Polemo
Polemo | |
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Nascimento | século IV a.C. Atenas |
Morte | 270 a.C. Atenas Antiga |
Cidadania | Atenas Antiga |
Ocupação | filósofo |
Movimento estético | platonismo |
Polêmon ou Polemo de Atenas (em grego: Πολέμων; d. 270/269 a.C.) foi um proeminente filósofo Platonista e terceiro sucessor de Platão como mestre na Academia de Platão de 314/313 até 270/269 a.C.[1] Discípulo de Xenócrates, acreditava que a filosofia deve ser praticada e não apenas estudada e destacava que o bem maior era viver de acordo com a natureza.
Vida
[editar | editar código-fonte]Polemo era filho de Filóstrato, um homem de riqueza e distinção política. Em sua juventude, ele era extremamente perdulário, muito dado ao deboche e a extravagância, gastando grande parte de seu tempo em devassidão e bebedeira. Um dia, tomado pela embriaguez adentrou a escola de Xenócrates e com ar insolente ridicularizou suas observações despertando grande indignação nos presentes. Xenócrates não reprimiu o jovem com severidade, mas mudou seu discurso ampliando a virtude da modéstia e da intemperança. A repreensão foi sentida e Polemo ficou tão impressionado com a eloquência e força do discurso do acadêmico que a partir daquele momento renunciou a vida desregrada que então vivia e passou a dedicar-se inteiramente ao estudo da filosofia. Ele tinha trinta anos e a partir daquele dia nunca mais bebeu nada além de água e após a morte de Xenócrates sucedeu a seu mestre na escola onde fez reformas.[2][3]
Seus discípulos incluem Crates de Atenas, que era seu eromenos,[4] Crantor de Cilícia,[5] Zenão de Cítio[6] e Arcesilau.[7] Eusébio de Cesareia, Crônica faleceu em 270/269 a.C. (em alguns manuscritos 276/275 a.C.). Diógenes Laércio diz que ele morreu em uma idade avançada e de morte natural.[8] Crates de Atenas foi seu sucessor na Academia de Platão.[9]
Filosofia
[editar | editar código-fonte]Diogenes relata de que ele era um seguidor de Xenócrates em todas as coisas.[10] Ele estimava o objeto da filosofia como um exercício das pessoas em coisas e ações e não em especulações dialéticas;[11] seu caráter era grave e severo;[10] e tinha orgulho de mostrar o domínio que tinha adquirido sobre as emoções de toda espécie. Na literatura, admirava Homero e Sófocles e dizem ter sido o autor do comentário, que Homero é um Sófocles épico e Sófocles um trágico Homero.[8]
Escritos
[editar | editar código-fonte]Ele deixou, de acordo com Diógenes, vários tratados, nenhum dos quais vigentes quando a Suda foi compilada. Há, no entanto, uma citação feita por Clemente de Alexandria, seja dele ou de outro filósofo do mesmo nome, "Quanto à vida de acordo com a natureza" (em grego: ἐν τοῖς περὶ τοῦ κατὰ φύσιν βίου),[12] e outra passagem, sobre felicidade, que concorda exatamente com a afirmação de Cícero,[13] onde Polemon define como summum bonum (melhor bem) é viver de acordo com a natureza.
Referências
- ↑ The New Century Classical Handbook; Catherine Avery, redator; Appleton-Century-Crofts, New York, 1962; p. 906:
"Polemon... Platonic philosopher... the successor (314 B.C.) of Xenocrates as head of the Academy. He died 270"
("Polemon... Filósofo platonista... o sucessor (314 a.C.) de Xenocrates como chefe da Academia. Morreu em 270") - ↑ Diógenes Laércio, iv. 16
- ↑ John Lemprière (1839). A Classical Dictionary, Containing a Copious Account of All the Proper Names Mentioned in Antient Authors... [S.l.: s.n.] pp. 2–
- ↑ Diógenes Laércio, iv. 21, 22
- ↑ Diógenes Laércio, iv. 17, 22
- ↑ Diógenes Laércio, vii. 2, 25
- ↑ Diógenes Laércio, iv. 22, 24
- ↑ a b Diógenes Laércio, iv. 20
- ↑ Diógenes Laércio, iv. 21
- ↑ a b Diógenes Laércio, iv.
- ↑ Diógenes Laércio, iv. 18
- ↑ Clemente de Alexandria, Stromata, vii. p. 117
- ↑ Cicero, de Finibus, iv. 6
- Este artigo contém texto do do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Diógenes Laércio, A vida e a doutrina dos filósofos ilustres iv. 16-20
- Suda, Polemo
- Plutarco, de Adul. et Amic. 32, p. 71e
- Luciano, Bis Accusat. 16, vol. ii. p. 811
- Ateneu, Dipnosofistas ii., p. 44e
- Cicero, Academica i. 9, ii. 35, 42; De Oratore iii. 18; de Finibus ii. 6, 11, iv. 2, 6, 16, 18, v. 1, 5, 7, and elsewhere
- Horácio, Sermones ii. 3. 253ff.
- Valério Máximo, vi. 9
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Diogenes Laërtius, Life of Polemo, traduzida para o inglês por Robert Drew Hicks (1925).