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Bossoroca

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 Nota: Para o fenômeno natural, veja Voçoroca.

Bossoroca
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Bossoroca
Bandeira
Brasão de armas de Bossoroca
Brasão de armas
Hino
Gentílico bossoroquense
Localização
Localização de Bossoroca no Rio Grande do Sul
Localização de Bossoroca no Rio Grande do Sul
Localização de Bossoroca no Rio Grande do Sul
Bossoroca está localizado em: Brasil
Bossoroca
Localização de Bossoroca no Brasil
Mapa
Mapa de Bossoroca
Coordenadas 28° 43′ 48″ S, 54° 54′ 00″ O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Sul
Municípios limítrofes São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, Capão do Cipó, Santiago, Itacurubi e Santo Antônio das Missões
Distância até a capital 506 km
História
Fundação 12 de outubro de 1965 (59 anos)
Administração
Prefeito(a) José Moacir Fabricio Dutra (Juca) (PP, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 1 610,056 km²
População total (2021) [2] 6 135 hab.
 • Posição RS: 232º BR: 3960º
Densidade 3,8 hab./km²
Clima subtropical úmido
Altitude 228 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 97850-000
Indicadores
IDH (2010) [3] 0,692 médio
 • Posição RS: 342º BR: 2134º
PIB (2020) [4] R$ 255 603,15 mil
 • Posição RS: 209º BR: 2482º
PIB per capita (2020) R$ 41 193,09

Bossoroca é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul.

Situada a pouco mais de 500 km de porto Alegre, a cidade é terra natal do poeta Jayme Caetano Braun e do político Olívio Dutra. Se localiza na região do estado intitulada Sete Povos das Missões.

Bossoroca está localizado no noroeste da região Sul do Brasil, na latitude de 28º43’48” Sul e longitude de 54°54’00” Oeste.

Sua área municipal totaliza 1 596,219 km². A área urbana é de 2,1 km².

Pertence à Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense e à Microrregião de Santo Ângelo.

Os termo bossoroca (ou voçoroca) têm origem no termo tupi antigo ybysoroka, que significa "terra rasgada" (yby, "terra" + sorok, "rasgar-se, romper-se" + a, sufixo substantivador),[5] isso porque na região ocorre muito esse fenômeno.

Até meados do século XVII, os guaranis eram senhores da região. A partir daí, brotaria o ciclo da civilização jesuítica/guaranítica (1662 – 1757), introduzindo a cultura europeia na região. Durante o período, Portugal e Espanha digladiavam-se pela posse da região chamada de "Estâncias de São Tomé". A solução do confronto territorial levou à extinção do projeto de colonização jesuíta, permanecendo a região semiabandonada por quatro décadas. Em 1801, o aventureiro Borges do Canto tomou posse definitiva dos Sete Povos das Missões para Portugal, integrando-a à comarca gaúcha de Rio Pardo. A mesopotâmia entre os rios Inhacapetum, Icamaquã, Piratini e Uruguai, onde depois surgiria Bossoroca, passou a se denominar Rincão do Icamaquã.

Em 1810, as províncias tornaram-se independentes e, em 1816, o até então "Sete Povos" do território missioneiro foi fracionado em freguesias. Os campos de Bossoroca permaneceram como parte da freguesia de São Borja. Em 1834, a freguesia passou a vila, e Bossoroca a 4º distrito da mesma.

Entre 1800 e 1830, com a concessão de sesmarias de campos pelo governo português, chegou um dos pioneiros ao distrito, José Fabrício da Silva, que acampou no local logo apelidado de Igrejinha. Este nome generalizou-se e passou a identificar o distrito. A origem do nome se deve à morte de um dos filhos de José Fabrício da Silva, o qual foi sepultado no campo, em túmulo semelhante a uma pequena igreja, tornando-se, então, referência geográfica.

Na Igrejinha, pernoitavam carreteiros, tropeiros e viajantes, pois o local oferecia abrigo e boa aguada, além de ficar próximo a estrada geral. A vertente d'água ficava dentro de enorme barroca, a qual os nativos chamavam iby-soroc - "boçoroca". O quarto distrito, além de Igrejinha e Bossoroca, no futuro também teria os apelidos de Capão da União e Vila dos Cata-ventos.

Com a evolução administrativa de Bossoroca,São Luis Gonzaga passou a ser parte de Bossoroca. Quando o incipiente povoado contava com nove casas, recebeu impulso com trinta hectares doados pela viúva Paulina Alves Pereira à prefeitura para loteamento urbano (1938), sendo, então, criado o terceiro distrito, chamado de Igrejinha e logo alterado para Bossoroca. Gradualmente, ocorreu o loteamento da vila, com a construção de mais casas, ruas e praça.

Em 1952, formou-se uma comissão pró-emancipação, dirigida por Leoveral de Sousa Oliveira, Avelino Cardinal, Marcos Fabrício da Silva e João Cândido Dutra. A 4 de março de 1967, em sessão pública, ocorreu a instalação do município de Bossoroca. O presidente brasileiro Castelo Branco nomeou Avelino Cardinal interventor federal. Avelino recusou, sendo, então, nomeado João Candido Dutra. A primeira eleição para prefeito e vereadores deu-se em 15 de novembro de 1968, consolidando-se, então, o município de Bossoroca.

Bossoroca possuía em 2020 6.205 habitantes segundo estimativa do IBGE, e cerca de 4 hab./km².

Filhos ilustres

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Organização Político-Administrativa

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O Município de Bossoroca possui uma estrutura político-administrativa composta pelo Poder Executivo, chefiado por um Prefeito eleito por sufrágio universal, o qual é auxiliado diretamente por secretários municipais nomeados por ele, e pelo Poder Legislativo, institucionalizado pela Câmara Municipal de Bossoroca, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por vereadores também eleitos por sufrágio universal.[6]

Relação de Prefeitos Municipais

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Commons
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O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Bossoroca

Referências

  1. «Cidades e Estados». IBGE. 2021. Consultado em 12 de maio de 2023 
  2. «ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO BRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2021» (PDF). IBGE. 2021. Consultado em 12 de maio de 2023 
  3. «Ranking». IBGE. 2010. Consultado em 12 de maio de 2023 
  4. «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 a 2020». IBGE. 2020. Consultado em 12 de maio de 2023 
  5. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 548.
  6. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.

Ligações externas

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