Saltar para o conteúdo

Rio Pardo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Não confundir com São José do Rio Pardo (em São Paulo).
 Nota: Para outros significados, veja Rio Pardo (desambiguação).

Rio Pardo
  Município do Brasil  
A Rua Julio de Castilhos (Rua da Ladeira) foi a primeira rua calçada no RS, no ano de 1813.
A Rua Julio de Castilhos (Rua da Ladeira) foi a primeira rua calçada no RS, no ano de 1813.
A Rua Julio de Castilhos (Rua da Ladeira) foi a primeira rua calçada no RS, no ano de 1813.
Símbolos
Bandeira de Rio Pardo
Bandeira
Brasão de armas de Rio Pardo
Brasão de armas
Hino
Gentílico rio-pardense[1]
Localização
Localização de Rio Pardo no Rio Grande do Sul
Localização de Rio Pardo no Rio Grande do Sul
Localização de Rio Pardo no Rio Grande do Sul
Rio Pardo está localizado em: Brasil
Rio Pardo
Localização de Rio Pardo no Brasil
Mapa
Mapa de Rio Pardo
Coordenadas 29° 59′ 24″ S, 52° 22′ 40″ O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Sul
Municípios limítrofes Santa Cruz do Sul, Pantano Grande, Cachoeira do Sul, Encruzilhada do Sul, Passo do Sobrado, Minas do Leão, Candelária, Vera Cruz e Vale Verde
Distância até a capital 140 km
História
Fundação 7 de outubro de 1809 (215 anos)
Administração
Prefeito(a) Rogério Luiz Monteiro (MDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [2] 2 051,112 km²
População total (Censo 2022) [3] 34 654 hab.
 • Posição RS: 57º BR: 902º
Densidade 16,9 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 47 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 96640-000
Indicadores
IDH (2010) [4] 0,693 médio
 • Posição RS: 338º BR: 2105º
PIB (2020) [5] R$ 922 432,74 mil
 • Posição RS: 94º BR: 969º
PIB per capita (2020) R$ 24 106,44
Sítio https://riopardo.rs.gov.br (Prefeitura)
http://camarariopardo.rs.gov.br (Câmara)

Rio Pardo é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul.

O Conjunto Arquitetônico de Rio Pardo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.[6]

Originalmente a região era habitada pelos indígenas da Tradição Umbu, que foram substituídos por Tupis-Guaranis, Caingangues, Charruas e Tapes. Quando a região foi dominada pela Espanha, os jesuítas fundaram a Redução de São Joaquim em 1633, localizada perto da foz do Rio Pardo, reunindo mais de mil famílias indígenas, que foi destruída pela bandeira de Antônio Raposo Tavares. No início do século XVIII tropeiros portugueses percorriam a área em busca de gado, a partir de 1724 alguns começaram a receber sesmarias, fixando-se e construindo estâncias de criação, e em 1733 chegou um novo grupo de famílias portuguesas.[7]

Depois da conclusão do Tratado de Madri em 1750, dividindo as áreas de colonização espanhola e portuguesa, surgiu a necessidade de defender a nova fronteira, e um destacamento de guarda e um depósito de provisões foram estabelecidos pelo governo português junto à foz do Rio Pardo. Em 1751 o governador da Capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade, incumbido de demarcar a fronteira, ali estabeleceu seu quartel general. Pouco depois foram erguidas paliçadas e um fosso para defesa, o Forte Jesus, Maria e José, guarnecido por um regimento de dragões em 1754. O forte primitivo foi substituído no fim da década por uma fortaleza de pedra. Nos assédios que sofreu, o forte nunca caiu para o inimigo, e por isso recebeu a alcunha de Tranqueira Invicta, mas dele nada mais existe atualmente.[8][9]

Em torno da fortificação começou a se formar o primitivo povoado de Rio Pardo. Em 1769 o povoado foi elevado à condição de freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário. Em 1807 foi criada a Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, e em 1809 a freguesia foi elevada à condição de vila, na primeira divisão administrativa do Rio Grande do Sul. Com uma área de 156.803 km², era o mais extenso município do Rio Grande, chegando a ocupar três quartos do território. Conheceu um período de grande prosperidade como um importante entreposto comercial, favorecido pelo acesso à grande rede de navegação fluvial da região central do Rio Grande. Em 31 de março de 1846 a vila foi elevada à categoria de cidade. Iniciou uma fase de decadência com a substituição da navegação pelas ferrovias, quando seu território começou a ser parcelado para a formação de novos municípios, acentuada quando as ferrovias deram lugar às rodovias como principal meio de circulação de bens e pessoas.[8][9]

Na época do seu apogeu a cidade foi adornada com um significativo casario de estilo colonial, que atualmente é responsável pelo seu prestígio como patrimônio histórico tombado. A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário e a antiga Escola Militar, hoje um centro cultural, são seus principais monumentos. A Rua da Ladeira foi a primeira rua calçada do Rio Grande do Sul.[8]

O clima é subtropical, apresentando verões muito quentes e invernos frios, com pequena ocorrência de geadas. As médias anuais de temperatura variam entre 18° e 20°C.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de outubro de 2006 a março de 2020, a menor temperatura registrada em Rio Pardo foi de −1,8 °C no dia 12 de julho de 2007, e a maior atingiu 40,6 °C em 14 de março de 2020. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 238,6 milímetros (mm) em 11 de novembro de 2013.[10][11]

Distrito[12] População[13]
Albardão 3031
Bexiga 1338
Iruí 364
João Rodrigues 1580
Passo da Areia 3982
Passo do Adão 740
Rincão Del Rey 2291
Rio Pardo 24457

Filhos notórios

[editar | editar código-fonte]

No futebol, a cidade está representada pelo Riopardense, clube fundado em 2009 e que atualmente está desativado. Em 2013, o Peixe fechou um contrato com a Nike, conhecida fornecedora de material esportivo.[14]

No município localiza-se o Rincão Gaia, sede da Fundação Gaia, uma ONG ambientalista criada em 1987 por José Lutzenberger, que se tornou uma referência em educação ambiental.[15]

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Rio Pardo

Referências

  1. gentílico IBGE
  2. «Cidades e Estados». IBGE. 2021. Consultado em 12 de maio de 2023 
  3. «Portal Cidades». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 9 de agosto de 2024 
  4. «Ranking». IBGE. 2010. Consultado em 12 de maio de 2023 
  5. «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 a 2020». IBGE. 2020. Consultado em 12 de maio de 2023 
  6. Lista de bens tombados e processos em andamento. IPHAN, 2018
  7. Lopes, Lélia Coelho. História de famílias no Rio Grande do Sul: readaptações e resistências em um contexto militarizado (1825 a 1845). Especialização em História. Universidade Federal de Santa Maria, 2008, pp. 26-29
  8. a b c Baumont, Clarissa de & Argenti, Pedro. "Tranqueira Invicta: A fortaleza cultural da cidade de Rio Pardo". In: Repórter — Revista Eletrônica de Jornalismo Investigativo, setembro de 2007
  9. a b Barros, Silvia. "História de Rio Pardo". Câmara Municipal de Rio Pardo / Arquivo Histórico de Rio Pardo, 20/04/2016
  10. Sistema de Monitoramento Agrometeorológico (Agritempo). «Dados Meteorológicos - Rio Grande do Sul». Consultado em 15 de março de 2020 
  11. «Consulta Dados da Estação Automática: Rio Pardo (RS)». Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Consultado em 15 de março de 2020 
  12. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «O histórico de Rio Pardo» (PDF). Consultado em 9 de fevereiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 18 de fevereiro de 2020 
  13. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Censo Demográfico 2000». Consultado em 6 de fevereiro de 2012 
  14. Riopardense divulga foto com as novas camisas produzidas pela Nike. Zero Hora
  15. Möllmann, Maria Inês; Ripoll, Daniela; Kirchof, Edgar Roberto. "Educação patrimonial e natureza: ações educativas no Rincão Gaia". In: Revista Confluências Culturais, 2021; 10 (3)