidades têm pessoas e costumes diferentes:Jerusalém a cidade mais antiga e sagrada da história, muito rica em arqueologia e espiritualidade.Tel Aviv tem tudo o que você pode imaginar em uma cidade moderna, com praias incríveis, restaurantes e shoppings.
Jerusalém
- A “Cidade Santa” registrou 2.215.000 desembarques turísticos em 2009. Jerusalém é uma das cidades mais antigas do mundo (cerca de seis mil anos), capital político-administrativa de Israel e é a maior cidade do país, com cerca de 750 mil habitantes. É também considerada sagrada pelas três grandes religiões monoteístas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, possuindo por conta disso uma infinidade de lugares santos e templos de interesse universal[5]. Muitos deles estão na Cidade Velha de Jerusalém, tradicionalmente dividida em quatro bairros: Bairro Armênio, Bairro Cristão, Bairro Muçulmano e o Bairro Judeu. A atração mais importante da Cidade Velha é o Monte do Templo, conhecido em árabe como Haram ash-Sharif (o “Santuário Nobre”) e em hebraico como Har Ha-Bayit, local do antigo Templo de Jerusalém, do qual resta hoje apenas o Muro das Lamentações.
- Outros locais em Jerusalém Oriental são o Monte das Oliveiras, com seu mirante; o Túmulo de Absalão, num antigo cemitério judaico de dois mil anos; as igrejas de Getsêmani, o Dominus Flevit e a Igreja de Maria Madalena (igreja ortodoxa russa). Vários locais em Jerusalém são apontados como o Túmulo de Jesus Cristo. O mas tradicional destes sítios é a Igreja do Santo Sepulcro, próxima ao Gólgota, a colina onde teria sido crucificado. Ao sul do Bairro Judeu está a Cidade de Davi com escavações arqueológicas, incluindo o Túnel de Ezequias.
Jerusalém Ocidental é a parte mais nova de Jerusalém, construída principalmente após a independência do Estado de Israel, em 1948. Alguns pontos:
- Mea Shearim, bairro criado no século XIX e habitado em grande parte pelos judeus ultra-ortodoxos (Haredim). Mea Shearim mantém o sabor das aldeias do Leste Europeu (shtetl).
- O Yad Vashem (Museu do Holocausto), memorial às seis milhões de vítimas judias massacradas pelo nazismo.
- Ein Karem, o berço de João Batista, é um dos quatro locais de peregrinação cristã mais visitados em Israel.
- Monte Sião, onde está o Túmulo de Davi, local de descanso do Rei Davi, o Cenáculo, local da Última Ceia, e a Abadia da Dormição.
- Monte Scopus, local da Universidade Hebraica de Jerusalém, situado a 834 metros acima do nível do mar. O Monte Scopus oferece uma vista privilegiada da cidade, incluindo o Monte do Templo e o Mar Morto.
- Com 1,676,000 visitantes em 2009, Tel Aviv é a capital cultural e financeira do Estado Judeu[5]. Sua área metropolitana possui cerca de três milhões de habitantes, o que representa cerca de 40% da população total de Israel. A cidade também é um marco arquitetônico, pois possui o mais extenso conjunto de construções em estilo Bauhaus do mundo. Em 2010 a revista "National Geographic" elegeu Tel Aviv como uma das dez melhores cidades costeiras do mundo[6].
- Os nativos chamam Tel Aviv de "a cidade que nunca dorme", por conta de sua intensa e variada vida noturna, com os mais diversos tipos de programas para todos os tipos de pessoas. Além disso, a cidade não esconde o orgulho por ser a "capital gay do Oriente Médio".
- O “Berço da Cabala”, onde boa parte do Talmud de Jerusalém foi escrito. Famosa por seus artesãos e pelos peregrinos que vêm visitar suas sinagogas e o túmulo do rabino Shimon bar Yochai, em Meron.
- Acre (ou Acco) é famosa por abrigar a Fortaleza de São João de Acre, as muralhas do sultão e por ser o lugar de descanso de Bahá'u'lláh, fundador da fé Bahá'i. A Unesco considera a cidade como patrimônio histórico mundial.
- Monte Carmelo
- Santuário do Báb, templo mais importante da fé Bahá'i, com seus jardins em terraços (Patrimônio Mundial da UNESCO).
- Mar da Galileia.
- Lar de São Pedro (Cafarnaum).
- Monte das Bem-Aventuranças, local onde foi escrito o Sermão da Montanha.
- A cidade velha possui ruínas romanas e dos tempos dos cruzados, como o Anfiteatro (onde concertos ainda são realizados), bem como o porto por onde São Paulo foi levado como prisioneiro para Roma.
Sítios Arqueológicos
[editar | editar código-fonte]O país é rico em locais de interesse arqueológico. Bersebá, Tel Hazor e Megido (o local do Armagedom) são reconhecidos como Patrimônio Mundial da Unesco.
Parques e Reservas
[editar | editar código-fonte]Israel tem 67 parques nacionais e 190 reservas naturais. Alguns deles estão localizados junto a importantes sítios arqueológicos. Maresha é um grande complexo arqueológico nas montanhas da Judeia. Tzippori é uma antiga cidade romana com mosaicos elaborados e uma sinagoga histórica. Ein Gedi, é o ponto de partida para as excursões a Massada e o Mar Morto.
Trilhas
[editar | editar código-fonte]- A Trilha Nacional de Israel é um percurso de caminhada de 940 kms. que atravessa todo o país. Em sua extremidade norte se encontra o “Kibbutz Dan”, perto da fronteira com o Líbano, e se estende até Eilat, no extremo sul de Israel, junto ao Mar Vermelho. A trilha leva entre 30 e 70 dias para ser completada em caminhada contínua.
- Trilha de Jerusalém - 40 km, parte da Trilha Nacional que atravessa a Cidade Santa.
- Trilha de Jesus - 65 km de peregrinação. Rota histórica por onde crê-se que Jesus tenha percorrido e que atravessa inúmeros locais citados na Bíblia. A trilha começa em Nazaré e passa por Séforis, Kana, o Monte Arbel, o Mar da Galileia, Cafarnaum, Tabgha, o Monte das Bem-Aventuranças, Tiberíades, o rio Jordão, o monte Tabor e o monte do Precipício.
- Trilha do Golã - Um percurso de 125 km pelas encostas do Monte Hérmon. Ela atravessa muitas cidades e assentamentos, incluindo Majdal Shams, Nimrod, Massada, Buq'ata, Odem, Merom Golan e Ein Zivan.
- Trilha do Vale do Jordão - 120 km de percurso em torno do Vale do Jordão, terminando em Beit Shean e no Monte Gilboa, perto do “Kibbutz Meirav”. A trilha liga numerosas nascentes (pelas quais a área é famosa) a outras atrações históricas e naturais.
Existem inúmeros kibbutzim ao longo de todo território israelense, vários deles com hospedagem a preços módicos. Muitas destas antigas fazendas coletivas estão passando por um processo de modernização e reorganização, a fim de se adaptarem aos novos tempos. Os Kibbutzim são mundialmente conhecidos por seu modo de vida inspirado nos ideais socialistas e por terem sido os núcleos pioneiros na consolidação da recolonização judaica da antiga Palestina.
Museus
[editar | editar código-fonte]Israel tem o maior número de museus per capita do mundo, com milhões de visitantes anualmente[7]:
- Museu Nacional de Israel, em Jerusalém. Atrai 800 mil visitantes a cada ano[8].
- Museu Histórico de Jerusalém, na Torre de Davi.
- Yad Vashem. Memorial do Holocausto.
- Museu de Arte de Tel Aviv.
- Museu da Diáspora.
- Museu Nacional de Ciência, Tecnologia e Espaço de Haifa.
Turismo na Cisjordânia
[editar | editar código-fonte]O turismo na Cisjordânia (Judeia e Samaria para os israelenses) tem sido administrado por Israel desde a conquista daquele território em 1967[9]. A partir de então, locais antes vedados à visitação por cidadãos israelenses ou abandonados foram disponibilizados e Israel investiu para torná-los mais atraentes para os turistas, tanto israelenses quanto estrangeiros[10]. Apesar disso, em algumas ocasiões, os turistas judeus de quaisquer nacionalidades são impedidos de circular por partes sob controle da Autoridade Nacional Palestina[11]. No entanto, a ANP e o Ministérios do Turismo de Israel vêm trabalhando em conjunto com o objetivo comum de estimular a visitação na Cisjordânia[12].
- Belém - local de enterro da matriarca bíblica Raquel e local de nascimento do Rei Davi e de Jesus Cristo. Cerca de 1 milhão e 300 mil turistas visitaram a cidade em 2008[13]. Os sítios mais populares na cidade e no entorno incluem a Igreja da Natividade, a Praça da Manjedoura e as Piscinas de Salomão.
- Heródio - Uma fortaleza construída por Herodes, o Grande. É administrada pela Autoridade Nacional de Parques de Israel.
- Hebrom - A segunda cidade mais sagrada do Judaísmo e lugar se encontra a Tumba dos Patriarcas. Foi também a capital do antigo Reino de Judá.
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ "Israel experiencing tourist boom ." Herald Sun. December 28, 2010. Retrieved on December 28, 2010.
- ↑ «Interesting Facts about Israel». Consultado em 29 de junho de 2011. Arquivado do original em 15 de abril de 2016
- ↑ «Masada tourists' favorite spot in Israel». Ynetnews. Consultado em 8 de abril de 2009
- ↑ Tourism statistics
- ↑ a b Bremner, Caroline (10 de janeiro de 2011). «Euromonitor International's Top City Destination Ranking». Euromonitor International. Consultado em 10 de janeiro de 2011
- ↑ National Geographic ranks Tel Aviv among World's Top Ten Beach Cities.
- ↑ «Science & Technology». Consulate General of Israel in Los Angeles. Consultado em 26 de maio de 2007. Arquivado do original em 16 de abril de 2007
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e|arquivourl=
redundantes (ajuda) - ↑ Hazan, Susan. «The Israel Museum and the Electronic Surrogate». Cultivate Interactive. Consultado em 6 de maio de 2009. Arquivado do original em 27 de julho de 2008
- ↑ Kaufman, David; Katz, Marisa S. (16 de abril de 2006). «In the West Bank, Politics and Tourism Remain Bound Together Inextricably». The New York Times. Consultado em 4 de julho de 2010
- ↑ Stein 2008, p. 647
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 30 de junho de 2011. Arquivado do original em 24 de setembro de 2010
- ↑ Enz, Cathy A. (2009). Hospitality Strategic Management: Concepts and Cases 2 ed. [S.l.]: John Wiley and Sons. p. 273. ISBN 047008359X
- ↑ Mitnick, Joshua (26 de dezembro de 2008). «Calm brings record tourism to Bethlehem». Christian Science Monitor. Consultado em 2 de julho de 2010